ÓBIDOS: Contexto Histórico

ÓBIDOS: Contexto Histórico

A região do pólo, descreve aspectos históricos ligados a origem da civilização humana, por meio de sítios arqueológicos e estruturas rupestres, aos primórdios da colonização portuguesa. 

Situada no noroeste do Estado do Pará, Óbidos é banhada pelo rio Amazonas, o maior em extensão e volume d’água, zona fisiográfica do Baixo – Amazonas.

Antes de 1600, a região esquerda da “Garganta do Amazonas”, onde a largura do rio é de 1.892 metros, a parte mais estreita do rio Amazonas, com uma profundidade de 75 metros em seu leito normal, chegando a 132 metros na época da cheia, podendo variar. Era habitada pelo povo indígena Pauxis.

Foi registrada pela primeira vez por Orellana com os seguintes dados: cerca de 8 (oito) milhas abaixo da embocadura do Rio Trombetas.

Em 1637, durante a expedição de Pedro Teixeira confirmou a localização geográfica e a necessidade de que fosse construído um Forte, que garantisse o domínio Português.

Em 1697, o Capitão – General Antônio de Albuquerque Coêlho, no início da exploração da Bacia Amazônica, ao ultrapassar o estreito canal do grande rio, ordenou para que Manoel da Mota Siqueira, abandonasse a idéia de construção da fortaleza em Itaqui, conforme plano oficial, por concluir que aquele era o local a posição fortificada, de excelente estratégia para a defesa do Estado, e nessa mesma época os frades capuchos da Piedade, juntamente com os índios do Rio Trombetas fundaram a Aldeia Pauxis, sendo este o nome da Fortaleza erguida. O Forte tornou-se então, o marco histórico do Domínio Português na Amazônia e símbolo maior para a região e da supremacia desse domínio.

O maior testemunho da presença missionária no Arapucu, é uma Capela que encontra-se em ruínas que tinha como padroeira Nossa Senhora da Conceição. A Aldeia se desenvolveu sob o comando dos Frades, enquanto o Forte, apesar de uma guarnição e seu importante marco militar, ficou sempre na sua construção primitiva.

Segundo Ferreira Pemma, a palavra PAUXIS, se deriva de Espaua – chuy, “Espaua”, na língua geral quer dizer, “Lago”, portanto “Lago dos Pauxis”, segundo Mareg, é mito brasiliense ou ourax – mito, para nós da Amazônia conhecido como Mutum, ave de plumagem negra que deu nome as tapuias existentes na aldeia que acabava de ser fundada.

Em 1758, a Aldeia é elevada a categoria de vila, passando a ser chamada de Óbidos, em homenagem à cidade portuguesa homônima. Mendonça Furtado, governador da Amazônia, irmão do Marechal Marquês de Pombal, uniu à Aldeia Pauxis, mais duas aldeias indígenas, dois Frades da Piedade do Trombetas, com a finalidade de torná-la mais populosa, fazendo parte dessa população negros escravos, brancos portugueses e frades...

Em 1787, foram transferidos para a Vila de Óbidos todos os habitantes de Arcozelo, antiga missão “Missão Curuá”, hoje Vila Curuá, no município de Alenquer. Já em 1854, Óbidos recebeu o nome de cidade.

Em 1906, reconhecida a insuficiência da antiga Fortaleza de Óbidos, nomeou-se uma comissão, aos comandos do então Major Engenheiro Manoel Luiz de Melo Nunes, para tratar da defesa geral do Rio Amazonas, denominada posteriormente de “Defesa Gurjão”, construída em um dos cabeços da Serra da Escama, cerca de 81 metros acima dos níveis médios das águas, a margem esquerda do Rio Amazonas, num setor de 27 metros do canal, ponto mais estreito do referido rio e a enseada formada pelo flanco esquerdo da Serra e a cidade de Óbidos. Trata-se de uma bateria mascarada a céu aberto, com 4 canhões “Armistrong”.

Em 1909, projetado pela Comissão Construtora da Vila Militar da Capital Federal, construído em terreno próprio, um pouco abaixo da Antiga Fortaleza de Óbidos, foi inaugurado o

Quartel General Gurjão; Ao fim da Segunda guerra mundial, reduziu-se a uma companhia de infantaria, mantendo-se até 1967, ano em que foi extinta toda a ação militar. Depois ficou abandonado e sujeito a ação do tempo. Foi restaurado e revitalizado no ano de 2000 pelo Governo do Estado e pela SECULT, hoje funciona a Secretaria de Cultura, Turismo e Meio Ambiente –SECTUMA – é a atual “CASA DA CULTURA” de Óbidos.

Em 1924, seus filhos lutaram para que tivessem um representante eleito pelo povo, não faltando à luta em 1932, em defesa da Constituinte. O município é sede de Comarca Constituída de dois termos: Óbidos e Juruti, criada através da Lei estadual nº 520, de 27 de setembro de 1867.

Em 1944, em frente ao Quartel foi inaugurado o Estádio General Rego Barros.

Hoje mantém um museu Integrado e um Contextual a céu aberto, que conta sua história através de painéis fixados na faixada dos principais prédios, entre eles: Os Fortes, Pauxis e Gurjão, o Quartel, e as Igrejas de Sant’ana, Lourdes e do Bom Jesus.

Cidade rica em sua cultura popular, onde são manifestadas no artesanato, danças, e no peculiar carnaval obidense o “CARNAPAUXIS”, uma verdadeira maratona com blocos e foliões que percorrem a cidade durante os primeiros dias do ano até a Quarta-feira de cinzas.

Esta é portanto, em resumo a história de Óbidos, município de segurança nacional, devido sua posição estratégica.

DADOS SOBRE ÓBIDOS

- Fundação de Óbidos (Aldeia Pauxis): 1697.  Carta de Coelho Carvalho, 26 de julho de 1697, e em 12 de dezembro de 1697, teve o pedido sobre a construção de uma fortificação aprovado. 

- Elevação a Categoria de Vila: 25 de março de 1758

- Elevação a categoria de Cidade: 02 de outubro de 1854.

Fonte: Secretaria de Turismo de Óbidos

Fotos de João Canto

 

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