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Iniciativa segue agenda em 14 comunidades quilombolas do Alto Trombetas 1 e 2, com foco na saúde preventiva.
Ao cumprir o ciclo de sete meses de monitoramento e atendimentos, estendidos durante o período de pico da pandemia, beneficiando em torno de 6 mil pessoas de 25 comunidades tradicionais no oeste paraense, o projeto Quilombo retomou a rotina de suas atividades na região do Alto Trombetas 1 e 2 no mês de novembro, concluindo, neste mês de dezembro, o trabalho médico itinerante deste ano. A iniciativa faz parte do Programa de Educação Socioambiental da Mineração Rio do Norte (MRN), em atendimento às condicionantes do Ibama.
O projeto segue com os atendimentos mantendo todas as medidas de prevenção e conscientização em relação ao uso de máscaras, isolamento social e higienização das mãos. “Felizmente, a abordagem e a estratégia adotadas de tratamento têm sido extremamente efetivas. O protocolo de retomada à rotina de atendimentos segue orientações estabelecidas e acordadas com o Hospital de Porto Trombetas e com a Secretaria Municipal de Saúde de Oriximiná, incluindo distanciamento social, uso obrigatório de máscara, álcool em gel, sabão, padrões básicos de higienização e, assim, a gente consegue orientar”, comenta Dr. Joseraldo Furlan, conhecido como “Dr. Jô”, médico que conduz o projeto em campo.
Neste mês, a equipe do projeto Quilombo pode confirmar que boa parte das comunidades conscientizou-se sobre a importância da saúde preventiva, resultado das orientações durante os trabalhos de campo ao longo deste ano de pandemia. “Muitas comunidades realmente procuraram se preservar. Felizmente, o resultado foi positivo, mesmo com alguns poucos casos de contaminação apresentados nas comunidades de ribeirinhos e quilombolas, a conduta terapêutica e o tratamento precoce foram extremamente eficazes. Isso para gente é muito importante”, relata o Dr. Jô.
FOTOS DO PROJETO
Para o agente comunitário de saúde da comunidade Palhal e liderança local José Adomiro, conhecido como “Bila”, a extensão do projeto gerou melhoria para as comunidades, que precisavam de uma iniciativa que viabilizasse atenção à prevenção sobre a covid-19. “Foi um trabalho que não parou e foi muito gratificante porque fortaleceu os atendimentos no Território Quilombola de Alto Trombetas 2. As pessoas são bem atendidas. Esperamos que este projeto possa se estender por mais um tempo dentro do nosso território”, comenta.
A relevância de fomentar a medicina preventiva e básica da saúde em comunidades remotas, como as atendidas pelo projeto Quilombo, é destacada pelo diretor de Sustentabilidade da MRN, Vladimir Moreira. “Este projeto é uma das frentes fundamentais para garantir a saúde preventiva das comunidades da região do Alto Trombetas 1 e 2, contribuindo com atendimentos de qualidade para o bem-estar de centenas de pessoas anualmente e, especialmente neste ano de pandemia, conscientizando-as para redobrar os cuidados”, declara Moreira.
Para a agente comunitária de saúde Maria Cileusa, moradora da comunidade Paraná do Abuí, do território quilombola Alto Trombetas 1, o projeto Quilombo deu o suporte necessário às comunidades durante a pandemia. “Tivemos uma supervisão muito boa com atendimento a pacientes que estavam com sintomas de covid-19 em suas residências além de orientação persistente aos pacientes para ficarem em casa. Foi o apoio que as comunidades precisavam. O atendimento de rotina pelo projeto segue com boa qualidade”, destaca a agente comunitária de saúde.
As ações do Projeto Quilombo são complementares às do poder público, que é o principal responsável pela coordenação das políticas de saúde. “Para a MRN e as comunidades envolvidas, é de grande importância a cooperação da Secretaria de Saúde do Município de Oriximiná. As parcerias nos fortalecem e garantem que as ações estejam alinhadas às políticas públicas de saúde. E essas, por sua vez, estão sujeitas ao crivo da sociedade, por meio dos mecanismos participativos de controle social. Isso é fundamental para a garantia de bons resultados”, avalia Jéssica Naime, gerente de Relações Comunitárias da MRN.
O Projeto Quilombo é uma ação da MRN em resposta a uma condicionante socioambiental, que busca fortalecer as ações de saúde na região do Alto Trombetas a partir de três pilares: ações de prevenção, atendimento básico em saúde e disseminação da informação. Nesse sentido, além do atendimento presencial nas comunidades realizado por uma equipe formada por médico, enfermeiros e agentes de saúde, as ações educativas são de fundamental importância para a prevenção de doenças, cujos protagonistas são os próprios comunitários, ribeirinhos e quilombolas.
Sobre o projeto – O Projeto Quilombo atende 14 comunidades do Alto Trombetas 1 e 2 com serviços de assistência à saúde para tratar e prevenir patologias. São oferecidos serviços de pré-natal, atendimentos em clínica geral e enfermagem, Hiperdia para acompanhamento de hipertensos e diabéticos, planejamento familiar, vacinação, distribuição de medicamentos, exames laboratoriais e palestras informativas. Por meio do projeto, também são desenvolvidas iniciativas de combate à desnutrição.
FONTE: Comunicação/MRN
Criado em 2020-12-25 15:14:36
FELIZ NATAL!
Cora Carolina.
Enfeite a árvore de sua vida
com guirlandas de gratidão!
Coloque no coração laços de cetim rosa,
amarelo, azul, carmim,
Decore seu olhar com luzes brilhantes
estendendo as cores em seu semblante
Em sua lista de presentes
em cada caixinha embrulhe
um pedacinho de amor,
carinho,
ternura,
reconciliação, perdão!
Tem presente de montão
no estoque do nosso coração
e não custa um tostão!
A hora é agora!
Enfeite seu interior!
Sejas diferente!
Sejas reluzente!
Criado em 2020-12-24 13:25:32
A Prefeitura Municipal de Óbidos publicou um Aviso de Edital, nesta quarta-feira, dia 23, o qual comunica que a abertura das inscrições ao Concurso Público destinado ao preenchimento de vagas a cargos de nível superior, médio e fundamental (incompleto e completo), para atuação na área rural e urbana do Município acontecerão no período de 11/01/21 a 11/02/21.
Segundo o documento divulgado que é o extrato do edital do concurso, precede a publicação do edital de íntegra, o candidato poderá realizar sua inscrições via Internet no site da FADESP no referido período11/01/2021 a 11/02/2021.
