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Foi celebrado na manhã deste domingo, dia 4 de março, a primeira Eucaristia de 54 crianças da comunidade Sagrado Coração de Jesus, Cidade Nova, em Óbidos. A missa foi celebrada pelo padre Davenir que presidiu a cerimônia, da qual a comunidade católica obidense marcou presença e lotou a igreja do Sagrado. Que Deus abençoe todos esses jovens!
Fotos de Vander N Andrade
Fotos…
Criado em 2018-03-06 11:24:06
Registramos o aniversário de Ana Júlia Almeida Nogueira, filha de Bianca Vasconcelos Almeida e Márcio Rogério Nogueira, a festa aconteceu na residência de sua avó Aparecida, onde seus convidados foram recepcionados para comemorar a data. Desejamos eternas felicidades a aniversariante!
Fotos de Vander N Andrade
Fotos…
Criado em 2018-03-06 11:16:17
Em 2018, ano em que a Lei Áurea – que extinguiu a escravidão no Brasil - completa 130 anos, o Governo do Pará garante o direito à terra aos quilombolas de Cachoeira Porteira, no município de Oriximiná, que neste sábado (3 de março), se tornou a maior terra quilombola titulada do Brasil. “É uma conquista que buscamos desde o tempo dos nossos ancestrais, e não temos palavras para descrever esse momento, que é muito importante para todos nós”, declarou a agricultora Maria da Costa.
A titulação resulta das articulações entre as secretarias extraordinárias de Estado de Integração de Políticas Sociais (Seeips) e de Municípios Sustentáveis (Seemsu), Núcleo de Apoio às Populações Indígenas e Quilombolas (Nupinq)/Casa Civil da Governadoria e Instituto de Terras do Pará (Iterpa).
O título coletivo ratifica que 225 mil hectares pertencem às 145 famílias remanescentes de quilombos que vivem em Cachoeira Porteira. A titulação ocorreu pela desafetação de parte das florestas estaduais (flotas) de Trombetas e Faro, aprovada pela Assembleia Legislativa do Pará (Alepa) e sancionada pelo governador Simão Jatene. A área chama a atenção pela beleza natural do Rio Trombetas, que margeia a comunidade e, sinuosamente, se impõe em cachoeiras, corredeiras e igarapés emoldurados pela floresta amazônica.
“Aí nesse rio tem toda qualidade de peixes. Na floresta tem tudo o que a gente precisa para viver. Se a pessoa quiser dormir na rua, não tem nada que lhe incomode, no máximo um ou outro morcego”, garantiu Valdemar dos Santos, 84 anos, nascido e criado em Cachoeira Porteira. “Com muito orgulho”, reiterou Valdemar, um dos moradores mais antigos da região. Segundo ele, “aqui é terra de negros. Era pra cá que os escravos fugiam dos brancos, e assim foram construindo tudo o que temos hoje. Não troco isso por nada”.
Tradição
A artesã Maria Isabel do Carmo concorda com Vademar. Com a habilidade daqueles que nascem com o dom de manter viva uma tradição, ela manipula palha e cipó, que trançados e coloridos ganham formas de peneiras, cestos e tipitis (instrumento para espremer a mandioca e retirar o tucupi). “Sinto muito orgulho de manter vivo esse artesanato, que era feito pela minha mãe e minha avó. A gente precisa manter a nossa cultura para as próximas gerações”, reiterou Maria Isabel, que já estimula a neta Cássia, 4 anos, a trilhar o mesmo caminho.
Para ela, o título coletivo é uma ferramenta na garantia dessas tradições. “Fico emocionada com a chegada desse documento. É uma importância muito grande pra nós, que esperamos tanto por esse momento de poder dizer que a terra é nossa. É pra nós, nossos filhos e netos”, disse Maria Isabel.
Segurança - Ser expulso do lugar onde nasceu era um dos maiores temores do agricultor Manuel Marcos dos Santos. “É muito ruim viver desse jeito, sempre achando que a qualquer momento poderiam nos tirar daqui. Agora o negócio mudou. A gente está com o título na mão, ninguém mexe com a gente. Estou muito feliz”, declarou.
Para o presidente da Associação de Moradores da Comunidade Remanescente de Quilombo de Cachoeira Porteira, Ivanildo Carmo de Souza, o título coletivo de terra é a realização de um sonho, resultado do esforço conjunto, da dedicação de toda uma comunidade. “Foram 23 anos de luta, muito empenho e parceria de todos. Como todos se envolveram, nós tivemos força para lutar por um direito que é histórico, e hoje estamos vendo acontecer”, destacou.
Ivanildo Carmo de Souza frisou, ainda, que é importante comemorar, mas sem esquecer de renovar o compromisso da comunidade com a natureza, em manter a floresta em pé. “O nosso povo do passado segurou pra nós, protegendo, preservando a natureza, a matéria-prima que a gente vê. Se temos hoje é porque o nosso povo do passado soube proteger, soube garantir isso para as futuras gerações, que somos nós hoje. Então, em troca disso, nós também temos que proteger para as gerações futuras”, afirmou o presidente da Associação.
Reconhecimento - Ao entregar a documentação, o governador Simão Jatene destacou que a titulação de terra é importante para todo o País por se tratar de um reconhecimento da importância que o povo negro tem na construção da cultura e da história brasileira. “Essa possibilidade de que esses quilombos sejam reconhecidos, que passem a ter segurança jurídica ao que diz respeito à propriedade da terra, é absolutamente fundamental para que eles continuem se desenvolvendo, garantindo, mantendo os traços mais originais da sua cultura, das suas marcas históricas”, afirmou Simão Jatene, também reiterando o compromisso dessas populações com a preservação da natureza.
“Eles convivem sem destruir. Agora, têm razões multiplicadas para manter ainda mais essa convivência pacífica, porque agora essa terra é deles, de fato e de direito. Então, eu me sinto muito feliz em fazer parte disso, principalmente por se tratar de um título coletivo, em que a comunidade é proprietária de forma conjunta, e não individual”, disse o governador.
Cachoeira Porteira está a 13 horas de barco e 4 horas e meia de lancha da sede do município de Oriximiná, no oeste paraense. “A comunidade vive de pequenas roças e da extração de castanha do Pará”, informou o prefeito de Oriximiná, Ludugero Tavares, para quem o título vai melhorar a vida dos quilombolas. “Essa é uma das comunidades mais distantes do município. Parabenizo o governador por esse feito, e pela parceria com o município na manutenção desse território”, frisou o prefeito.
Mais titulação
Daniel Lopes, presidente do Instituto de Terras do Pará (Iterpa), garantiu que a regularização de territórios quilombolas e extrativistas continua sendo uma das prioridades do Instituto. “Vamos continuar avançando, e já estamos finalizando a titulação de mais três áreas quilombolas”, infomou o titular do Iterpa, ao se referir às comunidades Ramal do Caeté, em Abaetetuba e Moju; Espírito Santo, no Acará, e São Tomé do Tauçu, em Portel.
