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Página 7 de 389

HISTÓRIA DE ÓBIDOS 01: Forte Pauxis: origem da cidade de Óbidos

A conquista da Amazônia pela Coroa Portuguesa, no período colonial, século XVII, foi firmada através de uma política de defesa e garantia de ocupação desse território, uma vez que o Império Lusitano estava ameaçado de perder o domínio desta região, já que povos estrangeiros, como ingleses, holandeses e franceses, dentre outros, tinham estabelecido bases comerciais nesses territórios nas últimas décadas do século XVI. Dentro dessa   política de defesa e garantia, surgiu o “Forte Pauxis”, atualmente conhecido como “Forte de Óbidos”, um dos primeiros estabelecidos pelos portugueses na região amazônica.

Sobre uma grande ribanceira, à margem esquerda do Rio Amazonas, foi assentada a fortificação – “Forte Pauxis” – no ano de 1697, em uma ação que retratava a política portuguesa no século XVII. O local para a construção da fortaleza foi escolhido estrategicamente, devido a fronteira do Rio Amazonas e a significativa estreiteza pelo lado esquerdo desse rio.

Fotos antes de iniciar a reforma

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A construção do Forte, se levarmos em consideração o padrão das construções, que foram executados pelos portugueses, no mesmo período, em outras regiões brasileiras, não primou pela qualidade. O material utilizado provavelmente, foi o existente no local: palha e barro, usando a técnica habitual das construções da época, a taipa-de-pilão, tendo como mão de obra os índios das tribos Pauxis, Baré, Kaxuyana, Mundurucus, Maués, Mepurkis, Arapiuns e outros que viviam na região, que foram peças fundamentais na construção desses projetos portugueses.

Embora a técnica e os materiais utilizados tenham sido rudimentares e de pouca durabilidade, um elemento foi importante: no Forte estava lançado o domínio lusitano sobre a região.

A missão religiosa dos Capuchos da Piedade estabeleceu-se em Óbidos, juntamente com a construção do Forte, em 1697, sendo responsável pela catequização dos índios, também dividindo com os militares, a incumbência da organização econômica da região, que garantiu, e, de alguma forma, justificou a posse da Amazônia Brasileira. O extrativismo vegetal e animal.

Inicialmente, o Forte Pauxis, funcionou apenas como ponto de defesa, passando depois, às funções de local de fiscalizações de mercadorias e descimentos feitos por religiosos e colonos, em data de que não temos previsão. De toda embarcação que passava, era cobrado um décimo,  renda que abastecia os cofres da Coroa Portuguesa.

Quando, em 1758, a antiga aldeia dos Pauxis, foi elevada à categoria de Vila, tomando o nome de Óbidos, o Forte, passou a levar também o mesmo nome. Tal mudança, foi determinada pela Coroa Portuguesa, que obrigava que o nome de Vilas e ruas fossem idênticas as de Portugal, para substituir ou impedir o uso de nomes indígenas. Também na mesma oportunidade, o Estado Português, criou o Diretório – organismo de administração das Vilas, na pessoa de um diretor, funcionário do Estado, nomeado pelo Capitão General. O Diretório veio substituir a ação das missões religiosas nas relações com as populações indígenas, onde comandavam descimentos, organizavam a produção local e dirigiam serviços de interesse coletivo.

Fotos depois da reforma do Forte Pauxis em 2018.

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Marcos Pereira de Sales, Major, que trabalhava na “Restauração material das duas Províncias Amazônicas” (Pará e Amazonas), elaborou projeto para uma nova fortaleza, apresentando-o, ao governo imperial, em 1854, visto que a eficiência da antiga fortaleza, enquanto instrumento de defesa e repressão, foi questionada, em virtude de sua estrutura física se encontrar débil. A nova Fortaleza, segundo o Major Marcos Pereira, deveria ser erigida no mesmo local da antiga, devido a importância estratégica do local.

A construção do novo forte, foi iniciada, no ano de 1854, sendo toda feita de pedra com a forma que se mantém hoje. O Forte, tornou-se então, o marco histórico do domínio português na Amazônia e símbolo maior para a região e da superação desse domínio.

Apesar das falhas em seu objetivo, a fortaleza foi fundamental em toda a evolução do município. Ela reuniu em seu redor, grandes prédios e um grande fluxo de pessoas, embarcações, navios, regatões, armazéns comerciais, sempre as margens do rio. Tal como ainda se observa hoje, na rua Siqueira Campos. Este panorama é um retrato da formação urbana em Óbidos, iniciada com a formação do Forte.

A tridimensionalidade representativa do Forte de Óbidos, no que tange a arquitetura, a urbanística e a história, requer o reconhecimento da comunidade Obidense, para a sua permanência e conservação, visto ser marco irradiador da expressão da cidade.

www.obidos.net.br - Fotos de João Canto - Fonte de Pesquisa: Museu Integrado De Óbidos

Matéria originalmente publicada em 2017.

Criado em 2025-09-05 20:45:45

Dia da Amazônia reforça a importância da floresta e alerta para os desafios de sua preservação

No dia 5 de setembro é celebrado o Dia da Amazônia, data instituída em 2007 para destacar a relevância do maior bioma de biodiversidade do planeta. Presente em nove países sul-americanos, a floresta tropical conhecida como o “pulmão do mundo” desempenha papel crucial na regulação climática, abriga milhões de espécies e garante a sobrevivência de povos indígenas e comunidades ribeirinhas.

Em 2025, ano marcado por avanços parciais, mas também por retrocessos preocupantes, a celebração ganha peso simbólico diante da proximidade da COP30, que será realizada em Belém do Pará, Brasil, em novembro de 2025. A data não é apenas de homenagem: é também um alerta sobre os riscos que ameaçam esse patrimônio da humanidade.

Amazônia: riqueza natural e cultural

Com cerca de 5,5 milhões de km² apenas em território brasileiro, a Floresta Amazônica é a maior floresta tropical do planeta e abriga mais de 10% das espécies conhecidas no mundo. Além de seu valor ambiental, mantém tradições culturais e espirituais de centenas de povos indígenas. O Dia da Amazônia reforça a necessidade de proteger essa herança, lembrando que a preservação depende de ações conjuntas de governos, sociedade e comunidade internacional.

Os principais desafios

Apesar de esforços de monitoramento e redução parcial do desmatamento em determinados períodos, dados recentes mostram que a destruição avança:

  • Desmatamento: só em janeiro de 2025, o desmatamento aumentou 68% em relação a 2024, alcançando 133 km². Entre agosto de 2024 e março de 2025, o salto foi de 17,8%, diminuindo em relação ao período anterior, mas ainda preocupante.
  • Incêndios e queimadas: em agosto de 2024, foram registrados mais de 38 mil focos de fogo, cuja fumaça atingiu municípios a centenas de quilômetros. Em 2025, os incêndios continuam como fator determinante no aumento do desmatamento, apesar de ter diminuído.
  • Perda de biodiversidade e impactos sociais: a pressão do garimpo, da extração de madeira e da expansão agrícola ameaça espécies únicas e invade terras indígenas, gerando conflitos e violando direitos.
  • Mudanças climáticas: a floresta já sofre com secas mais severas e chuvas irregulares. Especialistas alertam que, sem a proteção de pelo menos 80% da Amazônia, os efeitos sobre o clima global podem ser irreversíveis.

Compromisso e ação coletiva

O Dia da Amazônia deve ser mais do que uma data simbólica: é um chamado à ação. Iniciativas de monitoramento, políticas públicas de combate ao desmatamento e projetos de economia sustentável mostram que caminhos existem, mas precisam ser ampliados.

Cada cidadão pode contribuir apoiando organizações ambientais, consumindo de forma consciente e cobrando compromissos de líderes políticos. Com a COP30 no horizonte, o Brasil tem a oportunidade de colocar a Amazônia no centro das discussões globais.