De acordo com o EDITAL de abertura do Concurso, estão previstas 537 vagas para diversos cargos que abrangem todos os níveis de escolaridade e área do conhecimento. Já os salários podem chegar a R$ 6.000,00, dependendo do cargo desejado.
Criado em 2020-12-23 19:05:11
Em reparação a um sacrilégio cometido na Igreja Matriz, provavelmente no ano de 1800, foi construída pela população Obidense, a Capela do Bom Jesus, ou do “Desagravo”, no topo de uma colina que avançava para o interior do Rio Amazonas, atrás da Cadeia Publica.
Há duas versões populares quanto ao sacrilégio, que motivou a construção de tal Capela. Uma delas afirma que três homens ao chegarem a porta principal da Matriz, com os cálices que haviam roubado, se viram seguidos por uma legião de anjos, o que os fez abandonar os cálices na colina, que mais tarde deu lugar a Capela.
A outra versão conta, que mal feitores entraram na Matriz de Sant’Ana, roubaram os cálices e, do alto da colina derramaram as hóstias neles contidas. No dia seguinte a esse fato, encontraram as hóstias naquele mesmo lugar, cercadas de ovelhas ajoelhadas.
Vários episódios da historia de Óbidos, marcaram a existência da capela do “desagravo”, como a aclamação da independência do Brasil, em Óbidos, no dia 12 de novembro de 1823, quando nela foi celebrado o TEDEUM, um cântico em ação de graças. Solenidade como esta, aconteceram na capela do Bom Jesus ou Desagravo, por está na época, a Matriz de Sant’Ana, em péssimo estado de conservação.
Em 1827, ano de inauguração da Igreja Matriz, o estado de ruínas em que se encontrava a Capela do Desagravo, fez com que o povo de Óbidos, passasse a frequentar apenas a Igreja de Sant’Ana.
Em virtude da divisão da sociedade paraense em dois grandes grupos sociais – de um lado, comerciantes ricos, grandes funcionários civis e militares, além de religiosos, e, de outro negros escravos, tapuios, pretos livres, brancos pobres, etc, que habitavam casas de palha, as margens dos rios e que produziam riquezas de que não usufruíam – surgiu o “Movimento Cabano”.
A ocupação de Óbidos pelos revolucionários cabanos, que tomavam os bens das pessoas abastadas da cidade, fez com que o padre Raimundo Sanches de Brito, pároco local, pensasse que o fato se tratava de um castigo imputado por Deus à população, por ter esta, abandonado a Capela do Desagravo.
Apavorados com a situação, as famílias ricas prometeram construir uma nova capela do Bom Jesus, tão logo voltasse a paz à Óbidos e a Província do Grão Pará. Tal promessa foi adiada por 20 anos, em virtude dos prejuízos que sofreu a economia local em consequência da Cabanagem.
A construção da nova capela contou com financiamento das famílias abastadas e com o trabalho das pessoas humildes, como a escrava Eulália, o Sr. Laurindo Ferreira da Silva e muitos outros escravos, cedidos por seus senhores, para trabalhar na edificação da nova capela, inaugurada no dia 04 de outubro de 1855.
A capela do Bom Jesus, fruto da promessa dos obidenses, no que se refere a arquitetura, possui elementos característicos das construções jesuítas dos séculos XVI, XVII, XVIII; este fato é substanciado com o alpendre ou copiar, situado anteriormente à porta de entrada, que dá acesso ao interior da capela, propriamente dita (NAVE). O uso do alpendre nas fachadas é um exemplo da influência Ibérica. Presume-se que, como na Europa, também tivesse a finalidade de impedir que determinadas classes, como por exemplo, pretos escravos, índios e tapuios, tivessem acesso às naves da capela.
Posterior a tudo isso, foi construída – próximo ao local da antiga Capela do Desagravo – a Segunda Capela do Desagravo. Desta vez, uma capela minúscula, com vitrais, onde cabiam apenas duas pessoas.
Dessa minúscula Capela, o padre celebrava missas campais, todos os anos a pedido das famílias ricas da cidade, que perderam seus entes queridos, mortos pelos cabanos, em lugar próximo a ela, conhecido popularmente como “Bota D’água”.
Fotos recentes João Canto - Foto Antiga (MIOB)
Fonte de Pesquisa: Museu Integrado de Óbidos (MIOB) - Republicada
Criado em 2020-12-23 11:35:37
Participe da Feijoada do Barco Hospital Papa Francisco – FEIJOADA DO PAPA, que acontecerá nesta quarta-feira, dia 23 de dezembro de 2020. Quem adquirir a Feijoada, que está sendo vendida a 5 Reais, deverá receber em frente ao Barco, a partir das 11h.
Criado em 2020-12-22 22:27:58
O Terminal Hidroviário de Passageiros e Cargas de Óbidos, que há muito tempo estava abandonado, cerca de oito anos, teve sua obra retomada pelo Governo do Estado em 2018. As obras de reforma e adequação do Terminal, segundo a Companhia de Portos e Hidrovias do Pará (CPH) deverá ser entregue em maio de 2021.
O terminal que receberá o nome de Francisco Soares de Aquino, terá a execução das obras de engenharia para reforma e adequação um orçamento de R$ 2.769.957,29, que foi reiniciada em 01/11/2018. Lembrando que inicialmente, o término da obra estava prevista para 30/11/2019.
Ambientes
O terminal terá salas para órgãos oficiais, sala de embarque, banheiros masculino, feminino e necessidades especiais, lanchonete, guarda-volumes, e guichês para vendas de passagens. Além disso, o terminal também ganhará Estação de Tratamento de Esgoto (ETE), sinalização interna, novas instalações elétrica e hidrossanitária.
Na parte naval do terminal serão utilizadas duas rampas metálicas articuladas, de 25 metros, atendendo às normas de acessibilidade; um flutuante intermediário de seis metros de comprimento, e o flutuante principal com 25 metros de comprimento.
Registramos algumas fotos, no dia 19/12/2020, que mostram como estão as obras do Terminal Hidroviário de Passageiros e Cargas de Óbidos, que continuam em andamento.
www.obidos.net.br – Fotos de Vander N Andrade
FOTOS....
Criado em 2020-12-22 01:43:52
Neste domingo, dia 20 de dezembro, no Auditório da Casa da Cultura, aconteceu a grande final do 16º Festival da Música Obidense – FEMOB/2020, em uma Live da SEMCULT, organizadora do festival, sendo a grande vencedora do FEMOB/2020 foi a canção “ALMAZÔNICA”, composição e interpretação de Eduardo Dias.
