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Alunos da Escola Maurício Hamoy produzem vídeo de "O Coronel Sangrado"
Criado em 2016-12-06 22:57:12
O Cacaulista, livro de Inglês de Souza, foi produzido em vídeo por alunos do São José
Criado em 2016-12-06 22:54:45
Criado em 2016-12-06 22:46:11
A obra "O Coronel Sangrado" de Inglês de Souza virou vídeo de curta metragem produzido por Alunos da Escola Prof. Maurício Hamoy, turma 205, manhã, totalmente gravado e editado pelos alunos, os quais estão concorrendo no concurso de obras literárias das escolas do ensino médio entre Óbidos, Oriximiná e Juruti.
O Coronel Sangrado (1877)
Autor: Inglês de Sousa
Local da ação: Óbidos, terra natal do escritor. Narrativa centrada nos costumes políticos da cidade, ao tempo do Segundo Império. Forte marca documentária.
Fragmento do livro:
O livro “Coronel Sangrado” traz uma história que é protagonizada pela própria região em que a trama se passa, a Amazônia, dando bastante espaço para a caracterização do ambiente.
Dentro disso desenvolve-se a história de: Coronel Sangrado, apelido dado ao Coronel Severino de Paiva, homem possuidor de um comportamento atípico; Miguel Faria, uma rapaz que já havia morado na cidade (Óbidos) e foi embora por desavenças com outro, o tenente-coronel Ribeiro, volta para a terra depois de cinco anos para rever sua mãe, D. Ana, e procurar seu verdadeiro amor, Rita, afilhada do tenente-coronel Ribeiro, seu arqui-inimigo.
As disputas políticas entre o partido conservador e o partido liberal, também são acontecimentos que marcam o livro.
Pretendia o Tenente-Coronel Severino eleger Miguel vereador, por quem se afeiçoara e decidira fazer dele seu protegido. No entanto, os planos do Coronel Sangrado não dão certo, entre outros motivos pelas intrigas paroquiais que se desenvolvem. Morre o Coronel Sangrado e Miguel, que nunca esquecera Rita, acaba tendo a realização de sua paixão, quando Moreira também morre num acidente, casando com ela.
O Coronel Sangrado é uma obra diferente da que o estudante atual está habituado a ler, por trazer ao leitor a experiência de como seria a vida do século XIX nas regiões amazônicas. Surpreendentemente as semelhanças em relação a caracterização do meio externo e das pessoas comuns presentes no enredo, com obras do mesmo período como Senhora, de José de Alencar, são muitas, tendo apenas como diferenciação a linguagem própria da região e objetos como meios de condução, vestimentas, etc.
O autor tem grande poder sensitivo, produzindo, a cada capítulo, sentimentos completamente diferentes em quem lê. Como em uns onde há presença de temas políticos, pode-se observar a utilização de expressões que deixam bem claro a atmosfera que se encontra a cena, já os de casos amorosos, fazem o leitor ficar sem fôlego a cada parágrafo, pelo uso, também, de expressões específicas.
Um livro que sem dúvida deve ser tratado com toda a pompa que é usada para citar seus sucessores, O Mulato, entre outros, por sua grande importância cultural e excelente história contada. (Darlan/skoob)
Criado em 2016-12-06 20:57:40
Alunos da Escola São José, em Óbidos, turma 202, turno da manhã, produziram um vídeo baseado no livro de Inglês de Sousa (1853-1918), “O Cacaulista”, para participarem de um concurso literário através de vídeos, segundo os alunos, idealizado pelo professor Daniel Bentes.
Segundo os alunos, o objetivo da produção dos vídeos é mostrar as obras literárias e "dizer" que os jovens de hoje ainda prestigiam obras de grandes escritores e também a divulgação dos trabalhos produzidos.
Os vídeos que irão participar do concurso buscam mostrar as obras literárias do autor obidense, os quais estão sendo produzidos por alunos do ensino médio de Óbidos.
Alunos participantes:
Luiza Helena, Daiandra Eduarda, Fabíola Paula, Tainá Suelem, Nathali, Lilian, Helen Thaís, Bianca Cibely, Lizama, Thiago, Edilvan, Jean, Rodrigo, Rony, Patrício, Iuly.
O Cacaulista
O Cacaulista, primeiro romance de uma série pensada por Inglês de Sousa, Cenas da Vida do Amazonas, desenvolve seu cenário na floresta amazônica. O autor teve que enfrentar dificuldades de transposição do eixo narrativo para as regiões do interior, destacando o rio-mar (Amazonas). Nas linhas iniciais, lemos: "algumas milhas acima da cidade de Óbidos, à margem do Paranamiri".
O Realismo
O Realismo tratado nas obras de Inglês de Sousa, segundo Barreto, se distingue não tanto pela descrição do ambiente natural, como nos romances clássicos do Naturalismo, mas fundamentalmente pela reconstituição do modo de vida dos habitantes das margens do rio Amazonas. A todo instante há passagens pormenorizadas do modo de vida amazônico oitocentista: os costumes, a rotina doméstica, as tarefas de subsistência, a sociabilidade, as relações de conflito e acomodação entre diferentes segmentos sociais, os preconceitos raciais, as manifestações folclóricas, as particularidades do linguajar regional, as crenças e práticas religiosas, as superstições e crendices populares, as regras de etiqueta, os padrões de civilidade, o lazer, as festas, etc.
Fotos e Vídeo cedidos pelos alunos da Turma 202.
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Criado em 2016-12-06 14:50:02
Com objetivo de divulgar o carnaval obidense denominado de Carnapauxis - a maior festa de carnaval de rua do oeste do Pará - a Associação dos Amigos e Filhos de Óbidos – AMAO, juntamente com o Bloco Águia Negra, realizaram neste domingo, dia 4, o I Águia Folia em Manaus.
O evento aconteceu na Mansão Timbiras e teve a participação da Banda da AMAO, DJ Naldo, DJ Marielson, Banda Mistura Show de Óbidos e como atração principal componentes do Bloco Águia Negra.
Durante o evento o Bloco Águia Negra apresentou sua nova música para o Carnapauxis 2017, como também houve a apresentação da Rainha e a Porta Estandarte do bloco, representadas pelas jovens Ana Trícia e Jamile Ingrid, respectivamente, as quais desfilaram para o público presente.