A floresta nos oferece oxigênio, água e equilíbrio climático. Preservá-la é preservar a vida!

www.obidos.net.br

 

Criado em 2025-09-05 16:12:26

Escola São José promove II Feira Medieval com atividades culturais e recreativas

Óbidos – A Escola Estadual de Ensino Médio São José realizou nesta quinta-feira, 04 de setembro de 2025, a II Feira Medieval e suas Recriações Históricas, promovida pelo componente curricular de História, sob coordenação da professora Fabiana Fábio. O evento reuniu alunos, professores, familiares e convidados externos em uma manhã de aprendizado, cultura e diversão.

A feira transformou a escola em um verdadeiro cenário medieval, no qual a comunidade pôde vivenciar aspectos da arte, história, jogos e tradições da Idade Média. Alunos do 2º ano do Ensino Médio Integral, das turmas 201, 202, 203 e 204, foram responsáveis pela pesquisa, organização e execução das atividades, que envolveram desde produções artísticas até encenações temáticas.

Entre as atrações, destacaram-se a exposição de arte medieval, competições de xadrez, arco e flecha, lançamento de dardos, além de jogos populares como corrida no saco e torta na cara, que garantiram a descontração do público. Também houve apresentações especiais, como a Exibição Mágica e a divertida Cruzada da Sorte, que despertaram curiosidade e encantamento.

Outro momento marcante foi a troca de produtos entre alunos e convidados, recriando práticas comerciais medievais e estimulando a interação e a criatividade.

A feira foi mais do que uma atividade recreativa; representou uma oportunidade para que os alunos compreendessem a importância da história por meio da experiência, da vivência e da ludicidade. Dessa forma, unir o conhecimento acadêmico à prática cultural e social pressupõe a construção do saber.

A II Feira Medieval da Escola São José reforça o compromisso da instituição em oferecer uma educação inovadora e de qualidade para a comunidade obidense, aproximando os estudantes de diferentes expressões culturais e históricas.

GALERIA DE FOTOS....

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Criado em 2025-09-04 23:38:12

MEC anuncia a emissão de Carteira Nacional para Professores

O ministro da Educação, Camilo Santana, anunciou nesta segunda-feira (1º) que a entrega da Carteira Nacional de Docente no Brasil (CNDB) ocorrerá a partir de outubro, mês em que é comemorado o Dia do Professor.

Camilo Santana comemorou a aprovação em regime de urgência, pela Câmara dos Deputados, no último dia 19, do Projeto de Lei (PL) 41/2025, que autoriza a criação do documento, com validade em todo o território nacional.

“Com a aprovação da Carteira Nacional de Docente no Brasil, o Congresso Nacional reconhece a profissão mais importante da nação, que forma os médicos, advogados e todos os outros profissionais do nosso país”, destacou o ministro, em vídeo publicado nas suas redes sociais.

O projeto de lei aguarda sanção presidencial e deve ser assinado em 15 de outubro, de acordo com Camilo Santana.

Benefícios

O novo documento, emitido pelo Ministério da Educação (MEC), dará aos professores descontos em eventos culturais, como cinema, teatro e shows.

O ministro adiantou que cada profissional com a Carteira Nacional de Docente no Brasil terá acesso a um cartão de crédito vinculado à Caixa Econômica Federal ou ao Banco do Brasil, sem pagamento de anuidade.

“Vamos anunciar em outubro, que é o mês do professor, várias outras vantagens. Será a sanção da lei, a entrega das carteiras, para que a gente possa reconhecer a importância do papel do professor em um país, em uma nação.”

Camilo Santana destacou que a carteira dará ao professor o direito de aproveitar o desconto de 15%, exclusivo a esses profissionais, nas tarifas de diárias de hotéis, a partir da parceria firmada entre a pasta e a Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH Nacional).

Cadastro

A Carteira Nacional de Docente no Brasil é um documento de identificação destinado, exclusivamente, aos professores da educação pública e privada nas esferas federal, estadual e municipal.

Para a emissão da carteira, o professor deve preencher seu cadastro no site do Programa Mais Professores para o Brasil. Os interessados já podem usar a conta da plataforma Gov.br com Cadastro de Pessoa Física (CPF) e senha cadastrados.

O site do programa avisa que as informações serão verificadas por meio das bases de dados do governo federal, como os registrados na Receita Federal do Brasil, e do cadastro do Censo Escolar.

Ao se cadastrar, o professor deverá indicar o tipo de vínculo de docência, além do município e da unidade da federação onde atua.

O prazo de emissão da nova carteira dependerá da disponibilidade dessas informações.

Pelo projeto de lei aprovado no Congresso, os estados, o Distrito Federal e os municípios devem informar os dados necessários para a manutenção e a atualização da base de dados de profissionais da educação.

A iniciativa faz parte do programa Mais Professores para o Brasil, que reúne ações de valorização e qualificação do magistério da educação básica, bem como de incentivo à docência no país.

FONTE: MEC

 

Criado em 2025-09-04 14:32:34

Ministério da Pesca e Aquicultura e CGU pedem investigação da PF sobre fraudes no Seguro-Defeso

Critérios para concessão do benefício se tornam mais rigorosos e passam a incluir verificação presencial pelo Ministério do Trabalho e do Emprego

O Governo Federal, por meio do Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA) e da Controladoria-Geral da União (CGU), pediu investigação da Polícia Federal sobre a concessão do Seguro-Defeso do Pescador Artesanal em diversos municípios brasileiros.

O pedido ocorre após apurações conduzidas pelos dois ministérios constatarem indícios de dois tipos de práticas criminosas. Em um dos tipos, atravessadores estariam coagindo pescadores artesanais legítimos a repassarem a eles parte de seus vencimentos. Em outro, os atravessadores, em troca de remuneração, estariam induzindo e orientando pessoas que não têm direito ao Seguro-Defeso a obter o benefício de forma irregular, por meio de fraude e declaração de informações falsas ao governo.

“Adotamos uma medida preventiva de gestão para maior controle do programa, com a realização de uma auditoria por iniciativa do governo, e constatamos casos muito graves em que pessoas sem direito ao benefício eram orientadas sobre como obtê-lo, em troca de parte do valor recebido”, relata o ministro da CGU, Vinícius Marques de Carvalho.

“É muito sério ver uma política pública, criada para proteger as famílias de pescadores e os recursos pesqueiros, que precisa de meses de interrupção da pesca para se recuperar, sendo desvirtuada apenas para ganho de alguns criminosos. O governo sempre atuará para combater as fraudes, de modo a assegurar o pagamento a quem de fato tem direito”, destaca o ministro da Pesca e Aquicultura, André de Paula.
As apurações realizadas pela CGU fazem parte da primeira etapa de uma auditoria que já integrava o Plano Anual de Atividades de Auditoria Interna (PAINT), antecipadas por decisão do governo federal. Até o momento, ela incluiu entrevistas em 23 munícipios de 7 estados com elevada proporção de beneficiários do Seguro-Defeso. Os primeiros achados da auditoria – que só deve ser concluída em dezembro – já foram enviados, em sigilo de justiça, à Polícia Federal.

APRIMORAMENTO DE GESTÃO - Além de aprofundar as investigações, o Governo Federal também anunciou novas medidas para o controle dos requisitos legais e a proteção dos profissionais legítimos que recebem o benefício do Seguro-Defeso do Pescador Artesanal.

Com o objetivo de fortalecer os mecanismos antifraudes, o Ministério do Trabalho e Emprego passará a fazer verificação presencial dos requisitos para habilitação como uma etapa de validação do requerimento digital, que hoje é realizado integralmente de modo remoto, por meio do aplicativo e da central de atendimento telefônico do INSS.

