Em 2024, a Amazônia está atravessando uma das secas mais severas dos últimos anos, causando um impacto significativo na navegação em rios e igarapés, vias essenciais para o transporte e sustento das comunidades ribeirinhas.
Na Comunidade do Sucuriju, em Óbidos, as dificuldades de deslocamento aumentam a cada dia, à medida que o lago e o igarapé que conecta ao Rio Amazonas secam rapidamente, tornando o tráfego das pequenas embarcações praticamente inviável.
Nesta terça-feira, 17 de setembro, moradores da comunidade enviaram fotos e vídeos que ilustram a gravidade da situação. Tatiana Castro, uma das moradoras da Comunidade do Sucuriju, relatou que para uma embarcação do tipo bajara cruzar o igarapé, é necessário puxá-la por uma corda até a saída, um processo que leva em média mais de 30 minutos. "Isso em uma canoa pequena, porque em canoa grande não passa mais", explicou. A situação afetou drasticamente a pesca, atividade da qual muitos moradores dependem para o sustento. “Aqui a maioria vive da pesca, de onde tiram seu sustento. Tá ficando complicado”, completou Tatiana.
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A seca extrema que afeta toda a Amazônia em 2024 vai além dos problemas de transporte e não se restringe às atividades pesqueiras. A agricultura e a pecuária também sofrem com a falta de chuvas, pois o pasto para os animais seca, comprometendo sua alimentação. Outro problema preocupante são as queimadas, que aumentam significativamente durante períodos de estiagem, ampliando os danos à agricultura, a economia e à sobrevivência das famílias ribeirinhas.
A situação na Amazônia é alarmante e evidencia a necessidade urgente de medidas para mitigar os efeitos das mudanças climáticas, que têm deixado as comunidades ribeirinhas em situações de isolamento e vulnerabilidade crescente.
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www.obidos.net.br - Fotos de Tatiana Castro