Iniciativas como o “MRN pra Todos”, desenvolvido pela Mineração Rio do Norte, impulsionam o protagonismo feminino em Oriximiná (PA).
Adria Katrine, de 23 anos, é moradora da Comunidade Quilombola Boa Vista, localizada no município de Oriximiná, na região Oeste do Pará. A mais velha dos 3 irmãos se define como uma mulher alegre e cheia de vida que, além dessas qualidades, possui visão de futuro e determinação. Ela é jovem aprendiz na área de eletromecânica na Mineração Rio do Norte (MRN), empresa que fica no distrito de Porto Trombetas, no mesmo município. Ela não só busca construir uma carreira de sucesso, mas deseja inspirar outras mulheres que querem trilhar o mesmo caminho. Sua história é apenas uma entre muitas que estão mudando a face do setor historicamente dominado por homens.
“A Adria é uma jovem que tem imensos sonhos. Eu sempre digo que sonhar grande dá o mesmo trabalho que sonhar pequeno, então ouse sonhar grande. Hoje faço parte do grupo de jovens aprendizes na MRN e pretendo exercer esta função no futuro”, afirma, destacando também o apoio da mãe para que siga na mineração. “A minha mãe foi quem me criou e me deu toda a capacidade para ser a pessoa que eu sou hoje. Ela me representa e eu quero representá-la através da minha vida”, completou.
Mulheres como Adria estão, cada vez mais, ocupando posições de destaque no setor industrial. Buscando incentivar esta transformação na mineração, a MRN tem desenvolvido ações afirmativas que fortaleçam a diversidade e a inclusão de mulheres no quadro de empregados. Por meio do programa “MRN pra Todos”, a empresa investe em iniciativas inovadoras para o empoderamento feminino e desenvolvimento profissional, promovendo a igualdade de oportunidades. O programa começou em 2019 e desde o seu surgimento, voltado a fortalecer o compromisso com a diversidade, equidade e inclusão, houve um crescimento expressivo na representação feminina na MRN.
Respeito à diversidade e equidade
O programa “MRN pra Todos” promove a captação e desenvolvimento de talentos em diversas áreas da empresa, incentivando a pluralidade de pessoas, pensamentos e ideias, mostrando que competência não tem gênero, origem étnica, convicções religiosas, orientação sexual, habilidade ou formações diferenciadas. Garantindo equidade tanto nas políticas e práticas de gestão de pessoas quanto na estratégia do negócio. “A MRN acredita que a diversidade de gênero é um pilar fundamental para a construção de um futuro mais justo e inovador no setor. Uma força de trabalho composta por diferentes perspectivas, experiências e origens é essencial para impulsionar o desenvolvimento de uma mineração sustentável e a competitividade do setor”, afirma Magda Damasceno, gerente de Desenvolvimento de Pessoas da MRN.
Dados de 2023 da Women in Mining Brasil (WIM Brasil), grupo que a MRN é signatária ao lado de outros players de mineração, apontam um aumento de 4% no quadro de mulheres na mineração do país. Além disso, o crescimento na contratação de mulheres também aumentou, da mesma forma que há aumento nos registros de promoções em cargos para mulheres, tanto em posições de gestão, quanto em posições não gerenciais.
Compromisso e inspiração
Outra mulher inspiradora na mineração é a indígena Catryne Tupinambá, de 24 anos, moradora da comunidade Boa Vista, em Oriximiná. Ela trabalha no Hospital de Porto Trombetas, atendendo com carinho e atenção quilombolas, ribeirinhos e empregados diretos e indiretos da MRN. Construiu sua trajetória no movimento indígena e na luta contra a violência doméstica, demonstrando sua força e compromisso com a comunidade. Além do trabalho no hospital, ela também faz parte do Departamento de Mulheres do Conselho Indígena Tapajós-Arapiuns (CITA), atendendo vítimas de violência doméstica que vêm de comunidades ribeirinhas e indígenas.
Catryne chegou em Porto Trombetas no ano de 2021 e reforça que faz questão de prestar o atendimento caracterizado como indígena e conta como é realizar o trabalho com um público diverso. “Aqui em Porto Trombetas atendemos quilombolas, ribeirinhos e brancos. Acordo às cinco e meia da manhã para vir trabalhar e sempre estou com um sorriso no rosto”, diz a indígena que também cursa Comunicação e sonha em ampliar as vozes diversas das comunidades tradicionais da região. “Eu não só quero levar através de fotos e vídeos, um pouco do que a juventude pode trazer para mudar o mundo, mas também as lutas ribeirinhas e quilombolas que querem crescer e se desenvolver”, finaliza.
Empreendedorismo que gera valor
A força da mulher na mineração não fica restrita apenas às áreas de operações da MRN. A presença da empresa em Porto Trombetas também possibilita a abertura de postos de trabalhos indiretos, como o da empreendedora Glenda Araújo, de 40 anos. Natural do município de Santarém (PA), ela chegou em Porto Trombetas, em 2019. Atuou como pedagoga em uma escola de Educação Infantil do distrito e por conta da pandemia de Covid-19 teve que mudar os planos, se encontrando no empreendedorismo, o que fez com que fincasse raízes na região.
Há dois anos, Glenda atua com venda de semijóias e folheados, demonstrando foco, determinação e resiliência em um mercado desafiador. “Eu costumo dizer que eu não vendo só acessório, vendo transformação, brilho nos olhos e autoestima. É o que eu procuro entregar para as pessoas e que se sintam acolhidas com algo que possam agregar na vida delas. Empreender não é fácil, mas se tiver força de vontade, disciplina e, principalmente, comprometimento a gente consegue fazer acontecer”, destaca.
FONTE: Comunicação/MRN