Ao todo, 12 canções concorreram no 16º FEMOB apresentadas em vídeos (link), sendo que as vencedoras foram:
1º Lugar: CANÇÃO: ALMAZÔNICA - Autor e Intérprete: Eduardo Dias (Prêmio de 5 mil reais).
2º Lugar: CANÇÃO: HOMEM DE PAPEL - Autora e Intérprete: Maria Albertina Ribeiro Ramos (Amarilis) - (Prêmio de 3 mil reais).
3º Lugar: CANÇÃO: CORAGEM - Autor e Intérprete: Brendel Rodrigues (Prêmio de 2 mil reais).
Melhor interprete: CANÇÃO: HOMEM DE PAPEL - Autora e Intérprete: Maria Albertina Ribeiro Ramos (Amarilis) - (Prêmio de um mil reais)..
Música mais popular, voto popular: CANÇÃO: CORAGEM - Autor e Intérprete: Brendel Rodrigues
A premiação foi entregue pelo Prefeito Chico Alfaia e o Secretário de Cultura Sávio Ricarte, sendo que 16º FEMOB foi uma realização da Secretaria Municipal de Cultura/Prefeitura Municipal, com apoio da Lei Aldir Blanc, com apresentação de Gracerlaine Farias.
Durante a final do FEMOB, várias bandas se apresentaram: Forrozão Bota Pra Cima, Banda Show Energia, Dango e seu Teclado e Amaury Savino.
Criado em 2020-12-21 16:35:02
O Conto do obidense Romualdo de Andrade Filho, intitulado “O Homem que escutava Cornelius Cordew”, foi vencedor do XVI Concurso Literário Mário Quintana, na modalidade nacional, realizado pelo Sintrajufe, no Rio Grande do Sul.
O Conto está publicado em um eBook, intitulado: “Não há isolamento para a plavra”, Antologia Literária da oficina de escrita ativa e da oficina de Poesia e Letra de Música 2019/2019. O Conto está na página 62 do livro, o qual estamos postando a seguir, para os apreciadores da boa escrita.
O HOMEM QUE ESCUTAVA CORNELIUS CORDEW
Romualdo de Andrade Filho*
Olho para o calendário preso na parede, arranco a folhinha esquecida de março já toda riscada, e um abril surge vago e fosco. Com um X, assinalo os primeiros dias gastos deste mês e digo para mim mesmo, em voz baixa: “abril será o mais longo dos meses”. Desanuvio o pensamento, vou ao fogão e preparo um colômbia bem forte. Sento na poltrona e estico as pernas; com a xícara fumegante em uma das mãos e, com a outra, como um maestro canhestro, conduzo e trauteio a música que vem do fim do corredor que ilumina minha alma escura e vazia como um clarão estival: o piano de Rzewski toca uma das faixas de We Sing for the Future, de Cornelius Cardew.
Novos sons têm surgido e outros, cessado nestes meses de confinamento: o ultrassom que inibe o Hermógenes, um velho e rabugento chihuahua do apartamento no térreo que agora esboça apenas um simulacro de latido; a viúva, do andar de baixo, que reclama do marido invisível que não faz a separação adequada do lixo e berra ao repreendê-lo: “Agnaldo, seu imprestável, já não lhe falei...”; a eterna lua-de-mel do casal do apartamento colado ao meu que agora não passa de um breve suspiro aliviado; o entra e sai dos entregadores de encomenda e de comida que se esgueiram pelo saguão do prédio; e o morador do fim do corredor, que escuta Cornelius Cardew.
De todos esses sons o piano de Rzewski é o único que me coloca em sintonia com a vida e faz com que meus dias de isolamento tenham alguma conexão com o mundo exterior: Cardew já me era conhecido desde os anos 70, quando em Londres, eu vagava pelos pubs baratos, sem nenhum penny e à míngua. Lembro que até cheguei a barganhar um LP da The Scratch Orchestra, autografado pelo próprio Cardew em troca de um prato de comida, numa época em que eu ralava e tentava ganhar algum trocado, tocando minha panflute na Portobello Road. Quase meio século após minhas andanças pela Ilha, ouvir o vanguardista vermelho ser tocado nas horas mais intensas como estas, aqui nesse cubículo que me acostumo aos poucos a chamar de lar, era a última coisa que eu poderia esperar da vida.
*
A primeira vez que o vi neste prédio foi numa tarde abafada e quente de um dia qualquer de fevereiro deste ano. Ambos esperávamos o elevador preso no 4º andar. Após chutar a porta, o elevador finalmente se desprende e chega ao térreo.
Ofereço-me com as sacolas de compra e pacotes que o homem carrega e, em sinal afirmativo, me agradece com um olhar longínquo. Aperto o botão do12º e pergunto para qual andar ele está indo. Com movimento de cabeça, entendo ser o mesmo piso que o meu. Desconsertado, esboço um sorriso dúbio por detrás da máscara. Subimos os níveis em pequenos solavancos, sem trocar nenhuma palavra. A porta do elevador se abre e, dos pacotes que o homem carrega, de um deles, um livro se desprende e cai.
Abaixo, pego-o, ajeito a capa amassada e deito-o sobre os pacotes que estão em seus braços. Ofereço-me para levar as sacolas restantes, que mantenho em minhas mãos, até o seu apartamento. O homem me agradece com leve menear de cabeça e um franzir de cenho amistosos. Vou em direção ao seu apartamento com ele à frente. O homem abre a porta e coloco as sacolas que tenho nas mãos sobre a mesa da sala.
Com um olhar perscrutador, invasivo e curioso, lanço uma rápida olhadela em direção ao aparador que decora o sóbrio apartamento. Sobre o móvel, uma pilha de LPs amontoados ao lado de um toca-discos hi-fi. É de lá que vem a música de Cardew, asseguro-me e me censuro logo em seguida. O homem me agradece e, em retribuição, não sei, me dá o livro que tem nas mãos. Diz que, assim que terminar, eu poderei passá-lo adiante, como alguém antes dele também o fizera. Despeço-me, e a porta se fecha atrás de mim: um som oco e surdo desfaz minha breve e rápida amizade.
