Por Rômulo Viana.
Sim! Somos todos fotógrafos. Mas como assim? Calma, caro leitor. Permita-me a explicação.
Com a popularização das câmeras fotográficas nos smartphones, a ação de criar imagens fotográficas, antes restrita aos fotógrafos profissionais, passou para a grande massa, que se utiliza de celulares (principalmente) para a captura de momentos diversos. Hoje, podemos afirmar que em cada ser humano existe um fotógrafo a espera da captura do momento que mais lhe chamar atenção para o registro. São fotógrafos de momento, de selfe, de encontros familiares, de passeios de fim de semana, de balada, que tem em comum o mesmo objetivo: eternizar em imagem o momento. Talvez seja essa natureza do fotógrafo que coloca lado a lado amadores e profissionais. Pois, longe da analogia da qualidade técnica do congelamento do instante, ambos se fazem do mesmo ofício quando o objetivo é clicar. Amadores e profissionais podem sim receber o mesmo título: fotógrafos.
Uma das extensões lógicas de que a fotografia significa, é poder anotar potencialmente tudo no mundo, de todos os ângulos possíveis (SONTAG, 2004, P.192). Pressupõe-se, então, que os diferentes níveis de fotógrafos exerçam o mesmo ato ao “anotar” partes da realidade. Talvez, os amadores, fotografem mais, pois tudo querem registrar diferentemente dos profissionais que são mais criteriosos e seletos diante daquilo que desejam eternizar em imagens. Ainda sim, o ato fotográfico é comum a ambos.
Hoje tudo termina em uma foto. A necessidade quase obrigatória do registro imagético de onde estamos, com quem e o que estamos fazendo contribui, e muito, para fazer nascer todos os dias novos fotógrafos. Muitos inconscientes desse papel.
Por fim, parafraseando o poeta: fotografar, o modo pouco importa; o importante é que se fotografe.
Fotos na ordem: Romulo Viana, João Canto, Mauro Pantoja, Vander Andrade