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Feiras de ciências constituem-se em recursos riquíssimos para divulgação de ciência na comunidade escolar. A construção de um experimento científico envolve a interação entre professor e aluno e entre os alunos. Organizadas dentro de escolas do Ensino Fundamental ou Médio são importantíssimas para motivar o aprendizado do aluno e para divulgar temas científicos, atuais ou não, para a comunidade escolar.
Nesse contexto, a escola Frei Edmundo Bonckosc apresentou na quinta-feira, dia 07 de dezembro, o projeto “Feira do Conhecimento Educaxé”, uma mistura das comemorações do dia da consciência negra e a realização da Feira de Ciências.
Durante o evento, todos os alunos da escola, coordenados por seus professores e Direção Escolar, participaram do evento, mostrando a cultura negra que influenciou o povo brasileiro, assim como, as exposições e apresentações realizadas pelos alunos, o que chamou muito a atenção de quem foi prestigiar o evento, que recebeu um bom público
Fotos de Vander N Andrade
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Criado em 2017-12-15 00:47:20
Registramos o aniversário de Sury Bentes Moura, filha de Sheila Bentes e Mauro Henrique a festinha aconteceu na sua escola José Veríssimo onde recebeu seus amigos de sala para festejarem mais um ano de vida de Sury, a quem desejamos eternas felicidades.
Fotos de Vander N Andrade
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Criado em 2017-12-15 00:16:12
Aconteceu na semana passada, na Escola Mauricio Hamoy, a formação de 19 alunos do Projeto Mundiar (processo de aceleração escola para jovens e adultos), que teve como coordenador o professor Daniel Bentes. O curso teve a duração de 1 ano e seis meses. “Parabenizo os concluintes e que vocês continue sempre em frente em busca de novos conhecimentos”, comentou o Professor Daniel Bentes.
Desejamos Sucesso aos formandos!
Fotos de Vander N Andrade
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Criado em 2017-12-14 23:06:24
A Escola Duque de Caxias realizou na sexta-feira, dia 08 de dezembro, um evento denominado: "Sentindo a Diferença", alusivo ao dia da consciência negra. Alunos e professores participaram das atividades desenvolvidas e puderam mostrar seus trabalho para a comunidade em geral, que foi prestigiar o evento.
Alunos da Escola José Veríssimo também visitaram o evento, os quais puderam assistir apresentações teatrais, musicais, desfiles, exposição, entre outras atividades desenvolvidas no projeto. Sobre o projeto, a Professora Paula Savino, diretora da escola, comentou: “É importante realizamos um evento como este, pois conscientiza e mostra que devemos sempre ter o respeito por todas as pessoas, sem racismo”.
O Dia da Consciência Negra
O Dia da Consciência Negra no Brasil é comemorado, sempre em 20 de novembro, data da morte de Zumbi dos Palmares um escravo que foi líder do Quilombo dos Palmares e simbolizou a luta do negro contra a escravidão que sofriam os brasileiros de raça negra. Zumbi morreu enquanto defendia a sua comunidade e lutava pelos direitos do seu povo.
No dia da Consciência Negra o objetivo é fazer uma reflexão sobre o relevo da cultura e do povo africano e o impacto que tiveram na evolução da cultura brasileira. Sociologia, política, religião e gastronomia entre várias outras áreas, foram profundamente influenciadas pelas culturas negra e africanas. É dia de comemorar e mostrar profundo apreço e respeito pela cultura afro-brasileira.
Www.obidos.net.br → Fotos de Vander N Andrade
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Criado em 2017-12-14 14:56:43
Registramos nesta segunda-feira, dia 11, o aniversário de Bernardo Savino Santos, Filho de Melinda Savino e Alcimário Santos, a festa aconteceu na Barraca do gordo, onde o aniversariante acompanhado de sua família receberam seus amigos e familiares e juntos festejarem mais um ano de vida de Bernardo. Felicidades Sempre Bernardo!
Fotos de Vander N Andrade
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Criado em 2017-12-14 14:01:20
Registramos o aniversário de Josué Figueira Picanço, filho de Josiane Figueira e Paulo Haroldo Picanço, a festa com tema de Halloween, a festa aconteceu na casa de seus avós maternos, onde o aniversariante recebeu seus amigos e familiares e se divertiram muito!