O Prefeito eleito de Óbidos, Chico Alfaia, esteve presente no evento e comentou: “Excelente iniciativa da Associação e Bloco Águia Negra, uma ação que, além da arrecadação de recursos financeiros, eleva e "vende” o Carnaval obidense para o Estado do Amazonas e atiça a vontade dos filhos de Óbidos que residem em Manaus a participarem dessa festa que é única e de todos nós”.
Durante o evento, como tradição do carnaval obidense, rolou muita Maisena.
Fotos de Odirlei Santos
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Criado em 2016-12-06 02:17:14
Foi realizado em Óbidos, na Praça da Cultura, neste sábado, dia 03 de dezembro, o I Festival da Caridade em prol do Hospital Dom Floriano, onde reuniu um excelente público, iniciando por volta das 16h e encerrando por volta da 03h, do dia 04, domingo.
Foi um dia especial para a população obidense que atendeu o chamado dos organizadores do evento, que teve como objetivo arrecadar recursos para o Hospital Dom Floriano (Santa Casa de Misericórdia de Óbidos), onde as pessoas puderam participara de várias modalidades esportivas e contribuir com o Hospital.
As seguintes modalidades esportivas aconteceram durante o evento: Futsal, Voley de quadra (Dupla Masculino) e de Areia (dupla) feminino, Tênis de mesa, que foi realizada na Liga Desportiva Obidense (LDO), e Torneio de pênaltis com premiação de R$ 1.500,00 em para a modalidade masculina e R$ 500,00 para o feminino, sendo que nesta modalidade a disputa iniciou as 16h e encerrou por volta das 3h da manhã do dia 4. Aconteceu também o sorteio da rifa com 30 valiosos brindes.
Alguns músicos obidenses, como Joelson, Trio Recordações, Pitbul do Arrocha, DJ Moraes e outros, também deram sua contribuição no evento, animando o público que esteve presente no evento.
Segundo Márcio Pinto, coordenador do evento, foi arrecadado R$ 40.617,00 (Quarenta mil, seiscentos e dezessete reais) que foi depositado na conta da Santa Casa de Misericórdia de Óbidos, no dia 06/12/2016. Ver comprovante nas imagens.
Fotos de Vander N Andrde
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Confira o resultado da Rifa.
Criado em 2016-12-05 22:06:11
Alunos da Escola São José, em Óbidos, turma 202, turno da manhã, produziram um vídeo baseado no conto “O BAILE DO JUDEU”, publicada em 1893, da obra “Contos Amazônicos”, do escritor obidense Inglês de Sousa (1853-1918), o qual possui aspectos regionalistas, apresentando o modo de vida e o imaginário do povo ribeirinho. “O Baile do Judeu”, sétimo conto da obra, é uma mistura de elementos de diferentes superstições e crendices populares, o qual postamos na integra, no final desta matéria.
Segundo os alunos, o vídeo tem como objetivo divulgar e mostrar que na cidade de Óbidos existem talentos literários e uma riquíssima Cultura, onde se destacam autores que ressaltam os costumes e a cultura do lugar, que fazem parte com suas obras.
Os alunos informaram que a ideia foi do professor Daniel que fez uma proposta para que os alunos produzissem vídeos baseados nas obras de autores obidenses, com o intuito de mostrar que Óbidos existem grandes escritores e que muitos são reconhecidos não só em Óbidos, mas no Brasil e no mundo, como por exemplo de Inglês de Souza, um dos obidenses fundadores da Academia Brasileira de Letras.
O Vídeo
Com referência ao vídeo, o mesmo apresenta o baile promovido por um Judeu em sua casa, às margens do rio Amazonas, para alguns moradores da Vila onde morava. Na festa estavam presentes indivíduos importantes como o tenente-coronel Bento de Arruda (comandante da guarda nacional) e sua esposa D. Mariquinhas, o Dr. Filgueiras, o capitão Coutinho (comissário das terras), o Delegado de Polícia, o coletor, o agente da companhia do Amazonas, e demais convidados.
Durante o auge do baile entrou no salão um sujeito estranho com um grande casaco e um chapéu que não deixava ver o rosto. O indivíduo desconhecido tira D. Mariquinhas para uma dança, havendo curiosidade e surpresa de todos os que estavam ali presentes. Eles, então, começaram a dançar de maneira frenética e desordenada sem parar. A esposa de Bento de Arruda, com o passar do tempo, apresenta cansaço e muito desconforto. De repente, em um turbilhão, o sujeito deixa cair seu chapéu revelando à todos sua cabeça furada. Ao invés de homem era um boto que saiu rodopiando e arrastando D. Mariquinhas pela porta fora até a ribanceira do rio e de lá saltou, afundando no rio com a moça.
Gravado, Produzido e Renderizado por Fred Mercury Producer (Frederico Lopes)
Integrantes
Juracy Rocha; Thayná Vacsoncelos; Jaime Júnior; Deisiane Nunes; Rafael Nunes; Wesley; Guimarães; Daiane Meneses; Alfredo Gomes; Luis Andrey; Laura Beatriz; Helena Cristina; Douglas Pinheiro; Flávio Baia; José Alcir; Marcos Heron; Samanta Souza; Leilane Vasconcelos e Alice Silva.
Fotos cedidas pelos Alunos
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Ora, um dia, lembrou-se o Judeu de dar um baile e atreveu-se a convidar a gente da terra, a modo de escárnio pela verdadeira religião de Deus Crucificado, não esquecendo, no convite, família alguma das mais importantes de toda a redondeza da vila. Só não convidou o vigário, o sacristão, nem o andador das almas, e menos ainda o Juiz de Direito; a este, por medo de se meter com a Justiça, e aqueles, pela certeza de que o mandariam pentear macacos.
Era de supor que ninguém acudisse ao convite do homem que havia pregado as bentas mãos e os pés de Nosso Senhor Jesus-Cristo numa cruz, mas, às oito horas da noite daquele famoso dia, a casa do Judeu, que fica na rua da frente, a umas dez braças, quando muito, da barranca do rio, já não podia conter o povo que lhe entrava pela porta adentro; coisa digna de admirar-se, hoje que se prendem bispos e por toda parte se desmascaram lojas maçônicas, mas muito de assombrar naqueles tempos em que havia sempre algum temor de Deus e dos mandamentos de sua Santa Madre Igreja Católica Apostólica Romana.
