Além de Óbidos, o projeto “De lá, pra Cá, cidades de uma Amazônia Lusitânia”, documentário que será apresentado em comemoração aos 400 anos de Belém, será gravado em Santarém, Soure, Belém, Bragança e Salvaterra no Brasil e em Portugal.
Desde o dia 24 de abril o município de Óbidos, distante 800 quilômetros de Belém, recebe a visita dos jornalistas Heitor Reali, Silvia Reali e Diego Mendes que realizam a gravação do documentário “De lá, pra Cá, cidades de uma Amazônia Lusitânia”, que será apresentado em Setembro durante as comemorações dos 400 anos de Belém. O projeto, gestado há mais de três anos surgiu a partir da ideia de lançar um livro com as cidades homônimas (Brasil/Portugal), deu tão certo que o livro inspirou o documentário com fotos e vídeos que serão apresentados durante as exposições que percorrerão o Brasil e Portugal.
Em Óbidos, cidade conhecida por sua localização estratégica, seus casarios em estilo europeu, sua gastronomia rica e sua cultura pulsante, o documentário será recheado de imagens bem conhecidas. “Nós montamos todo um roteiro para apresentar Óbidos e não vai faltar o nosso mascarado Fobó, a Folia de Santo da Comunidade de Arapucu, o Centro Histórico, o Cordão da Garcinha e a nossa culinária com um café regional e também um almoço no Curuçambá que fecha esse roteiro”, informou o secretário de Cultura e Turismo Sandro Silva.
O Projeto “De lá pra cá, cidades de uma Amazônia Lusitânia” surgiu da curiosidade no nome de algumas das cidades paraenses, que devido a colonização portuguesa acabou por dar origem aos nomes de cidades como Óbidos e Santarém, duas das seis cidades incluídas no projeto. “Varias vezes eu vim ao Pará e observei as cidades com nomes que não eram caboclos e perguntando descobrimos que eram cidades de origem Portuguesa e ai fizemos o projeto para a Prefeitura de Belém, e ai escolhemos algumas cidades, no total são 30 cidades homônimas, entre vilas e cidades maiores, e fomos a Portugal fizemos os documentários nestas cidades e agora estamos no Pará”, falou Silvia Reali, uma das jornalistas responsável pelo projeto.
Eu tentei fazer o melhor trabalho possível em Portugal e tem um ditado português que diz “Puxar a brasa pra minha sardinha” e eu vou puxar para o meu lado, o Pará é de uma riqueza enorme, seja na gastronomia, arquitetura, nas festas populares, no jeitão das pessoas e eu acho que vai ficar bonito
O jornalista Heitor Reali, falou que muito mais que uma realização pessoal o projeto se definiu como o alcance de novas perspectivas. “Eu tenho mais de 60 anos e sempre tive uma vontade de conhecer duas cidades, Serra do Navio (AP), que é uma cidade projetada em uma mina de manganês e a outra é Óbidos (PA), com sua posição estratégica, localizada na boca do estreito onde o Amazonas tem a menor largura e sempre ouve essa semente, conhecer Óbidos quebrou toda aquela expectativa da minha infância pela hospitalidade, pela riqueza na sua história, na cultura e da geografia e eu tenho um compromisso de além da exposição, de divulgar Óbidos com toda a sua potencialidade”, falou Heitor que deverá fazer uma serie de reportagens sobre a Cidade Presépio da Amazônia.
A Exposição alusiva aos 400 anos de Belém será realizada em setembro, no Palácio Lauro Sodré no período de 20 de setembro a 20 de outubro, e também participará da Feira Literária de Óbidos (Portugal). Segundo o prefeito de Óbidos, Mario Henrique de Souza Guerreiro, a escolha do município como um dos locais escolhidos para locação do documentário é um motivo de muita alegria. “Nós temos uma potencialidade única, temos uma localização privilegiada e a cultura Obidense é extremamente rica e se a gente ficar falando temos muito assunto e este foi um dos motivos da escolha do documentário. Óbidos ainda é a cidade mais portuguesa da Amazônia e essa exposição internacional nos deixa muito felizes, e que a gente possa levar Óbidos para o mundo por meio dessa exposição internacional”, falou o prefeito.
FONTE: ASCOM – PMO