*
Uma movimentação incomum quebra o silêncio deste andar: abro a porta devagar e por mim passa uma maca e nela, o corpo inerte do homem cujos braços balançam no descompasso de pernas apressadas e coreografadas de seus condutores. Reconheço-o. Para trás, fica o cheiro de éter, de álcool e de morte que invadem o corredor e me causam um certo tipo de náusea. Fecho a porta num gesto rápido e me recolho pensativo. Aquela foi a última vez que vi, numa quinta-feira quente de abril, o homem que escutava Cornelius Cardew. Lembro de nosso primeiro e derradeiro encontro. Levanto-me, vou até a estante e procuro na pilha de livros desordenados o Terra Devastada, de T.S. Eliot, que ele me dera. Encontro-o e vou ao fogão. Preparo meu café e, com uma mão na xícara fumegante e outra no livro, abro-o e leio os primeiros versos do poema:
O Enterro dos Mortos
Abril é o mais cruel dos meses, germina
Lilases da terra morta, mistura
Memória e desejo, aviva
Agônicas raízes com a chuva da primavera.
Longos dias foram consumidos até que agosto anunciasse um novo ocupante para o apartamento do fim do corredor, o mesmo em que morou o homem que escutava Cornelius Cardew. Ruídos vindos de lá preenchem meu ouvido atento e ocioso: caixas que se abrem; a disposição provisória dos móveis; o ruído da furadeira; o miado do gato, interrompido pelo ultrassom do vizinho; o ranger da cama cujos parafusos ainda não estão bem apertados... Quando à noite, tudo isso cessa, ouço as primeiras notas de Stella by Starlight e o tilintar de taças.
Vou até o fogão e preparo um colômbia bem forte enquanto simulo, com polegar direito nos lábios e o dedo médio deprimido, o trompete de Miles Davis.
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* Romualdo de Andrade é obidense formado em Administração pela PUC-Campinas, cursa atualmente licenciatura em História da Universidade Mackenzie - SP. Vencedor também do Prêmio Flip de Literatura 2020 realizado na cidade de Paraty, Rio de Janeiro, com o Conto “Terra Anfíbia”.
Leia também:
O obidense Romualdo Andrade venceu o 16º Concurso Literário Mário Quintana
www.obidos.net.br
Criado em 2020-12-20 12:30:53
O Município de Óbidos foi contemplado com uma Unidade Básica de Saúde Fluvial – UBSF pelo Ministério da Saúde em parceria com o Município, a qual foi construída num estaleiro em Manaus e neste sábado, dia 19, aconteceu a inauguração da UBS que foi denominada Dr. Felinto Bentes Marinho, conhecido como Dr. Fé, que por muitos anos prestou serviço de saúde como médico ao povo obidense.
Fotos da Inauguração
Como parte da programação de inauguração, a UBS Fluvial Dr. Fé se descolou até a comunidade do Paraná de Baixo - Núcleo Novo, onde fez atendimento à população local. Antes, aconteceu a cerimônia de inauguração e contou com a presença do Prefeito Chico Alfaia, a secretária de Saúde Nathália Tavares e outros secretários, vereadores eleitos e a população da comunidade.
Fotos da viagem e na comunidade
Assim, a Prefeitura de Óbidos, através da Secretaria Municipal de Saúde, entregou oficialmente à população obidense a Unidade Básica de Saúde Fluvial Dr. Fé, a qual prestará serviços de saúde à população ribeirinha do município de Óbidos.
Ambientes da UBS Fluvial
Fotos dos ambientes da UBS Fluvial
A UBS Fluvial, segundo o Ministério da Saúde, conta com os seguintes ambientes: Consultório médico; Consultório de enfermagem; Consultório odontológico; Farmácia; Laboratório; Sala de vacina; Banheiros; Expurgo; Cabines com leitos para a equipe; Cozinha; Sala de procedimentos e Identificação segundo padrões visuais da Saúde da Família, estabelecidos nacionalmente. O custeio será do Ministério da Saúde em parceria com a Prefeitura de Óbidos.
www.obidos.net.br - Fotos de Mauro Pantoja
Criado em 2020-12-19 23:32:03
A Secretaria Municipal de Cultura e Turismo de Óbidos divulgou em sua página do Facebook, a lista das 12 canções/vídeos classificados (as) para a Final do XVI Festival de Música Obidense - #FEMOBEMCASA.
A Final do FEMOB acontecerá no domingo, dia 20.12.2020, a partir das 20h, em uma Live Cultural, que será transmitida pela página da Semcult Obidos www.facebook.com/semcultobidos, quando serão conhecidas as canções vencedoras.
Os vídeos das músicas que irão participar já estão publicados na página da Semcult, e a seguir, estamos divulgando junto com a relação de músicas o link dos vídeos, sendo que o mais curtido, até as 18h do dia 20.12, receberá o Prêmio de “Aclamação Popular”. Segundo a Semcult, será utilizado para validar a nota de aclamação a soma de pontos por LIKES e AMEI que vale e 1,0 ponto.
Confira a seguir a lista das canções classificadas:
1- CANÇÃO: A CABANAGEM
AUTOR E INTÉRPRETE: FRANCISCO MAMEDE PAIXÃO
2- CANÇÃO: ALMAZÔNICA
AUTOR E INTÉRPRETE: EDUARDO DIAS
3- CANÇÃO: A VERDADE E A MENTIRA
AUTOR E INTÉRPRETE: GIL RAMOS
4 - CANÇÃO: CABOCLO DA AMAZÔNIA
AUTORAE INTÉRPRETE: LENAMAR FERREIRA PRATA
5 - CANÇÃO: CLAMOR AMAZÔNICO
AUTORA E INTÉRPRETE: MARIA DO CARMO CANTO GOMES (CARMINHA)
6 - CANÇÃO: CORAÇÃO DE CRIANÇA
AUTORES: ZECA LIRA, DZ GRANDÃO, HÉLIO REIS
INTÉRPRETE: DZ GRANDÃO
7 - CANÇÃO: CORAGEM
AUTOR E INTÉRPRETE: BRENDEL RODRIGUES
08 - CANÇÃO: DIAS DE FELICIDADE
AUTORA INTÉRPRETE: KARLA VIVIANE GOMES EBRAHIM
09 - CANÇÃO: HOMEM DE PAPEL
AUTORA E INTÉRPRETE:: MARIA ALBERTINA RIBEIRO RAMOS (AMARILIS)
10 - CANÇÃO: POETICAMENTE
AUTOR E INTÉRPRETE: JAIME MUNIZ
11 - CANÇÃO: PONTE PARA O SOL
AUTOR E INTÉRPRETE: NILTON MODA
12 - CANÇÃO: PRECISO DE VOCÊ
AUTORAE INTÉRPRETE: ISABEL ELISIÁRIO
Com informações da Semcult/Óbidos
www.obidos.net.br
Criado em 2020-12-19 01:24:40
A Prefeitura de Óbidos divulgou o Decreto nº 650, de 18 de dezembro de 2020, o qual estabelece novas medidas de enfrentamento e combate ao Coronavírus, considerando o crescimento dos números de casos confirmados no Município de Óbidos e adota medidas para evitar a disseminação e contagio da doença no Município.