Lá estavam, em plena judiaria, pois assim se pode chamar a casa de um malvado Judeu, o tenente-coronel Bento de Arruda, comandante da guarda nacional, o capitão Coutinho, comissário das terras, o dr. Filgueiras, o delegado de polícia, o coletor, o agente da companhia do Amazonas; toda a gente grada, enfim, pretextando uma curiosidade desesperada de saber se, de fato, o Judeu adorava uma cabeça de cavalo mas, na realidade, movida da notícia da excelente cerveja Bass e dos sequilhos que o Isaac arranjara para aquela noite, entrava alegremente no covil de um inimigo da Igreja, com a mesma frescura com que iria visitar um bom cristão.
Era em junho, num dos anos de maior enchente do Amazonas. As águas do rio, tendo crescido muito, haviam engolido a praia e iam pela ribanceira acima, parecendo querer inundar a rua da frente e ameaçando com um abismo de vinte pés de profundidade os incautos transeuntes que se aproximavam do barranco.
O povo que não obtivera convite, isto é, a gente de pouco mais ou menos, apinhava-se em frente a casa do Judeu, brilhante de luzes, graças aos lampiões de querosene tirados da sua loja, que é bem sortida. De torcidas e óleo é que ele devia ter gasto suas patacas nessa noite, pois quantos lampiões bem lavadinhos, esfregados com cinza, hão de ter voltado para as prateleiras da bodega.
Começou o baile às oito horas, logo que chegou a orquestra composta do Chico Carapanã, que tocava violão; do Pedro Rabequinha e do Raimundo Penaforte, um tocador de flauta de que o Amazonas se orgulha. Muito pode o amor ao dinheiro, pois que esses pobres homens não duvidaram tocar na festa do Judeu com os mesmos instrumentos com que acompanhavam a missa aos domingos na Matriz. Por isso dois deles já foram severamente castigados, tendo o Chico Carapanã morrido afogado um ano depois do baile e o Pedro Rabequinha sofrido quatro meses de cadeia por uma descompostura que passou ao capitão Coutinho a propósito de uma questão de terras. O Penaforte, que se acautele!
Muito se dançou naquela noite e, a falar a verdade, muito se bebeu também, porque em todos os intervalos da dança lá corriam pela sala os copos da tal cerveja Bass, que fizera muita gente boa esquecer os seus deveres. O contentamento era geral e alguns tolos chegavam mesmo a dizer que na vila nunca se vira um baile igual!
A rainha do baile era, incontestavelmente, a D. Mariquinhas, a mulher do tenente-coronel Bento de Arruda, casadinha de três semanas, alta, gorda, tão rosada que parecia uma portuguesa. A D. Mariquinhas tinha uns olhos pretos que tinham transtornado a cabeça de muita gente; o que mais nela encantava era a faceirice com que sorria a todos, parecendo não conhecer maior prazer do que ser agradável a quem lhe falava. O seu casamento fora por muitos lastimado, embora o tenente-coronel não fosse propriamente um velho, pois não passava ainda dos cinquentas; diziam todos que uma moça nas condições daquela tinha onde escolher melhor e falava-se muito de um certo Lulu Valente, rapaz dado a caçoadas de bom gosto, que morrera pela moça e ficara fora de si com o casamento do tenente-coronel; mas a mãe era pobre, uma simples professora régia!
O tenente-coronel era rico, viúvo e sem filhos e tantos foram os conselhos, os rogos e agrados e, segundo outros, ameaças da velha, que D. Mariquinhas não teve outro remédio que mandar o Lulu às favas e casar com o Bento de Arruda. Mas, nem por isso, perdeu a alegria e amabilidade e, na noite do baile do Judeu, estava deslumbrante de formosura. Com seu vestido de nobreza azul-celeste, as suas pulseiras de esmeraldas e rubis, os seus belos braços brancos e roliços de uma carnadura rija; e alegre como um passarinho em manhã de verão. Se havia, porém, nesse baile, alguém alegre e satisfeito de sua sorte, era o tenente-coronel Bento de Arruda que, sem dançar, encostado aos umbrais de uma porta, seguia com o olhar apaixonado todos os movimentos da mulher, cujo vestido, às vezes, no rodopiar da valsa, vinha roçar-lhe as calças brancas, causando-lhe calafrios de contentamento e de amor.
Às onze horas da noite, quando mais animado ia o baile, entrou um sujeito baixo, feio, de casacão comprido e chapéu desabado, que não deixava ver o rosto, escondido também pela gola levantada do casaco. Foi direto a D. Mariquinhas, deu-lhe a mão, tirando-a para uma contradança que ia começar.
Foi muito grande a surpresa de todos, vendo aquele sujeito de chapéu na cabeça e mal-amanhado, atrever-se a tirar uma senhora para dançar, mas logo cuidaram que aquilo era uma troça e puseram-se a rir, com vontade, acercando-se do recém-chegado para ver o que faria. A própria mulher do Bento de Arruda ria-se a bandeiras despregadas e, ao começar a música, lá se pôs o sujeito a dançar, fazendo muitas macaquices, segurando a dama pela mão, pela cintura, pelas espáduas, nos quase abraços lascivos, parecendo muito entusiasmado. Toda a gente ria, inclusive o tenente-coronel, que achava uma graça imensa naquele desconhecido a dar-se ao desfrute com sua mulher, cujos encantos, no pensar dele, mais se mostravam naquelas circunstâncias.
- Já viram que tipo? Já viram que gaiatice? É mesmo muito engraçado, pois não é? Mas quem será o diacho do homem? E essa de não tirar o chapéu? Ele parece ter medo de mostrar a cara... Isto é alguma troça do Manduca Alfaiate ou do Lulu Valente! Ora, não é! Pois não se está vendo que é o imediato do vapor que chegou hoje! E um moço muito engraçado, apesar de português! Eu, outro dia, o vi fazer uma em Óbidos, que foi de fazer rir as pedras! Agüente, dona Mariquinhas, o seu par é um decidido! Toque para diante, seu Rabequinha, não deixe parar a música no melhor da história!
