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ÓBIDOS | Fotografias da cidade de Óbidos, no centro da Amazônia, estado do Pará - Brasil
Fotos de João Canto
Criado em 2016-04-19 13:03:50
Nas últimas semanas, um dos assuntos muito discutido em Óbidos foi a possível demolição de uma “Casa histórica” que fica situada na Rua Deputado Raimundo Chaves (Bacuri), com a travessa Rui Barbosa, em frente a Escola São José, que estava abandonada há vários anos e se encontra em péssimas condições de conservação, a qual foi adquirida para dar lugar a construção de uma agência do Banco do Estado do Pará.
Criado em 2016-04-19 11:55:34
Registramos na tarde deste sábado, dia 16, a chegada na Cidade de Óbidos da Imagem Peregrina de Nossa Senhora Aparecida, que foi conduzida por Dom Bernardo, Bispo da diocese de Óbidos, de Aparecida – São Paulo até nossa cidade, onde o povo católico de Óbidos foi até o cais do porto receber a padroeira do Brasil.
Dom Bernardo chegou com no Cais do Porto com a Santa nas mãos e com muita alegria centena, e logo após a sua chegada, os fiéis católicos seguiram em procissão até a Capela de Nossa Senhora de Lourdes, onde aconteceu uma missa. A comunidade de Lourdes foi escolhida, pois esta semana está acontecendo as festividades.
Na manhã deste domingo, dia 17, a imagem peregrina foi levada até o Salão Paroquial, onde foi celebrada a Santa Missa. Segundo informações, a imagem peregrina passará um ano na diocese de Óbidos.
“Ela está no meio de nós! Ela! Nada mais, nada menos que a Padroeira do povo brasileiro: Nossa Senhora Aparecida! A imagem peregrina de Aparecida, a maior Missionária da América Latina! E o povo de Deus participando com grande alegria deste momento de fé. Foi lindo, emocionante, maravilhoso ver nossa Mãezinha aportando em nossa querida Óbidos! Obrigada, meu Deus! Obrigada, Dom Bernardo! Obrigada, Povo de Deus! Paz e Bem a todos!”, comentou Vânia Ferreira que foi recepcionar a padroeira do Brasil.
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Criado em 2016-04-18 01:56:05
Neste sábado, dia 16, na AABB de Belém do Pará, aconteceu uma partida de futebol entre obidenses que residem em Belém e funcionários do Banco do Brasil. O Jogo terminou com a vitória dos obidenses por 7 x 1. A torcida organizada deu a maior força. Logo após, houve uma confraternização dos dois times e rolou muita música e churrasco.
Criado em 2016-04-17 14:20:00
ÓBIDOS | O Carnaval obidense teve início no fim do século XIX e início do século XX, em que folguedos carnavalescos eram exercitados entre as famílias tradicionais e muito usados no Nordeste, sendo que estes folguedos vieram de Portugal, chamados “ENTRUDOS”. O ENTRUDO consistia no seguinte: as famílias residentes na parte de baixo faziam desafios às famílias que moravam na parte de cima, eram traçadas batalhas nas ruas da cidade para demonstrar a alegria que se apossava de todos durante a quadra momesca.
Os brincantes da cidade baixa ou vice-versa já feito o desafio e armados de fuligem de panelas, amido de farinha, banha de porco, andiroba, anil e outras tantas desmanchadas em baldes d’água, e ainda munidos de bagaço de frutas, iam aos ataques, tanto nas ruas como visitavam as famílias desafiantes em suas residências. Estes derrubavam tudo o que encontravam e alguns apelavam para a violência, sendo contidos pelas autoridades, porém estes folguedos eram aceitos de um modo geral por todos os brincantes.
