Óbidos, Oriximiná e Alenquer, no oeste do Pará, emergem como os principais municípios paraenses na produção de castanha-do-pará este ano, conforme autorizado pelo Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade (Ideflor-Bio). Graças a uma safra abundante, a coleta da castanha foi antecipada nas florestas estaduais do Trombetas e do Paru, no oeste do Pará.
Com um total de mais de 8,8 mil toneladas, avaliadas em mais de R$ 31 milhões, a produção de castanha-do-pará proveniente dessas florestas estaduais está impulsionando significativamente a economia local. Essa atividade extrativista é fundamental para a geração de renda e fortalecimento da bioeconomia na região.
Segundo Ozias Aquino, engenheiro agrônomo da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Pará (Emater), a assistência fornecida pela Emater é crucial para apoiar os municípios com potencial extrativista, elaborando cadastros necessários e fornecendo acesso a políticas públicas e apoio à comercialização.
Waldiclei das Mercês, um extrativista da castanha-do-pará em Almeirim, destaca como a atividade tem sido crucial para a subsistência de sua família e comunidade. Ele menciona que os cursos oferecidos pelo governo estadual têm ajudado os extrativistas a adotar práticas sustentáveis, contribuindo para a preservação ambiental.
No início deste ano, mais de 600 trabalhadores cadastrados pelo Ideflor-Bio foram autorizados a coletar castanhas na Floresta Estadual do Trombetas, abrangendo Oriximiná, Óbidos e Alenquer. Essa medida não só fortalece a cadeia da bioeconomia, mas também proporciona renda para centenas de famílias na região.
Em março, o Ideflor-Bio autorizou a antecipação da coleta da castanha-do-pará na Floresta Estadual do Paru, abrangendo Almeirim, Monte Alegre, Alenquer e Óbidos, devido à quantidade significativa de ouriços já caídos. O objetivo é garantir que essa atividade seja realizada de forma responsável e sustentável, em harmonia com o ecossistema.
Ronaldison Farias, gerente administrativo da região Calha Norte 2 do Ideflor-Bio, ressalta a importância da coleta sustentável da castanha-do-pará, destacando que os extrativistas são defensores da sustentabilidade das florestas. Essas medidas visam valorizar as práticas tradicionais de manejo florestal e assegurar a conservação das unidades de conservação.
Portanto, a produção de castanha-do-pará está desempenhando um papel crucial na economia e na sustentabilidade do oeste paraense em 2024, impulsionando não apenas a renda das comunidades locais, mas também promovendo práticas ambientalmente responsáveis no extrativismo florestal.
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