Fotos de Vander N Andrade
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Criado em 2017-12-14 13:25:53
O Sindicato dos Trabalhadores Públicos do Município de Óbidos – STPMO organizou uma passeata nesta terça-feira, dia 13, em que os servidores públicos saíram pelas ruas de Óbidos, com objetivo de protestar e cobrar os salários atrasados de servidores contratados.
A passeata, parou em frente a Prefeitura, Câmara e Fórum, em busca de apoio para a causa, sempre com gritos de ordem e muitas faixas, mostrando o descontentamento pelo atraso nos salários.
Www.obidos.net.br → Foto Cleise Sarrazin
Criado em 2017-12-14 12:46:09
A importância da preservação dos ambientes em locais como: Serra da Escama, Lago Pauxis, Igarapé Curuçambá, Sucuriju, Arapucu, Curumu, entre outros, no Município de Óbidos é primordial para garantir a qualidade de vida das pessoas que moram e que visitam esses lugares, como também há a necessidade de conscientização e sensibilização da comunidade escolar, referentes aos problemas ambientais de um modo geral e nesse sentido, garantir que esses ambientes continuem sendo preservados.
Nesse contexto, a escola José Veríssimo apresentou na manhã desta segunda-feira, dia 11, o projeto de Preservação Ambiental, onde os alunos, orientados por seus professores, apresentaram seus trabalhos a comunidade, sobre o tema.
Durante o evento houve as seguintes apresentações: Dança do Pré I, professora Isabel; Peça Teatral Lamento da Natureza; Dança Serra da Escama, Alunos do 1º, 2º e 5º ano; poema “Ecológico" encenado por alunos do 1º, 2º e 5º ano, Dança "Semente" com alunos do Pré II Professora Ana Carla, dança tempo de ser feliz 3º ano B professora Aparecida, entre outras atividades.
Www.obidos.net.br → Fotos de Wander N Andrade
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Criado em 2017-12-14 11:46:52
A Direção da Escola José Veríssimo recebeu esta semana, a Resolução nº 004, do Conselho Municipal de Educação, de 04 de dezembro de 2017, que concede autorização de Funcionamento da Educação Infantil Pré-Escolar e do Ensino Fundamental de 1º ao 5º ano, pelo período de cinco anos.
Segundo o documento, o período de renovação de autorização deverá ser solicitado novamente ao Conselho Municipal de Educação no último ano de vigência.
Com informações e fotos de Vander N Andrade
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Criado em 2017-12-14 10:35:38
Aconteceu no dia 10 de dezembro no bairro do Icui- Guajará, no município de Ananindeua, o XX Círio de Nossa Senhora Virgem dos Pobres, com o Tema: “Maria, Mãe de Misericórdia”, celebramos 20 anos de missão, de história e com muita fé e Amor. A romaria teve início às 7 horas, com a Santa Missa na Paroquia de Santo Inácio de Loyola, e seguiu a procissão percorrendo várias ruas da comunidade até sua Gruta localizada na Rua Carmelândia Nº 04. Na caminhada muitos devotos rezavam, faziam suas orações, pedido a santa a sua intercessão e agradecendo as graças alcançadas.
Ao chegar a sua gruta Nossa Senhora foi homenageada e acolhida pelos devotos, com muito louvor e oração em preparação para o santo dia dedicado a mãe dos humildes e dos sofredores. Este ano o Círio foi animado com a participação da Comunidade Católica SHALOM. A programação intensificou com diversos momentos que envolvem com pregações, Adoração ao Santíssimo Sacramento, Terço da Divina Misericórdia e a Santa Missa, celebrada pelo Padre Antônio Luiz e em seguida aconteceu mais um ano o Natal Solidário dos Idosos com a distribuição de presentes para as pessoas idosas e encerrando com a queima de fogos de artifícios.
Neste dia festivo a família Brasil, com muitos descendentes obidenses, preparou um lanche e aquele saboroso almoço para distribuir para todas as pessoas que participar da vasta programação religiosa que acontece há 20 anos, que é coordenada pela senhora Terezinha Brasil e seus Filhos.
Para a realização de grande evento a família Brasil conta com a participação e colaboração de muitos devotos que ajudam para que a cada ano a festividade de Nossa Senhora Virgem dos Pobres aconteça de maneira bela e acolhedora.
Com informações de Maria de Nazaré Figueira
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Criado em 2017-12-13 02:14:52
ETERNOS NAVEGANTES
José Deolindo - Caiçara
Homenagem Póstuma
Eternos navegantes, homens de bril.
