Iniciativas de capacitação profissional ofertadas pela MRN, empresa localizada na região Oeste do Pará, impulsionam diversidade e mudanças no setor.
Ana Souza, de 20 anos, moradora da Comunidade Lago Ajudante, em Oriximiná (PA), nunca imaginou que poderia trabalhar na área de mineração. Mãe de um filho de 2 anos, ela encontrou no curso de Multifunção, oferecido pela Mineração Rio do Norte (MRN), uma oportunidade para mudar sua realidade. “Nós realizamos a atividade de soldagem, onde estamos aprendendo a soldar, que é a primeira etapa. A segunda etapa foi a parte do maçarico, onde começamos a aprender a ‘cortagem’ do material”, conta Ana, que viu na capacitação uma chance de garantir um futuro melhor para o filho. “Eu nunca tinha ficado longe dele, mas estou valorizando essa oportunidade porque quero poder dar algo melhor pra ele”, diz. Para ela, o incentivo da cunhada foi fundamental. “Tudo que a gente precisa é de um empurrãozinho, de um incentivo. Meus incentivos foram esses. Poder chegar numa profissão que eu me ache. É um começo”, reflete.
Ana é uma das muitas mulheres da região Oeste do Pará que estão se qualificando para atuar na mineração, um setor que, historicamente, era composto por homens. A MRN tem investido em programas de capacitação voltados para comunidades locais, incluindo quilombolas e ribeirinhas. Além disso, a empresa tem fortalecido sua política de diversidade e inclusão por meio do programa “MRN pra Todos”, que tem o objetivo de garantir maior representatividade, incentivar e valorizar a participação de talentos diversos.
O programa, iniciado em 2019, já possui resultados interessantes. As mulheres, que no primeiro ano representavam 6,7% do quadro de empregados da MRN, com as iniciativas do “MRN pra Todos”, programa de diversidade, equidade e inclusão, representam 12,8%. “Cada vez mais a gente tem aumentado o número de pessoas da região dentro da empresa. Hoje temos mais de 80% de empregados locais”, afirma Magda Damasceno, gerente-geral de Recursos Humanos da MRN. Ela destaca que os programas de capacitação não só preparam os participantes para atuar na empresa, mas também nas empresas parceiras ou em outras oportunidades de mercado. “Existem oportunidades de emprego e essas pessoas já estão capacitadas aqui na região. A educação transforma vidas e essas pessoas que participam dos programas de formação podem atuar na MRN ou em qualquer empresa da região, do país e do mundo. Aquele conhecimento que o profissional adquiriu aqui ele leva para a vida toda”, ressalta.
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Talita_Almeida,_moradora de Terra Santa (PA), é outro exemplo de determinação. Ela participou do curso de Manutenção Básica de Equipamentos Caterpillar e viu na experiência uma chance de sair da zona de conforto. “Eu gostei muito do módulo de metrologia, da área de cálculos, como calcular o tamanho de uma peça, o diâmetro dela, para ver onde vai ser aplicada”, relata. Talita destaca o apoio da família, especialmente do irmão, que a incentivou a seguir em frente mesmo quando pensou em desistir. “Eu espero mais janelas de oportunidades. Quero praticar o que aprendi e olhar para o futuro. A vontade é de aplicar o que aprendi”, afirma.
Magda Damasceno reforça que os cursos são oferecidos em parceria com grandes fornecedores da MRN, que capacitam os alunos nos equipamentos utilizados na mineração. “Essas pessoas recebem bolsas de estudo durante o período do curso e depois são contratadas pela MRN ou pelos fornecedores”, explica. Além disso, ela ressalta que os profissionais formados têm oportunidades de carreira não só na região. “A educação profissionalizante causa um impacto de emprego e renda que deixa um legado para as próximas gerações”, completa.
Outras ações
Entre outras atividades da MRN, o Projeto Lidera Mulher busca empoderar e capacitar mulheres para enfrentar os desafios do mercado, encorajando-as a assumir papéis de liderança. A iniciativa busca estabelecer uma rede de apoio sólida, promovendo o crescimento e fortalecimento de todas as mulheres na região a partir de ações que incentivem o desenvolvimento. Mais de 600 mulheres do Distrito de Porto Trombetas, de comunidades quilombolas próximas e do município de Terra Santa já participaram da atividade. Outra importante iniciativa, apoiada pela MRN, é o movimento de empreendedorismo feminino “Bora Mana”, que envolve empreendedoras da região em feiras e exposições.
Dados da mineração no país
Um levantamento da Women in Mining Brasil, movimento que possui o propósito de promover a ampliação e o fortalecimento da participação feminina no setor da mineração, apontou que, em 2024, 22% do corpo funcional das empresas de mineração do país eram compostas por mulheres. Em números absolutos, 30.744 mulheres atuam neste setor. Também foi identificada uma redução de 7 pontos percentuais (25%) no número de desligamentos com relação ao ano de 2023. De acordo com o relatório, embora haja um progresso na inclusão de mulheres na força de trabalho, ainda há desafios significativos na promoção de mulheres para cargos de liderança, especialmente em setores operacionais e não gerenciais. Cerca de 50 empresas de mineração e prestadores de serviço participaram do levantamento. Entre elas, a MRN.
O documento também identificou um crescimento na representatividade de mulheres em programas de desenvolvimento da liderança na mineração. O movimento demonstra uma maior preocupação das empresas em preparar as mulheres para o pipeline da liderança. Enquanto que em 2022, o percentual era de 11%, no ano de 2024 esse número passou para 31%. O percentual de mulheres em programas de desenvolvimento de liderança praticamente triplicou em 2 anos.
FONTE: Comunicação/MRN