Ufopa aprova criação de cursos de graduação para todos os campi fora da sede

Ufopa aprova criação de cursos de graduação para todos os campi fora da sede

O Conselho Superior de Ensino, Pesquisa e Extensão (Consepe) da Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa) aprovou, em reunião realizada no dia 1º de setembro, a criação dos novos cursos regulares de graduação para seis municípios que fazem parte da área de abrangência direta da Universidade: Oriximiná, Óbidos, Alenquer, Monte Alegre, Itaituba e Juruti.

De acordo com a Resolução nº 160, foram aprovados os cursos de Engenharia de Aquicultura para Monte Alegre, Administração para Alenquer, Engenharia Civil para Itaituba, Engenharia de Minas e Agronomia para Juruti, Pedagogia para Óbidos e Biologia da Conservação e Sistemas da Informação para Oriximiná. Cada curso irá ofertar 40 vagas.

Estes serão os primeiros cursos regulares de graduação ofertados pela Ufopa nos municípios de Alenquer, Monte Alegre, Itaituba e Juruti desde a criação da Universidade, em 2009. A previsão é que as turmas se iniciem em 2017. Nos campi de Oriximiná e Óbidos as turmas estão em andamento desde 2014 e 2015, respectivamente.

Para a reitora da Ufopa, professora Raimunda Monteiro, esses cursos são a porta de entrada da Ufopa nos municípios. "A partir deles, outros virão. Em Santarém também começamos assim, com a implantação do curso de Pedagogia quando éramos apenas um núcleo da UFPA. A presença do curso criou condições para que as coisas fossem evoluindo e outros cursos fossem sendo implantados ao longo dos anos", destaca.

De acordo com a reitora, essa medida garante a implantação de todos os campi da Ufopa fora do campus-sede, em Santarém, ainda em 2016. "Estamos consolidando a interiorização da Ufopa. A oferta de cursos está sendo diversificada, alguns nem temos aqui em Santarém e é exatamente isso que buscamos, a descentralização da Universidade. Os moradores dessas cidades merecem receber cursos de peso, como esses que aprovamos. A Ufopa não é de Santarém, ela é do Oeste do Pará, e foi criada para atender aos anseios da população de toda a região. É o início da realização do nosso compromisso com a expansão da Ufopa para o Baixo Amazonas e Tapajós", enfatiza a reitora.

Audiências – Em abril deste ano a Ufopa, por intermédio da Pró-Reitoria de Planejamento e Desenvolvimento Institucional (Proplan), promoveu uma série de audiências públicas, realizadas simultaneamente nos municípios de Alenquer, Itaituba, Juruti, Monte Alegre, Óbidos e Oriximiná. Antes das audiências, já haviam sido realizadas pesquisas de opinião com os alunos concluintes do ensino médio em todos os municípios atendidos pela Ufopa. "O objetivo foi consultar a população sobre a oferta de cursos de graduação. Nem todas as demandas puderam ser atendidas. Em alguns municípios os cursos implantados não são os que foram indicados nas audiências. Mas nós fomos claros ao informar que a oferta dependeria também da capacidade da Universidade", esclarece a reitora Raimunda Monteiro.

Para o vice-reitor da Ufopa, professor Anselmo Colares, a capacidade estrutural da Universidade foi levada em conta na oferta dos novos cursos. "Criamos os cursos possíveis e viáveis no atual contexto do País, considerando as demandas apresentadas durante as audiências públicas nos municípios, mas também a capacidade institucional relativa a códigos de vagas e infraestrutura e, especialmente, considerando ser inadiável a efetiva presença da Ufopa com cursos de graduação em todos os seus campi", avalia.

Segundo o pró-reitor de Planejamento da Ufopa, Clodoaldo Andrade, os cursos solicitados durante as consultas foram os mais diversos possíveis, indo de Direito a Medicina, de Geologia a Zootecnia. "Isso reforça a imensa demanda existente nesses municípios. No entanto, muitos desses cursos possuem exigências legais, como, por exemplo, os cursos de Direito e Medicina, o que acabou inviabilizando suas ofertas neste momento. Após as audiências, houve oportunidade para que os demais atores dos municípios, como gestores municipais, empresários e representantes de movimentos sociais, pudessem expressar suas opiniões e isso também foi levado em consideração", reforça Andrade.

Depois de avaliar os resultados das consultas, a Administração Superior da Ufopa realizou diversas reuniões para ponderar as demandas de acordo com sua capacidade administrativa, pedagógica, pessoal e de infraestrutura física para a oferta de novos cursos. Para o dirigente da Proplan, a oferta variada de cursos é justificada pelo grau de dificuldade que pode haver na atração e fixação de docentes para os municípios. Outros fatores levados em conta na escolha dos cursos foram a vocação regional, as demandas já existentes por profissionais nos municípios e a implantação de grandes projetos nos campi da Universidade.

O vice-reitor, Anselmo Colares, reforça que os cursos aprovados dialogam melhor com os ofertados em Santarém. Dessa forma, o corpo docente lotado na sede seria capaz de suprir eventuais lacunas nas outras cidades. "Optamos por cursos que não necessitassem de muitos códigos de vagas, pois tínhamos poucos disponíveis e precisávamos atender à demanda de todos os municípios", explica Anselmo, ao lembrar que o início dos cursos nas cidades depende da aprovação de professores no processo seletivo.

A implantação dos novos cursos assegurou os códigos de vagas que permitiram que a Ufopa lançasse, logo após a aprovação da resolução, o primeiro concurso para o cargo de professor do magistério superior, com vagas específicas para os campi fora da sede. "Esperamos suprir o corpo docente de modo que esses cursos não corram o risco de ser interrompidos", finaliza a reitora, Raimunda Monteiro.

Renata Dantas – Comunicação/Ufopa

 

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