Tantas indas e vindas, no grande rio.
Em tuas viagens, grandes desafios.
Relâmpagos, raios, temporais mil.
Nas noites estreladas contemplastes a natureza.
Os sonhos sonhastes há quantas belezas.
Sem dúvidas sonhos de amor e pureza.
Nas águas barrentas de fortes correntezas.
A rota traçada mil vezes chegaste.
Viagens marcantes e de muitos riscos.
Em vida sem dúvidas foste um baluarte.
Garantindo o sustento de tua familia.
Aqui nestes versos simples e sinceros.
Navegantes quero lhes homenagear.
Tentei sem sucesso as palavras certas.
Eternas saudades estais a navegar.
Sem dúvidas em aguas mansas e celestias.
Obs: Minha singela homenagem aos nove marítimos vítimas do grave acidente do rio amazonas proximo a cidade de Obidos entre o comboio da Bertoline e o navio mercante Santos acontecido a 2 de agosto de 2017 cujas vítimas fatais so foram resgatados no dia 6 de dezembro do mesmo ano.
TEATRO AMAZONAS
Tão belo e ostentoso Teatro Amazonas
És jóia preciosa q firme e imponente reinas
À obra mais bela, orgulho da Amazônia
Tanta importância de glórias mil és obra-Prima.
Rara beleza de grande expressão cultural
Óperas, orquestras, palco de ilustres trova-dores.
A outrora e presente és lindo és fenomenal
Memória e encanto de grandes amores
A tua trajetória vem de tempos áureos
Zelar é dever, conhecer aprender a tua história
Ontem, hoje, amanhã eternamente amado
Nem de longe conheço mas exalto a tua glória
Amor encantador de valor culto e sem medida
Sinto emoção em declamar-te em forma de POESIA.
OBS: Eu sei que jamais conseguiria expressar em palavras a beleza e o grande valor cultural que o Teatro Amazonas representa para os amazonenses e para todos os brasileiros mais foi a forma mais singela que encontrarei para homenagear a essa tão bela e valorosa obra de valor cultural inestimável.
Criado em 2017-12-13 02:11:21
A Associação Recreativa Pauxis – ARP, em Óbidos, promoverá no dia 22 de dezembro, uma festa com a Banda 007 e a Banda Mistura Show. Mais informações com a diretoria da ARP, pelo telefone: (93) 99160 5059
Participe!
Criado em 2017-12-13 01:30:31
O matemático Hugo Alex Diniz e a geofísica Aldenize Ruela Xavier foram eleitos para a reitoria da Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa) para um mandato de quatro anos que inicia em abril de 2018. Eles venceram a consulta pública ocorrida na terça-feira, 5 de Dezembro, em que disputaram a reitoria com outras quatro chapas.
Numa breve explanação durante a primeira coletiva concedida depois de eleitos eles destacaram os compromissos assumidos durante a campanha. “Temos um compromisso com toda a população da região Oeste do Pará. A Ufopa vai se conectar com todos os setores da sociedade e nós vamos juntos levar a universidade para o espaço de relevância local, regional, nacional e até mesmo internacional que a Ufopa merece e tem potencial para estar”, ressaltou Hugo Alex Diniz.
Aldenize Xavier reiterou o processo democrático por que passou a universidade. “A Ufopa passou, nos últimos meses, por um processo de construção de ideias ímpar. Isso por meio das cinco chapas discutindo quais os caminhos que a universidade vai percorrer nos próximo quatro anos. Todo esse o material produzido durante essas rodas de conversa, durante essas discussões com essas equipes precisam ser capitalizados e vir juntos para construirmos a universidade que de fato a gente precisa para a região Oeste do Pará”.
O reitor eleito reconheceu os avanços conquistados pela universidade nos últimos quatro anos na gestão da Reitora Raimunda Monteiro a quem agradeceu as felicitações recebidas. Ele reafirmou dois de seus compromissos de campanha: a Gestão Multicampi e a consolidação e ampliação das ações afirmativas. “Outro avanço importante foram as ações afirmativas implantadas na universidade, um processo importantíssimo de inclusão daqueles que historicamente não tiveram acesso à universidade. Nós continuaremos avançando nessa direção”.