Destacamos o 3º Artigo que proíbe a realização de festas, por entes públicos e privados, em chácaras, balneários, bares, restaurantes, lanchonetes, boates, casas noturnas e similares. Veja o artigo:
Art 3º - De forma excepcional, com único objetivo de resguardar o interesse coletividade na prevenção do contágio e no combate da propagação do Novo Coronavírus, proibir realização de festa, por entes públicos e privados (chácaras balneários. bares, restaurantes, lanchonetes, boates, casas noturnas e similares) período de 24 de dezembro de 2020 a 01 de janeiro de 2021.
A seguir estamos postando o Decreto na Íntegra:
Criado em 2020-12-18 22:05:43
Prédio térreo de esquina, construído no “Largo de Sant’Ana”, ou “Largo da Cadeia”, provavelmente no final do século XVIII e início do século XIX, em pedra e barro, para uso residencial e comercial. Na construção original, a fachada tinha apenas portas, sendo posteriormente, cinco dessas portas transformadas em janelas.
Sabe-se que esse prédio, em 1835, durante a invasão cabana à cidade de Óbidos, serviu de posto médico aos Cabanos, que tinham tratados seus ferimentos e principalmente as doenças que contraiam, como a malária e a cólera, doenças epidêmicas e cíclicas da Amazônia e que até meados desse século, ainda dizimavam parcelas significativas de sua população.
Antigo Posto Médico Cabano (Foto: Vander N Andrade)
O sistema de saúde em Óbidos, até a década de 20, constava de uma Enfermaria Militar, onde a comunidade buscava tratamento para as enfermidades e epidemias. Inicialmente, funcionava no interior do Forte, e, que, posteriormente, transferiu-se para a praça de Sant’Ana para um antigo prédio ao lado da Cadeia Pública, segundo um relatório de guerra, datado em 1914. Essa Enfermaria Militar transferiu-se na década de 40, para o Quartel, até a sua desativação na década de 60. Em 1922 foi construída uma unidade hospitalar no município, a Santa Casa de Misericórdia, por iniciativa do povo e com dinheiro dele próprio. Localizava-se na antiga rua 13 de Maio, hoje rua Marcos Rodrigues de Souza, onde hoje, acha-se instalada a Secretaria de Estado da Fazenda.
Antigo Posto de Saúde Cabano (Foto: Vander N Andrade)
Somente foi a essa unidade hospitalar, que os ribeirinhos, pescadores e coletores recorreram para livrar-se da grande epidemia da malária de 1934, que dizimou parte da população Obidense.
Este prédio pertencia ao Sr. Antônio Diniz e a sua esposa, D. Anna Guimarães Diniz, que lavraram a escritura de compra do imóvel em 08/03/1913, em favor do comerciante italiano Rosário Conte Galati.
É provável que o Sr. Galati tenha alugado nesta mesma década, parte do prédio ao professor José Tostes, para nele instalar o “Colégio Brasil”, até o ano de 1922.
O italiano Rosário Conte Galati, foi quem introduziu o “Cinema Mudo” em Óbidos, primeiro fazendo apresentação na “Praça do Bom Jesus”, da fita cinematográfica “Vida e Morte de Cristo”, narrada pelo próprio Galati. Posteriormente, com a ajuda de seu sócio Romam Pomar, instalou o “Cinema Amazonas” (1928/1929), na rua General Deodoro, hoje rua Deputado Raimundo Chaves. Finalmente em 1932, instalou-se na parte residencial deste prédio o “Cinema Rosário”.
Rosário Conte Galati, e sua esposa, Sra. Flávia Machado Galati, deixaram este prédio aos seus quatro filhos através de testamento, datado de 01 de julho de 1957, tendo, hoje, contudo, como única proprietária, a Sra. Zoraia Rizet Conte Galati, que a preserva em homenagem á memória de seus pais e a história do Município.
Fonte de Pesquisa: Museu Integrado de Óbidos
www.obidos.net.br - Fotos João Canto e Vander N Andrade
Matéria originalmente publicada em 02 de Mai de 2019.
Criado em 2020-12-18 15:03:16
Acompanhando pelo secretário de Integração Regional do Oeste do Estado, Henderson Pinto, o presidente da Companhia de Portos e Hidrovias do Pará (CPH), Abraão Benassuly, visitou as obras do Terminal Hidroviário de Passageiros e Cargas de Santarém, no Baixo Amazonas, na tarde desta quinta-feira (17). Já considerado o mais moderno no Brasil, o terminal hidroviário deve ser concluído no primeiro semestre de 2021.
"O cronograma das obras está em dia. Hoje estamos com 85% das obras concluídas e nossa expectativa é poder entregar o terminal hidroviário de Santarém em junho de 2021. A população de Santarém pode se preparar para ganhar esse presente no dia do aniversário da cidade, que é dia 22 de junho. Com a entrega do terminal, vamos fomentar o turismo e a geração de empregos, assim como a integração do Baixo Amazonas por meio do modal hidroviário, a partir de Santarém. É uma obra de excelente qualidade e que vai mudar a vida da população", destacou Abraão Benassuly, presidente da CPH.
No momento, os operários trabalham na pavimentação do terminal, pintura, instalações elétricas, assentamento de porcelanato, montagem da estrutura da rampas metálicas de acesso aos flutuantes, além da finalização das rampas e nos acabamentos em geral.
O terminal terá 3,6 mil metros quadrados de área construída, 16 guichês para venda de bilhetes, guarda-volumes, sistema de climatização, banheiros masculino, feminino e para pessoas com deficiência, farmácia, três lanchonetes e restaurante. A sala de embarque vai contar com 1.205 cadeiras e rede wifi gratuito para os usuários.
Haverá, ainda, espaços para instalação de lojas e quiosques, e salas para órgãos de segurança e justiça, como Polícia Militar, Conselho Tutelar e Agência de Regulação e Controle dos Serviços Públicos do Pará (Arcon). Já o terminal de cargas terá um galpão com mais de 6 mil metros quadrados. A construção do terminal também representa a criação de postos de trabalhos, com a geração de 700 empregos diretos e 150 indiretos na região.