Em um primeiro momento, o MTE deslocará equipes para atuar nos estados do Amazonas, Bahia, Maranhão, Pará e Piauí. Juntos, estes cinco estados concentram 75% de todos os pescadores artesanais registrados no país.

“As equipes vão atuar com o propósito de assegurar os direitos dos pescadores artesanais que, de fato, atuam de forma exclusiva e ininterrupta. O compromisso do governo é garantir um processo ágil e transparente em benefício dos pescadores e pescadoras que vivem de seu trabalho”, aponta Luiz Marinho, Ministro do Trabalho e Emprego.

O PROCESSO – previsto para ter início em outubro, mês que coincide com o aumento dos pedidos de Seguro-Defeso – envolverá critérios mais rigorosos para a concessão do benefício. Com isso, o MTE passará a verificar as seguintes documentações e informações:

  • Notas fiscais de venda de pescado e comprovantes de contribuição previdenciária;
  • Relatórios mensais que comprovem a atividade como pescador artesanal;
  • Registro biométrico obrigatório na Carteira de Identidade Nacional (CIN);
  • Acompanhamento do local da atividade de pesca por meio da coleta de dados geolocalizados dos pescadores; e
  • Confirmação do endereço de residência do pescador e verificação da compatibilidade entre o município de residência e os territórios abrangidos pelo defeso. 

Segundo o MPA e o MTE, as medidas reforçam o compromisso com a justiça social, a transparência e a proteção dos direitos dos pescadores artesanais que dependem da atividade para garantir sua subsistência.

AÇÕES DE GOVERNO - As ações anunciadas neste dia 3 de setembro fazem parte de um esforço constante do Governo Federal para combater fraudes no programa e garantir o Seguro-Defeso a quem de fato tem direito a ele.

Desde setembro de 2024, a Lei nº 14.973/2024 exigiu o cadastro biométrico a todos que quiserem requerer o Seguro-Defeso. Todos os pescadores artesanais deverão possuir Carteira de Identidade Nacional (CIN) até dezembro de 2025, medida que garante ainda mais segurança para a identificação dos beneficiários.

Em junho deste ano, a Medida Provisória nº 1.303 limitou a concessão do benefício à dotação orçamentária do ano e previu a homologação da situação do pescador localmente, que será feita pelo Ministério do Trabalho e Emprego.

Além disso, o Decreto nº 12.527, publicado no final de junho, determinou a revisão periódica do Seguro-Defeso e a limitação da sua concessão às pessoas que moram perto em municípios abrangidos pelas portarias do Seguro-Defeso. Estabeleceu também a obrigatoriedade de os pescadores apresentarem, anualmente, o Relatório de Exercício da Atividade Pesqueira (REAP), no qual o pescador deve informar as espécies pescadas e quantidades.

Ao longo do ano de 2025, medidas de saneamento do Registro Geral de Pescadores (RGP) já levaram ao cancelamento de 312.707 cadastros.

FONTE: SECOM/BR

 

Criado em 2025-09-03 23:07:14

Diocese de Óbidos emite Nota de Repúdio em virtude de invasão na Igreja de São Sebastião da Tabatinga

A Diocese de Óbidos emitiu, nesta quarta-feira, dia 03 de setembro de 2025, uma Nota de Repúdio em virtude da invasão da Igreja de São Sebastião, localizada na Vila de Tabatinga, município de Juruti, que pertence à Paróquia Missionária de São Sebastião e integra a Diocese de Óbidos.

Segundo o comunicado, na madrugada do dia 02 de setembro, a Igreja Matriz foi invadida e furtada. O crime incluiu a profanação das hóstias consagradas, que foram espalhadas pelo chão, configurando uma gravíssima ofensa à fé cristã.

Na nota, assinada pelo Bispo Dom Frei Bernardo Johannes Bahlmann, a Diocese repudia o ato, classificando-o como crime contra as leis civis e contra Deus, ressaltando que a misericórdia divina está sempre aberta ao arrependimento, mas que atitudes reiteradas de desrespeito à fé não podem ser toleradas.

O documento também lembra que não é a primeira vez que igrejas da Diocese sofrem ataques dessa natureza. Somente neste ano de 2025, já são três ocorrências de sacrilégios em diferentes comunidades. A Diocese alerta ainda para a necessidade de segurança e respeito ao direito da população católica de professar sua fé sem perturbações.

Como resposta ao ato de vandalismo e para reafirmar a fé da comunidade, a Diocese de Óbidos convida todos os fiéis para participarem de uma Santa Missa de Desagravo, que será celebrada no próximo domingo, dia 07 de setembro de 2025, às 19h30, na Igreja Matriz de São Sebastião, em Tabatinga.

“É hora de nos fortalecermos na fé e na solidariedade”, destacou a Diocese, reforçando o chamado à união da comunidade diante deste momento delicado.

www.obidos.net.br

 

Criado em 2025-09-03 21:03:32

Alunos da Escola Felipe Patroni conquistam quatro medalhas na 10ª Olimpíada Brasileira de Geografia

No período de 8 a 22 de agosto, aconteceu a 10ª edição da Olimpíada Brasileira de Geografia (OBG), competição que busca estimular o interesse dos estudantes pela disciplina, incentivar o pensamento crítico e analítico, além de promover o trabalho em equipe e a formação de cidadãos mais conscientes e responsáveis. A OBG também abre portas para futuras oportunidades acadêmicas, como o ingresso em universidades.

Realizada em três fases no formato online, a olimpíada terá sua grande final de forma presencial, no mês de novembro. Em Óbidos, a Escola Felipe Patroni foi a única instituição de ensino a participar da competição, marcando presença histórica com um resultado expressivo: quatro medalhas a nível estadual em sua primeira participação.

Segundo a direção da escola, a conquista reflete a qualidade do ensino ofertado e o compromisso da gestão escolar, coordenação pedagógica, professores e, principalmente, dos estudantes, protagonistas desse feito inédito.

Premiações

  • Medalha de Prata: conquistada pelos estudantes Ruan, Mateus e Alexsander.
  • Medalha de Bronze: para os estudantes Kadu, Antonela e Ana Sofia.
  • Medalha de Bronze: para as estudantes Iane, Naylla e Maria Eduarda.
  • Medalha de Bronze: para as estudantes Hanna, Andreisse e Natália.

Além das medalhas, os demais alunos participantes receberam certificados de participação, reforçando o valor educacional da experiência.

A preparação foi mediada pelas professoras Daniele Gomes, Geliane Batista e Sara Melo, que trabalharam os conteúdos de Geografia dentro do espaço escolar, apoiando os estudantes ao longo das etapas da competição.

Com esse resultado, a Escola Felipe Patroni fortalece seu papel como referência em educação de qualidade em Óbidos e já projeta novos desafios em competições acadêmicas futuras.

www.obidos.net.br  - Informações e imagens Escola Felipe Patroni

 

Criado em 2025-09-03 01:01:56

Governo Municipal garante R$ 30 mil em prêmios para os clubes finalistas do Campeonato Obidense 2025

Recursos foram destinados por meio de termo de fomento firmado com a Liga Desportiva Obidense.

A principal categoria do futebol amador de Óbidos conheceu no sábado, dia 30, o seu campeão, o tradicional Paraense Esporte Clube, foi o primeiro time a levantar a taça desde 2019, quando foi realizada a última edição de um dos mais tradicionais campeonatos disputados na região oeste do Pará. O título veio após uma partida eletrizante diante do São Francisco, que chegou a fazer 2 a 0, mas cedeu no segundo tempo e sofreu a virada, perdendo o título pelo placar de 4 a 2 para o Paraense.

Passada a euforia da final, na manhã desta terça-feira (2), por meio da Secretaria Municipal de Esporte e Lazer (Semel), o Governo Municipal repassou oficialmente a premiação em dinheiro para os clubes finalistas.