No meio de estas e outras exclamações semelhantes, o original cavalheiro saltava, fazia trejeitos sinistros, dava guinchos estúrdios, dançava desordenadamente, agarrando a dona Mariquinhas, que já começava a perder o fôlego e parara de rir. O Rabequinha friccionava com força o instrumento e sacudia nervosamente a cabeça. O Carapana dobrava-se sobre o violão e calejava os dedos para tirar sons mais fortes que dominassem o vozerio; o Pena-forte, mal contendo o riso, perdera a embocadura e só conseguia tirar da flauta uns estrídulos sons desafinados, que aumentavam o burlesco do episódio. Os três músicos, eletrizados pelos aplausos dos circunstantes e pela originalidade do caso, faziam um supremo esforço, enchendo o ar de uma confusão de notas agudas, roucas e estridentes, que dilaceravam os ouvidos, irritavam os nervos e aumentavam a excitação cerebral de que eles mesmos e os convidados estavam possuídos.
As risadas e exclamações ruidosas dos convidados, o tropel dos novos espectadores, que chegavam em chusma do interior da casa e da rua, acotovelando-se para ver por sobre a cabeça dos outros; sonatas discordantes do violão, da rabeca e da flauta e, sobretudo, os grunhidos sinistramente burlescos do sujeito de chapéu desabado, abafavam os gemidos surdos da esposa de Bento de Arruda, que começava a desfalecer de cansaço e parecia já não experimentar prazer algum naquela dança desenfreada que alegrava tanta gente.
Farto de repetir pela sexta vez o motivo da quinta parte da quadrilha, o Rabequinha fez aos companheiros um sinal de convenção e, bruscamente, a orquestra passou, sem transição, a tocar a dança da moda.
Um bravo geral aplaudiu a melodia cadenciada e monótona da "varsoviana", a cujos primeiros compassos correspondeu um viva prolongado. Os pares que ainda dançavam retiraram-se, para melhor poder apreciar o engraçado cavalheiro de chapéu desabado que, estreitando então a dama contra o côncavo peito, rompeu numa valsa vertiginosa, num verdadeiro turbilhão, a ponto de se não distinguirem quase os dois vultos que rodopiavam entrelaçados, espalhando toda a gente e derrubando tudo quanto encontravam. A moça não sentiu mais o soalho sob os pés, milhares de luzes ofuscavam-lhe a vista, tudo rodava em torno dela; o seu rosto exprimia uma angústia suprema, em que alguns maliciosos sonharam ver um êxtase de amor.
No meio dessa estupenda valsa, o homem deixa cair o chapéu e o tenente-coronel, que o seguiu assustado, para pedir que parassem, viu, com horror, que o tal sujeito tinha a cabeça furada. Em vez de ser homem, era um boto, sim, um grande boto, ou o demônio por ele, mas um senhor boto que afetava, por um maior escárnio, uma vaga semelhança com o Lulu Valente. O monstro, arrastando a desgraçada dama pela porta fora, espavorido com o sinal da cruz feito pelo Bento de Arruda, atravessou a rua, sempre valsando ao som da 'varsoviana" e, chegando à ribanceira do rio, atirou-se lá de cima com a moça imprudente e com ela se atufou nas águas.
Desde essa vez, ninguém quis voltar aos bailes do Judeu.
Criado em 2016-12-04 14:00:58
Aproxima-se mais um círio e festa da Imaculada Conceição, padroeira do povo católico da comunidade Muratubinha, na Costa de Cima, no Município de Óbidos, oeste do Pará. Momento de graças, momento da comunidade católica expressar sua fé em nossa senhora, a mãe de Jesus.
Na celebração de mais uma festividade, que iniciará neste sábado, dia 03, com o Círio, se estenderá até o dia 08 de dezembro, desejamos um feliz círio e festa a todos, de muita paz e que a presença de nossa senhora nos lares seja vivenciada com muita oração e reflexão. Momento oportuno para darmos as mãos e vivermos como verdadeiras famílias de Deus.
Fotos e informações de Francerlei
Criado em 2016-12-03 15:15:05
Haroldo Figueira
Quem é do sexo masculino e nasceu no norte do país conheceu bem, quando criança, o efeito perturbador do ataque desse bichinho quase invisível que atende pelo nome de mucuim. Também não deve guardar lembranças agradáveis da jiquitaia, formiga minúscula, igualmente encontrada nas plagas amazônicas, com a ressalva de que, neste caso, suas recordações não se restringem apenas ao período da infância.
O mucuim é uma espécie de ácaro vermelho, presente nos gramados e capinzais de um modo geral. Para enxergá-lo é preciso uma dose extra de esforço ocular. Isso porque, além de muito pequeno, a vermelhidão que deixa na parte do corpo onde se aloja ajuda a camuflá-lo. Quanto à jiquitaia, é possível visualizá-la a olho nu com um pouco mais de nitidez.
Os dois agem sobre a epiderme de modos diferentes. O mucuim instala-se, principalmente, na área externa da bolsa testicular, grudando ali feito carrapato e desencadeando no local uma coceira tão irritante, quanto persistente. Já a jiquitaia é menos seletiva e não escolhe lugar no corpo para aplicar as suas ardidas alfinetadas.
A despeito do espaço temporal que separa o garoto de ontem às voltas com infestações de mucuins, do homem de cabelos brancos de hoje que há muitos anos perdeu o contato com o parasita, nunca me esqueci daquela desesperadora vontade de coçar que parecia não dar tréguas. Recordo, também, que para me ver livre desse prurido irritante, precisava contar com o auxílio da minha mãe. Era ela quem, munida de uma agulha esterilizada na chama do fogão ou de um espinho de laranjeira, desencravava os pequenos ácaros das partes afetadas.
Mães são anjos benfazejos sempre prontos a socorrer suas crias quando estas se encontram em dificuldade. Meu filho caçula que o diga. Norte-rio-grandense de Natal, não conhecia mucuim, nem jiquitaia. Em 1981, retornei a Óbidos com a família para uma temporada de trabalho. O menino tinha, então, dois anos. Acho que não chegou a entrar em contato com o primeiro, mas logo aprendeu a chamar a formiga pelo nome. De vez em quando se ouviam seus gritos ecoando pela casa: - jiquitaia, jiquitaia! A mãe acorria de imediato e, carinhosamente, tentava mitigar as dores do moleque untando com Vick VapoRub as pequenas lesões cutâneas deixadas pelo inseto.
