Desde 2010, o Projeto Manejo de Copaíba, da Mineração Rio Norte (MRN), leva capacitação e assessoria técnica para o manejo sustentável da copaíba às comunidades quilombolas do Território Quilombola de Alto Trombetas 2, no município de Oriximiná, no oeste do Pará, além de realizar o inventário e o monitoramento das copaibeiras.
A iniciativa faz parte do Programa de Educação Socioambiental (PES) e atende a condicionantes do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Em 2021, o projeto realizou quatro campanhas, com a participação das comunidades quilombolas do Alto Trombetas II. No total, 36 comunitários foram envolvidos nas atividades.
Com o Projeto Manejo de Copaíba, a MRN apoia a modernização do processo de extração de óleo para gerar um fluxo de renda permanente com estoques do produto para melhoria da condição econômica e da qualidade de vida dos comunitários.
O objetivo das campanhas é promover boas práticas e educação ambiental, a partir de um conjunto de técnicas e de procedimentos que visam a melhoria da produção e a regeneração natural das copaibeiras, garantindo, desta forma, o uso contínuo da espécie. Nas campanhas, foram ministrados cursos, treinamentos e palestras sobre plantio de mudas, manuseio de Global Positioning System (GPS), Sistemas Agroflorestais (SAF's) e práticas de compostagem, entre outros temas.
“Entre as diversas boas práticas que disponibilizamos, a destinação correta de resíduos orgânicos por meio da compostagem é uma forma sustentável de valorização da matéria orgânica. Os comunitários podem aplicá-la tanto no uso de adubo natural em mudas de copaibeiras como no sistema agroflorestal”, destaca Juliana Mello, consultora do Projetos Copaíba da MRN.
“Com esse projeto, visamos aprimorar técnicas e conhecimentos para melhor colocação do produto óleo de copaíba no mercado e deixar um legado para que as comunidades possam dar continuidade no trabalho com a copaíba de forma sustentável. O óleo desta planta é muito usado na medicina como cicatrizante e anti-inflamatório e na indústria de cosméticos para a produção de sabonetes, xampus e cremes hidratantes”, acrescenta Genilda Cunha, analista de Relações Comunitárias Sênior da MRN e coordenadora do Programa de Educação Socioambiental da MRN.
Para João Raimundo dos Santos, morador da comunidade de Juquirí Grande, que participa do projeto desde 2017, a iniciativa da MRN permite um aprimoramento dos conhecimentos ambientais sobre a extração do óleo de copaíba. “Para mim e para minha família, o projeto trouxe diversas coisas boas. Nós aprendemos a cuidar da natureza com orientações dos técnicos da empresa, que trouxeram informações para a comunidade. É também mais uma forma de obtermos renda”, afirma João.
Jonildo Andrade, morador da comunidade Curuçá-Mirim, destaca a oportunidade de contribuir com o projeto e o apoio financeiro proporcionado para a família. “Antes, eu não tinha essa renda da copaíba e, em parceria com a Mineração, consegui esta ajuda a mais para minha família. Desde o começo, eu participo do projeto e, com a extração do óleo, tenho mais oportunidades”, ressalta.
Garantia de segurança no inventário e manejo florestal
A MRN também disponibiliza treinamentos de segurança aos comunitários para garantia do seu bem-estar, que abrange redução de riscos, métodos seguros de coleta e uso de equipamento de segurança para manejo, além de adotar todos os protocolos de saúde contra Covid-19. Ao adentrar em uma floresta, o produtor está sujeito a uma série de riscos, que podem dificultar a execução da sua atividade. Com os treinamentos, a equipe da MRN define etapas da extração do óleo de copaíba e medidas preventivas para evitar acidentes e manter a integridade física dos comunitários.
FONTE: Comunicação/MRN