Por meio de um Termo de Fomento firmado com a Liga Desportiva Obidense (LDO), assinado durante ato público realizado no gabinete do prefeito Jaime Silva, com as presenças do vice-prefeito e titular da Semel, Jalico Aquino; do presidente em exercício da LDO, Jozimar Cativo e dos diretores dos clubes finalistas, foi oficializada a transferência de R$ 30 mil para a entidade esportiva.

“A gente fica muito feliz de ter sido o sucesso que foi o campeonato obidense, com o apoio da Secretaria de Esporte. A Prefeitura está sempre a disposição, com a mão estendida para a questão do esporte, incentivando, criando eventos e fomentando essa prática que ele é muito importante, não só para a juventude, mas também para o lazer das pessoas que gostam de ir ao estádio aos fins de semana para assistir uma boa partida de futebol. Parabéns ao Paraense pelo título e ao São Francisco por chegar a mais uma final na sua história vitoriosa”, destacou o prefeito Jaime Silva.

O secretário de Esporte e Lazer, Jalico Aquino, enfatizou que o governo está ampliando o fomento ao esporte em diversas modalidades, por meio de parcerias com outras entidades, como a LDO que há 70 anos promove o campeonato obidense de futebol.

“O governo tem trabalhado com parceria com entidades, organizações, associações para estar mais próximo do desportista obidense. No futebol, não poderia ser diferente com a Liga Desportiva Obidense que há décadas realiza o nosso campeonato obidense. Estamos cumprindo com mais um compromisso firmado, valorizando a competição, os clubes, os atletas e incentivando o fortalecimento do nosso futebol”, disse.

O presidente em exercício da LDO, Jozimar Cativo, lembrou da importância do repasse para manter os clubes obidenses motivados a continuarem mantendo as suas equipes em atividade.

“Esse fomento com certeza vai dar um incentivo a mais para os próximos campeonatos também. Desde dois mil e dezenove não tinha o campeonato obidense, e esse ano, graças a Deus, voltou. Não podemos deixar de destacar que antes não tinha premiação em dinheiro no campeonato obidense, a primeira premiação foi dada pelo prefeito Jaime Silva na gestão passada dele. Isso é muito importante para quem trabalha para fazer o futebol acontecer”, relembrou Jozimar.

A distribuição dos recursos entre os finalistas será realizada pela LDO em comum acordo com os clubes filiados à entidade.

Os clubes

Adailson Pinto, presidente do Paraense, agradeceu pelo apoio do Governo Municipal. Sem disputar competições desde 2015, o “Papão Obidense” voltou aos campos pela união de forças de torcedores apaixonados, empresários e pelo apoio dado aos clubes pela LDO e Secretaria de Esporte e Lazer.

“Eu agradeço também à ajuda financeira repassada pela Prefeitura de Óbidos, na pessoa do prefeito Jaime Silva e do vice-prefeito Jalico Aquino, que nos incentivou e continua nos incentivando a acreditar no esporte como essa grande ferramenta de transformação social. Sem esses apoios, não tem como fazer campeonato”, afirmou.

Marciano Tavares, presidente e técnico do São Francisco, também agradeceu pelo incentivo da administração. Fundador do clube no início dos anos 2000, Marciano chegou à quinta final com o São Francisco, que prioriza os jovens talentos do futebol que moram no bairro e em comunidades do município de Óbidos.

“Agradecer à Prefeitura de Óbidos por ter dado essa premiação pra gente. Estamos felizes por esse reconhecimento, que é muito importante. O título não veio, mas nós já vamos iniciar os preparativos do São Francisco para o ano que vem”, finalizou.

FONTE: Comunicação/PMO - Por: Érique Figueirêdo e Foto: Odirlei Santos

Criado em 2025-09-03 00:27:45

II Festival Folclórico Felipe Patroni celebra a cultura amazônica com o grupo “Encantos Amazônicos Patroni”

Óbidos, PA – A Escola Felipe Patroni realizou nesta semana o II Festival Folclórico Felipe Patroni: Amazônia Mágica – Redescobrindo o Folclore do Norte, que reuniu a comunidade escolar em uma grande celebração da cultura amazônica. O evento contou com apresentações preparadas por alunos com apoio dos professores, que formaram grupos culturais desempenhando um papel importante na valorização da identidade regional e na educação obidense.

Um dos destaques da programação foi a estreia do grupo Encantos Amazônicos Patroni, criado em agosto de 2025 pelas professoras Daniele Gomes, Érica Nunes e Heluane Andrade. Reunindo cerca de 50 estudantes da Escola Felipe Patroni, o grupo nasceu especialmente para o festival, com a proposta de exaltar a arte, a música e a tradição do Norte do Brasil.

Inspirado na grandiosidade do Festival de Parintins, o espetáculo encantou o público ao apresentar toadas, danças e personagens marcantes da cultura amazônica, como o Boi-Bumbá, Marujada, Porta-Estandarte, Sinhazinha da Fazenda, Rainha do Folclore, Cunhã-Poranga e Pajé. A encenação ganhou ainda mais brilho com a participação de convidados e apoiadores, que contribuíram para enriquecer a produção.

Mais do que uma apresentação artística, o Encantos Amazônicos Patroni representou um momento de valorização da ancestralidade e das raízes amazônicas. Cores vibrantes, ritmos contagiantes e personagens folclóricos emocionaram o público em uma noite que ficará na memória de todos.

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www.obidos.net.br  - Com informações e fotos Mauro Nayan

Criado em 2025-09-02 13:56:26

TERÇA DA CULTURA POPULAR: “Meia Tigela”

Célio Simões (*).

O premiado romancista e acadêmico Ademar Amaral, comentando em rede social mais uma sandice do títere venezuelano em fim de carreira, que da toca onde está homiziado propôs ao Brasil o envio de uma brigada de mil homens e mulheres do meio rural, sabidamente carentes de qualquer treinamento militar, visando com esse imaginário reforço de infantaria mambembe se defender de eventual confronto com as forças navais americanas, foi cáustico e direto:

- “Pobre de nós se entrarmos na lorota desse ditador de meia tigela”.

Ao assim se manifestar, esse grande escritor paraense colocou na expressão “MEIA TIGELA”, toda a repulsa que a bravata lhe causou, enfatizando ainda mais o sentido degradante que ela tem, geralmente dirigida a alguém despido de competência, lucidez, conhecimento ou habilidade naquilo que faz. Muito usada nos dias de hoje, essa designação aviltante surgiu em Portugal na Idade Média. E durante todo o período feudal ganhou força de gíria, de lá chegando ao Brasil com a mesma conotação depreciativa com que foi concebida.

No feudalismo, o bem mais precioso dos suseranos era a terra, que lhes assegurava produção farta e prosperidade, passaporte para o enriquecimento gerado pelo controle do comércio, donde vinha a influência, o mando político, os privilégios e o poder sem contestações em determinada região. Para impulsionar a produção em seus domínios territoriais, possuía a nobreza uma legião de servos incumbidos da atividade agrícola, exaustivo trabalho pago com alimentos, sempre servidos em rústicas e primitivas tigelas.

Havia absoluta necessidade dessa mão de obra gratuita e os servos que se destacavam pela maior produtividade, recebiam suas refeições em tigelas transbordantes de comida, ao contrário daqueles que não cumpriam as metas ditadas pelo patronato, no plantio ou na colheita, punidos com o recebimento de apenas metade da porção dos primeiros, minguada meia tigela de comida e designados pejorativamente como “trabalhadores de MEIA TIGELA”.

Como na Europa, os negros que à força labutavam nas minas de ouro do Brasil Império, na sombria época da escravidão, nem sempre conseguiam alcançar as “metas” que lhes eram impiedosamente impostas. Quando isso acontecia, o que não era raro pela exaustão física e a subnutrição, como reprimenda recebiam apenas metade da tigela de comida e o injurioso epíteto de “meia tigela”, para que todos vissem o infeliz como uma pessoa despida de valor.