Eu mesmo protagonizei uma “pegadinha” envolvendo jiquitaias. Certa vez, no início dos anos 1970, viajei para Manaus. Hospedei-me, à época, em uma república, onde dois dos meus irmãos dividiam o aluguel e a moradia com outros jovens conterrâneos. A habitação era modesta, condizente com as poucas posses daqueles que, ainda iniciantes, batalhavam para vencer na vida. Não havia banheiro completo na residência. O vaso sanitário ficava no interior da casa, mas para tomar banho, fazia-se necessário deslocar-se até um quadrilátero de madeira, sem cobertura, construído nos fundos do terreno, na divisa com o lote contíguo. Dentro, apenas um barril com água e uma cuia com a ajuda da qual se molhava o corpo.
Uma noite desci para banhar-me. Terminada a tarefa, lancei mão da toalha que havia estendido em uma das paredes e comecei a enxugar-me. Não demorou para que sentisse nas costas o ardor característico das ferroadas. Aturdido com a inesperada ofensiva, acabei descuidando-me do liso chão de assoalho sob os meus pés. Resultado: escorreguei, meu corpo projetou-se contra uma das laterais do cubículo e fui parar no quintal do vizinho, do jeito que vim ao mundo.
Só não paguei um mico maior porque estava escuro e, aparentemente, ninguém se apercebeu do acidente. Rapidamente levantei-me, limpei-me, vesti-me, procurei recolocar as tábuas que haviam se despregado por ocasião da queda encostando-as no vão aberto deixado na parede e retornei para casa, com o lombo em fogo e maldizendo minhas iradas agressoras.
Há um antigo ditado popular que reza: tamanho não é documento. O adágio aplica-se aos humanos e visa contrapor-se à tese de superioridade entre eles baseada na estatura física. Penso que o ensinamento que ele embute deveria valer para todo o reino animal. Com efeito, nada obstantes as enormes diferenças de porte e de força que temos em relação a minúsculos seres como jiquitaias, mucuins, carapanãs (notadamente da modalidade aedes aegypti), piuns, etc., esses animaizinhos não só nos enfrentam, como são capazes de causar-nos transtornos consideráveis.
Natal, 01 de dezembro de 2016.
Criado em 2016-12-03 00:20:24
O obidense, Prof. Dr. Otávio do Canto lançou nesta quinta-feira, dia 1º de dezembro, o livro “Mineração na Amazônia: assimetria, território e território socioambiental”, o evento de autógrafo aconteceu no Núcleo de Meio Ambiente (NUMA), da Universidade Federal do Pará, onde reuniu a comunidade acadêmica e convidados. O trabalho do professor foi originado da sua tese de doutorado, vencedora prêmio ANPPAS 2015.
O Livro
A história da implantação e operação de grandes projetos mineradores nas diferentes amazônias brasileiras tem apresentado dinâmica territorial eivada por graves conflitos socioambientais e, pelo que se tem acompanhado, o Projeto Mina de Bauxita de Juruti, da mineradora ALCOA, não é exceção.
Embora se conheça a presença discreta da mineradora ALCOA desde a década de 1970, foi a partir de 2005 que a sociedade passou a perceber as intervenções sistemáticas tanto na zona rural quanto na zona urbana do município. Os contatos se tornaram mais frequentes, muitos deles amistosos e outros bastante conflituosos. Apesar de se preocupar em produzir uma imagem pública fundada no discurso do desenvolvimento sustentável, provocam-se, em linhas gerais, problemas similares de conflitos socioambientais presentes na órbita dos grandes empreendimentos minerários implantados nas amazônias brasileiras.
Em síntese, a implantação e a operação da mineradora ALCOA colocaram comunidades em um conflito socioambiental sem precedentes na sua história. O processo compulsório de transformação do território abrigo em território recurso para atender às demandas da mineradora ALCOA é o epicentro do conflito socioambiental, mas não há solução para o conflito enquanto a mineradora estiver operando no município, uma vez que a transformação deste território é intrínseca ao processo de operação da mineradora.
Este estudo procura analisar o conflito socioambiental e a sua importância na (re)organização territorial das comunidades ribeirinhas do Projeto Agroextrativista Juruti Velho, provocada pela instalação e operação do Projeto Mina de Bauxita de Juruti, da mineradora ALCOA, no município de Juruti. Para isso, investiu-se com o objetivo de identificar as formas de manifestação do conflito socioambiental, as principais mudanças territoriais decorrentes e analisar o conflito socioambiental como vetor das mudanças territoriais.
Otávio do Canto
Otávio do Canto é Filósofo, graduado em Geografia pela Universidade Federal do Pará – UFPA, Especialista em Política Científica e Tecnológica para a Amazônia no Núcleo de Altos Estudos Amazônicos - NAEA/UFPA, especialista em Ciências do Ambiente, Mestre em Geografia Agrária e Doutor em Desenvolvimento Rural no Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Rural da Faculdade de Ciências Econômicas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Professor da Universidade Federal do Pará. Atualmente, lotado no Programa de Pós-Graduação em Gestão dos Recursos Naturais e Desenvolvimento Local na Amazônia do Núcleo de Meio Ambiente (PPGEDAM/NUMA/UFPA. Tem experiência em Geografia da Amazônia, com ênfase em Populações; Conflitos Ambientais; Ordenamento do Território e Desenvolvimento Rural.
Obras de Otávio Canto
DO CANTO LOPES, L. Otávio, NASCIMENTO, Ivete; COLEHO, A. ; LOPES, P. R. do C . Patrimônio do nosso meio. Barcarena: Açaí, 2012. v. 1. 133p.
DO CANTO LOPES, L. Otávio; ROCHA, C. A. M. . Ambiente: ecologia para a escola básica. Belém: Distribel, 2002.
DO CANTO LOPES, L. Otávio. Várzea e Varzeiros da Amazônia. Belém: Museu Paraense Emílio Goeldi - MPEG, 2007. v. 1. 168p .
DO CANTO LOPES, L. Otávio; VENTURIERI, A. (Org.). São Luiz do Tapajós uso do território na Amazônia. Belém: Embrapa Amazônia Oriental, 2007.
Fotos cedidas por Délio Aquino
FOTOS...
Criado em 2016-12-03 00:08:23
Nos dias 28 e 29 de novembro de 2016, aconteceu a Comemoração alusiva ao Natal do S.C.F.V-RENASCER (Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos – Renascer0. Foi realizado um momento cinema com vídeos infantis referentes ao significado do Natal, entregas de brinquedos confeccionados pelos usuários do Projeto Cornélio dos Santos e lembrancinhas elaboradas pela equipe do referido Centro. No final foi ofertado um lanche para as crianças presentes.
