Ademar Ayres do Amaral nasceu em Óbidos, na casa de número 10 da famosa Rua do Bacuri, nos altos da renomada Farmácia Esculápio do seu avô materno, o boticário português, José Cardoso Ayres. Filho da professora normalista, Ana Ayres do Amaral (a professora Santana) e do fazendeiro Areolino Araújo do Amaral, com dias de nascido foi viver com os pais na fazenda São Braz, no Paraná de D. Rosa, onde passou a sua infância. Lá aprendeu as manhas da pescaria, o amor pela natureza e as primeiras letras na escola estadual comandada por sua mãe.
Posteriormente foi morar em Óbidos, com o avô Ayres, e frequentou as escolas particulares das professoras Cora Simões e Glória Corrêa Pinto. Aos 10 anos foi para Santarém estudar por seis anos no Colégio Dom Armando.
Em 1964 mudou-se para Belém onde concluiu o segundo grau no colégio Nossa Senhora de Nazaré e prestou vestibular para a Escola de Engenharia da UFPA, diplomando-se engenheiro civil na turma de 1972.
Ávido leitor, começou a rascunhar seus primeiros contos e crônicas em 1976. Em 1980 recebeu menção honrosa em concurso literário da Academia Paraense de Letras. Premiado na APL, passou a colaborar com o PQP, um jornal que surgia em Belém aos moldes do Pasquim.
Ademar é colaborador de vários sites e jornais, onde publica seus escritos e é membro fundador da Academia Artística e Literária de Óbidos – AALO.
Em 1984 publicou seu primeiro livro, “A Encomenda e o Deputado”. Em 2005, recebeu o prêmio Terêncio Porto, na Academia Paraense de Letras, com o livro “Tartarugal” (ainda inédito) e em 2006 ganhou o 1º Lugar no concurso de contos do clube Assembleia Paraense, com “Estirão Sem Fim”.
Mais recentemente, Ademar Ayres dos Amaral lançou os seguintes Livros:
Em 2009, laçou o livro “Catalinas e Casarões”, obra que traça o painel de uma época marcante na história do Baixo Amazonas, influenciada pelos municípios de Santarém e Óbidos, com o apogeu e o declínio das grandes fazendas. O primeiro romance da trilogia que o autor se propôs a escrever sobre a região.
Em 2012, lançou o romance “Sementes do Sol”, onde discorre com grande acuidade sobre um dos mais expressivos ciclos econômicos dentre os que já ocorrerem na Amazônia – o da juta. A narrativa faz justiça a um punhado de pioneiros japoneses que superando as adversidades da floresta densa e por vezes impenetrável, dedicaram-se de corpo e alma a um projeto de vida onde não havia lugar para o meio termo.
Em 2021, lançou o romance “Temporal de Cima”, o mais recente livro de Ademar Amaral, fecha “com emoção maior sua saga de revelar ao mundo os maneirismos e as vivencias de uma área da imensa floresta, muito pouco conhecida pelos próprios amazônida de outras paragens”.
São romances independentes, mas que se interligam e traçam um painel da região do Baixo Amazonas, como se propôs inicialmente.
Organizado por João Canto
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