Chamar uma profissional “meia tigela", longe de ser inconsequente brincadeira, tem sentido deveras ofensivo, porquanto alude a alguém com reputação de medíocre, desqualificado, sem versatilidade no que faz ou se propõe a fazer. E a expressão alcança com a mesma e deletéria intensidade o trabalhador intelectual, técnico ou manual, de vez que o alvo é sempre a pessoa e não o trabalho por ela realizado.

Engenheiros cometem erros graves nos cálculos de uma edificação, onde a falha no dimensionamento da estrutura, resulta na queda do prédio. Médicos se equivocam em cirurgias, como no caso de São Paulo em 2022, onde um cirurgião plástico foi denunciado por 20 pacientes cujos corpos restaram deformados após os procedimentos realizados, desaguando numa enxurrada de denúncias ao CRM/SP e em ações indenizatórias na justiça. Advogados sem preparo e juízes mal preparados desconhecem, vulgarizam ou afrontam o direito das partes. Odontólogos desatentos removem dentes saudáveis de seus aflitos clientes. Professores se perdem em proselitismo político e nada ensinam. Jornalistas deturpam notícias para atender interesses insondáveis, enfim, esta ligeira amostragem inclui o inconsequente comandante italiano que abandonou o “Costa Concórdia”, logo depois que o navio de cruzeiro se chocou com um rochedo e afundou matando 32 pessoas, em janeiro de 2012, todos se igualam como profissionais de “MEIA TEGELA”, sem competência em seu ofício, de conceito claudicante, por fazerem tudo muito mal feito. Chamado à atenção pela pintura desastrosa feita num apartamento de luxo, o mela-mão “meia tigela” ainda se saiu com esta:

- É patrão, eu ainda sei fazer pior...

Alguns relatos sugerem que a expressão também era usada antigamente para designar pessoas de baixa posição social, os que não tinham o privilégio de quebrar a tigela em certos rituais familiares, como era comum entre a nobreza da Idade Média. Em qualquer hipótese, a expressão sempre será considerada depreciativa, por isso deve ser evitada em tratamentos mais formais ou em conversas com pessoas sensíveis a alusões discriminatórias. 

Na literatura, o cearense Alves de Aquino, editor da revista Mutirão, que incentiva meritoriamente os novos autores do Ceará, se autointitula o “Poeta de Meia-Tigela”, embora não o seja, pois já publicou obras como  o “Memorial Bárbara de Alencar & outros poemas” (ano 2008) e lançou o livro “Concerto N. 1 Nico em Mim Maior para Palavra e Orquestra - Realidade de Combinações Puramente Imaginárias” (em 2010), nome respeitado das letras cearenses, que se empenha em romper com o lugar-comum em sua poética.

Na música popular brasileira, a dupla “Cacique e Pajé” lançou “PESCADOR MEIA TIGELA”, tirando sarro com a classe dos que buscam nas águas, por diletantismo ou profissão, o prazer da pesca ou o sustento da família:

“Pescador MEIA TIGELA gosta muito de pescar
Leva caixa de cerveja mantimentos no picuá
Leva barraca de luxo, leva até a sacaria
Pra trazer peixe pra casa ele sonha com esse dia.
Cadê o peixe pescador MEIA TIGELA?
Pra você não passar fome come pão com mortadela...”

Sequer escapou do injurioso conceito o escrete canarinho. Sob o título de “SELEÇÃO MEIA TIGELA”, o jornalista Leal Júnior, colunista do Portal LJ de Miracema do Tocantins (TO), na edição de 12/10/2024 questionou o pífio futebol da seleção brasileira, que nem de longe lembra a fase gloriosa de craques dignos desse nome que conquistaram cinco títulos mundiais, afirmando sem rodeiros:

“Ao que parece, não tem jeito; nem mesmo diante do fraquíssimo time chileno (a seleção) conseguiu jogar bem; venceu praticando um futebol decepcionante. Vejo que os brasileiros abandonaram de vez o escrete canarinho, pois, poucas pessoas se arriscam até tarde da noite esperando a bola rolar, e mesmo assim passam o jogo cochilando ou só acordam no outro dia. Infelizmente hoje a realidade é essa! (...). Vamos ficando mesmo com nosso futebolzinho feijão com arroz das séries A e B do brasileirão. Pelo menos vai entretendo! É o que eu penso!!!”

Se bem analisado, dizemos agora nós, é o que a maioria pensa também...

(*) CÉLIO SIMÕES é paraense, advogado, pós-graduado em Direito e Processo do Trabalho pela Universidade Cândido Mendes (RJ), escritor, professor, palestrante, poeta e memorialista. É membro da Academia Paraense de Letras, membro e ex-presidente da Academia Paraense de Letras Jurídicas, fundador e ex-vice-presidente da Academia Paraense de Jornalismo, fundador e ex-presidente da Academia Artística e Literária de Óbidos, membro da Academia Paraense Literária Interiorana e da Confraria Brasileira de Letras em Maringá (PR). Foi juiz do TRE-PA, é sócio efetivo do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, sócio correspondente do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós, fundador e membro da União dos Juristas Católicos de Belém e membro titular do Instituto dos Advogados do Pará. Tem seis livros publicados e recebeu três prêmios literários.

 

Criado em 2025-09-02 13:27:32

Em Santarém, Centro Maria do Pará recebe ação jurídica gratuita com atendimento humanizado

Atividade promovida pela UNAMA Santarém oferece serviços jurídicos e reforça compromisso social com mulheres em situação de vulnerabilidade

O Centro de Referência Maria do Pará recebeu, uma ação de atendimento jurídico gratuito promovida pelo Núcleo de Práticas Jurídica (NPJ) da UNAMA Santarém. A iniciativa teve como público prioritário mulheres vítimas de violência doméstica, mas também contemplou outras demandas jurídicas.

Os atendimentos foram concentrados na área do Direito das Famílias, abrangendo casos de pensão alimentícia, guarda de filhos, pedidos de alimentos, divórcio e dissolução de união estável. A atividade, realizada por ordem de chegada, contou com a supervisão de professores e advogados orientadores.

Vivência prática e formação profissional

A ação teve caráter pedagógico e social. Por um lado, proporcionou aos estudantes de Direito a oportunidade de aplicar na prática os conhecimentos adquiridos em sala de aula. Por outro, garantiu à população o acesso gratuito a serviços jurídicos essenciais.

Ana Paiva, acadêmica do décimo semestre, participou pela segunda vez da atividade. “Trabalhar diretamente atendendo essas mulheres que, muitas vezes, são vítimas de violência doméstica está agregando muito para mim. Nós conseguimos ter um olhar mais sensível, mais humano sobre essas pessoas que passam por situações complicadas,” afirmou.

Já Rodolfo Tavares da Silva, também acadêmico, vivenciou a experiência pela primeira vez. “Esse tipo de ambiente é bem importante para a comunidade, principalmente para aquelas mulheres que não têm acesso à informação ou não conhecem seus direitos. A gente vem aqui e dá aquele suporte, esclarecendo dúvidas e reforçando o entendimento jurídico,” destacou.

Parceria e impacto social

A coordenadora do NPJ da UNAMA Santarém, Alessandra Branches, explicou que a parceria com o Centro Maria do Pará existe há mais de dois anos. “A cada semestre realizamos duas ou três ações no centro voltadas para os usuários do programa. Em média, atendemos de 20 a 30 mulheres por dia,” informou. 

Ela também detalhou o processo de encaminhamento: após o acolhimento e orientação no centro, os casos são analisados pelos advogados orientadores e acadêmicos. Se necessário, é feito o agendamento no NPJ para prosseguimento da ação judicial ou tentativa de acordo. 