O S.C.F.V-RENASCER é um dos serviços de Convivência vinculados a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social, funciona dentro do CRAS-I localizado na rua Washington Luiz, 511, bairro Santa Terezinha. Tem por foco o desenvolvimento de atividades com crianças, familiares e comunidade, para fortalecer vínculos e prevenir ocorrência de situações de exclusão social e de risco, em especial a violência doméstica e o trabalho infantil, sem exclusão de outras vulnerabilidades sociais que são importantes, sendo um serviço de proteção social básica complementar e diretamente articulado ao Serviço de Proteção e Atendimento Integral às Famílias (PAIF).
É pautado numa concepção que faz do brincar, da experiência lúdica e da vivência artística uma forma de expressão, interação e proteção social. Busca desenvolver atividades de convivência, estabelecimento e fortalecimento de vínculos e socialização, centradas na brincadeira.
Atualmente participam do Serviço de Convivência 45 crianças com a faixa etária de 3 até 6 anos, no horário matutino e vespertino, funciona de segunda a quinta-feira, com atividades pedagógicas, lúdicas, socioeducativas e recreativas, como:
- Leitura de histórias; Pintura com lápis de cor e tinta; Recorte e colagem; Brincadeiras com jogos educativos e etc.; Músicas; Danças; Desenho livre; Passeios; Renacine: filmes infantis educativos
FONTE: Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social – SEMDES
Fotos de Odirlei Santos
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Criado em 2016-12-01 14:18:27
Arcon-PA concede autorização a quatro linhas de transporte hidroviário de passageiros.
Quatro novas linhas de transporte hidroviário receberam autorização para operar nesta terça-feira (29), da Agência de Regulação e Controle de Serviços Públicos do Estado do Pará (Arcon-PA). As concessões são para as linhas de Óbidos a Santarém, de Belém a Portel e duas de Mocajuba a Cametá. O serviço poderá ser iniciado a partir de 1º de dezembro.
O diretor geral da Arcon-PA, Bruno Guedes, recebeu os representantes das empresas para a cerimônia de entrega das autorizações e ordens de serviço. A gerente do Grupo Técnico de Transporte Hidroviário (GTH), Martinha Rocha, juntamente com técnicos da Agência, esclareceram sobre os direitos e deveres das empresas e usuários, que devem ser seguidos com rigor a partir da regularização.
“Essa ação foi alavancada a partir da intensificação de ações de fiscalização, que identificaram serviços de transporte oferecido por empresas privadas sem a devida delegação da Agência. As empresas que atuam de modo irregular, em sua maioria, operam com embarcações que não oferecem segurança aos passageiros, além de não estarem comprometidas com as questões regulamentadas, e, principalmente, não observam os direitos dos usuários”, avalia Martinha Rocha.
A linha Mocajuba - Cametá, como serviço diferenciado, realizando o percurso em menor tempo, será compartilhada pelas empresas J.N. Navegações e Céu do Brasil. João Monteiro, representante da J.N. Navegações avalia como “muito importante a linha para o município, principalmente para os alunos que fazem a viagem, porque a estrada é longa e o barco facilita o deslocamento”.
á o representante da Céu do Brasil, Ivanildo de Vasconcelos, vê uma oportunidade de simplificar o acesso aos serviços que não são disponíveis em Mocajuba, mas que podem ser encontrados em Cametá. “Vai melhorar a mobilidade da população para os bancos, INSS e outros negócios que as pessoas precisam”, avalia Vasconcelos. “Além disso, fica melhor para nós prestar um serviço legalizado e com o apoio do governo”, completa.
De Óbidos a Santarém, as viagens serão feitas pelas empresas Romualdo Batista do Amaral Filho, que opera o navio-motor “Príncipe de Óbidos; e agora também, com a empresa ECP do Amaral, que opera o navio VIP. As duas empresas estão devidamente autorizadas junto à Arcon-PA.
Segundo representante de ambas as empresas, Evander Batista, o diferencial é o conforto para a população. “Os passageiros de Óbidos estão muito bem servidos com as duas embarcações, que oferecem conforto, segurança e serviços de qualidade”, disse Evander.
A viagem entre Belém e Portel, que também é feita em 18 horas e com parada em Breves, será feita em 12 horas pela T. do Vale André Navegação. “Queremos prestar o melhor serviço possível, com conforto, segurança e sem paradas, o que até hoje não existe”, afirma o representante empresa, Tiago André.
Texto e fotos: Vanessa Pinheiro/Arcon (Texto retificado)
FONTE: http://arcon.pa.gov.br/site
Criado em 2016-12-01 01:41:31
Registramos o aniversário de Helanni do Amaral Moreira, que foi comemorado em sua residência, onde a aniversariante recepcionou seus amigos e familiares para festejar a data. Desejamos eternas felicidades para aniversariante!
Fotos de Vander N Andrade
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Criado em 2016-12-01 01:14:33
O dia 20 de novembro faz menção à consciência negra, a fim de ressaltar as dificuldades que os negros passam há séculos. Nesse sentido, as Escolas de Óbidos prestaram homenagens a esse dia, em um primeiro momento pela Associação Menino Jesus, no dia 22 de novembro, e o segundo momento aconteceu na escola Raimundo Cardoso, que homenageou a data no dia 25 de novembro.
Nessas Escolas foram realizadas várias atividades como: palestras, que discutiram a história, o preconceito racial sofrido pelo negro, as dificuldades encontradas no mercado de trabalho, a marginalização e discriminação, tratando-se também de temas como beleza negra, moda, capoeira, culinária, entre outras atividades.
Dia da Consciência Negra
A escolha da data foi em homenagem a Zumbi, o último líder do Quilombo dos Palmares, em consequência de sua morte. Zumbi foi morto por ser traído por Antônio Soares, um de seus capitães. A localização do quilombo ficava onde é hoje o estado de Alagoas, na Serra da Barriga.
O Quilombo dos Palmares foi levantado para abrigar escravos fugitivos, pois muitos não suportavam viver tendo que aguentar maus tratos e castigos de seus feitores, como permanecerem amarrados aos troncos, sob sol ou chuva, sem água e sofrendo com açoites e chicotadas. O local abrigou uma população de mais de vinte mil habitantes (Nova Escola).