O Pará é o Estado que mais titulou terras quilombolas no Brasil. Somente no período de 2015 a 2017 foram entregues mais de 06 mil títulos. O representante do movimento Malungo, das Associações das Comunidades Remanescentes de Quilombos do Pará, José Carlos Galiza, disse que o Pará continua na frente no ranking de titulações de territórios. “Acho que a gente poderia fazer muito mais, não fossem os entraves dos territórios que estão em área federal”, acrescentou.
Por Dani Filgueiras/Agência Pará
Criado em 2018-03-06 01:14:56
O Projeto de Formação José Cornélio dos Santos, que atua no ensino técnico profissionalizante em Óbidos, oeste do Pará, teve suas atividades iniciadas oficialmente durante cerimônia de acolhida aos usuários, realizada no final da tarde de sexta-feira (02), na sede da entidade localizada na Rua Justo Chermont, bairro de Santa Terezinha.
O evento contou com a participação do prefeito de Óbidos, Chico Alfaia; da coordenadora do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas), Jéssica Araújo, além de representantes do Conselho Tutelar, Secretaria de Assistência Social e entidades ligadas a rede pública de proteção de crianças e adolescentes.
A programação de boas-vindas contou com a apresentação do novo corpo administrativo do projeto, e dos 30 usuários que passarão pelo programa de formação profissional inicial e continuado que entre outros objetivos, visa atender jovens vulnerabilizados pela pobreza e exclusão social.
Os usuários receberão aulas de marcenaria com aperfeiçoamento de técnicas durante três dias da semana, no restante dos dias, participarão de aulas de educação física e formação em outras áreas, por meio de minicursos voltados para a geração de renda familiar.
O projeto que é realizado em parceria com a Mineração Rio do Norte (MRN) dispõe ainda de atendimentos com psicológicos, advogados e assistentes sociais, além de acompanhamento pedagógico, com foco para atuação dentro e fora do projeto.
Os pais e responsáveis dos usuários também participarão de cursos, e têm a responsabilidade de estarem presentes nas reuniões que serão realizadas a cada dois meses, além do compromisso de se envolverem nas atividades de forma voluntária.
“Como nossos usuários estão em processo de medida socioeducativa, nosso objetivo e formar e tornar essas pessoas aptas para ingressarem no mercado de trabalho. Há toda uma estrutura para acompanhamento com psicólogos, assistentes sociais, pedagogos e auxiliares sociais que acompanharão diariamente as atividades. É importante ressaltar que teremos em 2018 um número maior de mulheres, o que é inédito no projeto”, disse a coordenadora do Creas, Jéssica Belém de Araújo.
Entre os exemplos de superação e dedicação ao projeto, o ex-usuário Willian Vieira Feitosa – que há dois anos ingressou no José Cornélio - continuará a frequentar as atividades, dessa vez como auxiliar de instrutor, após ser considerado o aluno destaque das atividades. “Me sinto muito feliz em permanecer aqui, ainda mais agora como auxiliar. A Minha vontade é que outros jovens aproveitem essa oportunidade e consigam superar seus desafios”.
O projeto que é referência no fortalecimento de vínculos, é também umas das grandes referências do governo municipal de política de assistência às classes menos favorecidas. Por isso recebe grande atenção da gestão. “É um programa que faz parte dessa rede de proteção. Mas, principalmente agora como uma nova ênfase, pensando no empreendedorismo. Temos certeza de que esses jovens que estão sendo acolhidos hoje, darão bons frutos e por isso este projeto recebe nossa atenção e dedicação”, lembrou o prefeito Chico Alfaia.
Os novos alunos iniciaram as atividades nesta segunda-feira (5). Divididas em dois turnos, as turmas formadas por 15 alunos cada, passarão inicialmente por um período de adaptação para que posteriormente os usuários comecem a receber as aulas práticas de marcenaria.
Fonte: Ascom/PMO
Criado em 2018-03-06 00:56:06
Rômulo Viana.
Naquele ano, a cheia do Tapajós fora uma das maiores que os ribeirinhos já haviam presenciado. As marombas já estavam bem próximas do telhado. Nem o cemitério São Pedro havia poupado. E o pior disso foi que algumas sepulturas desceram pororoca a baixo. Entre elas a do temido vei Mariano para quem muitos virava bicho nas noites em que a lua se escondia. Mas deste velho defunto, além da lembrança de medo restou, no cemitério quase submerso, partes do caixão de madeira roliça que parecia ainda intacta junto com o livro de capa preta. Sim, o mesmo que o acompanhou no caixão. Logo, o mesmo medo de outrora tomou conta dos ribeirinhos. Mas como? Se em todos esses longos anos nem uma aparição de “bicho” se fez naquela localidade. “Ainda não se fez. O mal tem a sua hora certa...” Com voz trêmula disse um dos caboclos mais velhos da comunidade. Esse mesmo homem, ignorando o medo e as maldições que o acompanham, pegou o temido livro e o levou para sua velha tapera. Parece que este fato de interromper o sossego dos defuntos despertou as aparições antes quietas. Já nessa mesma noite a calmaria dormiu bem distante da comunidade: o banzeiro nas águas do Tapajós amedrontou até mesmo o mais experiente canoeiro; os cães latiam sem parar em direção à mata; esturros se ouviam na imensidão da floresta escura...
Pela manhã, os comunitários acreditavam que todas as “misuras” da noite anterior só apareceram porque o livro de São Cipriano fora retirado do caixão do “vei Mariano”. E de forma hostil expulsaram o senhor que havia retirado o livro do caixão. Pois, acreditavam que o livro dava forma a uma antiga lenda mítica da Amazônia, em que, por meio de orações macabras, o homem se transforma num gigantesco macaco devorador de cabeças: o lendário Mapinguarí.
O velho então pegou alguns molambos, um pouco de fumo, a antiga poronga, pôs tudo em uma bajara e foi-se para as bandas de Óbidos. Mais precisamente na Serra da Escama. Alguns dizem, que na verdade ele se transformou em boto para enfrentar as águas barrentas do amazonas.
Tendo chegado, buscou morada no topo da serra onde nenhum vizinho poderia curiar a sua vida.
Os habitantes locais que chegaram a vê-lo amedrontaram-se com sua aparência rústica de caboclo indígena. E ele era. Descendia dos velhos Tapuios acima da Cachoeira do Aruã.