Infraestrutura – Outro desafio a ser enfrentado nos próximos quatro anos. “Quando falamos em infraestrutura o que é mais visível é a física, mas nós temos também a infraestrutura de Tecnologia da Informação (TI). Nosso parque computacional precisa ser renovado. As ferramentas de TI serão fundamentais para executar o que nós planejamos para a universidade. A infraestrutura de bibliotecas é o nosso maior desafio. Precisamos consolidar bibliotecas em todos os seis campi da Ufopa de fora da sede”.
Transição - Hugo e Aldenize assumem a reitoria em abril de 2018 mas já estão trabalhando no planejamento da transição. “Vamos solicitar ao Consun a criação de um grupo de trabalho para que, professora Aldenize e eu, estejamos a partir de janeiro, dedicados integralmente à preparação da gestão que começa em abril”, informou Diniz.
Como é escolhido o reitor de uma universidade federal - Estão aptos a votar professores, técnicos administrativos em educação e estudantes de graduação e pós-graduação. Mas esta não é uma eleição tradicional na qual os eleitos são empossados automaticamente. É o Conselho Universitário (Consun), instância máxima de deliberação, que homologa o resultado da consulta pública. Na Ufopa a reunião está marcada para a quarta-feira, 20 de dezembro. Nesta reunião será elaborada uma lista tríplice como os nomes do reitor e vice eleitos e mais outro indicado pela Chapa vencedora. Esta lista será enviada, até o dia 29 de janeiro de 2018, para o Ministério da Educação (MEC) que por sua vez enviará à Presidência da República cuja atribuição é nomear os novos gestores da Ufopa, a exemplo do que ocorre em outras universidades públicas brasileiras.
SERVIÇOS
O professor Hugo Alex Diniz da chapa NOVOS RUMOS vencedora da Consulta Pública na disputa à Reitoria da Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa) estará em Óbidos, nesta quarta-feira, 13.
LOCAL: Campus da Ufopa, em Óbidos .
Hora: 9h30
Assunto: Consolidação dos cursos da Ufopa no campus de Óbidos
Informações: Lenne Santos
Criado em 2017-12-13 00:59:49
Associação Lar São Francisco na Providência de Deus de Jaci (SP) divulgou na sexta-feira (8) a criação de um barco hospital para atender comunidades ribeirinhas por onde passa o rio Amazonas. A previsão é que a embarcação comece a funcionar no final de 2018.
A ideia do projeto, que surgiu do próprio Frei Francisco Belotti, presidente da associação, atendeu a um pedido do Papa Francisco durante a última visita que fez ao Brasil.
"Ele falou para mim que deveríamos ir para a Amazônia. Nós fomos e temos dois hospitais: um em Óbidos e outro em Juruti. Alí, nós percebemos a necessidade que as pessoas têm para chegar até o hospital. As canoas viram, pessoas morrem, as distâncias são imensas. Foi quando eu pensei que deveria ter um hospital que vá até eles", explica.
A embarcação foi batizada de "Papa Francisco", terá 35 metros de comprimento e contará com centro cirúrgico, enfermaria, farmácia, laboratórios, salas de raio X, mamografia e ultrassonografia.
A Empresa Gerencial de Projetos Navais da Marinha Brasileira (Emgepron) será a responsável pela construção do barco hospital.
"Nós customizamos o barco para a fraternidade. Ela nos disse o que queria colocar dentro do barco e, com o apoio de engenheiros e desenhistas, nós montamos o projeto", comenta José Augusto de Almeida Filho, coordenador de construção naval.
O projeto custará cerca de R$ 25 milhões. Além da ajuda de voluntários e colaboradores, os recursos vieram do Ministério Público do Trabalho, que repassou parte de uma milionária indenização trabalhista.
"Foi a maior indenização da Justiça do Trabalho no Brasil. Essas indenizações ou vão para um fundo administrado pelo Governo ou podem ser destinadas para projetos sociais, como fizemos com o do Frei Francisco", explica o assessor jurídico do Ministério Público do Trabalho, Wagner Amstalden.
Comunidades ribeirinhas
A previsão é de que o barco hospital comece a funcionar em outubro de 2018. Ele deverá percorrer mais de 12 municípios levando serviços essenciais de saúde a cerca de mil comunidades ribeirinhas da Bacia Amazônica.
"A ideia é atender essas cidades e ascender essas calamidades que acontecem. Quando o rio abaixa ou sobe, ele invade os poços, as fossas, e vira uma epidemia. O barco vai chegar até aquele lugar e vai socorrer as pessoas", ressalta o Frei Francisco.