Fotos de Vander N Andrade.
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Criado em 2016-11-28 23:31:22
As 50 casas do programa “Minha Casa, Minha Vida” que foram construídas em Óbidos, do programa do Governo Federal, que através do Ministério das Cidades fez parceria com a Prefeitura de Óbidos, foram entregues aos beneficiados em outubro, entretanto a questão de infraestrutura não foi totalmente concluída, sendo que as casas foram entregues sem as ligações de água.
Neste domingo, dia 27, com objetivo de resolver em parte o problema de água no Conjunto, pois seus moradores estavam tendo que buscar água há mais de 2km de distância todos os dias, os moradores se mobilizaram, buscaram parcerias e em forma de mutirão buscam resolver o problema, depois de várias tentativas para conseguirem a ligação de água no Conjunto. Os moradores cavaram as valas para colocar 80m de tubulação de água, ligando o poço existente no local a uma instalação provisória de um ponto de água, onde os moradores irão ser abastecidos coletivamente no próprio conjunto, sem ter que se deslocar para outros lugares distantes, até que a ligação definitiva seja feita nas casas pelos órgãos competentes.
Dona Maria Sampaio de Arruda, moradora do conjunto informou: “Nós recebemos as casas sem a ligação de água e com essa dificuldade de conseguirmos água, nós procuramos o Vereador Nivaldo que se dispôs a ajudar e conseguiu o quadro padrão e hoje estamos fazendo esse mutirão para colocar a tubulação. Estamos vendo se conseguimos uma caixa com o Prefeito em exercício Every, pra deixarmos mais lá no meio da comunidade a ligação, pois é muito difícil, porque estamos carregando água de muito longe, pois tendo água mais perto, vai facilitar a nossa vida”, comentou Maria.
O vereador Nivaldo Aquino, que participou do mutirão, informou que no prazo de 90 dias, esses moradores do Conjunto estarão com água em suas torneiras, pois vai se empenhar para isso e comentou: “Este trabalho é uma parceria com a comunidade, empresários e a prefeitura, que comprou o material do novo padrão elétrico que foi roubado da caixa e estamos instalando”.
Antes do Conjunto ser entregue, segundo Nivaldo, vários objetos foram roubados das casas, como tanques, vasos sanitários, pias, caixas d´água, entre outros objetos. “Não consigo entender como é que o conjunto foi saqueado com vigia aqui dentro. Eu não consigo entender como é que isso pôde acontecer com quatro vigias na obra. Tem que ser feito uma investigação rigorosa diante dessa situação, para que não volte a ocorrer”, informou Nivaldo.
Fotos de Odirlei Santos.
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Criado em 2016-11-28 19:29:29
Devido a forte estiagem que está atingindo o oeste do Pará, por conta do verão amazônico, a pastagens e o mato ficam secos e muitas vezes acontecem incêndio provocado pelo homem, outras pela própria ação da natureza. E não é preciso muito para iniciá-lo, apenas uma fagulha, ou mesmo o calor do sol em condições específicas, pode deflagrar um incêndio.
Em Óbidos, registramos neste domingo, dia 27, um incêndio que iniciou na Barreira por volta das 11h, nas proximidades da Oficina e Fábrica de Gelo, no porto de cima, e se espalhou rapidamente por terrenos nas proximidades da Rua Alexandre Rodrigues de Souza, e quase atingiu algumas residências.
Segundo informações, Odirlei Santos, o Sr. Iranildo, proprietário da Fábrica de Gelo, o Sr. Sabá e o Sr. Dionísio, proprietários da Oficina, juntamente com alguns moradores das proximidades, se empenharam ao máximo para apagar o incêndio e evitaram que se alastrasse. Segundo Odirlei, o fogo atingiu os fios de alta tensão, mas não chegou a causar maiores prejuízos, ficando somente nos quintais das residências.
O Vice-Prefeito, Every Aquino, prefeito em exercício, esteve no local do incêndio, o qual comentou que entrou em contato como os responsáveis pelos carros pipas, os quais informaram que os carros pipas estão inoperantes, um está jogado na garagem da Secretaria de Infraestrutura e o outro que era alugado para a Prefeitura foi desmontado. “Nós ficamos de mãos atadas para ajudar, pois até o comércio está fechado para comprarmos mangueira e pegar água da rede da Cosanpa. Óbidos não tem bombeiro na cidade, mas precisa ter um carro pipa funcionando para um momento desse poder socorrer quem quer que seja. Nós estamos aqui impossibilitados de socorrer vocês...Hoje no exercício da prefeitura é que a gente percebe o quanto estamos carentes de uma administração séria voltada pra esse povo. É essa minha revolta, é num momento desse que a gente quer ajudar e não tem como ajudar”, comentou Every.
Nivaldo Aquino, Presidente da Câmara Municipal que também esteve no local, comentou: “Neste momento, como o Município se encontra, você acaba não encontrando nenhum equipamento mais, a maioria está sucateado. Uma situação dessa é preocupante, pois a prefeitura tem que estar preparada para essas situações. O Legislativo vai cobrar do executivo para se adaptar a essas situações, pois Óbidos não está preparado para um incêndio de maiores proporções”.
“Já pensou se fosse uma situação mais grave, um incêndio em uma residência, não será com uma mangueirinha dessa que vai se apagar o incêndio. O executivo tem que se preparar e pode ter certeza que nós vamos cobrar”, garantiu Nivaldo.
Como evitar os incêndios?
1 - não jogar pontas de cigarro acesas próxima a qualquer tipo de vegetação;
2 – não queimar folhas ou resto de madeira quando limpar um terreno;
3 - é proibido o uso de fogo em terrenos, áreas de reservas ecológicas, preservação permanente e parques florestais,
4- se puder, apagar o fogo rapidamente para evitar que o vento espalhe as chamas, o que poderá causar incêndios de maiores proporções. Caso não consiga, informar imediatamente os órgãos competentes de sua cidade.
Fotos de Odirlei Santos
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Criado em 2016-11-28 00:49:32
Acontecerá no dia 11 de dezembro, em Ananindeua, região metropolitana de Belém do Pará, o Círio da festividade de Nossa Senhora Virgem dos Pobres, na comunidade Icuí, sob a responsabilidade da família de obidenses, coordenado por d. Terezinha Brasil Figueira.