Se todo mal tem seu momento certo para acontecer, como ele mesmo havia dito, a noite de sua chegada pareceu à hora marcada. Nem bem a boca da noite deu as caras e um misto de medo e apreensão tomou conta da comunidade. Ouviu-se um esturro seguido de uma correria mais feia do mundo nas brenhas da mata. Os moradores armados adentraram a floresta na picada de onde vinham os esturros. O desespero foi grande quando se depararam, num pequeno barraco ainda sendo coberto por algumas palhas de açaizeiro, com um homem jogado ao chão numa macabra metamorfose: os ossos todos contorcidos, nas mãos garras maiores que as de um gavião-real, os olhos juntavam-se na fundição de um só bem no meio da testa, a boca havia sumido, mas apenas de lugar, pois apareceu no estômago bem no lugar do umbigo. Os bravos caçadores não tiveram dúvida: era o forasteiro virando bicho. Evocando preces malignas do livro da capa preta em cima de uma boroca. Querendo metamorfosear-se no Mapinguarí. Mas antes mesmo do homem virar bicho por completo, a experiência dos homens daquelas bandas fez com que, como reza a lenda, perfurassem o umbigo da criatura levando-o a morte.
O corpo do velho tapuio, assim como todos os seus pertences foram enterrados num caixão de paxiúba numa velha fossa.
Agora vá lá saber se realmente a morte conduziu a fera para bem distante do mundo dos vivos. Ou se a criatura se fez de morta para amedrontar outras comunidades...
Criado em 2018-03-05 23:29:11
Na mesa, é base de delícias da culinária paraense. Na indústria, componente de papel e embalagens, e usada até na purificação de minérios. E ainda nas farinhas, no polvilho da tapioca, no pão de queijo, na gelatina e nos embutidos, a mandioca mostra toda a sua versatilidade. Maior produtor nacional, com 5 milhões de toneladas ao ano, o Pará recebe pela primeira vez neste ano dois eventos voltados ao tema, um deles internacional, em que especialistas vão apresentar as mais recentes pesquisas sobre manejo, genética e aplicação. O XVII Congresso Brasileiro de Mandioca e o II Congresso Latino-Americano e Caribenho de Mandioca vão proporcionar a essa estrela da gastronomia popular o devido reconhecimento.
Um dos especialistas que virão a Belém é o sociólogo paulistano Carlos Alberto Dória, um dos maiores estudiosos da culinária brasileira, que vai abordar “A superioridade civilizacional da mandioca frente ao trigo europeu”. Para ele, a planta é o sustentáculo da alimentação na Amazônia, herança deixada pelos índios, que foi domesticada e até mesmo aglutinada pelas elites na época da colonização.
Esse grande consumo tem origem cultural. “É uma região que prefere comer mandioca a arroz ou milho, diferente do Sul e Sudeste, por exemplo. Por isso, também o uso é tão múltiplo. Da mandioca, na Amazônia, tudo se aproveita”, afirma Carlos Alberto Dória, destacando o tucupi preto como um dos melhores molhos do Brasil.
Produção familiar - A mandioca é crucial para a segurança alimentar, sobretudo na Amazônia, desde o Peru até o Pará, Estado onde 96% da produção são oriundos da agricultura familiar. Diretor do Centro de Cultura Culinária Câmara Cascudo, Carlos Alberto Dória – cujo último livro, “A formação da culinária brasileira – Escritos sobre a cozinha inzoneira”, derruba mitos, por exemplo, sobre a feijoada, que não teria surgido nas senzalas, mas no Rio de Janeiro no fim do século XIX, como receita de feijão enriquecido com carnes – comprova a diversidade da mandioca, usada não apenas na alimentação, mas também na indústria.
O papel dos indígenas, responsáveis pelo cultivo e primeiro uso da mandioca, é determinante na formação da culinária brasileira, mas com uma ressalva do pesquisador: essa participação é minimizada porque a história é contada a partir do ponto de vista do colonizador. “A arqueologia mostra que os grupos indígenas modernos se formaram no Brasil em torno de 2.500 anos atrás, perto de Santarém, no oeste do Pará. Dali eles migraram e ocuparam o País todo. Teve um braço, formado pelos Tupinambás, que atravessou o litoral e chegou por volta do ano 800 onde hoje é o Rio de Janeiro. Eles cultivavam a mandioca. Outro braço, composto pelos Guaranis, veio beirando a Cordilheira dos Andes e chegou a São Paulo, por volta do ano 1.000. Esses plantavam o milho. Criaram-se, então, duas culinárias completamente diferentes, e o Brasil se forma apoiado nesses dois amidos”, explica Carlos Alberto Dória.
Ancestralidade - Alcunhada de “rainha do Brasil” pelo historiador Luís da Câmara Cascudo, e “pão da terra” pelo padre José de Anchieta durante o período colonial, a mandioca está literalmente arraigada nas plantações – somente no Pará são 300 mil hectares de área cultivada – e na mesa do brasileiro. Essa presença quase onipresente tem explicação na história. Por pelo menos três séculos e meio ela se constituiu na alimentação do Brasil, especialmente onde a presença indígena era majoritária. A mandioca, hoje, é representada na Amazônia pela diversidade, mantida tanto por populações indígenas como por comunidades tradicionais.
“Avalia-se que a mandioca foi domesticada na América Tropical a partir de ancestrais silvestres. Essa domesticação deu-se provavelmente na região sudoeste da Amazônia, o que é corroborado por recentes análises genéticas. Os resultados de pesquisas arqueológicas revelam que, há pelo menos 4.000 anos, o cultivo da mandioca era bastante difundido na região”, informa a pesquisadora Márlia Coelho, do Museu Paraense Emílio Goeldi, que vai abordar no congresso “A importância das comunidades tradicionais para a cultura da mandioca e a soberania alimentar”.
A professora explica que a mandioca tem grande relevância na agricultura itinerante praticada pelos indígenas. O cultivo se dá, predominantemente, por estacas ou manivas (denominação na Amazônia brasileira), considerada uma prática mais antiga que o plantio de sementes.
O cultivo por manivas é responsável pela alta diversidade encontrada na Amazônia brasileira, uma vez que a seleção é feita de acordo com as características de maior interesse: melhor adaptação ecológica, qualidades agronômicas particulares (precocidade, conservação e produtividade, por exemplo) ou vantagens de uso (teor de fécula, fibras e cor da polpa).
Coautora de um artigo que identificou 52 etnovariedades de mandioca em comunidades localizadas na floresta pública estadual Gleba Nova Olinda, em Santarém, no oeste paraense, a pesquisadora destaca a importância dos saberes tradicionais locais associados aos recursos agrobiológicos, os quais devem ser considerados em ações de valorização do patrimônio cultural local. “A diversidade de etnovariedades de mandioca mantida nos roçados locais deve ser avaliada não apenas pela ótica de uma atividade econômica que se sobressai, mas como prática cultural, que deve ser reconhecida e valorizada por meio de novas formas de apoio às comunidades rurais”, defende a pesquisadora.
