Por Otávio Figueira.
Sai ano e entra ano aí nos remetemos aos meses festivos de junho e julho.
Nos anos 80, moramos por auspiciosos 10 anos na cidade de Parintins/AM, local em que nasceram dois filhos e em que guardamos ótimos anos de nossas vidas com amizades profícuas que perduram até hoje.
Nessa época, contudo, o Festival Folclórico de Parintins já despontava nos cenários nacional e internacional como bem espelha a letra da toada "Para o Mundo Ver".
Abrindo um parêntese para comparar. Nos anos 60 e 70, nossa Óbidos despontava como a cidade que oferecia os melhores estudos da região em se tratando dos cursos Normal, Ginasial e, depois, o Pedagógico com um quadro de professores capacitados e dedicados, de ofício, a arte de ensinar.
Diante dessa oportunidade singular, vários estudantes de cidades circunvizinhas buscavam nosso Torrão para sequenciar seus estudos. Nesse interregno educacional era frequente filhos de Parintins, inicialmente por meio do internato do Colégio São José, sob o comando das irmãs da Congregação Imaculada Conceição, também focassem nossa cidade. Entre esses amigos destaco, por exemplo, à família Pessoa com laços estreitos e até consanguíneos com a Cidade Presépio.
Retornando, então, ao preâmbulo dessa narrativa, ao chegarmos à terra Tupinambarana tivemos a felicidade de conhecermos membros do clã Pessoa em que nossos laços afins, alicerçados e irmanados no respeito e na amizade permanecem inabaláveis.
Nosso saudoso compadre J. Carlos Portilho, casado com Joana Pessoa, um dos maiores compositores do Boi Caprichoso de todos os tempos, ícone da Cultura Parintinense, certa vez relatando à evolução do folclore compôs a toada denominada "O Rio é o Caminho" em que descreve, à época, como um visionário, um dos motivos da grandeza do festival, pois sem o rio ficaria difícil o povão chegar em sua grande maioria a "paris" da festa.
Paralelamente a esse enredo, o mês de julho está chegando e o povo obidense que reside em outras plagas já se "assanha" para se utilizar do rio e fazer seu caminho para chegar à Sentinela da Amazônia, como já fizemos, e participar do mais tradicional evento religioso do Baixo-Amazonas que é a Festividade de Senhora Sant'Ana, padroeira dos obidenses. Portanto, viva Óbidos e seu povo! Salve Sant'Ana. Venhaaaaa!
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Fotos de Otávio Figueira