Por Victor Hugo Barros - Cidade do Vaticano.
Contabilizando mais de 500 mil atendimentos, embarcação promove a saúde e gera interação dos saberes tradicionais com profissionais da medicina.
Um hospital sobre as águas. Assim pode ser definido o Barco Hospital Papa Francisco. Inaugurada oficialmente em 17 de agosto de 2019, a embarcação atende mais de 1.000 comunidades ribeirinhas na região amazônica, realizando ações de atenção básica de saúde à população, além de prevenção e diagnóstico precoce do câncer com a realização de exames e triagem.
“Esse navio é interessante porque, quando tem alguém da comunidade, quando são profissionais ali da Amazônia, então a interação dos profissionais que também vão para fazer os atendimentos dentro do navio é mais fácil, mais tranquilo, porque tem esta espécie de mediador local, então é mais tranquilo e acontece com bastante respeito”, afirma Franciane Matos, pesquisadora na Fundação Esperança.
O cuidado se manifesta com o atendimento, mas também com as estruturas de atendimento. A embarcação conta com consultórios médicos e odontológicos, centro cirúrgico, sala oftalmológica, laboratório de analises, sala de medicação e vacinação, leitos de enfermaria, além de equipamentos para diagnósticos, onde é possível fazer raio-X digital, mamografia, ecocardiograma, eletrocardiograma e ultrassom.
Vivendo em Alter do Chão (PA), Franciane conta sobre a integração do Barco Hospital com a população local. Neste verdadeiro intercâmbio de saberes e culturas, o respeito aos povos amazônicos prevalece.
“E é muito interessante quando a gente identifica, eles chegam para a gente, o comunitário, o ribeirinho, o indígena e eles sabem exatamente a quantidade daquele chá que tem que beber para tratar determinada doença. Às vezes é um ferimento na pele que eles conseguem tratar sem precisar exatamente de um antibiótico”, detalha Franciane.
Desde a sua inauguração, o Barco Hospital Papa Francisco já realizou mais de 500 mil atendimentos realizados nas expedições na região da Calha Norte do Estado do Pará, no Rio Amazonas. O nome da embarcação não foi escolhido por acaso, mas nasceu a partir do pedido do Papa Francisco aos religiosos da Fraternidade São Francisco de Assis na Providência de Deus para que estes pudessem atuar também na Amazônia.
FONTE: Notícia publicada no vaticannews.va
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