Servidores da educação de Óbidos acompanharam da decisão do Sintepp.
Os professores da rede estadual de ensino do Pará decidiram suspender a greve após a assinatura de um termo de compromisso para a revogação da Lei 10.820/2024. A decisão foi tomada em assembleia realizada nesta segunda-feira (10) pelo Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras em Educação Pública do Pará (Sintepp).
A paralisação, iniciada em 23 de janeiro, era um protesto contra a referida lei, que altera a carreira do magistério no estado e vinha sendo amplamente criticada por movimentos educacionais e entidades que representam os povos originários. Além disso, os educadores reivindicavam a exoneração do Secretário de Educação do Pará, Rossieli Silva.
O compromisso de revogação da lei foi firmado pelo governador Helder Barbalho e pelos movimentos no último dia 5 de fevereiro. Para que a legislação seja efetivamente revogada, um novo projeto de lei precisa ser aprovado pela Assembleia Legislativa do Pará (Alepa).
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Em Óbidos, os servidores da educação também decidiram pelo fim da paralisação a partir desta terça-feira (11), encerrando oficialmente o período de greve.
A professora Maria do Carmo, representante do SINTPP, em Óbidos, comemorou a suspensão da greve como uma vitória significativa para a categoria: “Hoje (10) nossa greve foi suspensa, apesar de termos duas pautas específicas: revogar a Lei 10.820/24 e pedir a saída do secretário Rossieli. Sabíamos que o governo jamais aceitaria atender as duas, mas conseguir a revogação da lei foi uma vitória histórica, algo que nunca se ouviu falar antes”.
Maria do Carmo ainda destacou a importância da conquista: “Revogar a Lei 10.820/24, que significaria a morte do magistério, foi uma vitória gigante. Tenho muito orgulho de ter feito parte dessa história e de ter estado nas trincheiras com todos os que não se acovardaram!”.
Apesar da suspensão, a categoria já definiu que haverá uma nova paralisação no dia 18 de fevereiro, data prevista para a votação do Projeto de Lei que revoga a legislação na Alepa. A informação foi confirmada pela coordenadora do Sintepp, professora Conceição Holanda.
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