Quartel de Óbidos, texto de Eduardo Dias

Quartel de Óbidos, texto de Eduardo Dias

Por Eduardo Dias

Há 100 anos, na data de 26 de julho, o caudilho Magalhães Barata, com sua corveta e armas em punho, chegou a Óbidos vindo de Manaus, ávido de revolução, diante do estreito do rio-mar. Não respeitaram nem a data da festa da padroeira, Senhora Santana.

Barata encontrou a fortaleza já dominada; o comandante aderiu à causa dos revoltosos e aqui se instalou com sua comitiva, obrigando a retirada do prefeito Correa Pinto e instalando o pânico entre os moradores. Um avião sobrevoou a cidade e, com panfletos, anunciou a resistência: a reação estava chegando e Barata não tardaria a esperar.

Depois, ele foi preso e levado pelas ruas sob vaias. Ao chegar ao navio que o levaria até Belém, fez um juramento: “Transformar essa cidade num porto de lenha”. Não conseguiu. Em resposta, depois de 100 anos, apresentamos o nosso quartel todo iluminado, nossa cidade erguida à luz dos braços e do suor de sua gente.

Como disse o nosso poeta Francisco Manoel Brandão, “Ó tu pescador, castanheiro, na lida do seu dia a dia, ninguém te venceu, minha formosa terra Pauxi”.

 

Comentários  

+1 #1 Délio Aquino 31-07-2024 08:57
Excelente memória. Parabéns ao Eduardo Gias, ao site, à Cidade das Ladeiras!
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