A coordenadora do Centro Maria do Pará, Raimunda Silva, ressaltou a importância da parceria. “A maioria das mulheres que nos procura é de classe baixa e não tem como pagar um advogado. A UNAMA tem sido fundamental nesse apoio. O acadêmico que vem aqui, desenvolve um olhar mais humano, mais sensível, e isso é essencial para a formação de profissionais que não atendam de forma mecânica,” afirmou.

De janeiro a julho, o centro realizou 61 atendimentos iniciais e mais de 200 retornos. Raimunda também destacou que muitas mulheres enfrentam dificuldades para comparecer presencialmente, seja por questões financeiras ou emocionais, e que o acolhimento precisa respeitar essas limitações.

Por: Henrique Britto

Criado em 2025-09-02 12:33:06

Projeto Linha de Transmissão levará energia mais limpa à MRN

Com 46 anos de atividades, a Mineração Rio do Norte (MRN), maior produtora de bauxita do Brasil, atua com foco na mineração sustentável e na transição energética na Amazônia. A empresa tem investido em descarbonização, conservação da biodiversidade e desenvolvimento comunitário. Entre suas iniciativas está um Projeto estratégico que conectará sua unidade operacional em Porto Trombetas, no município de Oriximiná (PA), ao Sistema Interligado Nacional (SIN). A iniciativa prevê a construção de uma Linha de Transmissão (PLT) de energia elétrica de 230Kv, com extensão aproximada de 98 km e 234 torres, passando pela região dos lagos Caipuru, Sapucuá e pelo rio Trombetas.

Projeto Linha de Transmissão (PLT),  apresentado durante a visita de profissionais da imprensa à MRN

O empreendimento é considerado fundamental para garantir a continuidade operacional da empresa, além de possibilitar a transição para uma matriz energética mais sustentável e eficiente. De acordo com a MRN, a mudança permitirá a redução de até 90% das emissões de gases de efeito estufa (GEE) no processo de geração de energia.

Durante a execução das obras, que devem se estender até março de 2027, está prevista a abertura de 500 postos de trabalho temporários, com cerca de 200 a 250 vagas destinadas a moradores de Oriximiná. O projeto também deverá fomentar a economia local, com aumento no consumo de bens e serviços, como hotelaria, restaurantes, comércio e locações de moradia.

Canteiro de obra do PLT em Oriximiná

De acordo com o cronograma, a Licença de Instalação foi emitida em outubro de 2024, e as obras começaram em julho de 2025, após sondagens no rio Trombetas, avaliação de acessos em comunidades e construção de canteiros de apoio em Oriximiná e proximidades. A previsão é que a Linha de Transmissão esteja concluída em março de 2027, quando será emitida a Licença de Operação e iniciada a transmissão de energia.

A construção da torre de transmissão de energia da MRN (Imagem 1), que atravessará o Rio Trombetas, ficará ao lado da torre da Eletronorte (Imagem 2).

A conexão será feita por meio da subestação em Oriximiná, operada sob concessão da Parintins Amazonas Transmissora de Energia S/A, reforçando a integração da região ao sistema elétrico nacional e assegurando energia mais limpa para a produção de bauxita da MRN.

Com isso, segundo a Diretoria do Projeto, a empresa reforça seu compromisso com a sustentabilidade e a redução de impactos ambientais, ao mesmo tempo em que contribui para o desenvolvimento econômico e social de Oriximiná e comunidades vizinhas.

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www.obidos.net.br  - Fotos de João Canto

 

Criado em 2025-09-01 14:04:33

PREVBarco II atenderá população de Óbidos de 1º a 5 de setembro

Óbidos receberá, entre os dias 1º e 5 de setembro de 2025, o PREVBarco II – Agência da Previdência Social Móvel Flutuante Santarém, que estará ancorado na rampa das Docas do Pará, no Centro da cidade. O atendimento será realizado das 8h às 18h, oferecendo diversos serviços previdenciários à população.

A triagem dos atendimentos acontecerá na sede da Colônia dos Pescadores Z-19, localizada na Rua Almirante Barroso, nº 13, no Centro de Óbidos.

Entre os serviços disponíveis estão: pensão, auxílio salário (maternidade), Benefício de Prestação Continuada (BPC), atualização de benefício, além de informações e orientações em geral sobre direitos previdenciários.

A iniciativa leva serviços essenciais do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) até comunidades ribeirinhas e municípios mais afastados, garantindo maior acesso da população a seus direitos.

A organização alerta que os interessados devem levar os documentos originais e o comprovante de residência para o atendimento.

O PREVBarco II é uma parceria do INSS, da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social e da Prefeitura de Óbidos, que buscam facilitar o acesso da população local aos serviços previdenciários de forma rápida e prática.

www.obidos.net.br

Criado em 2025-09-01 12:19:34

OBIDOS: Paraense Esporte Clube é Campeão Obidense 2025

Óbidos (PA) – O Estádio Ary Ferreira, o tradicional “Aryzão”, foi palco de uma grande final na tarde deste domingo, 30 de agosto de 2025, que ficará marcada na história do futebol obidense. Diante de um estádio lotado, o Paraense Esporte Clube venceu o São Francisco por 4 a 2 e conquistou o título do Campeonato Obidense de Futebol 2025.

A partida decisiva começou eletrizante. O São Francisco e Paraense empataram no primeiro jogo, e entraram em campo determinados a vencer, entretanto o São Francisco conseguiu ser melhor e terminar o primeiro tempo na frente, vencendo por 2 a 1 – placar que, naquele momento, lhe garantia a taça. A torcida do Paraense estava apreensiva, mas seguiu incentivando o time.

Na volta para a segunda etapa, o Paraense mostrou garra e partiu para cima. Empatou, virou e ampliou o placar, selando uma virada sensacional por 4 a 2. O resultado levou a torcida ao delírio e fez explodir o Aryzão em festa. O clima de rivalidade ainda provocou um princípio de tumulto nos minutos finais da partida, mas rapidamente foi controlado, sem maiores incidentes.

Paraense Campeão Obidense 2025

Com a vitória, o Paraense, após uma longa espera, voltou a erguer a taça de campeão obidense, coroando uma campanha de superação e determinação. Após o apito final, os jogadores receberam medalhas, o troféu e a premiação, celebrando junto à torcida que invadiu o gramado para festejar e a festas rolou até altas horas, na Pousada Curió, com a presença do Presidente Adailson Pinto.

O Campeonato Obidense 2025 foi organizado pela Liga Desportiva Obidense (LDO), presidida por Ivaldo Ferreira, o “Pepeia”, e contou com o apoio da Secretaria Municipal de Esporte e Lazer, através da Prefeitura de Óbidos, que garantiu os troféus e premiações tanto para o campeão Paraense quanto para o vice, São Francisco.

São Francisco Vice Campeão Obidense 2025

A final deste ano mostrou mais uma vez a força do futebol local e a paixão da torcida obidense, que lotou o Aryzão para acompanhar de perto a grande conquista do Paraense Esporte Clube.

Gols da partida...

Marcaram para o Paraense: Benedito Silva (43´), Romarinho (21´), Otavinho (30´) e Romarinho (40´ )

Marcaram para o São Francisco:  Manoel João (20´) e Rodrigo (37´).

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www.obidos.net.br  - Fotos de Vander N Andrade

 

Criado em 2025-08-31 17:18:49

Baile dos Pauxis será realizado em Belém no dia 10 de outubro

Belém (PA) – Um dos encontros mais esperados pelos obidenses residentes na capital paraense e visitantes durante o Círio de Nazaré está de volta. O tradicional “Baile dos Pauxis” acontecerá no dia 10 de outubro de 2025 (sexta-feira), na Sede da Assembleia Paraense (Centro), prometendo mais uma noite de confraternização, reencontros e muita diversão.