Ração e chocolate - O múltiplo aproveitamento da mandioca será um dos temas do congresso que ocorrerá em Belém, de 12 a 16 de março. Além dos vários tipos de farinha, do tucupi e da goma, que estão entre os produtos derivados mais consumidos pelo paraense, a raiz da mandioca é hoje aproveitada na alimentação animal. Ruminantes (bois e búfalos), aves e espécies monogástricas (como suínos e equinos) já comem rações produzidas a partir da fécula, o que representa economia para a agropecuária, beneficiando toda a cadeia produtiva.
Membro da comissão organizadora do congresso e da Diretoria de Agricultura Familiar da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca (Sedap), a engenheira agrônoma Heloísa Figueiredo é uma entusiasta do tema. “A mandioca está onde a gente menos imagina”, ressalta, acrescentando que no evento serão apresentadas várias possibilidades de utilização. “Teremos, por exemplo, uma palestrante que vai falar sobre um chocolate feito com derivados da mandioca. A aplicação na indústria também vai ser destacada. O amido, hoje, é usado para fortalecer os fios nas tecelagens, para esfriar as brocas nos poços de petróleo e até na purificação dos minérios na siderurgia”, frisa a engenheira agrônoma.
Da mandioca tudo se aproveita, da folha à raiz, e os tipos é que definem como ela será consumida. É classificada em dois grupos: mandioca amarga ou mandioca brava, e mandioca doce, conhecida ainda por macaxeira e aipim. “Estes dois grupos são assim denominados em função da quantidade de ácido cianídrico presente nas raízes. A mandioca amarga tem alta concentração desta substância tóxica, necessitando passar por um complexo processamento para ser consumida, enquanto a concentração na macaxeira é bem menor, o que permite que esta seja degustada após cozimento”, diz a pesquisadora Márlia Coelho.
Para Heloísa Figueiredo, o XVII Congresso Brasileiro de Mandioca e II Congresso Latino-Americano e Caribenho de Mandioca são o momento certo para mostrar a riqueza do produto e a importância dele para o Brasil e o mundo. “Para Bill Gates, a mandioca é o vegetal mais importante do mundo. A fundação que ele coordena defende o uso desse vegetal, usando consultoria e tecnologia brasileiras, para combater a fome em países da África, onde essa questão ainda é uma realidade. Pela facilidade de produção e qualidade nutricional, é uma poderosa aliada contra a subnutrição, o que mostra seu caráter social. Ou seja, temos que discutir o assunto e colocar o Pará nesse cenário, mostrando a força da mandiocultura local”, afirma.
Pró-Mandioca
Durante o congresso, a Sedap vai lançar o Pró-Mandioca, Programa de Desenvolvimento da Cadeia Produtiva da Mandioca, cuja meta é alavancar a produtividade em pelo menos 33%, chegando à média de 20 toneladas por hectare (hoje são 15 toneladas produzidas por hectare no Pará).
Em parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), o Pró-Mandioca inclui, entre as ações previstas, o estímulo à implementação de fábricas de fécula, controle integrado de pragas, plantio direto, uso de variedades tolerantes à podridão das raízes, difusão do trio da produtividade, roça sem queima, calagem, adubação e mecanização leve.
Serviço: O XVII Congresso Brasileiro de Mandioca e o II Congresso Latino-Americano e Caribenho de Mandioca serão realizados de 12 a 16 de março, no Hangar – Centro de Convenções e Feiras da Amazônia, em Belém. Mais informações, programação e inscrições aqui.
Fone: Agência Pará
Criado em 2018-03-05 15:01:00
Aconteceu nesta sexta-feira, dia 02 de março, a solenidade de encerramento das comemorações alusivas aos dos 50 anos de atividades da Escola Inglês de Souza, em Óbidos. Durante a solenidade, a Direção da Escola, que tem a frente a Profa. Carlea Barauna, homenageou os ex-funcionários, alunos, ex-diretores, entre outros colaboradores, com placas de honra ao mérito, reconhecendo os serviços prestados à escola.
Durante o evento houve apresentação de um grupo de danças de carimbó, o Secretário de Cultura de Óbidos, Eduardo Dias, foi outra atração durantes a cerimônia, que se apresentou para aos presentes recebendo muitos aplausos.
Estiveram presentes na cerimônia a diretora da escola, Professora Carlea Barauna, técnicos, professores, alunos, pais de alunos, o prefeito de Óbidos Chico Alfaia, Secretários Municipais, entre outras autoridades e convidados.
Atualmente a Escola Municipal de Educação Infantil e Ensino Fundamental Inglês de Souza, tem em seu quadro de alunos, aproximadamente 300 crianças matriculadas, divididas em dois turnos (manhã e tarde), entre a educação infantil e o ensino fundamental menor.
HISTÓRICO DA ESCOLA MUNICIPAL “INGLÊS DE SOUZA”
A Escola Estadual de 1º grau “Inglês de Souza” foi inaugurada em 20 de fevereiro de 1968 com a denominação de Grupo Escolar “Inglês de Souza” na administração do Exmo. Sr. Governador do Estado do Pará tenente Coronel Alacid da Silva Nunes e Secretário de Educação e Cultura Professor Acy de Jesus Nunes de Barros Pereira.
Os primeiros funcionários e alunos foram transferidos para a Escola Paroquial Santa Terezinha, situado à rua João Pessoa nº. 1628. No lugar da escola foi construído o Clipe de Santa Terezinha e a rua hoje é conhecida por todos com o nome de Antônio Brito de Souza, principal do bairro. A escola funciona em prédio próprio, seu terreno é de forma retangular medindo 3.000m².
Anteriormente possuía 8 dependências, sendo 2 banheiros e 6 salas de aula, instalações elétricas e hidráulica.
No ano 1968, a escola passou a atender alunos de 1ª a 5ª série do curso primário. Nesse ano, por esse estabelecimento não ter uma diretora nomeada pelo Governador do Estado, respondia pela direção da escola a supervisora Maria Isa de Souza.
Em 1969, foi nomeada a professora Arluce Almeida do Amaral para exercer a função de diretora neste Estabelecimento de Ensino onde sua administração estendeu-se até o ano de 1983, quando a mesma solicitou aposentadoria e foi substituída pela Professora Maria José Pereira Soares, a qual dirigiu até 1984.
A partir daí vários diretores passaram pelo Inglês de Souza, cada um deixando a sua marca. Atualmente a diretora da Escola é a Professora Carlea Barauna.
O Escritor Inglês de Souza
Nascido no município paraense de Óbidos, Herculano Marcos Inglês de Souza era filho do desembargador Marcos Antônio Rodrigues de Souza e de Henriqueta Amália de Góis Brito, membros de tradicionais famílias paraenses. Escritor, advogado, professor, jornalista e político brasileiro, tido como introdutor do naturalismo na literatura brasileira por meio do seu romance O Coronel Sangrado, publicado em Santos em 1877. Foi um dos membros fundadores da Academia Brasileira de Letras, ocupando a cadeira 28.