Para comemorar o lançamento, a associação reuniu colaboradores e voluntários que contribuem para os mais de 60 projetos sociais espalhados pelo Brasil.
A cerimônia também contou com a presença da madrinha do projeto a cantora Fafa de Belém, que representa o estado do Pará e conhece a necessidade do povo ribeirinho.
Os interessados em ajudar em algum dos projetos sociais da associação, pode obter mais informações pelo número (17) 3283-9070.
FONTE: G1
Criado em 2017-12-12 16:05:26
Fernando Canto (1954 – Óbidos, Pará) é um dos autores mais importantes da história literária do Amapá, tendo se destacado por seus livros de contos (O Bálsamo e outros contos insanos) e crônicas (EquinoCio: textuário do meio do mundo). Com formação em Sociologia, o autor defendeu recentemente sua tese de doutoramento, na Universidade Federal do Ceará, tendo a Fortaleza de São José de Macapá como objeto de pesquisa. Mestre em Desenvolvimento Regional pela Universidade Federal do Amapá (Unifap), Fernando Canto consegue extrair da cidade de Macapá e da própria Fortaleza elementos que lhe servem tanto de investigação intelectual quanto de inspiração ficcional para uma obra literária que se vincula à tradição fantástica presente nas Letras da Amazônia e da América Latina. No final das contas, Fernando Canto nos apresenta um espaço de uma “Realidad Maravillosa”, para falar como Alejo Carpentier no seu prefácio a El reino de este mundo, recuperando sua temporada no Haiti.
É assim este Mama Guga: contos da Amazônia, que sai editado pela paraense Paka-Tatu, com 26 contos inéditos, com exceção de “Tsunami”, “O quarto de recordações” e “O retrato azul”. O veio fantástico da escrita de Fernando Canto provoca a experiência do estranhamento no leitor – seguindo a boa e velha orientação de Todorov – em boa parte dos contos de Mama Guga, mas também dialoga com o cenário político amapaense (na projeção de uma realidade futura, em “O sanitarista”), com o contexto da ditadura militar no Brasil (“Mama Guga”) e com os conflitos de terra na Amazônia (“Natanael na janela”, conto que encerra melancolicamente o livro).
Um lugar de importância nos contos da coletânea é a orla de Macapá, a famosa “frente da cidade”, também conhecida como Beira-Rio da única capital brasileira banhada pelo Amazonas (“A cidade encantada sob a pedra”, “Tsunami”, “O sanitarista”). Quando os acontecimentos não ocorrem predominantemente na orla, ao menos ela é citada pelo narrador ou personagem como ponto de referência (“A pulseira de Das Dores e seus vizinhos vulturinos”, “Dias iguais”, “Cornucópia de desejos”). Mas o espaço que prevalece nas narrativas dessa coletânea é mesmo a Amazônia fluvial com sua geografia líquida que evoca tanto o mundo social e de trabalho do seu povo (“Mama Guga”, “Estrelas da tarde”, “De volta à casa de praia”) quanto o encantamento de acontecimentos estranhos, que revelam a linha fantástica na escrita ficcional de Fernando Canto (“Anjo viajante”, “As mulheres-peixe do meu garimpo”).
E mesmo quando o rio não conduz a trama, ele deixa seu rastro aquático na memória da personagem-narradora de “O retrato azul” – o conto de pegada psicológica – ou ainda o movimento do rio em um circuito de redemoinho pode indicar a passagem (ou o retorno) de um tempo espiralado, como em “O quarto das recordações” – narrativa memorialista – e “Olhos do cacique/Olhos de Daniel”. Com exceção de “A convenção”, todos os contos de Mama Guga têm uma referência à agua e seus elementos simbólicos. Ressalve-se também o conto “A hora da danação”, em que pulsa a veia irônica e crítica do autor na revisão de velhas formas de se fazer política no Brasil e no próprio Estado do Amapá, em tempos de operação Lava-Jato e grandes escândalos políticos envolvendo empresas públicas e privadas na manutenção do poder a todo e qualquer custo, sempre pago pelo trabalhador brasileiro, claro.
