Iniciativa da Mineração Rio do Norte está priorizando o combate à covid-19, com atendimento médico, fornecimento de medicação, monitoramento de casos suspeitos e confirmados e orientação.
Disposição, paixão pela Amazônia e uma paixão por salvar vidas. Assim é o dr. Joseraldo Furlan, conhecido carinhosamente como “Dr. Jô”. Médico, professor, escritor e pesquisador, com mais de 3.000 horas de operação embarcada em expedições de atendimento médico a comunidades quilombolas e ribeirinhas, ele e sua equipe receberam o desafio neste período de pandemia de estender as atividades do Projeto Quilombo para levar informação, prevenção e atuar no diagnóstico precoce para o combate à covid-19 nas comunidades localizadas ao longo do rio Trombetas, no município de Oriximiná, Oeste do Pará. Um desafio aceito, que atinge a marca de 100 dias, 25 comunidades atendidas e centenas de pessoas beneficiadas.
“As pessoas ficaram muito felizes porque facilitou tanto a comunicação, com o esclarecimento das dúvidas, como o acesso à saúde. A ação contemplou comunidades que não fazem parte diretamente do projeto como Boa Vista, Lago do Ajudante, Lago do Batata e Cachoeira Porteira. Para eles foi uma surpresa receber esse suporte, principalmente, no momento em que todo mundo ficou recluso. Desconheço outra ação tão inovadora realizada na Amazônia. São 100 dias de ação preventiva, de estar junto com a população, procurando reforçar as recomendações dos órgãos de saúde”, relata Jô Furlan.
O Projeto Quilombo é uma iniciativa da Mineração Rio do Norte (MRN), maior produtora de bauxita do Brasil, localizada no distrito de Porto Trombetas. Originalmente, o projeto atua em 16 comunidades – 14 quilombolas e 2 ribeirinhas – na região do Alto Trombetas 1 e 2, levando medicina preventiva com atendimento médico básico, que inclui exames, consultas médicas e de enfermagem, vacinação, palestras informativas e distribuição de medicamentos. “Preocupada com a saúde das comunidades, a MRN teve a sensibilidade para adaptar o projeto neste momento de pandemia, priorizando o atendimento médico, fornecimento de medicação, monitoramento de casos suspeitos e confirmados e orientação. Pelo nosso conhecimento, acreditamos que é uma das poucas equipes médicas em atividade nos rios da Amazônia neste momento de crise. Semanalmente, mais de 25 comunidades quilombolas e ribeirinhas são visitadas pela equipe”, explica Jeferson Santos, gerente de Relações Comunitárias da MRN.
E todos os dias a rotina é puxada, afinal é rio acima e rio abaixo em uma lancha percorrendo quilômetros de uma comunidade a outra. Um esforço que é reconhecido pelos próprios comunitários. “Agradecemos todo o apoio do Dr. Jô e da MRN ao nosso território. A comunidade abraçou esta causa e estamos mais tranquilos. Também estamos trabalhando a fundo para que o povo fique na comunidade e não saia. Graças a Deus, até o momento, não temos casos suspeitos. Todas as orientações técnicas são importantes e cabe a gente obedecer”, incentiva o professor Rubens Rocha, vice-presidente do território quilombola de Cachoeira Porteira. “Nesses 100 dias de Projeto Quilombo, muitos conseguiram controlar a hipertensão e a diabetes e estão vivendo melhor”, comemora Valdelina Vieira Viana, agente de saúde de Cachoeira Porteira.
Amarildo Santos de Jesus, coordenador do território quilombola do Boa Vista, ressaltou que o projeto tem ajudado, inclusive, a realizar um melhor trabalho de prevenção na comunidade. “Tivemos todo o acompanhamento médico e foi muito fundamental porque vai tirando as dúvidas do pessoal da comunidade, então é bacana essa parceria e a gente espera continuar para que possa aprender mais com ele”, afirmou.
Maria do Socorro, coordenadora no Lago do Batata, também é grata pelo conhecimento recebido por meio do Projeto Quilombo. “Dr. Jô vem em todas as comunidades mostrando como podemos nos proteger. Muitas vezes acontece as coisas porque a gente não se preocupa com as nossas vidas e muitos duvidam, mas eu mesmo nunca duvidei e, desde o primeiro momento, oriento a comunidade e a minha família”, afirmou.
Além desta iniciativa de promoção à saúde por meio do Projeto Quilombo, a Mineração Rio do Norte tem atuado na segurança alimentar das famílias e no estímulo ao distanciamento social, distribuindo mensalmente cestas básicas a essas comunidades. A empresa também disponibilizou 11 telefones de comunicação via satélite, distribuídos estrategicamente em comunidades que permitem maior facilidade de acesso dos moradores aos aparelhos em caso de emergência, dando tempo hábil para que o serviço de saúde se prepare para atuação dos casos de Covid-19.
FONTE: Comunicicação/MRN