Inglês, que escreveu inicialmente com o pseudônimo Luiz Dolzani, ganhou reconhecimento literário após a publicação da obra O Missionário, no ano de 1891. Em suas obras, é perceptível a influência de escritores europeus, tais como Eça de Queirós e Emile Zola.
Também teve notável carreira política, começando como militante do Partido Liberal em 1878. Tendo sido eleito deputado provincial (equivalente aos atuais deputados estaduais) pela província de São Paulo, foi nomeado Presidente das províncias de Sergipe e do Espírito Santo. Foi também convidado várias vezes para integrar o Supremo Tribunal Federal, porém nunca aceitou.
Pouco antes de falecer, em 6 de setembro de 1918, Inglês de Souza foi eleito deputado federal pelo seu estado natal, o Pará, nas eleições nacionais de março daquele mesmo ano.
Www.obidos.net.br → Fotos de Vander N Andrade
FOTOS...
Criado em 2018-03-04 16:05:05
O vídeo de número cinco da séria “O Pará faz história” produzido pela Agência Pará, mostra Santarém e Óbidos como cidades que guardam traços históricos da colonização portuguesa na Amazônia.
Em Santarém e a Vila de Alter do Chão são mostrados traços deixados pelos portugueses, desde a passagem de Pedro Teixeira pelo Baixo Amazonas, por volta de 1626.
Óbidos, a mais lusitana das cidades paraenses, tem o histórico relatado pelo Prof. Carlos Vieira, historiador e um profundo conhecedor da história da cidade de Óbidos, o qual conta um pouco de sua história que teve como principais colonizadores, os portugueses, que influenciaram nos costumes, na cultura, na religião, na culinária do povo obidense.
FONTE: Agência Pará
Criado em 2018-03-02 23:43:28
Programação celebra ainda o centenário de falecimento do patrono do educandário, Inglês de Souza, localizado no bairro de Santa Terezinha.
Uma caminhada realizada na manhã desta sexta-feira (2), chamou a atenção da população para a programação alusiva ao aniversário da de 50 anos da escola Inglês de Souza, localizada no bairro de Santa Terezinha, em Óbidos, no oeste do Pará.
Professores, aluno e pais de alunos, percorreram as principais ruas do bairro com faixas e cartazes lembrando do jubileu de ouro do educandário, comemorado no último dia 20 de fevereiro, e o centenário de falecimento de Inglês de Souza que será celebrado no dia 6 de setembro.
Para marcar datas tão importantes, uma série de eventos culturais, pedagógicos e sociais serão realizados pela escola ao longo do ano, com objetivo de envolver toda a sociedade nos atos, para lembrar a importância da escola e de seu patrono que alcançou grandes feitos nas áreas da literatura, advocacia, jornalismo e na política brasileira.
“A comunidade escolar Inglês de Souza não quer apenas celebrar o jubileu de ouro (50 anos) da nossa escola e o centenário do nosso patrono. Queremos também mostrar para a nossa sociedade a importância deste ilustre filho de Óbidos para o Brasil. Vamos desenvolver uma série de ações. Nossa escola recebera pintura nova. Realizaremos exposições, noite cultural, saraus literários. Tudo voltado para a história da nossa escola e de Inglês de Souza”, disse Wilza Cárlea Baraúna, diretora do educandário.
Na noite desta sexta-feira, a noite cultural denominada “Eu faço parte dessa história” reunirá artistas, poetas, profissionais da educação e trabalhos desenvolvidos pelo educandário, para celebrar a vida e a história do escritor obidense.
“Vamos ter a presença do nosso escritor, poeta e músico Eduardo Dias que fará uma apresentação especial. Além de outras apresentações que farão parte dessa programação especial. As apresentações iniciam a partir das 19h e todos estão convidados a participar”, convidou a diretora.
O educandário
Atualmente a Escola Municipal de Educação Infantil e Ensino Fundamental Inglês de Souza, tem em seu quadro de alunos, aproximadamente 300 crianças matriculadas, divididas em dois turnos (manhã e tarde), entre a educação infantil e o ensino fundamental menor.
Inglês de Souza
Nascido no município paraense de Óbidos, Herculano Marcos Inglês de Souza era filho do desembargador Marcos Antônio Rodrigues de Souza e de Henriqueta Amália de Góis Brito, membros de tradicionais famílias paraenses. Escritor, advogado, professor, jornalista e político brasileiro, tido como introdutor do naturalismo na literatura brasileira por meio do seu romance O Coronel Sangrado, publicado em Santos em 1877. Foi um dos membros fundadores da Academia Brasileira de Letras, ocupando a cadeira 28.
Inglês, que escreveu inicialmente com o pseudônimo Luiz Dolzani, ganhou reconhecimento literário após a publicação da obra O Missionário, no ano de 1891. Em suas obras, é perceptível a influência de escritores europeus, tais como Eça de Queirós e Emile Zola.
Também teve notável carreira política, começando como militante do Partido Liberal em 1878. Tendo sido eleito deputado provincial (equivalente aos atuais deputados estaduais) pela província de São Paulo, foi nomeado Presidente das províncias de Sergipe e do Espírito Santo. Foi também convidado várias vezes para integrar o Supremo Tribunal Federal, porém nunca aceitou.
Pouco antes de falecer, em 6 de setembro de 1918, Inglês de Souza foi eleito deputado federal pelo seu estado natal, o Pará, nas eleições nacionais de março daquele mesmo ano.
Por: Érique Figueirêdo → Fotos de Mauro Pantoja
FONTE: ASCOM/PMO
Criado em 2018-03-02 18:08:54
Para 2018, os trabalhos de regularização também prosseguem nas comunidades do Alto Acará, no Acará; Ariramba, em Óbidos; São João, em Prainha; Umarizal, em Oeiras/Baião/Bagre; São Pedro, em Castanhal e Menino Deus de Pitimandeua, em Inhangapi.
Neste sábado, 3, o Instituto de Terras do Pará (Iterpa) beneficiará 145 famílias no município de Oriximiná, com a entrega de mais um título coletivo de terras às famílias remanescentes de quilombos. Desta vez, a comunidade beneficiada será Cachoeira Porteira, que passa a ser um dos maiores quilombos titulados no Brasil, atrás apenas das comunidades Kalunga, em Goiás, e Alto Trombetas, também em Oriximiná, conforme levantamento da Comissão Pró-Índio, de São Paulo. A entrega do documento será feita pelo governador Simão Jatene e pelo presidente do Iterpa, Daniel Lopes.
“Vamos avançar ainda mais na regularização de áreas quilombolas”, assegurou Lopes, que emitirá nos próximos dias também novos títulos em favor das comunidades Ramal do Caeté, em Abaetetuba/Moju; Espírito Santo, no Acará, e São Tomé do Tauçu, em Portel, beneficiando um total de 320 famílias.