Para auxiliar no embarque e desembarque de passageiros, o espaço terá rampa metálica biarticulada, passarela coberta em concreto, e flutuante com oito fingers, para atraque das embarcações. Na área externa, o terminal vai dispor de estacionamento com 5,8 mil metros quadrados e vagas para carros, motocicletas e bicicletas, além de pontos para táxis e ônibus.
Também participaram da visita ao terminal o engenheiro da CPH, Diogo Marques, e o secretário de Integração Regional do Oeste do Estado, Henderson Pinto.
FONTE: Agência Pará
Criado em 2020-12-18 11:18:12
Para garantir renda emergencial aos fazedores e fazedoras da cultura, promover a sustentação de espaços ligados à arte, e alimentar as várias cadeias produtiva, foi criada a Lei Aldir Blanc em 29 de junho de 2020 objetivando, portanto, a manutenção e sobrevivência das atividades culturais em todo o país. No Pará, a Secretaria de Estado de Cultura (Secult-PA), em parceria com Organizações da Sociedade Civil, vem lançando editais contemplando todas as áreas e expressões culturais de maneira a atender as demandas surgidas em decorrência da Covid 19.
Atendendo ao chamamento público da Secult-PA, a Associação de Artistas Visuais do Sul e Sudeste do Pará lança o edital de Audiovisual para fazer cumprir a missão do Inciso III da Lei Aldir Blanc no estado. Serão premiadas 68 propostas no valor total de R$ 4 milhões, destinados ao fomento à criação, transmissão e difusão de práticas culturais audiovisuais, distribuídos em categorias, devendo ser destinadas 30% de propostas para a Região de Integração Guajará e 70% para as demais.
As inscrições vão até o dia 30 de dezembro e as propostas serão encaminhadas exclusivamente por e-mail. Os candidatos devem ser maiores de 18 anos, residir no Pará há pelo menos dois anos e comprovar atuação no setor audiovisual, dentro ou fora do Estado.
Inventividade, qualidade artística e relevância cultural, viabilidade técnica, coerência da proposta e contribuição na promoção de acessibilidade são alguns dos critérios de avaliação dos projetos, que passarão por duas etapas até o resultado final. As propostas selecionadas terão cerca de 90 dias para serem desenvolvidas, e o proponente deve oferecer, em contrapartida, duas atividades gratuitas para escolas, espaços públicos ou comunidades.
A Associação de Artistas Visuais do Sul e Sudeste do Pará preparou uma plataforma virtual (https://www.aldirblancaudiovisualpa.org/) na qual estão concentradas todas as informações acerca do edital e inscrição. Disponibiliza, ainda, atendimento online via o e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. e pelo aplicativo WhatsApp, número 94.991385801, por meio dos quais artistas e técnicos podem dirimir suas dúvidas por todo o período de inscrição.
Serviço
Edital de audiovisual da Lei Aldir Blanc Pará
Inscrições: 15 a 30 de dezembro de 2020
Edital e documentos no site:
https://www.aldirblancaudiovisualpa.org/
Criado em 2020-12-17 10:16:13
Iniciativa também gera renda e melhora a qualidade de vida de famílias do município.
Senso de preservação ambiental, geração de renda e melhoria da na qualidade de vida de 20 famílias do município de Terra Santa, no oeste do Pará, são os principais resultados do Projeto de Meliponicultura, iniciativa do Programa de Educação Socioambiental da Mineração Rio do Norte (MRN) em cumprimento de condicionantes do Ibama, desenvolvido com a parceria da Secretaria Municipal de Agricultura e Abastecimento (Semagri).
Desenvolvido nas comunidades do Alema, Jauaruna e Urubutinga, este projeto viabiliza ações de educação ambiental e prestação de assistência técnica às famílias de produtores rurais para desenvolver atividades da meliponicultura, visando a utilização racional dos recursos naturais e a geração de renda dos comunitários por meio da produção de mel silvestre. “O projeto contribui diretamente com a venda de mel, que é uma renda extra para os beneficiários, e, indiretamente, com o aumento da produção de frutos e sua expansão por meio da polinização das flores, que é realizada pelas abelhas sem ferrão”, explica Cristina Leite, titular da Semagri, parceira no projeto e que conduz juntamente com a sua equipe as atividades de campo.
Projeto de Meliponicultura realizado em 2019
O produtor Renan Godinho, 34, da comunidade do Alema, participa do projeto desde dezembro de 2019. De lá para cá, comenta que as experiências de capacitação têm sido positivas para incrementar seu trabalho em fruticultura e para iniciar também na produção de mel. “A experiência tem sido muito boa. Contribui para melhorar a polinização das flores dos pés de fruta, gerando frutas de mais qualidade. Já fiz treinamento de introdução à meliponilcultura, de manejo de abelhas sem ferrão, produção de caixas para abrigar as abelhas e de como distribuí-las em cada caixa”, relata Renan.
Para Genilda Cunha, analista de Relações Comunitárias e coordenadora do projeto pela MRN, esta iniciativa vai além do aprimoramento técnico e da geração de renda para as comunidades envolvidas: “Além de viabilizar as assessorias técnicas e palestras para orientar os produtores, o projeto colabora com a educação ambiental, conscientizando-os para as boas práticas de preservação durante as atividades produtivas”, declara.
Oficina de produção de caixa
A produtora Ellen Hassemer, 30, participa há três anos do projeto e destaca como foi benéfico para capacitá-la na produção do mel. “Foi minha primeira experiência de capacitação nesta área em Terra Santa. Aprendi a multiplicar as caixas que abrigam as abelhas e a garantir produtividade e mais qualidade do mel. Foi importante também porque, antes, eu produzia o mel só para consumo interno e, com o projeto, observei as oportunidades de mercado e agora esta atividade contribui para o incremento de minha renda”, assinala.
Atividades - De janeiro a março deste ano, foram realizadas palestras e visitas técnicas aos meliponários, mas, por conta da pandemia, o projeto fez ajustes na sua metodologia de trabalho. No período de março até dezembro deste ano, visando garantir a saúde preventiva das comunidades envolvidas, as ações educativas foram suspensas e as demais iniciativas, como assessoria técnica, adequadas à realidade do cenário atual. “A partir desta semana até o dia 22 de dezembro, o projeto estará realizando visitas técnicas, tomando todas as medidas necessárias ao combate à pandemia. Será realizada também a coleta de mel e depois iremos planejar, para o próximo ano, ações como cursos e palestras”, comenta Cristina Leite.