O ENTRUDO ainda consistia no seguinte: as famílias como as famílias Souza, sentavam nas calçadas da rua de Santana, hoje Alexandre Rodrigues de Souza, munidos de pedras e estrume de boi, atacavam os transeuntes que estavam bem vestidos jogando estes apetrechos estragando assim as suas vestimentas. Até o juiz da comarca. o Intendente Piranha e o advogado local Dr. Bruno, que tomando chá em sua residência foram surpreendidos com uma bacia de goma de tapioca com que engomaram suas cabeleiras e o cavanhaque, sem que houvesse qualquer reação por parte destes, porque assim determinava a tradição e a educação. Em 1918, começaram as festas carnavalescas acabando assim com os ENTRUDOS. Mas antes de 1918, temos o ano de 1884 com o aparecimento das máscaras, em 1892 o aparecimento do sujo, em 1894 o aparecimento da serpentina, em 1911 o aparecimento do lança-perfume. Em 1946 houve o aparecimento do “Zé Pereira”, música carnavalesca muito usada até hoje. Na cidade nessa época não havia os clubes, e as festas eram realizadas em casas de famílias, as músicas tocadas eram a polca, onde sobressaiam as fantasias mais luxuosas e ricas de colombinas e pierrots. Eram festas de muita beleza e riqueza. Os grandes bailes começaram depois nos salões que tinham como palco a Prefeitura local.
Depois o carnaval obidense foi sendo melhor desenvolvido a cada ano aparecendo o primeiro bloco chamado “OS ESPANADORES”, composto só de militares, tendo a frente o sargento Joaquim Sarraff de Castro e o cabo Carlinho Salgado dos Santos. Os rapazes obidenses que estudavam em Belém e Manaus vinham determinados a festejar de outro modo a quadra momesca. Apareceram assim os cordões carnavalescos e mascarados que encontravam oportunidades para fazer críticas à política e pessoas importantes da época, como fiscais de consumo da coletoria federal estadual que fizeram desaparecer o movimento artesanal da cidade por cobrarem impostos absurdos. As festas vieram especialmente para lembrar os pierrots, arlequins, colombinas, sendo que nestas festas eram feitos desfiles de fantasias belíssimas muitas vindas do Sul, trazidas pelos oficiais que vinham servir no Quartel Militar da cidade, como também de cunha formação portuguesa, o lança-perfume era usado quando um rapaz queria namorar uma moça, este a perseguindo jogava o tempo todo o lança-perfume. O Senhor Carlos da Silva Simões sempre participou de carnavais de rua e salões com fantasias adequadas.
Com a inauguração do Amazônia Clube, fundado em 1927, pelo Tenente Isaac Ferreira e com a participação da sociedade local, grandes blocos surgiram, organizados por dona Laurinha Brito, portuguesa, casada com um obidense, que morava na cidade baixa e dona Violeta Viana organizava os blocos com os moradores da parte de cima, ajudada pelo então estudante Rui Barata, que compunha as músicas carnavalescas, estes blocos faziam disputas. Amazônia Clube era muito freqüentado pelas famílias mais tradicionais da terra e pelos oficiais graduados que serviam o Quartel sendo assim um clube de sociedade obidense. Ficava onde é hoje o supermercado do Fernando Amaral, o clube acabou com a revolução de 1930.
Com o desenvolvimento da cidade, aos poucos, o carnaval foi tomando o maior vulto, tanto que em 1962, existiam vários blocos carnavalescos tanto de ruas como de salões. Os blocos de rua eram organizados, com moças, rapazes, velhos e crianças, que percorriam as ruas dançando ao som de conjuntos. Eram blocos sadios sem cachaça, brigas e empurrões, onde todos brincavam com alegria e animação. Nos salões dos clubes da sociedade como: Assembléia Recreativa Pauxis-ARPA, Mariano e Paraense, as festas também eram muito animadas e bem organizadas. Eram os clubes da sociedade, existindo atualmente a ARPA. Todos os clubes no último dia de carnaval realizavam um concurso de Rainha das Rainhas do carnaval obidense e cada candidata apresentava belíssima fantasia, este concurso era realizado na ARPA. Existiam ainda os clubes de ‘Segunda’ como eram chamados aqueles que ficavam sempre nos fins de rua.
Os blocos de rua depois de percorrerem várias ‘artérias’ da cidade, concentravam-se em frente à casa do senhor Antonio Fernandes, o conhecido Antonico Pé de Arpão, um dos mais abalizados e um dos maiores carnavalescos obidenses.