Com os títulos ainda a serem entregues, serão oito comunidades quilombolas tituladas somente na atual gestão, consolidando ainda mais o Pará como o Estado que mais titulou áreas em prol dos remanescentes de quilombos no Brasil. Das 170 comunidades tituladas no país, 62 estão no Pará, sendo que destas 53 foram atendidas pelo Iterpa. “Com esses títulos, as famílias beneficiadas poderão acessar as políticas públicas que possibilitam o progresso e o desenvolvimento da comunidade”, reforça o dirigente da autarquia fundiária estadual.
Quilombolas
A titulação do território quilombola de Cachoeira Porteira, em Oriximiná, ocorreu pela desafetação de parte das Florestas Estaduais (Flotas) de Trombetas e Faro, aprovada pela Assembleia Legislativa do Pará e decretada pelo governador Simão Jatene. A efetivação desse processo pelo Iterpa, além de ampliar a área titulada do Estado, cria um dos maiores quilombos titulados do Brasil, com 225 mil hectares e 145 famílias beneficiadas. A comunidade Kalunga, em Goiás, possui área de 261 mil hectares.
A entrega do título faz parte do planejamento do Iterpa, que elegeu como prioridade a regularização fundiária, não somente de pequenos produtores rurais, mas também de comunidades quilombolas e extrativistas. Entre pequenos produtores, comunidades quilombolas, projetos de Assentamento Agroextrativista e termos de permuta já são mais de seis mil títulos entregues somente no período de 2015 a 2017.
O órgão vai avançar ainda mais com o objetivo de promover o reconhecimento das comunidades remanescentes de quilombos. Para isso, várias ações estão sendo realizadas em campo, como vistoria técnica nas áreas de Tauerá, Buiuçu, Taperu, Turu e Maripi, no município de Porto de Moz; e, ainda o pagamento de indenizações e benfeitorias dos imóveis rurais em comunidades no Acará e Moju.
Para 2018, os trabalhos de regularização também prosseguem nas comunidades do Alto Acará, no Acará; Ariramba, em Óbidos; São João, em Prainha; Umarizal, em Oeiras/Baião/Bagre; São Pedro, em Castanhal e Menino Deus de Pitimandeua, em Inhangapi. “Todas as ações representam o esforço do Governo do Pará em realizar políticas públicas fundiárias que contemplem toda a diversidade dos povos existentes no Pará”, ressalta Daniel Lopes, que lembra que a titulação de terra é um reconhecimento histórico dos direitos dessas comunidades.
FONTE: Agência Pará
Criado em 2018-03-02 13:25:02
Rebio do Rio Trombetas recebe quelônios apreendidos pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente do Município de Óbidos no Pará.
A equipe da Reserva Biológica (Rebio) do Rio Trombetas soltou 10 tartarugas-da-amazônia (Podocnemis expansa) e 1 tracajá (Podocnemis unifilis) no Tabuleiro do Jacaré, localizado no interior da unidade de conservação. Os animais foram entregues ao Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) após apreensão realizada pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente do Município de Óbidos no Pará.
Segundo a analista ambiental e médica veterinária do ICMBio, Soliana de Lourdes Ribeiro, a prefeitura de Óbidos recebeu uma denúncia e, ao verificar, encontrou os quelônios acondicionados em caixas de papelão e sacas de fibra no porão de uma embarcação que faria a linha Óbidos - Manaus. Após avaliação médica-veterinária, os animais puderam ser soltos no rio Trombetas. A tartaruga-da-amazônia é o maior quelônio de água doce da América do Sul, e encontra-se classificada como criticamente ameaçada de extinção.
A Reserva Biológica do Rio Trombetas foi criada em 1979 com objetivo de proteger as áreas de reprodução da tartaruga-da-amazônia, e está localizada no município de Oriximiná no Pará, na margem esquerda do rio Trombetas, possuindo uma área de 385 mil hectares.
Por: Comunicação ICMBio
Criado em 2018-03-02 13:09:15
O escritor obidense Célio Simões de Sousa tomou posse neste quinta-feira, dia 1º de Março, na Academia Paraense de Letra - APL. Ocupou a cadeira de número 26, que tem como patrono João de Deus do Rego.
O presidente da APL, Alcyr Meira, abriu a sessão chamando os acadêmicos nominnalmente, logo após, foi formada a mesa, em seguida Célio Simões tomou posse e recebeu as honrarias da Academia.
O academico Antônio Matos fez o discurso de saudação a Célio Simões, o qual denominou o seu discurso: "Um Fivela na APL", destacou o porquê do povo obidense ser chamado de "Fivela", e também descreveu a biografia de Célio Simões, destacando a sua carreira profissional, os textos premiados, livros, entre outras histórias de sua vida.
Eu seu discurso, Célio fez um histórico de sua vida, falando da importância da educação desde sua infância e dos professores que o influenciaram em sua infância, como as professoras: Cora Simões, Janete Couto, Maria José Caluf, entre outras, saindo de Óbidos, passando por Santarém até chegar em Belém. Discorreu sobre o maranhense João de Deus do Rego, poeta e Jornalista, patrono da cadeira 26, e dos acadêmicos que os antecederam na cadeira que ora está ocupando.
Antes de Célio Simões, fizeram parte da APL os obidenses Augusto Corrêa Pinto e Ildefonso Guimarães, e como patrono de cadeiras da APL, Inglês de Souza e José Veríssimo. Célio Lembrou que este ano acontece o centenário da morte de Inglês de Souza, o qual deverá receber muitas homenagens.
Muitos obidenses foram prestigiar a posse de Célio Simões, que depois da cerimônia, participaram de um coquetel e saudaram o ilustre conterrâneo Célio Simões de Sousa, o 3º obidense a ocupar uma cadeira na Academia Paraense de Letras.
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Criado em 2018-03-02 11:56:37
Registramos em fevereiro o aniversário de 80 anos de Eliane Gomes Canto, que reuniu seus amigos e familiares na casa de seu filho, Beto Canto, para comemorar a data e ofereceu aos seus convidados um delicioso almoço. Desejamos eternas felicidades para Dona Eliane!
Fotos de Vander N Andrade
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Criado em 2018-03-01 14:07:29
Parabenizamos Marco Aurélio Pereira Brelaz, filho de Bia Pereira e Ronivaldo Brelaz que comemorou seu aniversário no Restaurante e Pizzaria do Gordo, onde o aniversariante recebeu seus amigos e familiares. Desejamos muitas felicidades a Marco Aurélio!