O tema principal que será tratado na retomada do projeto será o manejo do meliponário e a adaptação das abelhas ao ambiente. “Nas visitas técnicas, vamos acompanhar e instruir os beneficiários durante o manejo, fazendo as recomendações necessárias para o bom desenvolvimento deste projeto”, declara Leite.
FONTE: Comunicação/MRN
Criado em 2020-12-16 23:47:07
O Conto “O Homem que Escutava Cornelius Cardew”, do obidense Romualdo Andrade venceu 16º Concurso Literário Mário Quintana no Rio Grande do Sul.
No ano de 2020, o Sintrajufe/RS promoveu o 16º Concurso Literário Mário Quintana e o 16º Concurso Fotográfico. Foram diversas categorias, que abarcam tanto as pessoas sindicalizadas quanto o público externo, no Rio Grande do Sul e nacionalmente. Os organizadores do Concurso divulgou nesta terça feira, dia 15, os nomes dos vencedores e das vencedoras, sendo que este ano, por conta da pandemia, não haverá cerimônia de premiação, categoria.
Destacamos aqui o obidense Romualdo de Andrade Filho, que venceu o 16º Concurso Literário Mário Quintana, na categoria Conto, modalidade Nacional, que teve o tema Pandemia, com o Conto “O Homem que Escutava Cornelius Cardew”.
Romualdo de Andrade é obidense formado em Administração pela PUC-Campinas, cursa atualmente licenciatura em História da Universidade Mackenzie - SP. Vencedor também do Prêmio Flip de Literatura 2020 realizado na cidade de Paraty, Rio de Janeiro, com o Conto “Terra Anfíbia”.
Segundo a organização do Concurso, em 2020, não haverá produção do livro impresso com os textos vencedores do concurso. Porém, será editado um eBook para ampliar o acesso público a esses textos e divulgar os trabalhos dos autores. No caso das fotografias, os trabalhos serão incluídos normalmente nos calendários confeccionados pelo sindicato.
Estamos divulgando o resultado 16º Concurso Literário Mario Quintana, Modalidade Nacional.
CLIQUE AQUI PRA VER O RESULTADO COMPLETO
www.obidos.net.br
Fonte: sintrajufe.org.br
Criado em 2020-12-16 12:14:49
No século XVIII, foi construída a primeira igreja de Óbidos, a Matriz de Sant’Ana, com a mesma técnica das demais edificações existentes na Aldeia Pauxis, erguida com material da região, folhas de palmeira para cobertura e barro para as paredes (taipa-de-pilão).
Frei João de São José, que esteve no povoado em 1762, descreve a primeira igreja, a Matriz de Sant’Ana, dizendo: “Igreja ordinária, coberta de folhas, e muitas casas pelo mesmo modo”.
Em 1758, quando Óbidos foi elevada a categoria de Vila, conforme o costume da época, Mendonça Furtado, mandou rasgar uma praça, provavelmente a Praça de Sant’Ana, depois chamada “Largo da Cadeia”, e hoje Praça Barão do Rio Branco, única existente até a construção da Capela do Bom Jesus, em 1855. Também, mandou levantar um pelourinho, lugar publico, onde se castigava os índios e pretos escravos, quando cometiam algum “delito”. Não sabemos quando esse pelourinho foi retirado dessa praça, mas provavelmente, após a Abolição da Escravatura, em 1888.
Vinte e quatro anos após a visita de Frei São Jose, em 1786, o General Martinho de Souza e Albuquerque, visitando a Vila de Óbidos e achando a Igreja Matriz de Sant’Ana arruinada, ordenou que, ao mesmo tempo em que se fizesse reparos na antiga igreja, se desse inicio a construção de uma nova, para que o engenheiro que o acompanhava, João Brown, escolheu o sitio apropriado e desenhou a planta do templo. Não se sabe porem, se os executores das obras, seguiram a planta desenhada por Brown.
João Palma Muniz, em sua obra “Delimitações Óbidos - Alenquer”, afirma: “Bem confronte a Igreja Matriz, que é dedicada a S. de Sant’Ana, acham-se ainda os restos dos alicerces da antiga Missão Pauxis ou Missão de Santana”. Conforme coreografias antigas, trabalhavam ali dois missionários Capuchos. O espaço físico usado pelos religiosos se limitava a região próxima ao “Forte Pauxis”, onde foi aberta a Praça, em 1758, no mesmo ano em que a Missão de Sant’Ana foi elevada a categoria de Paróquia, sendo seu primeiro vigário, o padre Cosme de Alfonseca.
A atual edificação da Igreja da Matriz de Sant’Ana, quando de sua edificação, iniciada em 1786 e concluída em 1827, foi prejudicada devido ao conflito entre a Coroa Real e o Clero que atuava na região, conflito este, que culminou com a expulsão dos religiosos da Amazônia, em 1759. Tal fato está ligado a política do Marquês de Pombal e seu irmão Mendonça Furtado, nomeado governador da Província do Grão Pará e Maranhão, em 1751, e que em 1755, já tinha projeto de libertação dos indígenas, posto em pratica, apenas em 1757 e 1758, devido a oposição e opressão dos religiosos e colonos que se negavam a libertar os índios.
A igreja em Óbidos, nas mãos dos padres seculares (pertencentes ao século, profanos, leigos, temporais) e irmandades religiosas que mal administravam os negócios da igreja, além da negação da mão-de-obra indígena, por diretores, fizeram com que as obras da Matriz de Sant’Ana, se arrastassem por 41 anos, de 1786 a 1827, quando, em 8 de fevereiro é inaugurada.
O Santuário de Sant’Ana, pelos problemas aqui apresentados, foi prejudicada em sua beleza “estética” e unidade de linha arquitetônica, o que a diferenciava das outras construções da sua época (séculos XVIII e XIX), como a Capela do Bom Jesus em Óbidos e as de outras cidades como Cametá e Vigia, que tem várias igrejas construídas nesse período, de uma beleza que lembra o velho mundo, bem ao gosto da época.
Os franciscanos em sua volta à Óbidos, em 5 de janeiro de 1809, após 150 anos de exílio, encontraram, o Templo, em péssimo estado de conservação, fazendo com que os padres Luiz Wangle e Peregrino Ribelerá, começassem a luta pela reconstrução do Templo, esmolando em toda a Paróquia.
Frei Rogério Rogers e Frei Gregório Broettec, chegado a Óbidos, em 1813, intensificaram as obras da Matriz que por dificuldades financeiras, eram constantemente interrompidas. As reformas foram executadas nas duas primeiras décadas desse século, quando a Paróquia se preparava para o centenário da Igreja Matriz (1827-1927).