Muito mais tarde, outros tempos chegaram devendo salientar o grande carnavalesco senhor Mário Prata, que também contribui muito para que os carnavais de rua fossem movimentados. Eram blocos bem organizados, com muitas alegorias, além de variadas fantasias caracterizando como sempre o homem vestido de mulher e o tradicional dominó.
No fim da década de 70, houve varias mudanças negativas no cenário sócio, político e econômico do município, e como reflexo dessa recessão que se abateu sobre a cidade, vários clubes foram obrigados a fechar as portas ao empolgante carnaval que parecia ter encontrado o seu triste fim, ficando adormecido por quase 30 anos, pois somente em 1997, com todo apoio da Prefeitura e Secretaria de Cultura, Turismo e Meio Ambiente do Município, o carnaval ressurgiu todo o esplendor que tivera tempos atrás, começando uma nova era para os foliões.
www.obidos.net.br - Fotos de João Canto - Pesquisa realizada por Anésia Menezes
Criado em 2016-04-16 23:28:52
A criação do Museu Integrado de Óbidos surgiu com a necessidade de se recuperar e preservar a história e o patrimônio desta cidade, tradicionalmente pela participação que teve alguns episódios da vida nacional.
A turma pioneira de Licenciatura em Letras da Unidade Avançada José Veríssimo lançou a ideia, concretizada a 18 de novembro de 1983, com a fundação da Associação Cultural Obidense (ACOB), cujos objetivos permanecem: recuperar o patrimônio, preservar e dinamizar a cultura regional e manter um núcleo museuológico.
Os primeiros passos estavam iniciados. Sem uma sede própria, as reuniões eram a realizadas em residências de associados, sempre seguindo o lema dos inconfidentes.“Embora tarde seremos vitoriosos”. Encontraremos alguém que prestigie os nossos ideais, compreendendo que um povo sem história sempre será uma árvore sem raízes.
O mais necessário neste momento seria confiarmos na dignidade dos nossos propósitos. Como dizia Antônio Vieira: “A fé é saber transformar as pedras de tropeços dos caminhos em degraus para subir mais alto”.
Esse alguém que tanto esperávamos um dia surgiu. Foi o Prefeito do Municipal da época, senhor Haroldo Tavares da Silva, moço idealista, compartilhando com os anseios da ACOB, adquiriu e reconstruiu o prédio à rua Justo Chermont, 607, mobilhando-o e transferindo-o a referida entidade para nele ser implantado o Museu Integrado de Óbidos, fazendo que um sonho da turma pioneira de Licenciatura de Letras se tornasse realidade.
Assim, esperamos que cada obidense ou amigo desta terra adicione a sua contribuição a esta obra que supomos um monumento nacional.
A parte que coube a nossa geração temos procurado cumpri-la no culto aos nossos antepassados, esperando vê-la continuada por nossos predecessores. E o Museu, recebendo doações da população que tão bem soube compreender a necessidade de ter resgatado a sua memória e preservar a sua história, pode numa noite de gala, a 2 de outubro de 1985 ser inaugurado.
Foto de João Canto
Fonte: Museu Integrado de Óbidos
Criado em 2016-04-16 20:08:05
A região do pólo, descreve aspectos históricos ligados a origem da civilização humana, por meio de sítios arqueológicos e estruturas rupestres, aos primórdios da colonização portuguesa.
Situada no noroeste do Estado do Pará, Óbidos é banhada pelo rio Amazonas, o maior em extensão e volume d’água, zona fisiográfica do Baixo – Amazonas.
Antes de 1600, a região esquerda da “Garganta do Amazonas”, onde a largura do rio é de 1.892 metros, a parte mais estreita do rio Amazonas, com uma profundidade de 75 metros em seu leito normal, chegando a 132 metros na época da cheia, podendo variar. Era habitada pelo povo indígena Pauxis.
Foi registrada pela primeira vez por Orellana com os seguintes dados: cerca de 8 (oito) milhas abaixo da embocadura do Rio Trombetas.
Em 1637, durante a expedição de Pedro Teixeira confirmou a localização geográfica e a necessidade de que fosse construído um Forte, que garantisse o domínio Português.
