O governo federal anunciou uma nova medida para tornar a alimentação escolar mais saudável. A partir de 2025, o limite de alimentos ultraprocessados no cardápio das escolas públicas será reduzido de 20% para 15%, por meio do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). A medida visa garantir uma nutrição mais equilibrada para os estudantes, priorizando a produção local e a diversidade alimentar das regiões do país. Em 2026, essa porcentagem será ainda menor, chegando a 10%.
A nova diretriz foi anunciada durante a 6ª edição do Encontro Nacional do PNAE, realizado em Brasília nesta terça-feira (4). O evento contou com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do ministro da Educação, Camilo Santana, além de nutricionistas, merendeiras e integrantes da comunidade escolar de diversas regiões do Brasil.
Prioridade à qualidade alimentar
O ministro Camilo Santana destacou que a nova resolução é fundamental para combater problemas como obesidade infantil e garantir uma alimentação mais nutritiva. "Sabemos os impactos dos ultraprocessados na saúde das crianças. O PNAE garantirá qualidade na alimentação escolar", afirmou. O governo também reforçou o compromisso com a agricultura familiar, garantindo que pelo menos 30% dos alimentos comprados pelo programa venham de pequenos produtores, com um olhar especial para mulheres agricultoras.
A presidente do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), Fernanda Pacobahyba, ressaltou a importância da merenda escolar para muitas famílias. "Em muitos casos, essa é a única refeição de qualidade do estudante naquele dia". Segundo o Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional 2023, 14,2% das crianças brasileiras com menos de cinco anos estão acima do peso, taxa que sobe para 33% entre os adolescentes.
Capacitação e investimento
Durante o evento, o governo também lançou o projeto "Alimentação Nota 10", com investimento de R$ 4,7 milhões para capacitação de merendeiras e nutricionistas. A iniciativa, realizada em parceria com instituições como a Itaipu Binacional e o Instituto Federal do Sul de Minas Gerais, visa aprimorar a segurança alimentar nas escolas.
Outra medida destacada foi o aumento dos repasses para a merenda escolar. Em 2023, o governo Lula reajustou os valores do PNAE em até 39%, após seis anos sem correção.
Com essa nova diretriz, alimentos ultraprocessados como biscoitos industrializados serão substituídos por itens mais saudáveis, como canjica, cuscuz, frutas e feijão in natura. A iniciativa reforça o compromisso do governo com a melhoria da qualidade alimentar dos estudantes brasileiros, garantindo uma alimentação mais saudável e acessível.
FONTE: Agência Brasil