O narrador negro de “A cidade encantada sob a pedra” – misto de antropólogo e historiador – relata as origens da cultura no Amapá. Na passagem “[…] atraídos por um estranho chamamento […]”, temos uma alegoria do elemento fantástico que funda não somente a Amazônia, mas sua literatura ficcional e fundamenta os contos desse livro. O conto revela o espaço de acontecimentos únicos e mitológicos, capazes de fazer enlouquecer tanto o narrador quanto os seus personagens, que muitas vezes entram em êxtase ou, no mínimo, em estado de delírio ao experimentarem a atualização dessas histórias fantásticas que giram em torno de uma visão dúbia sobre a Amazônia: Eldorado e/ou Inferno Verde. Mas sempre revelando a condição ficcional, não fictícia, da Amazônia, aportada na literatura que se constrói por mulheres e homens inseridos na história e na sociedade. Assim termina o conto em que seu narrador oferece uma explicação ao leitor sobre a origem da própria narrativa explicada pelos versos de Marabaixo: “Cantamos nossos ‘ladrões’ para contar nossa história e não deixar arrefecer nossa razão de viver neste mundo desafiador” (p. 16).
Mama Guga: contos da Amazônia deve ser leitura obrigatória para quem não conhece a cultura amapaense e amazônica, mas também para quem a conhece de raspão ou mesmo a fundo, para um exercício de (re)conhecimento do espaço e dos dramas da narrativa do autor.
CANTO, Fernando. Mama Guga: contos da Amazônia. Belém: Paka-Tatu, 2017.
Yurgel Caldas é professor de Literatura da Unifap e do Mestrado em Desenvolvimento Regional na mesma instituição.
Criado em 2017-12-12 13:04:27
Fernando Canto.
Caixas do marabaixo retumbam/retumbam em círculos movimentados de pés descalços/negros pés. E saem das línguas vermelhas os gritos guerreiros e as canções improvisadas da guerra que nunca houve. A valentia é substituída pelo insaciável apetite de voar sem asas para mitigar dores ancestrais, enquanto rosas brancas, açucenas e papoulas enfeitam a negra beleza dos cabelos esticados em rolinhos de plástico… E sob os olhares críticos da geração megahair.
As caixas retumbam/retumbam e dobram incansavelmente ao meio de odores/suores/toalhas e saias rodadas que combinam brancas anáguas bordadas de renda.
O Marabaixo prossegue em seu curso no arrasto dos pés pela roda, em cursos passos à frente e um passo cansado atrás.
As velhas do Marabaixo cochicham segredos e riem dos seus casos antigos que ora se sentam nos bancos corridos dispostos pelo salão. É lá que as histórias completam a memória, acertam verdades e crenças e extinguem resquícios de quizílias familiares.
No gesto de encher a colher de caldo e levá-la à boca, na satisfação do gole da batida de gengibre e na algazarra de enfeitar o mastro com galhos de murta, está a poesia do povo e a fortaleza do sangue um dia pisado e magoado por grilhões e calcetas.
O diabo está solto no tempo do Marabaixo. Dizem que quem for podre que se quebre ou que se pegue com o Divino, aquele do Espírito Santo.
O diabo está solto, sim. Mas as negras desdenham dele e gargalham em seus sorrisos falhos, sabendo que o que fazem é bonito, é autêntico e dá uma saudade imensa…
* Publicado no livro EquinoCIO, de 2004.
Criado em 2017-12-12 12:48:53
Fernando Canto.
O mar te chama, desesperadamente, Ar(agua)ri. O mar reclama. O mar te pororoca. A voz que ruge oca clama por ti. Sons de mil trombetas não se calarão enquanto as noites estreladas cobrirem o teu leito-cemitério de peixes, de alimento podre.
Que desçam os cardumes do Tumucumaque onde os laços do lucro se fecham na tua dor amordaçada. Que desçam os brilhos do Tumucumaque, onde os veios minerais se rompem em tanta agonia.
Homens ensandecidos mastigam folhas da floresta em segredo, mulheres pintam corpos com tintas de jenipapo. Flechas disparadas pelo povo da floresta há tempos viajam perdidas sobre um céu de estrelas que se apagam. Peixes acordarão como centelhas nas águas e as marés roucas invadirão o silêncio dos estirões.
Que desçam os detritos da tua pele clara, Ar(agua)ri. Tua descida é um cortejo fúnebre. E onde está o ar? Onde está a água, Ar (água) ri? Tu já corres lentamente para a boca dos puraqués de pedra e ferro, quase morto pelos choques emitidos da tua força branca, talvez invisível antes da tecnologia dos que te abusam.
Mas o mar se cansa, Ar (água) ri. E te transfere os estertores que a ti pertencem. E nunca mais, Ar(AGUA)rio! Nunca mais serás tu mesmo.