Em 1697, o Capitão – General Antônio de Albuquerque Coêlho, no início da exploração da Bacia Amazônica, ao ultrapassar o estreito canal do grande rio, ordenou para que Manoel da Mota Siqueira, abandonasse a idéia de construção da fortaleza em Itaqui, conforme plano oficial, por concluir que aquele era o local a posição fortificada, de excelente estratégia para a defesa do Estado, e nessa mesma época os frades capuchos da Piedade, juntamente com os índios do Rio Trombetas fundaram a Aldeia Pauxis, sendo este o nome da Fortaleza erguida. O Forte tornou-se então, o marco histórico do Domínio Português na Amazônia e símbolo maior para a região e da supremacia desse domínio.
O maior testemunho da presença missionária no Arapucu, é uma Capela que encontra-se em ruínas que tinha como padroeira Nossa Senhora da Conceição. A Aldeia se desenvolveu sob o comando dos Frades, enquanto o Forte, apesar de uma guarnição e seu importante marco militar, ficou sempre na sua construção primitiva.
Segundo Ferreira Pemma, a palavra PAUXIS, se deriva de Espaua – chuy, “Espaua”, na língua geral quer dizer, “Lago”, portanto “Lago dos Pauxis”, segundo Mareg, é mito brasiliense ou ourax – mito, para nós da Amazônia conhecido como Mutum, ave de plumagem negra que deu nome as tapuias existentes na aldeia que acabava de ser fundada.
Em 1758, a Aldeia é elevada a categoria de vila, passando a ser chamada de Óbidos, em homenagem à cidade portuguesa homônima. Mendonça Furtado, governador da Amazônia, irmão do Marechal Marquês de Pombal, uniu à Aldeia Pauxis, mais duas aldeias indígenas, dois Frades da Piedade do Trombetas, com a finalidade de torná-la mais populosa, fazendo parte dessa população negros escravos, brancos portugueses e frades...
Em 1787, foram transferidos para a Vila de Óbidos todos os habitantes de Arcozelo, antiga missão “Missão Curuá”, hoje Vila Curuá, no município de Alenquer. Já em 1854, Óbidos recebeu o nome de cidade.
Em 1906, reconhecida a insuficiência da antiga Fortaleza de Óbidos, nomeou-se uma comissão, aos comandos do então Major Engenheiro Manoel Luiz de Melo Nunes, para tratar da defesa geral do Rio Amazonas, denominada posteriormente de “Defesa Gurjão”, construída em um dos cabeços da Serra da Escama, cerca de 81 metros acima dos níveis médios das águas, a margem esquerda do Rio Amazonas, num setor de 27 metros do canal, ponto mais estreito do referido rio e a enseada formada pelo flanco esquerdo da Serra e a cidade de Óbidos. Trata-se de uma bateria mascarada a céu aberto, com 4 canhões “Armistrong”.
Em 1909, projetado pela Comissão Construtora da Vila Militar da Capital Federal, construído em terreno próprio, um pouco abaixo da Antiga Fortaleza de Óbidos, foi inaugurado o
Quartel General Gurjão; Ao fim da Segunda guerra mundial, reduziu-se a uma companhia de infantaria, mantendo-se até 1967, ano em que foi extinta toda a ação militar. Depois ficou abandonado e sujeito a ação do tempo. Foi restaurado e revitalizado no ano de 2000 pelo Governo do Estado e pela SECULT, hoje funciona a Secretaria de Cultura, Turismo e Meio Ambiente –SECTUMA – é a atual “CASA DA CULTURA” de Óbidos.
Em 1924, seus filhos lutaram para que tivessem um representante eleito pelo povo, não faltando à luta em 1932, em defesa da Constituinte. O município é sede de Comarca Constituída de dois termos: Óbidos e Juruti, criada através da Lei estadual nº 520, de 27 de setembro de 1867.
Em 1944, em frente ao Quartel foi inaugurado o Estádio General Rego Barros.
Hoje mantém um museu Integrado e um Contextual a céu aberto, que conta sua história através de painéis fixados na faixada dos principais prédios, entre eles: Os Fortes, Pauxis e Gurjão, o Quartel, e as Igrejas de Sant’ana, Lourdes e do Bom Jesus.
