Otávio Figueira.
Agremiação de origem portuguesa, a Tuna surgiu como um conjunto musical, iniciando a sua trajetória esportiva em 1906. Entre seus departamentos destacam-se o remo, a natação e o futsal, nos quais a Tuna detém inúmeras conquistas. Todavia, é o futebol o maior responsável pelo reconhecimento do clube no cenário esportivo nacional.
Tradicionalmente, a Tuna é a terceira força do futebol paraense, somente atrás de Clube do Remo e Paysandu Sport Club, seus rivais históricos. Entre os seus principais títulos no futebol, já foi dez vezes campeã paraense, além de possuir dois títulos de divisões de acesso do Campeonato Brasileiro: o Campeonato Brasileiro Série B de 1985, a primeira conquista nacional de um clube da Região Norte, e o Campeonato Brasileiro Série C de 1992.
Logo na primeira edição do Campeonato Brasileiro de Futebol, a Tuna ficou com a nona colocação, isso em 1959.
Tuna Luso: Omar; Marinho, Abel, Carvalho e Acari; Antenor e Waltinho; Fefeu (Zeilídio), Mesquita, Leônidas (Gonzaga) e Érvio.
Em 1970, com a formação acima, a Tuna sagrou-se Campeã Paraense.
Na minha querida Óbidos a garotada, à época, sempre optava em torcer pelo Paysandu ou Remo, ficando a Tuna como terceira opção.
Recordo-me, porém, que em tardes de domingo, no aconchegante estádio General Rego Barros, para assistir o campeonato obidense, a torcida ficava ligada, pelo rádio, no que rolava em Belém. O saudoso remista Lázaro Magarefe, com seu rádio 8 faixas, era o melhor som de retransmissão da PRC5, Rádio Clube do Pará, na narração contagiante de Jaire Filho e os comentários abalizados do saudoso Edyr Proença. Não menos importante, ficava o também azulino e fanático torcedor Dadá (falecido) com seu rádio colado aos ouvidos.
Em passeio recente as dependências da Tuna, lembrei-me de dois torcedores cruznaltinos de então na minha Óbidos, pelo qual presto, neste momento, às minhas homenagens: José Vitório Savino (Gravata) e o saudoso Tomáz, que foi por vários anos secretário da LDO e chefe do setor de Alistamento Militar, em que comentavam com sabedoria e razão que a Tuna jogava "bonito e vistoso".
Feliz 2021 a todos os conterrâneos!