Fotos de Vander N Andrade
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Criado em 2018-03-01 13:53:25
Todos os 144 municípios paraenses receberam 500 kits de higiene bucal e um macro modelo de escovação, entregues pela Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) na manhã desta quarta-feira (28), na sede da Escola de Governança Pública, em Belém. Os kits vão reforçar as ações da Política Nacional de Saúde Bucal e dar suporte à ampliação e qualidade do trabalho realizado pelas equipes de saúde bucal que atuam na Atenção Básica, principal acesso ao Sistema Único de Saúde (SUS).
As equipes são responsáveis pela promoção, prevenção, diagnóstico, tratamento, reabilitação e manutenção da saúde, com a meta de solucionar pelo menos 80% das demandas apresentadas pela população.
Na entrega dos kits, cada gestor municipal recebeu um termo de doação, no qual a Sespa informa que a cada três meses vai monitorar o Sistema de Informação, já que o município tem, como meta mínima, realizar 500 escovações dentais supervisionadas, para que possa ser beneficiado com a entrega de mais kits. “É uma forma de estimular as secretarias municipais de Saúde a cumprirem seus papéis nessa política tão estratégica na saúde pública”, disse Socorro Bandeira, diretora de Políticas de Atenção Integral à Saúde da Sespa.
Segundo ela, há algum tempo a Secretaria de Saúde vem entregando os kits, e nem sempre é notificada pelos municípios sobre o real percentual de cobertura de escovação dental supervisionada. O objetivo é estimular as gestões municipais a associarem as ações de saúde bucal à rotina das escolas públicas, para que conheçam o índice de cáries e os casos que necessitam de tratamento clínico, em consultório odontológico da unidade de saúde mais próxima.
Prioridades - “Essa estratégia é necessária para que as equipes possam identificar, a partir dos dados coletados, as prioridades, e assim melhorar os indicadores mediante a inserção desses números nos sistemas de informação, a fim de que a Sespa prossiga também na entrega de insumos”, complementou o coordenador estadual de Saúde Bucal, Evaldo Bichara, que participou da entrega dos kits aos 58 representantes de municípios presentes na solenidade.
A secretária adjunta de Saúde Pública do Pará, Heloisa Guimarães, ressaltou que qualquer ação é bem-vinda quando visa estimular hábitos saudáveis e o cuidado com a higiene oral, por meio de atividades integradas, envolvendo estudantes, professores, pais e as equipes de saúde. “Espero que todos se empenhem nisso, sobretudo no foco às crianças, para que se tornem adolescentes e jovens conscientes da importância da saúde bucal e do cuidado de si, já que a criança passa grande parte do tempo na escola”, afirmou.
FONTE: Agência Pará
Criado em 2018-03-01 12:16:13
Registramos o aniversário de Ary Gabriel Mousinho Sarrazin e Mateus Mousinho Sarrazin, a festa aconteceu na casa de sua bisavó Dona Ondina Ferreira, onde os aniversariantes receberam seus amigos e familiares para um delicioso jantar. Desejamos eternas felicidades a Ary Gabriel e Mateus!
Fotos de Vander N Andrade
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Criado em 2018-02-28 00:51:02
Evento será realizado no período de 8 a 10 de março. Visitantes poderão saborear pratos regionais e iguarias feitas a partir da castanha do Pará.
O Festival da Castanha um dos eventos de maior tradição do calendário cultural obidense, realizado pela Associação de Moradores da Comunidade Andirobal, localizada a 75 km da sede do município de Óbidos, no oeste do Pará, será realizado no período de 08 a 10 de março.
O festival que em 2018 chega a sua 21º edição, tem como objetivo manter a tradição dos moradores que sobrevivem da coleta de um dos frutos de maior valor da Floresta Amazônica, que celebram anualmente a manutenção da produção da castanha e seus derivados e a cultura do cultivo que há anos vem sendo mantida pelos comunitários do Andirobal.
Reconhecido como um dos maiores eventos culturais da região onde a comunidade está localizada, na divisa com o município vizinho de Curuá, o festival atrai um excelente público todos os anos.
Com uma variada programação cultural e diversidade de bebidas, pratos e outros atrativos culinários feitos em sua maioria a partir da castanha, a comunidade também se mobiliza para angariar recursos para a associação que fomenta pequenos investimentos em benefício dos próprios moradores.
Para Eduardo Venâncio, líder comunitário do Andirobal, o evento é fundamental para a continuidade do costume de colher o fruto. A escassez da castanha, que a cada ano é maior, ameaça de extinção a cadeia produtiva que há décadas é a principal fonte de renda da localidade. “Nossa expectativa é que o público compareça em peso e participe dos três dias de festival em nossa comunidade. É sempre uma alegria e satisfação realizar o festival da castanha que na verdade representa pra gente uma resistência pra não acabar esse costume que já não é como antes. A nossa própria coleta do fruto já é bem menor que antes devido a escassez. Mas, como sempre estamos motivados e prontos para mais um ano de festival”.
Programação
De acordo com a programação divulgada pela coordenação, o festival iniciará às 5h de quinta-feira (08), com uma alvorada e salva de fogos. No período da noite será realizada a abertura oficial do festival com o tradicional jantar dos castanheiros e apresentação das candidatas que irão disputar o título de rainha do Festival da Castanha, além de gincana, apresentação cultural e festa dançante.
Na sexta-feira (09), a programação contará com show de calouros e a tradicional seresta com a banda Forró Moral da cidade de Curuá.
Já no sábado (10), último dia do evento, a programação esportiva iniciará às 7h com a corrida dos castanheiros com paneiro nas costas.
Em seguida, às 12h ocorrerá os desfiles das candidatas concorrendo ao título de rainha do XXI Festival da Castanha. Também haverá a disputa entre os comunitários com apresentação do maior e menor ouriço, maior e menor castanha e quebra do ouriço mais rápido.
O encerramento da programação será marcado pela festa dançante com a apresentação das bandas Forró dos Top’s do Distrito do Flexal, Banda Ritmos de Santarém e Banda Show Energia de Óbidos.
FONTE: ASCOM/PMO
Criado em 2018-02-28 00:22:39
Aconteceu nesta segunda-feira, dia 26, na Casa da Cultura, em Óbidos, uma reunião com representantes quilombolas e assentados do Município, com objetivo de discutir um “Curso de Especialização em Saúde da Família e Comunidade” a ser ofertado pela UFOPA, principalmente para populações do campo, da floresta e ribeirinhas.
Outros assuntos discutidos durante a reunião foi a questão do Programa Nacional de Reforma Agrária - Pronera e da demarcação de terras em áreas de assentamentos, entre outros assuntos.
Segundo informações, a UFOPA já abriu um edital em que as inscrições abriram dia 28 de fevereiro e irão até dia 02 de março, sexta-feira, onde os profissionais das áreas de assentamentos, quilombolas, poderão se inscrever diretamente na UFOPA e entregar uma documentação exigida no edital. “Esse curso de especialização vai funcionar em Santarém, em quatro módulos, terminará no ano que vem e é direcionado às pessoas que tem graduação, pois a ideia do Pronera é capacitar os profissionais que atendem as comunidades, tanto de assentamento como quilombolas”, informou Adriana Santos, servidora da Secretaria de Educação. Segundo Adriana Santo, a Secretaria liberará o servidor para realizar o curso e a Ufopa oferecerá uma bolsa para os cursistas, para ajuda de custo e transporte.