Cidade rica em sua cultura popular, onde são manifestadas no artesanato, danças, e no peculiar carnaval obidense o “CARNAPAUXIS”, uma verdadeira maratona com blocos e foliões que percorrem a cidade durante os primeiros dias do ano até a Quarta-feira de cinzas.
Esta é portanto, em resumo a história de Óbidos, município de segurança nacional, devido sua posição estratégica.
DADOS SOBRE ÓBIDOS
- Fundação de Óbidos (Aldeia Pauxis): 1697. Carta de Coelho Carvalho, 26 de julho de 1697, e em 12 de dezembro de 1697, teve o pedido sobre a construção de uma fortificação aprovado.
- Elevação a Categoria de Vila: 25 de março de 1758
- Elevação a categoria de Cidade: 02 de outubro de 1854.
Fonte: Secretaria de Turismo de Óbidos
Fotos de João Canto
Criado em 2016-04-16 19:26:53
O livro da Profa. Jussa Derenji, ÓBIDOS, Caderno de Arquitetura I, inicia uma série denominada "Arquitetura na Amazônia" e o número um, fala sobre Óbidos. A publicação neste site foi devidamente autorizada pela autora.
APRESENTAÇÃO
Este trabalho inicia a série denominada “Arquitetura da Amazônia”, coordenada pela Professora Jussara Derenji, docente do Departamento de Arquitetura da Universidade Federal do Pará. A série tem uma função importante do ponto de vista histórico, no sentido da preservação de uma arquitetura que predominou em algumas cidades do interior do Estado, aquando do início do processo de colonização.É, portanto, um trabalho inovador, na medida em que se pretende um estudo sistemático da construção realizada em diversas cidades do Estado do Pará.
Zélia Amador de Deus
PREFÁCIO
Este trabalho iniciou uma série de pesquisa ainda em andamento na Universidade Federal do Pará visando estudar a evolução urbana e arquitetônica na Amazônia desde o período colonial. As suas diretrizes eram pautadas no projeto OITO VERTENTES E DOIS MOMENTOS DE SÍNTESE DA ARQUITETURA BRASILEIRA, conduzido pelo arquiteto Edgar Graeff que procurava abrir novos caminhos, novas leituras para a história da arquitetura a partir de estudos feitos nas universidades brasileiras.
Ainda que o projeto tenha tido uma trajetória curta, parte por dificuldades operacionais, parte pelo desaparecimento de seu idealizador em 1990, acreditamos que a idéia deve permanecer para que possamos, como sonhava Graeff, encontrar a nossa própria historia.
Jussara Derenji
INTRODUÇÃO
Em 1986 houve uma ampla mobilização da comunidade de Óbidos, interior do Pará, para a preservação de um forte (1854) e de um quartel em (1909), ambos em precárias condições de conservação à época. Foi solicitado auxílio técnico a várias instituições estaduais e federais, entre elas a Universidade Federal do Pará. O Departamento de Arquitetura mais especificamente a pesquisa Arquitetura Paraense, foi encarregado de elaborar projetos de restaurações dos prédios citados com recursos da Fundação Nacional Pró Memória e da própria Universidade. O trabalho foi desenvolvido através dos Departamentos de Historia, Estrutura, Desenho e Arquitetura, com a coordenação do último. A equipe da UFPA ampliou a solicitação inicial transformando-a em um inventário dos bens arquitetônicos da Cidade acrescentando aos projetos de restauração um completo estudo arqueológico da área do forte. Para a arqueologia, inexistente na UFPA foi contactada pela UFPE que, através da equipe do Arqueólogo Marcos Albuquerque, que executou a prospecção da área.
Os trabalhos a serem desenvolvidos ficaram então divididos em:
Pretendemos aqui divulgar os resultados dos dois primeiros pontos da pesquisa: a evolução do sitio e sua arquitetura.
2. EVOLUÇÃO DO SÍTIO URBANO
2.1 A implantação
O município de Óbidos, malgrado sua acessibilidade difícil, situação que ainda se mentem, teve sempre papel destacado na historia do Pará, o que lhe garantiu, ao longo de sua trajetória de quase 300 anos, contínuos registros de sua evolução.
