As Bases Fluviais Integradas de Segurança Pública do Pará têm se consolidado como uma estratégia eficaz no combate ao tráfico de drogas na Amazônia. Com duas bases em operação – “Antônio Lemos”, em Breves, e “Candiru”, no Estreito de Óbidos – e uma terceira em construção em Abaetetuba, o estado registrou resultados expressivos.
Entre 1º de janeiro e 23 de maio de 2025, foram apreendidas mais de 1,7 tonelada de drogas, além de 850 kg de papel picado impregnado com cocaína (em perícia), 770 kg de pescado ilegal e 470 m³ de madeira extraída ilegalmente. As operações também resultaram em 13 prisões em flagrante, 11 mandados judiciais cumpridos, 6 armas de fogo, 5 celulares, 5 veículos recuperados e 2 embarcações apreendidas.
As bases realizaram 781 abordagens a embarcações e 37.426 a pessoas, destacando-se pela eficiência em interceptar ilícitos quase diariamente. O governador Helder Barbalho, em coletiva na última quinta-feira (22), elogiou o trabalho das equipes: “As bases fluviais têm cumprido um papel crucial na apreensão de entorpecentes, com resultados efetivos em Óbidos e Breves”. Ele destacou a escolha estratégica das localizações, baseada em análises de inteligência que priorizam rotas do tráfico e áreas de difícil acesso, desarticulando operações criminosas que utilizam os rios amazônicos como corredores para o tráfico nacional e internacional.

No último fim de semana, ações reforçaram a eficácia das bases. No sábado (24), durante fiscalização à embarcação “Monte Cristo II”, entre Manaus e Alenquer, agentes da Base Candiru identificaram adulterações em um automóvel e uma motocicleta, que foram apreendidos. No domingo (25), na embarcação “Itapereba”, no trajeto Manaus–Belém, um passageiro com mandado de prisão por roubo foi detido e encaminhado à Justiça.
As bases operam como postos avançados equipados com drones, sonar, lanchas rápidas e cães farejadores, essenciais para localizar drogas em locais de difícil acesso. O secretário de Segurança Pública, Ualame Machado, explicou: “As bases foram instaladas em pontos estratégicos com base em levantamentos de inteligência, permitindo ações integradas para coibir crimes, especialmente o tráfico de entorpecentes que utiliza os rios como rota”.
A terceira base, no Baixo Tocantins, está com 69% de sua construção concluída em Icoaraci, Belém, e será instalada no Furo do Capim, em Abaetetuba, próximo à Vila do Conde, um ponto crítico para o tráfico internacional. Com investimento de R$ 10 milhões, a nova base ampliará o cerco às rotas fluviais, reforçando a segurança antes que cargas ilegais alcancem grandes centros ou portos de exportação. A entrega está prevista para este semestre, consolidando o Pará como referência no combate ao crime nos rios da Amazônia.
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