Por Otávio Figueira.
O ano era final de 1969 e a expectativa alvissareira com a chegada do ano novo de1970 e novidades no imaginário de uma geração "oprimida" na adolescência em busca de algo novo visando "furar" a bolha circunscrita ao nosso cotidiano à época.
Entre essas novidades constavam a felicidade da conclusão do emblemático curso Primário com aprovação na Admissão e o consequente curso Ginasial sem esquecer que era o ano de copa do mundo em que o Brasil conquistou o sonhado tricampeonato mundial de futebol.
A demanda, porém, de estudantes almejando o curso ginasial era significativa devido, em parte, à maiúscula enchente do rio Amazonas provocando inundações sem precedentes principalmente na área rural do município, originando assim a migração de famílias em busca da zona urbana, fato este que proporcionou, por meio de puxirum, a criação do bairro Cidade Nova com a união de esforços entre o saudoso bispo D. Floriano e nostálgico prefeito Haroldo Tavares, a fim de abrigar a população ribeirinha.
Por outro lado, só para se ter ideia do quantitativo de alunos matriculados na primeira série ginasial daquele ano, foram formadas 6 turmas (A até F), em média com 40 alunos, todas funcionando na escola São Francisco, pois às dependências físicas do São José não comportava a quantidade de alunos iniciantes.
Diante desse cenário insólito, a direção do ginásio idealizou uma turma pelo horário matutino, no São Francisco, que contemplava alunos na faixa etária de 13 a 16 anos, emergindo com isso a célebre, famosa, afamada, extraordinária e reconhecida "Primeira Série F".
Segundo se comentara então é que esse "privilégio" atendeu os componentes ainda "crianças" para desviarem, como aconteceu, do famoso "trote" de calouros no primeiro dia de aula.
A meu sentir, essa segregação de classes foi benéfica, pois além de ótimos professores, praticamos teatro, educação artística sob a direção do Frade Franciscano Edgar de Aroeira.
Por fim, como sempre acontece, no segundo ano começou o "desmonte" de alunos da "Série F" com a transferência para outras localidades em busca de melhores condições de estudos.
O certo, entretanto, para a grande maioria que, por motivos óbvios, ficou em Óbidos, em 1973 concluímos às pressas o curso ginasial no Felipe Patroni, pois, segundo comentários que corriam à boca “gitinha”, o governo entregara o prédio à Congregação das Irmãs Imaculadas ou vice-versa.
Portanto, esse texto deixa patente que além de recordar momentos incomuns na nossa trajetória educacional, a busca do conhecimento não tem obstáculos e nem limites.
FOTOS...
Tendo como fonte a primeira foto, declino o nome e "agrado" de colegas em que vários não estão mais entre nós.
Da esquerda pra direita: Every Aquino(Futrica), Wellington Albuquerque(Palerma), Aluízio Brasil(Português e Queiro), João Henrique Oliveira(Espoca Bode), Antônio Rodrigues Diniz(Tote Tibinga), Ariosto Dias(Siso), Nonato Santos(Nato Gordo), Emílio Albuquerque(Enxerga milho), falecido Antônio Eliziário(Pepeua), José Willams(?), Raymundo Ery(?), Alberto(Tuxaua, morava com os padres), Raimundo Serrazin Florenzano(Dico Sarapó), Carlos Aquino(Pé-de-Valsa), Félix Albuquerque(?), Paulo Enízio(?), Lázaro(Badaró), Otávio(Tóia), Ademir Ramos(Fula mulelu), Paulo Moda(Fulano), falecido Antônio(Sapo), Pedro Romualdo(Lataria), Teófilo(pitomba), falecido Ubiracy Moda(Mirosa), Eduardo Eugênio(Dudu), Rosivaldo Maciel(Baixinho), Stones Machado(filho do seu Umbekino do antigo SAAE), Ubiracy Sarrazin(Malhaca), falecido José Ary Canto Ferreira(?), Edir Rodrigues Pimentel(Correios) e Raimundo Magno Sena(uitouito).
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