A importância estratégica do trecho onde o rio Amazonas mais se estreitava foi assinalada repetidas vezes pelos primeiros desbravadores da região.O local não foi, porém, ocupado até 1697. Naquele ano o capitão geral da província do Grão-Pará, Antonio de Albuquerque Coelho de Carvalho, subiu o rio Amazonas na intenção de avaliar os problemas da região que governava levando consigo prelados das três ordens religiosas encarregadas por Sua Majestade D. Pedro II (de Portugal) de converte a população indigna da área: os frades da Piedade, os Santo Antônio e os Carmelitas.
Foi organizado por dois frades da Piedade – Ordem de Franciscanos sediada no Porto, Portugal – um aldeamento que se estabeleceu junto a um forte mandado construir pelo capitão geral da mesma época.
No período em que se estabelecerão, de forma mais ou menos simultânea, o aldeamento e o forte, a região era habitada pelos índios pauxis. A população indígena predominou por um século, enriquecida periodicamente por “descimentos” ou conversões, realizadas pelos frades da região. O aldeamento de Pauxis, como ficou sendo conhecido local, foi favorecido pela proteção do forte, do qual distava meia hora, e por uma cultura intensiva de espécies alimentícias que progredia pelo trabalho dos índios residentes.
O jesuíta padre João Daniel, que permaneceu na Amazônia de 1741 a 1757, comenta a situação do grupamento nessa época: “E posto que esta (PAUXIS) é uma das mais importantes fortalezas daquele rio (Amazonas), por estar em tão bela paragem, e por cruzar ali com suas balas toda a largura daquele mar amazônico, que naquela paragem se estreita muito não tem mais moradores que o presídio e guarnição de praça; e só tem cousa de um passeio de distancia à missão [em braço no manuscrito] e é a última das que foram da administração dos religiosos da piedade.”
Na segunda metade do século XVIII diferenciavam-se os dois núcleos em evolução na área: o dos missionários, chamado oficialmente de Aldeinha e outro junto ao forte, onde os comandantes da praça mantinham os índios para o serviço do mesmo, caça, pesca, remagem e outro, pratica usual em estabelecimento do mesmo tipo na região. Em 1742 os missionários tentaram obter a direção também do segundo núcleo, sem sucesso. Tanto os frades como os comandantes aumentavam constantemente a população de seus grupamentos arregimentando índios pelo Rio Negro e até da distante mundurucânia. Só no rio trombetas, em 1727, quinze tribos foram reduzidas. São citados especialmente os índios Maquis, chegados às centenas, que se destacavam pelo bom relacionamento com colonos e habilidade no cultivo de guaraná.(Reis, 1979)
Esta situação perdurou até a chegada do Capitão Francisco Xavier de Mendonça Furtado, governante da região entre 1751 e 1759. Mendonça Furtado era irmão de Sebastião José de Carvalho e Melo, marques de Pombal no reinado de D. José I (1750). Entre as preocupações de Sebastião Carvalho estava a integração da Amazônia ao domínio português através da demarcação de seus limites, estabelecidos pelos Tratados de Madri (1750) e, também, de uma mais eficiente exploração dos recursos da região. Para ambas as medidas os missionários constituíram-se em empecilhos que levaria o ministro Pombal a estabelecer medidas visando eliminar a autonomia de que as ordens religiosas desfrutavam, até então, na ocupação das reduções. Os mais visados foram os jesuítas, mais os frades da Piedade também sentiram o peso da autoridade de Pombal, exercido com energia por Mendonça Furtado. A principal dessas medidas, e que inviabilizaria as reduções, foi a de impor a liberdade dos índios retirados à autoridade dos religiosos. Baena (1829) registrou os constantes incidentes, conservados pela documentação oficial, entre os padres e os colonos pela posse e usufruto dos indígenas.
