SANTARÉM: Deflagrada segunda fase da Operação Perfuga

SANTARÉM: Deflagrada segunda fase da Operação Perfuga

A Polícia Civil, em conjunto com o Ministério Público do Estado do Pará (MPPA) e Santarém, com o apoio do Gaeco (Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado), deflagrou nesta quinta-feira (28), a segunda Fase da Operação Perfuga, denominada “O legado”. Foram cumpridos mandados de busca e apreensão no prédio da Câmara de Vereadores de Santarém, em virtude de indícios de que as condutas criminosas cometidas na gestão 2015/2016, se estenderam à atual gestão.

Foi realizada ainda vistoria técnica para verificação das lotações de todos os servidores da Câmara, com a produção de Autos de Constatação, referentes aos gabinetes de cada um dos vereadores, e em relação aos servidores lotados na atual estrutura administrativa, tendo por base documento encaminhado pela própria Casa no dia 31 de agosto, contendo a relação dos servidores e suas respectivas lotações. A documentação será encartada no Inquérito Policial (IP), para análise da Polícia Civil. Com a conclusão do IP, será encaminhada ao Ministério Público, para oferecimento de denúncia.

O fato que desencadeou a segunda fase foi a apuração de que uma servidora pública lotada na Câmara Municipal, vinculada ao gabinete da presidência, encontrava-se cumprindo expediente no escritório do PMDB em Santarém. Somente após a primeira fase da operação, a servidora passou a cumprir expediente na Câmara dos Vereadores, com lotação na Estrutura Administrativa/Gabinete da Presidência.

A primeira fase da operação Perfuga ocorreu no dia 7 de agosto, para apurar crimes de peculato, falsificação de documento público, corrupção e associação criminosa envolvendo agentes públicos, referente ao período de janeiro de 2015 a dezembro de 2016, período em que o vereador Reginaldo Campos, preso preventivamente, era presidente da Câmara Municipal de Santarém.

Também está presa preventivamente a funcionária pública da Sespa, enfermeira Sarah Campinas. A operação envolveu dois inquéritos policiais em andamento, cujas informações se cruzaram no decorrer das investigações, ambos com envolvimento do vereador. Em setembro o judiciário de Santarém recebeu a denúncia do Ministério Público, relacionada aos 28 envolvidos na Operação e decretou a prisão preventiva do advogado Wilson Luiz Gonçalves Lisboa.

Por Lila Bemerguy

FONTE: MP-PA

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