O baile, que já ultrapassa quatro décadas de tradição, é promovido pelo conterrâneo Aristides Dias (Tidão) e reúne centenas de obidenses e amigos em Belém.

Atrações Musicais

Nesta edição, o público vai dançar ao som das bandas Amazon Dance e Top Hits, que irão animar a noite com repertórios variados. Além da música, a programação contará com a tradicional escolha da Garota Óbidos, sorteio de brindes e momentos de confraternização entre os participantes.

Origem do Baile

O “Baile dos Pauxis” teve início em 1975, quando um grupo de obidenses que vivia em Belém percebeu a falta de convivência entre os conterrâneos, apesar de estarem na mesma cidade. A ideia de organizar uma festa surgiu para reunir amigos, fortalecer laços e celebrar a cultura obidense. Desde então, o evento passou a ocorrer todos os anos, sempre no período do Círio de Nazaré, quando muitos obidenses visitam a capital paraense.

Serviço

  • Evento: Baile dos Pauxis
  • Data: 10 de outubro de 2025 (sexta-feira)
  • Local: Assembleia Paraense – Centro (Belém-PA)
  • Hora: 22h
  • Bandas: Amazon Dance e Top Hits
  • Promotor: Aristides Dias (Tidão)
  • Contato: (91) 98027-7488

O “Baile dos Pauxis” segue firme como um espaço de encontro, música e tradição, celebrando a amizade e a cultura obidense em Belém do Pará.

www.obidos.net.br

 

Criado em 2025-08-29 13:19:52

Laís Sofia, aluna do IFPA Campus Óbidos, conquista medalhas de ouro e prata no JIF 2025

Óbidos (PA) – A estudante Laís Sofia, do Instituto Federal do Pará (IFPA) Campus Óbidos, brilhou na Etapa Norte dos Jogos dos Institutos Federais (JIF 2025), realizada no estado do Amapá. Representando o Pará, a jovem atleta conquistou a medalha de ouro nos 3000 metros e a medalha de prata nos 800 metros na modalidade de atletismo, colocando-se entre os grandes nomes da competição.

Os JIFs são o maior evento esportivo da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica. Realizados anualmente, eles reúnem estudantes-atletas de diversos institutos federais em diferentes modalidades, promovendo o intercâmbio cultural e esportivo entre jovens de todo o país. A etapa Norte, da qual Laís participou, é uma das mais desafiadoras, reunindo atletas do Amazonas, Pará, Acre, Roraima, Rondônia, Tocantins e Amapá.

Mais do que competir, os Jogos carregam a missão de incentivar valores como cidadania, respeito, inclusão e trabalho em equipe, fortalecendo a formação integral dos estudantes. Nesse contexto, a participação e o desempenho de Laís Sofia não se limitam à conquista das medalhas: representam também a dedicação, disciplina e espírito coletivo que o esporte proporciona.

Para a comunidade acadêmica do IFPA Campus Óbidos, a conquista de Laís é motivo de orgulho. O feito mostra a força dos talentos locais e evidencia o impacto positivo que o esporte exerce na educação, atuando como ferramenta de transformação social e incentivo para outros jovens da região.

Além da performance individual, a participação do IFPA no JIF 2025 reforça a importância do incentivo a práticas esportivas dentro das instituições de ensino. O esporte, aliado ao conhecimento científico e tecnológico, contribui para a formação de cidadãos mais preparados, engajados e conscientes do papel que exercem na sociedade.

Com talento e determinação, Laís Sofia levou o nome do IFPA e do Pará ao pódio, mostrando que perseverança e esforço podem transformar sonhos em conquistas reais. Sua história agora integra o hall de vitórias que marcam a trajetória do esporte estudantil da região Norte e inspira novas gerações de atletas.

www.obidos.net.br – Informações e fotos IFPA-Óbidos

 

Criado em 2025-08-29 03:29:10

Centro Cultural João Fona celebra 34 anos de fundação com programação especial

Santarém (PA) - O Centro Cultural João Fona (CCJF) celebrou nesta quarta-feira, 27 de agosto, 34 anos de atuação como espaço de preservação da memória e da cultura de Santarém. Localizado na orla da cidade, o prédio histórico — construído há 170 anos — é um dos marcos arquitetônicos mais antigos e simbólicos do município.

Ao longo das décadas, o CCJF consolidou-se como referência em pesquisas, exposições e atividades culturais que fortalecem a identidade santarena. Em 2025, o espaço já contabiliza mais de 20 exposições realizadas e um público superior a 15 mil visitantes, reafirmando seu papel como um dos principais difusores culturais da cidade.

Para marcar o aniversário, a programação contou com visitas guiadas ao prédio histórico, a exposição “Cuias Pintadas de Santarém”, a mostra “Memória Construída: Olhares para a Cidade”, além de contação de histórias voltada ao público infantil e a participação especial do mascote Boi Resgatão, que animou a festa com muita interação cultural. Como não poderia faltar em um aniversário, o evento também teve bolo, servido ao público presente.

A secretária municipal de Cultura, Priscila Castro, ressaltou a importância do espaço como símbolo da preservação da história santarena.

“O Centro Cultural João Fona é muito mais do que um prédio histórico. Ele é um ponto de encontro entre passado, presente e futuro, onde nossas tradições se mantêm vivas e acessíveis às novas gerações. Celebrar 34 anos de atuação significa reafirmar o compromisso da Prefeitura de Santarém em valorizar e fortalecer a cultura local.”

O coordenador do CCJF, Anderson Pereira, também reforçou o papel do centro na vida cultural da cidade.

“Esse espaço tem sido fundamental para a preservação da memória santarena. Aqui recebemos visitantes, estudantes, pesquisadores e famílias que reconhecem no CCJF um patrimônio de todos. Nesses 34 anos, cada exposição, cada ação educativa e cada evento reforçam a nossa missão de aproximar a comunidade de sua própria história.”

O prédio que abriga o CCJF foi inaugurado em meados do século XIX e, ao longo dos anos, desempenhou diferentes funções — como sede da Intendência, Prefeitura e cadeia pública — até se consolidar como centro cultural em 1991. Hoje, é um dos cartões-postais da cidade, situado em frente ao majestoso Rio Tapajós, e segue como referência na promoção da cultura e da memória amazônica.

FONTE: Comunicação/PMS

Criado em 2025-08-27 23:40:29

A BORDADEIRA DA ESQUINA

Lúcia Helena Alfaia*. 

À tardinha, com as badaladas do relógio da torre da matriz, ela aparecia perfumada de alfazema na porta do casarão, com seu vestido estampado e sentada na cadeira de balanço. No pescoço trazia a circunferência do talco, passado com pluma suave; nas mãos, segurava o bastidor de sua arte, tecida sutilmente com linhas multicores e agulhas.

Cantarolava acalantos embalados pelos desenhos riscados com os olhos; criava vidas nas cambraias brancas dos enxovais recém-nascidos, moldados por suas mãos, e serena, fertilizava amores e festas.

A pequena senhora tinha cabelos branco-nuvem e seus passos arrastavam o tempo nas lajotas vermelhas; as lentes de seus óculos tinham pigmentações esverdeadas; seus braços eram longos e cheios de sinais cor de casca de tamarindo.

Quando podia, conversava com os passantes saudando - lhes com um “salve” ao entardecer. Morava na rua perto da praça de onde se avistava a torre da Igreja, esquina da rua dos bacurizeiros e de lá do seu canto, enxergava o tempo, alto e desenhado por grandes ponteiros. Sabia dos horários da missa, das fornadas do pão de Santo Antônio, das alvoradas, ouvia sorrisos dos pequenos estudantes que saíam da aula de reforço e movia seus olhos d’água para as novidades da cidade.