O próprio Mendonça Furtado chefiou duas expedições, começadas em Belém nos anos 1754 e 1758, em direção ao rio Negro onde iria encontrar a comissão demarcadora espanhola cumprindo as determinações reais para atender o tratado de Madri. A relação do componente da expedição portuguesa esta em carta de Manoel Bernardo de Melo e Castro, governador na ausência de Mendonça Furtado, ao próprio Pombal e datada de dois de novembro de 1759: “Também devo dizer a V. Exa., que para aqui vieram só dois astrônomos (seriam João Ângelo Brunelli e Miguel Antonio Ciera, segundo Baena), sendo três as tropas, que se devem expedir, e também três os que trazem os castelhanos, e também no corpo de engenheiros faltam o sargento mor Sebastião Jose da Silva, o capitão João André Shuevel, que foram para Lisboa e o tenente Braining que faleceu nesta cidade; e também faltam os ajudantes Henrique Antonio Galuzzi... Além dos dois astrônomos, que acima digo, achao-se aqui de engenheiro o capitão João Geraldo Gronfelt, o capitão Felipe Sturm e o tenente Manoel Goetz, e alem de dois ajudantes, Domingos Samocete (sic) e Henrique Wilkens, que ambos o Exmo. Sr Francisco Xavier aqui proveo: Achase também o sargento mor Manoel Álvares Calheiros”.
Henrique Antonio Galluzzi e Antonio José Landi, “encarregado do Risco e Mapas que se tirarem dos terrenos demarcados”, segundo Baena (1829), presente em 1754, não estavam nesta segunda expedição de Mendonça Furtado ao Rio Negro que, em sua trajetória, foi elevando aldeia à categoria de povoados e vilas, ao mesmo tempo dando-lhes nomes portugueses, substituído os de nomes indígenas.
Para erigir a vila de Óbidos, no dia 28 de março de 1758, furtado uniu dois núcleos próximos à Fortaleza a um outro dos capuchinhos, a um dia de viagem. Ainda que não tenha encontrado as disposições especificas para Óbidos pode-se supor que o procedimento do Capitão Geral tenha sido o mesmo, ao menos em linhas gerais, daqueles adotados para outras vilas dada região. Ordem de Manuel Bernardo de Melo e Castro, datada de 25 de janeiro de 1762, registrada as determinações gerais: “... estabeleceram os regimentos para oficias de oficio: ferreiro, pedreiros,carpinteiros, sangradores, barbeiros, alfaiates, sapateiros, assim como taxaram os gêneros de alimentação. Obedecendo as ordens governamentais, riscaram os planos relativos à maneira de construir as casas, regular terrenos, traçar o arruamento, atender a alimentação dos moradores, incentivando-os a criação e a lavoura de frutos nativos europeus.”
No que se refere ao traçado urbano, as disposições devem ter sido já que Óbidos obedece a um traçado regular no seu núcleo central, estabelecido a parti da praça, onde teria sido implantado o pelourinho e determinado o local para igreja principal. Os lotes também são regulares, variando em torno de dez metros, faltam porem elementos para verificar a forma utilizada para as construções do século XVIII.
Em 1762, o Bispo do Pará, D. Frei João de São José descreveu a vila: “com uma igreja ordinária coberta de folhas e muitas casas pelo mesmo modo”; portanto coberta por folha de palmeira.
Aos poucos melhorava o aspecto da vila e também a situação econômica baseada no que seria a grande riqueza do município: o cultivo do cacau. O primeiro grande cacaual do que se tem registro era muito abaixo da vila. Pertencera aos jesuítas que administravam a parti da aldeia indígena. Perdida a administração temporal pelos jesuítas, em virtude do alvará de 7 de junho de 1755, o cacaual passou a fazer parte os bens comuns e posteriormente, em 1788 dos bens da coroa. Também em 1788 o D. Frei Caetano Brandão descreveu a vila da seguinte maneira “... está sobre a colina olhando para o Amazonas, com planta assaz bela, casas arruadas e, posto que coberta de palha, com seus alinhos: uma formosa praça no meio, seu forte em maravilhosa posição, mas destituídos de todos os recursos para defesa. A igreja é pequena para o numero de fregueses: esta porem asseada no seu tanto e poder passar no que respeita as alfaias”.
Na verdade, a igreja se localizava na praça principal, é e um dos poucos prédios importante no período colonial (os outros eram o forte a capela dos padres da Piedade, esta no ponto mais alto da vila), estava em tão mau estado que, em 1786, foi ordenada a construção a ser feita segundo o projeto do engenheiro João Vasco Manoel de Braun, por ordem do Capitão Geral Martinho de Souza Albuquerque.
