A sexta edição do Festival de Cultura Identidade e Memória Amazônida (Fecima) que tem como tema “Amazônia: Efervescências Culturais”, iniciou nesta quinta-feira, dia 26, com a abertura oficial que aconteceu na Casa da Cultura. O evento irá até o dia 28 de outubro, na cidade de Óbidos (PA), com uma vasta programação.
A abertura do evento inciou com a formação da mesa composta pelo Professor Itamar Paulino, coordenador do Fecima; Ronaldo Brasiliense, presidente da Academia Artística e Literária de Óbidos e da ACOB e Melinda Savino, Administradora da UFOPA.
Segundo o Professor Itamar, o Fecima começou pela manhã do dia 26, com a realização Gincana destinada aos alunos da rede municipal, sendo que na Escola São Francisco participaram cerca de 400 alunos por turno, chegando a 800 alunos participando nos dois turnos. “Nossa percepção foi de que foi muito proveitosa a Gincana e o Feciminha”, comentou o Prof. Itamar.
Quando a abertura oficial do Fecima, Professor Itamar comentou sobre o público que foi aquém da expectativa: “Na abertura tivemos um público um pouco incipiente, mas isso faz parte do processo. Nós estamos projetando para que nos próximos dois dias, nós tenhamos a participação mais expressiva do público, pois teremos na sexta 12 oficinas que serão oferecidas para o público em geral, como também a noite haverá exposições”, comentou Itamar.
Sobre a importância do Fecima para a cultura obidense, Prof. Itamar comentou: “Tenho observado nos últimos anos, que Óbidos tem muitos festivais, tem muitas ações culturais mas elas estão muitos dispersas, então acaba saturando o município com tantas festas e tantos festivais e nenhum deles referenciando a cidade. Acidade é conhecida pelo Carnaval, assim como a festa da Padroeira. Mas as outras festas? Porquê tantas festas? Porquê Óbidos não consegue aglutinar as festas de modo que você possa ter algumas festas que sejam referenciais do município? Assim, o município poderia fazer um panejamento cultural. O cronograma cultural de Óbidos é maravilho, o mês de outubro, aniversário da cidade, você tem um emaranhado de atividades culturais, mas quando você vai aprofundar, parece que falta um pouco de panejamento. É nesse pondo que Óbidos precisa amadurecer”.
Para Ronaldo Brasiliense, “O FECIMA traz resultados de pesquisas que estão sendo realizadas pela UFOPA em Óbidos, como a pesquisa de plantas para combater doenças, mestrando que pesquisa sobre o Museu Integrado de Óbidos e o Fecima é essa síntese do que podemos avançar nessa área de pesquisa”.
“Óbidos é um município grande com fronteira até no Suriname e nós temos espaço muito bom pra pesquisa e quem sabe reescrever a nossa história, como é o caso da data de fundação de Óbidos que é uma polêmica, pois há estudos que mostram que a carta para construção do Forte Pauxis foi antes de 1967, então precisamos reescrever a história, não temos que ter medo de contar uma nova história”, comentou Brasiliense.
Brasiliense conclamou o publico obidense que gosta de cultura para prestigiar o evento, pois os trabalhos apresentados no Fecima são muito interessantes para o desenvolvimento da pesquisa e da cultura obidense.
O festival ocorre há seis anos e é promovido pelo Programa de Pesquisa e Extensão Cultura, Identidade e Memória na Amazônia, do Centro de Formação Interdisciplinar (CFI) da Ufopa, o qual contará com a presença de pesquisadores nacionais e locais que ajudarão os participantes no debate sobre o tema. No evento, será apresentada ao público a riqueza patrimonial histórica, cultural, memorial e natural da Amazônia.
Confira aqui a programação completa.
Fotos de Odirlei Santos
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