O Vice Prefeito Isomar Barros esteve presente na reunião, o qual comentou sobre os assuntos tratados na reunião: “Discutimos sobre o curso de especialização do Pronera, a elaboração de cursos técnicos para trazer para esse público, inclusive curso superior pelo. Outro ponto que discutimos aqui foi sobre uma reunião que irmos fazer no dia 14 de março, para discutir a questão da fundiária, com representantes de assentamentos, organizações civis organizadas”, comentou Isomar.
PARA MAIS INFORMAÇÕES LEIA O EDITAL NA INTEGRA
www.obidos.net.br → Fotos de Odirlei Santos
Criado em 2018-02-27 21:11:40
Resultado da disciplina Seminário de Gestão, será realizado no Campus de Óbidos, nos dias 1º e 2 de março, o II Seminário de Gestão com o tema “Escola como organização educativa”. Destinado a professores e alunos do curso de Pedagogia, o evento contará com uma diversificada programação: palestras, oficinas e minicursos. Confira abaixo a programação.
“O seminário objetiva conectar ideias e acelerar transformações no âmbito da gestão escolar em articulação com a comunidade acadêmica, educadores e gestores da educação básica do município de Óbidos”, informam os organizadores do evento.
Serviço: I Seminário de Gestão com o tema “Escola como organização educativa”
- Data: 1º e 2 de março (quinta e sexta-feira)
- Local: Campus de Óbidos (Av. Prefeito Nelson Souza, s/n - Bairro Perpétuo Socorro)
- Inscrições: Gratuitas no local do evento
Comunicação/Ufopa
Criado em 2018-02-27 11:38:43
O Pará vai voltar a ter um delegado de polícia para cada município. Os 149 novos delegados da Polícia Civil, que se formaram nesta segunda-feira (26), no Teatro Maria Sylvia Nunes, na Estação das Docas, garantirão a cobertura completa dos 144 municípios do estado.
Aprovados em concurso público, os novos delegados concluíram o curso de Formação da Polícia Civil do Pará no dia 15 deste mês. O curso foi o primeiro do Brasil a incluir sete disciplinas inéditas: Oratória; Atuação policial frente aos grupos vulneráveis; Relacionamento com a imprensa e mídias sociais; Abordagem psicopatológica do crime e da violência; Investigação financeira no enfrentamento ao crime de lavagem de dinheiro; Noções básicas de enfrentamento às fraudes veiculares e Linguagem brasileira de sinais. O concurso aprovou ainda 300 investigadores, 180 escrivães e 20 papiloscopistas.
Os novos policiais civis passaram por quatro meses de formação técnica e profissional na Academia de Polícia Civil (Acadepol). Com a nomeação, o próximo passo será a lotação dos novos servidores públicos nas unidades de Polícia Civil do estado, quando eles saberão em qual região do Pará trabalharão inicialmente.
Esse foi o segundo concurso público realizado em menos de quatro anos na Polícia Civil. Em 2014, ingressaram 386 novos policiais, sendo 146 delegados; 90 escrivães; 131 investigadores e 19 papiloscopistas.
Vaney França Alexandre e João Costa são dois dos novos delegados empossados. Vaney veio da Bahia, onde já fazia parte das forças de segurança como policial militar. “Tivemos uma formação exemplar na Academia de Polícia do Pará, uma verdadeira formação de ponta”, disse o novo delegado. “Agora é só colocar em prática tudo o que aprendemos”, completou.
O carioca João Costa também elogiou a formação recebida, mas fez questão de ressaltar o que o fez optar pelo Pará na hora de escolher um concurso público na área de segurança. “A crise na segurança é no país todo e eu sei o que falo, pois venho do Rio de Janeiro”, disse João. “Mas, no Pará se percebe que algo de bom e produtivo está sendo feito”, afirmou. “A estabilidade econômica e financeira do Pará também foi fundamental para minha escolha, pois vamos trabalhar sabendo que nossos salários estarão garantidos e assim vamos poder exercer nossas funções com mais tranquilidade”, completou.
Com a nomeação dos novos delegados, a Polícia Civil passará a ter um terço do atual efetivo de policiais civis no Estado com menos de quatro anos de serviço, o que representa uma corporação policial renovada. Em termos percentuais, a entrada de mais de 600 novos policiais civis nos quadros da Polícia Civil representará aumento de 20% no atual efetivo. Atualmente, a corporação conta com 2.413 policiais em atividade no Estado. A nomeação dos novos delegados é um dos pontos anunciados pelo governo do estado no combate à criminalidade e garantia de mais segurança para a população paraense.
Para o delegado-geral da Polícia Civil, Rilmar Firmino, a nomeação dos colegas de profissão era um momento histórico, esperado por todos. “Nós tivemos em 2014, um delegado para cada município, mas com a aposentadoria, perdemos vários delegados”, afirmou Rilmar. “Agora, voltaremos a ter homens em todos os municípios e isso é importante, porque o delegado de polícia é quem primeiro atende ao chamado das vítimas, da sociedade”, disse. “Em menos de quatro anos, promovemos dois concursos na área de segurança e isso nenhum estado conseguiu”, concluiu.
O secretário estadual de Segurança Pública e Defesa Social, Luís Fernandes, ressaltou que um dos compromissos do governo pela melhoria na segurança foi cumprido, mas que as ações vão continuar. “Temos investimentos de quase meio bilhão de reais a fazer em 2018 na área de segurança”, revelou. “Enquanto outros estados apresentam problemas até para o pagamento de salários, nós conseguimos investir sem atrasar pagamentos”, completou.
Para o governador Simão Jatene, todos os nomeados podem se considerar – a partir do momento em que optaram por um concurso público no Pará – paraenses, “pois vão ajudar a construir o estado”. “Vocês terão a grata oportunidade de conhecer o estado pelo seu interior, o que é extremamente enriquecedor. Mas, preparem-se, pois terão poucos aplausos nos acertos e muitas e severas críticas ao menor erro”, pontuou Jatene.
Sobre o concurso e a formatura dos novos delegados, Jatene disse que “mais um desafio foi vencido, que é o de ter um delegado para cada município”. “É mais um passo no sentido de combater a violência e melhorar os índices da segurança pública, o que nós fazemos mesmo com a crise que ainda assola o país. Enquanto existir essa vontade coletiva, unindo governo e sociedade, vamos vencer mais desafios, em todas as áreas”, concluiu Simão Jatene.
FONTE: Agência Pará
Criado em 2018-02-27 11:32:48