2.2. O século XIX – A perda da liderança regional
2.3. Óbidos na visão do Francês Le Cointe
Do Livro Caderno de Arquitetura - Óbidos
Prof. Jussara Derenji
Criado em 2016-04-16 18:23:00
A culinária obidense é muito diversificada, então estaremos postando neste espaço os sabores da comida do povo obidense, que tem um culinária muito ligado ao povo indígena, o negro e o europeu.
Criado em 2016-04-16 01:57:00
O Mirante no final da rampa que dá acesso a praia do Porto de Cima, próximo ao monumento “Cabeça do Padre”, em Óbidos, desabou por problema de erosão devido as fortes chuvas que vem assolando o município nos últimos meses.
Criado em 2016-04-15 13:24:50
Copa Evilásio do Amaral, realizada na comunidade fronteira de Óbidos, Trindade, em sua 4ª Edição, iniciou seus jogos no dia 21 de fevereiro, com times da cidade de Óbidos e das comunidades vizinhas.
Criado em 2016-04-15 11:19:48
Foi realizado nesta quarta-feira, dia 13 de abril de 2016, no Cartório Ferreira, o enlace matrimonial de Gleidisson Nunes de Souza e Jéssica Naiara dos Reis de Souza, a celebração do casamento foi presidida pelo Sr. Jorge Ary de Almeida Ferreira. Desejamos que os sonhos do casal se tornem realidade, unidos para uma nova vida, de amor, paz, alegria e que a felicidade tão sonhada, os acompanhe por toda vida. Desejamos a Jéssica e Gleidisson muitas felicidades e vivam com intensidade essa união!
Criado em 2016-04-14 20:28:32
Registramos o aniversário de Taila Figueira, filha de Edilaine Figueira, que foi festejado na casa de seus avós, onde reuniram seus amigos e familiares para juntos festejarem a data em um jantar delicioso. Felicidades Tália!
Criado em 2016-04-14 20:21:32
O mais novo empreendimento foi inaugurado em Óbidos, trata-se do Espaço Pet, da Médica Veterinária Dra. Camila Silva Azevedo Andrade, filha de Amarildo Andrade e Horacimar. O Espaço PET tem tudo para seu Cachorro, Gato, como banho, tosa, produtos de higiene, acessórios, camas, rações e muito mais, como consultas e vacinação, tudo em um só lugar. O Espaço PET, que está localizado na Tv. Lauro Sodré, 138, no centro da cidade. Desejamos sucesso a Camila!
Criado em 2016-04-14 20:14:19
Os filhotes, pertencentes a duas espécies de quelônios, foram entregues pela população aos agentes de fiscalização da SEMMA de Óbidos
Criado em 2016-04-13 00:13:43
Registramos os 15 anos de Ana Joyce Bentes dos Santos filha de Jackson Henrique Siqueira dos Santos e Tatiana Bentes dos Santos, que reuniu seus amigos e familiares na comunidade da várzea, Costa dos Ferreiras, para juntos festejarem esta data tão importante para Joyce. Desejamos muitas felicidades a aniversariante!
Criado em 2016-04-12 13:47:05
Iniciou no sábado, dia 9, na quadra do Mariano Futebol Clube, o Campeonato de Voleibol Obidense, do qual estão participando 6 equipes, 3 masculinas e 3 femininas. Nessa primeira rodada tivemos dois jogas: Center X Fátima (feminino) e Fátima Voley X Pio (masculino).
Criado em 2016-04-12 13:44:34
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Criado em 2016-04-12 11:37:18
Edilberto Santos
Todos os paraenses sabem e conhecem a riqueza da linguagem do Estado do Pará, suas diferentes manifestações regionais com o uso de palavras diferentes que significam a mesma coisa em diversas “paragens” do nosso Estado.
Criado em 2016-04-10 23:25:32
Edilverto Santos - Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.
Estamos no final do mês de fevereiro de 2016 quando volto minha memória para a cidade de Óbidos no Estado do Pará, para lembrar e compartilhar essas recordações com os que me dão o privilégio de suas leituras.
Criado em 2016-04-10 16:44:00