A 19ª Campanha de Vacinação contra a Influenza inicia no Pará na segunda-feira, 17, e prossegue até 23 de maio. Segundo informe técnico da Divisão de Imunizações da Secretaria de Estado de Saúde (Sespa), o Programa Nacional de Imunização (PNI) do Ministério da Saúde enviou ao Estado 1.863.160 doses da vacina, que já foram distribuídas pela Sespa aos 13 Centros Regionais de Saúde, os quais repassaram as doses aos municípios - que são, na prática, executores da ação.
Até o fim do prazo da campanha devem ser vacinadas 1.676.844 pessoas, o que equivale a 90% do público alvo. A recomendação do Ministério é que deverão ser imunizados os que estiverem nos grupos mais vulneráveis, como as grávidas em qualquer período gestacional, crianças com idade entre seis meses e menores de 5 anos, trabalhadores de saúde das áreas pública e privada, pessoas com mais de 60 anos, povos indígenas aldeados, adolescentes e jovens de 12 a 21 anos que cumprem medidas socioeducativas e detentos, além de funcionários do sistema penitenciário.
Também deverão ser vacinadas as mulheres que tiveram bebês até 45 dias, as denominadas puérperas, e os que possuem comorbidades comprovadas por laudo médico, como doenças crônicas respiratórias, do coração, com baixa imunidade, entre outras.
A novidade da campanha de 2017 inclui a vacinação dos professores, tanto da rede pública e privada, dos níveis fundamental, médio e superior. “Esta ação tem como objetivo reduzir o risco da influenza para outras pessoas na escola”, recomenda a nota técnica da Sespa.
Como ocorre em toda campanha, os municípios ficarão responsáveis pela aplicação das vacinas, ou seja, cada Secretaria Municipal de Saúde tem livre arbítrio para executar a estratégia de vacinação para o público indicado a receber a dose. De um modo geral, as doses estarão disponíveis em qualquer Unidade Básica de Saúde, nas salas das Estratégias de Saúde da Família e em outros locais definidos pelas gestões municipais.
Conforme explica a nota técnica, a vacina em questão é importante porque evita algumas complicações causadas pelo vírus influenza, como pneumonia e doenças cardíacas. Assim, ao tomar a vacina, a pessoa não se protege apenas contra a gripe, mas evita quadros mais graves relacionados com hospitalização e morte.
O Dia D da campanha de vacinação fica mantido no Pará para 13 maio (sábado), a exemplo do que ocorrerá no restante do País, quando as secretarias municipais de Saúde disponibilizarão as doses nas Unidades Básicas, e em outros locais abertos especialmente para a ocasião - os postos volantes - , como centros comunitários, salões paroquiais, estandes em shoppings e supermercados, e ainda coretos de praças.
O informe também lembra que a vacina só é contraindicada para pessoas com histórico de reação anafilática prévia em doses anteriores ou que tenham alergia grave a ovo de galinha e seus derivados. Outra recomendação importante do Ministério da Saúde: as pessoas que tomaram vacina no ano passado, devem repetir o esquema esse ano, pois a ação da vacina contra a gripe leva duas semanas para funcionar e dura cerca de 9 meses. A reaplicação é necessária porque a vacina oferecida em 2017 é diferente e resguarda o organismo contra outras mutações do vírus.
Reforço - Orientadora da campanha no Pará, a Sespa recomenda que os profissionais das secretarias municipais de Saúde se empenhem em convencer a população a aderir à vacinação. No Estado serão 2.300 postos de vacinação fixos, além de 340 volantes e 75 fluviais, com 20.350 pessoas envolvidas, incluindo 2.010 equipes de vacinação. A campanha envolverá 550 carros, 25 barcos, 12 voadeiras e 25 motocicletas.
Práticas de higiene - Além da vacinação, durante a campanha os órgãos de saúde intensificarão as orientações sobre práticas de higiene que devem ser mantidas pela população, para melhor prevenção das síndromes respiratórias, como manter janelas abertas e ambientes arejados e lavar bem as mãos - já que a transmissão dos vírus Influenza acontece por meio do contato com secreções das vias respiratórias, eliminadas pela pessoa contaminada ao falar, tossir ou espirrar. Também ocorre por mãos e objetos contaminados, quando entram em contato com mucosas (boca, olhos e nariz).
Os sintomas da gripe são febre, tosse ou dor na garganta, além de dores na cabeça, musculares e nas articulações. O agravamento pode ser identificado quando a pessoa tem falta de ar, febre por mais de três dias, piora de sintomas gastrointestinais, dor muscular intensa e prostração. O mais indicado, nesse quadro, é procurar um serviço de saúde o mais rápido possível.
Por Mozart Lira
FONTE: Agência Pará