Todo ano NS Virgem dos Pobres é homenageada e acolhida por seus devotos, com muito louvor e oração em preparação para o santo dia dedicado a mãe do alívio dos sofredores, com palestras religiosas, adoração do Santíssimo Sacramento, terço de misericórdia e Santa Missa, que este ano será celebrada pelo Pe. João Otávio, que é filho dos obidenses, Inês Brasil e Otávio Xapuri.
Participam deste momento de fé as comunidades vizinhas: São Vicente de Paulo, Santa Rita de Cássia, Ascensão do Senhor, Cristo Redentor, Sagrada Família e Amigos da Família Brasil.
Nesse dia festivo, a Família Brasil preparam um lanche e aquele saboroso almoço para distribuir entre os amigos que participam do evento, que já vem acontecendo há 19 anos, que é coordenado pela Sra. Terezinha Figueira Brasil e família.
Criado em 2016-11-27 22:38:48
O Arcebispo da Arquidiocese de Juiz de Fora Dom Gil Antônio Moreira, está visitando a Diocese de Óbidos, essa visita pastoral reforça o laço de parceira dessas duas Igrejas que começou há 24 anos, fruto do projeto de Igrejas Irmãs lançado pela CNBB.
Pe. Carlos César para participar de duas Assembleia da então, Prelazia de Óbidos. Dom Eurico dos Santos Veloso deu sequência ao caminho iniciado por Dom Clóvis, enviou Pe. José de Anchieta de Moura, em julho de 2008, para a Diocese por um período de 3 anos, durante a sua estadia na Diocese Pe. Anchieta, exerceu o seu ministério, na Paróquia de Nossa Senhora da Saúde – Juruti.
Em 2009, Pe. Rodney Henrique chega à Óbidos destinado a ajudar na missão da Igreja local, o padre foi vigário da Paróquia de Nossa Senhora da Saúde e quando Pe. Anchieta retorna a Juiz de Fora, assume a administração paroquial da referida Paróquia.
A primeira vez que Dom Gil esteve na Diocese, foi em 2011, para visitar o Pe. José de Anchienta Moura e Pe. Rodiney Henriques, padres da Arquidiocese de Juiz de Fora que exerciam seu ministério na Paróquia Nossa Senhora da Saúde em Juruti.
Dom Gil desta vez visita Pe. Leonardo Loures Valle e Pe. Jorge Luís Duarte e a Paróquia São Martinho de Lima, a qual a Arquidiocese de Juiz de Fora assumiu desde sua fundação a conduzir espiritual e a administrativamente, desde então a aliança se mantem com a presença de padres e leigos missionários que também assumem essa dimensão missionária da Igreja de Juiz de Fora, a exemplo de missionária Conceição Gouveia e o casal Davi e Juliana Maçaneiro.
Dom Gil chegou em Óbidos, no dia 20/11, ficará até o dia 27/11, nesse período fará as seguintes atividades: Celebrações e visitas nas comunidades das áreas urbana e rural da Paróquia São Martinho de Lima; presidirá Missas na Cúria diocesana e Paróquia de Sant’Ana, visitará as obras sociais de Diocese.
Que Deus fortaleça cada vez mais essa parceria, que seja eterna!
Fonte: Diocese de Óbidos
Criado em 2016-11-25 20:41:56
Há uma semana do encerramento do período de vacinação contra a febre aftosa no Estado, no próximo dia 30 de novembro, a Agência de Defesa Agropecuária do Pará (Adepará) reforça a necessidade de todos os produtores rurais imunizarem seus rebanhos contra a doença. “É somente através da vacinação que podemos manter os mercados compradores da nossa carne e ainda barganhar novos espaços para comercialização dos nossos produtores”, ressalta o médico veterinário Luciano Guedes, diretor geral da Adepará.
Quase 21 milhões de cabeças de gado deverão ser imunizadas ao final da campanha, em 108 mil propriedades espalhadas por 127 municípios paraenses.
Após o período de vacinação, entrará em vigor uma nova etapa da campanha: a notificação à Adepará, que deve ser feita até o dia 15 de dezembro, para comprovar que o rebanho foi vacinado. “Depois de comprar as doses de vacina em uma revenda cadastrada na Agência e vacinar o seu rebanho, o produtor deve procurar a Adepará, onde sua propriedade é cadastrada, com a nota fiscal da compra”, informa George Santos, gerente do Programa Estadual de Erradicação da Febre Aftosa.
A Campanha Estadual de Vacinação contra a Febre Aftosa/2ª Etapa 2016 foi iniciada no dia 1º e prossegue até 30 de novembro, em todo o território paraense, com exceção do Arquipélago do Marajó e dos municípios de Faro e Terra Santa, na região oeste. Esta é quinta e última etapa anual de imunização contra a doença realizada pela Adepará.
Meta
A Agência é a responsável pela campanha, que tem importância estratégica para a balança comercial do Estado. Servidores do órgão em todo o Pará acompanham o trabalho para garantir que o processo de vacinação atenda à meta da Adepará, que é alcançar o mais alto índice vacinal.
Segundo George Santos, a vacinação está atendendo ao que foi planejado. “Estamos acompanhando as compras de vacinas dentro do Estado, e estão bastante satisfatórias. Os produtores têm consciência de que devemos continuar vacinando e protegendo o rebanho. As equipes de vigilância estão em campo para o cumprimento de nossas metas técnicas, e assim manter nossos compromissos perante o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e o governo do Estado, enquanto órgão certificador da saúde agropecuária”, afirma o gerente.
Conquista
Para Luciano Guedes, a campanha é importante para o Estado por manter a condição sanitária conquistada - livre de febre aftosa com vacinação. “Manter o Pará livre da febre aftosa foi uma das maiores conquistas do setor produtivo. Garantir a permanência deste status é importante para o produtor rural, que garante a sanidade e a valorização do seu rebanho”, enfatiza o diretor geral da Adepará.
Segundo ele, é preciso apoiar e fortalecer o agronegócio, o setor da economia que mais gera emprego e renda no Estado, e isso só é possível com o envolvimento do produtor rural. “A Adepará trabalha para certificar os alimentos e, assim, garantir novos mercados, fortalecendo a cadeia produtiva em parceria com o produtor”, reitera Luciano Guedes
Texto: Camila Moreira/Agência Pará
Criado em 2016-11-24 11:41:31