Catedral de Sant´Ana na década de 90
A composição arquitetônica da fachada da igreja Matriz, inaugurada em 1827, permaneceu a mesma, até a segunda metade desse século, quando então recebeu uma serie de modificações que foram se agrupando ate atingirem a forma atual. Quanto ao seu interior, na década de 60, sofreu a perca irreparável com a demolição do altar mor, a mando de D. Floriano.
Foi nesse clima de avivamento da igreja que, em 1935, foi realizado o Primeiro Círio Fluvial de Óbidos, sendo Senhora Sant’Ana levada no segundo domingo de julho, à residência do casal Seixas Marinho, em barco enfeitado com flores de taxizeiro, onde os moradores da costa fronteira, reverenciavam a Santa e depositavam suas expostulas (suplicas, rogos) e ofertas o dia todo; ao cair da tarde, retornou a procissão fluvial à cidade. O povo que esperava no cais soltavam centenas de barquinhos com velas acesas que flutuavam nas águas iluminando o Rio Amazonas.
Em 2012 , ano em que a Prelazia de Óbidos transformou-se em Diocese de Óbidos, posteriormente a Catedral de Sant´Ana passou por uma grande reforma.
Fonte de Pesquisa: Museu Integrado de Óbidos
www.obidos.net.br - Fotos de João Canto
FOTOS EM VÁRIAS ÉPOCAS DA CATEDRAL DE SANT´ANA
Publicado originalmente em 09 de Agosto de 2017.
Criado em 2020-12-14 20:29:31
A Câmara Municipal de Óbidos se reuniu nesta segunda-feira, dia 14 de dezembro de 2020, sob a presidência do Vereador Rylder Afonso, para discutir o Projeto de Lei do Abono de Insalubridade aos servidores de saúde de Óbidos, sendo que ao final da sessão, o vereadores aprovaram em segundo turno o projeto por unanimidade.
Câmara conta com 13 vereadores, sendo que desses, 12 compareceram na sessão que aprovou o Projeto de Lei de Insalubridade aos servidores da Saúde de Óbidos. O espaço dedicado à população na Câmara ficou lotado de servidores da saúde e representantes do Sindicato dos Servidores de Óbidos.
Projeto aprovado, agora segue para assinatura do Prefeito de Óbidos.
www.obidos.net.br
Fotos: Adilson Moraes (Comunicação/CMO).
Criado em 2020-12-14 16:53:03
Cumprindo os pressupostos da Lei Federal nº 14.017, de 29 de junho de 2020, batizada como Lei Aldir Blanc, criada para promover ações essenciais voltadas à manutenção de atividades culturais em todo o país, garantir renda emergencial aos trabalhadores da cultura e à sustentação de espaços culturais, alimentando assim essa cadeia produtiva, a Associação Fotoativa lança o edital de Artes Visuais para fazedoras e fazedores da cultura de todo Estado do Pará.
Atendendo ao chamamento realizado pela Secretaria de Estado de Cultura (Secult-PA) para administrar os recursos federais destinados a essa área específica, a Fotoativa, organização da sociedade civil de interesse público municipal e estadual sediada em Belém, com mais de 30 anos de atuação, convida artistas, arte educadores e pesquisadores a participarem deste edital de maneira a fazer fruir a produção cultural, e para isso criou uma plataforma contendo todas as informações necessárias para a inscrição dos candidatos.
O edital premiará 110 propostas, sendo destinados 50% dos prêmios para mulheres, 30% para a região de integração Guajará e 70% para as demais regiões, e contemplará cinco categorias entre projetos, bolsas e reconhecimento de trajetória. Os proponentes poderão se inscrever nas diversas linguagens que abrangem as artes visuais: desenho, gravura, pintura, instalação, escultura, videoarte, videoperformance, fotoperformance, performance, objeto, mecanismo de intervenção, livro de artista, sítio específico, arte urbana, arte sonora, arte digital, novas mídias, fotografia, grafitti, história em quadrinhos, livros de tirinhas, livros ilustrados, impressos, fanzine, fotolivros, entre outras.
As inscrições ficarão abertas até o dia 19 de dezembro, são gratuitas, sendo realizadas exclusivamente por e-mail. Todas as informações referentes ao edital e às inscrições encontram-se no site http://www.fotoativa.org.br/leialdirblancpa/
Serviço
Inscrições abertas ao edital de artes visuais da Lei Aldir Blanc-Pará
Até 19 de dezembro de 2020
Edital na íntegra e anexos http://www.fotoativa.org.br/leialdirblancpa/
Informações: 91.981989370 - Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.
FONTE: fotoativa.org.br
Criado em 2020-12-14 13:45:19
Transportadas em embarcações oriundas da capital do Amazonas, as mercadorias estavam sem a documentação fiscal.
Em fiscalização realizada próximo à sede municipal de Juruti, Região do Baixo Amazonas, no oeste paraense, equipe da Secretaria de Estado da Fazenda (Sefa) apreendeu várias mercadorias, avaliadas em R$ 234.618,00, transportadas sem documentação fiscal hábil.
Na última sexta-feira (11), as cargas foram localizadas em barcos que saíram de Manaus (AM) para os municípios paraenses de Oriximiná e Santarém. Entre os produtos apreendidos estão 289 pneus de motocicleta, caminhonete e caminhão, e peças de moto, que estavam escondidos no porão da embarcação, embaixo de caixas e materiais descartáveis.
Também foi apreendida uma motocicleta 0 km, que estava com documentação fiscal incorreta, além de 3.396 latas de cerveja; 2.160 unidades de cerveja long neck; 600 refrigerantes de 2 litros e 800 refrigerantes de 1 litro. Foram lavrados 14 Termos de Apreensão e Depósito (TAD), com valor total a recolher de R$ 62.635,00, referentes ao ICMS (imposto sobre circulação de mercadorias e serviços) e multa.
Fiscalização fluvial - A apreensão foi feita pela equipe da Sefa da Unidade de Controle de Mercadorias em Trânsito do Tapajós, sediada no município de Óbidos. A maior parte da fiscalização na região precisa ser feita em lanchas, a fim de abordar as embarcações que transportam passageiros e mercadorias.
A Secretaria da Fazenda mantém oito unidades de fronteira, responsáveis pelo controle de mercadorias em trânsito. No segundo semestre deste ano, a Sefa ampliou a fiscalização no Baixo Amazonas.
Fonte: Agência Pará
Criado em 2020-12-14 10:44:20