Vez ou outra descia para a calçada maior e narrava fatos de suas vivências pelas ruas estreitas e silenciosas. A cadeira balançava, confirmando a artesania experimentada com o passar dos tempos. Tinha um cesto de fibras arrumado no banco de madeira e dentro dele, linhas de algodão entrelaçadas bailavam com a brisa da esquina, certamente fios encantados, tramados em flores, folhas e outros desenhos que só as mãos ágeis da bordadeira imaginavam e faziam.

Em alguns momentos, pensava-se que as linhas de suas agulhas eram seus cabelos, tamanha a delicadeza que confundia os olhares mais atentos. Usava o dedal de forma que a cada tecido bordado de algodão ou linho, as laçadas e pontos cheios concebiam melodias de ninar, para embalar os afagos noturnos.

A velha bordadeira tinha o olhar verde-água, imenso e distante como os mares nunca vistos na pequena cidade; veio à terra para embalar insônias, inclusive as de Neruda, ocasionadas na noite na ilha, ou as de mães solteiras, registradas nas cartas de Anzaldúa. Afinal, bordar vidas era para mulheres de espírito farto e de mãos sabidas, como as dela.

Com a chegada das férias, a rua do casarão festejava diuturnamente, exibindo o brilho dos fogos no céu, o som de canções amigas que reuniam encontros e despertavam os sonos mais pontuais e rotineiros. Nessas tardes - noites, a senhora dos cabelos brancos tudo ouvia e via, até as brilhantes luzes do parque de diversões, que divertiam gerações.

Ao longo dos dias, cardumes de escamas reluzentes subiam a ladeira em feixes amarrados aos remos dos pescadores, e passavam na lateral da casa do canto; carros - som desciam anunciando bailes nos clubes da cidade e perto da janela de seu quarto, a senhora sentia o cheiro inebriante da pipoca, quentinha, que passava para divertir-se no arraial.

Nas imediações da casa do canto morava uma menina que nas tardes de lazer, tagarelava frases soltas no passeio da tarde e passava naquela esquina às vezes à pé, outras de bicicleta, acompanhada de seus colegas, e cumprimentava a senhora, pois queria ver de perto os graciosos flocos de algodão que compunham seus cabelos, pousados numa cadeira verde, trançada com fios espaguete.

Ao longo do passeio, alguns perguntavam se a bordadeira realmente existia ou aparecia de vez em quando para sorrir com a molecada, pois a cada roupa ornada paria um anjo e num gesto espiralado, sumia da porta do casarão… talvez tivesse asas e transformasse cada bastidor em guias de viagem… quem sabe plantava as flores que desenhava em seu quintal…

Após um período de sol e lua e percebendo que mais estrelas reluziam no infinito, a menina aprendeu que a bordadeira da esquina era primavera e a cada florada, perfumava a continuidade da vida com as luzes do pôr-do-sol.

* Crônica da obidense Lúcia Helena Alfaia de Barros publicada na coletânea da Revista África e Africanidades, que oportuniza escritoras e escritores brasileiros e de outros países, a publicarem seus escritos.

** Lúcia Helena Alfaia de Barros, é obidense, Mestre pelo Programa de Pós-Graduação em Diversidade Sociocultural - Museu Paraense Emílio Goeldi - MPEG, Belém Pará. É docente da Rede Estadual de Educação do Estado do Pará – SEDUC. E-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..

***As frases em itálico, são trechos dos livros de Conceição Evaristo (Olhos D´água), Pablo Neruda (Noite na ilha) e Glória Anzaldúa (Falando em línguas: uma carta para as mulheres escritoras do terceiro mundo).

 

 

 

 

Criado em 2025-08-27 21:15:02

Rodas de Conversa do Agosto Lilás promovem conscientização em Curuá e Óbidos

A Campanha Agosto Lilás, realizada em todo o Brasil durante o mês de agosto, tem como objetivo conscientizar a sociedade sobre o combate à violência contra a mulher. A iniciativa reforça a importância da Lei Maria da Penha (Lei nº 11.340/2006), que garante medidas protetivas de urgência e assegura os direitos das mulheres vítimas de violência física, moral, patrimonial, psicológica e sexual.

Nos municípios de Curuá e Óbidos, ações do projeto “Mulheres e Crianças da Amazônia” promoveram rodas de conversa que proporcionaram momentos de reflexão coletiva e troca de experiências entre as participantes. As atividades foram realizadas no município de Curuá e na comunidade São José, Mocambo Pauxis, em Óbidos.

Esses encontros se mostraram fundamentais para discutir temas como a igualdade de gênero e os diferentes tipos de violência enfrentados pelas mulheres. O espaço acolhedor e participativo permitiu que todas pudessem expressar opiniões, esclarecer dúvidas e fortalecer a consciência crítica. Além disso, as rodas de conversa funcionam como ferramentas de prevenção, ao disseminar informações sobre direitos, serviços de apoio e canais de denúncia.

Durante a programação, também foi apresentado o novo veículo adquirido pela Associação Beneficente Emaús, em parceria com a MIVA Áustria, a Diocese de Linz, o Land Oberösterreich e a Brasilienmission des Hl. Franziskus e. V., Visbek, Alemanha. A pick-up Hilux, quatro portas e tração 4x4, foi disponibilizada para a equipe de trabalho em sua primeira missão voltada aos projetos sociais.

A aquisição representa um importante reforço para as atividades da entidade, oferecendo mais segurança e agilidade no deslocamento de profissionais e voluntários, além de ampliar o alcance das ações sociais em comunidades de difícil acesso na zona rural. Dessa forma, a iniciativa fortalece tanto a promoção da cidadania quanto o apoio às mulheres em situação de vulnerabilidade na região amazônica.

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FONTE: Informações e fotos Mauro Naian / Diocese de Óbidos

 

Criado em 2025-08-27 16:19:31

ANA declara situação crítica de rios da Amazônia por escassez d’água

A Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) declarou situação crítica de escassez de águas dos rios Juruá, Purus e seus afluentes - Acre e Iaco -, que ficam na região da Amazônia. Todos eles têm nascentes no Peru e os respectivos cursos d’água cortam os estados brasileiros do Acre e do Amazonas. A bacia dos rios tem registrado chuvas abaixo da média desde 2023. 

A declaração foi aprovada pela diretoria da agência na última quinta-feira (21) e publicada hoje no Diário Oficial da União. 

A resolução, que está valendo a partir de hoje (26) e segue em vigor até 31 de outubro, tem o objetivo de identificar os impactos do baixo nível dos rios sobre os usos da água e propor medidas de mitigação. Ela permite, ainda, que entidades reguladoras e empresas de saneamento adotem tarifas especiais para cobrir custos adicionais causados pela falta de água, além de sinalizar aos usuários do sistema a necessidade de gerenciar melhor o uso da água durante o período de escassez. Outro ponto importante é agilizar o reconhecimento pelo governo federal de estados e municípios em situação de calamidade por seca, facilitando o recebimento de auxílio da União.

O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) indica que as regiões das bacias dos rios Juruá, Purus e Acre vêm registrando chuvas abaixo da média desde 2023. As previsões climáticas do Inpe e do Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam) indicam que os volumes de precipitações até outubro devem ficar abaixo da média. 

Vazante

As bacias dos rios Purus e Juruá estão no período de vazante, em que o nível das águas começa a descer, logo após a cheia, fenômeno típico que ocorre entre junho e novembro. Não se trata, portanto, de um período de seca. Mas, ainda assim, os níveis estão muito abaixo da média esperada para esse período do ano.

O período de abrangência da declaração de situação crítica da ANA poderá ser prorrogado, mediante análise técnica, caso persistam as condições de escassez hídrica na bacia. Igualmente, a resolução poderá ser suspensa antes do prazo, caso os níveis dos rios Juruá, Purus e seus afluentes se elevem com a ocorrência de chuvas.

FONTE: Agência Brasil

 

Criado em 2025-08-27 00:19:06

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