A natureza sempre toma seu domínio
Sem a presença humana
Ela é dona de tudo.
Sigo em silêncio e reservada, às vezes,
Outras, vulcão escarlate
E me vejo como se vivesse outra vida.
Memórias engarrafadas
Esquecidas num canto
Que não foram jogadas ao mar.
Povoam meus sonhos
Desconhecidos, estranhos
Que não sei seus nomes.
Como sonâmbulos
Percorrem meu sono
guardiões que, deveriam guardar-me,
Não perseguir-me.
Aferram-se a ideia
de que sou outra
sem reconhecer-me.
O passado não deve ser revolvido
Menos ainda desejado.
São apenas clarões que se apagam
Como velhas lareiras que foram acesas
Onde restam apenas cinzas.
Por Izarina Israel