De Fernando Canto à poeta Carla Nobre
Criado em 2017-12-12 12:37:53
O Ministério da Cultura homologou no dia 4 de dezembro de 2017, o tombamento de fortificações em quatro estados, sendo três na Amazônia Legal e um no Centro Oeste. No Pará, foi tombado o Forte Pauxis e a Fortaleza General Gurjão, em Óbidos.
Uma das únicas fortificações permanentes construídas após o período da Regência (1853), quando houve uma mudança na política defensiva brasileira, o Forte de Óbidos (ou Forte Pauxis) está localizado na margem esquerda do Rio Amazonas, na cidade de Óbidos (PA). No período de sua construção, os Estados Unidos forçavam a abertura de rios à navegação internacional, e o Forte servia para fechar a passagem, sendo um projeto estratégico para garantir a presença militar brasileira na Amazônia contra uma possível internacionalização.
O Forte Serra da Escama ou Fortaleza Gurjão, construído em 1909 também em Óbidos, fazia parte de um plano de defesa do final do século XIX para prover de fortificações alguns dos portos e locais estratégicos mais importantes do país. A escolha de sua localização, afastado da vila, se deve à evolução do material de artilharia, uma vez que os canhões só atingiam um alcance máximo de 2000 metros, ou seja, a área de frente ao Forte. Seu uso nos eventos relacionados à Coluna Prestes e à Revolução Constitucionalista na Amazônia o distingue de outros no país.
Homologação
GABINETE DO MINISTRO
PORTARIA Nº 100, DE 4 DE DEZEMBRO DE 2017
Homologa o tombamento das Fortificações Brasileiras, situadas nos Municípios de Óbidos, Estado do Pará, Corumbá e Ladário, no Estado do Mato Grosso do Sul, Rosário no Estado do Maranhão e Bonfim no Estado de Roraima.
A MINISTRA DE ESTADO DA CULTURA, INTERINA, no uso das atribuições legais que lhe são conferidas pelo inciso II do parágrafo único do art. 87 da Constituição Federal, pela Lei nº 6.292, de 15 de dezembro de 1975, tendo em vista o disposto no inciso III do art. 1º do Decreto nº 8.851, de 20 de setembro de 2016, e tendo em vista a manifestação do Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural em sua 76ª reunião, realizada no dia 11 de setembro de 2014, e na sua 82ª reunião, ocorrida em 06 de maio de 2016, resolve:
Art. 1º Homologar, para os efeitos do Decreto-Lei nº 25, de 30 de novembro de 1937, o tombamento das Fortificações Brasileiras que abrange os seguintes bens: a) Forte de Óbidos e Quartel General Gurjão, incluindo 13 (treze) canhões, no Município de Óbidos, no Estado do Pará; b) Vestígios do Forte da Serra da Escama, no Município de Óbidos, no Estado do Pará; c) Ruínas do Forte Vera Cruz (ou do Calvário), no Município de Rosário, no Estado do Maranhão; d) Vestígios do Forte São Joaquim do Rio Branco, no Município de Bonfim, no Estado de Roraima; e) Forte Junqueira, no Município de Corumbá, no Estado de Mato Grosso do Sul; e, f) Muros da Base de
Ladário, incluindo 15 (quinze) peças de artilharia a carregar pela boca, no Município de Ladário, no Estado de Mato Grosso do Sul, a que se refere o Processo n.º 1.613 - T - 10 (Processo nº 01458.003599/2010-16).
Art. 2º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.
MARIANA RIBAS DA SILVA
PORTARIA Nº 101, DE 4 DE DEZEMBRO DE 2017
Reconhece a inscrição no Registro Nacional do Brasil do Programa Memória do Mundo da UNESCO dos acervos documentais aprovados, de acordo com a decisão do Comitê Nacional do Brasil proferida em reunião realizada nos dias 2 e 3 de outubro de 2017, na cidade de Belo Horizonte.
Www.obidos.net.br → Fotos de João Canto
Criado em 2017-12-12 12:17:40
No Dia Internacional Contra a Corrupção, celebrado nesta segunda-feira (11), o prefeito de Óbidos, Chico Alfaia, participou em Belém da cerimônia de entrega do “Selo Verde de Gestor Transparente 2017”, concedido pelo Tribunal de Contas dos Municípios do Estado do Pará (TCM-PA), em parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).
Na edição deste ano, 85 prefeitos e 60 presidentes de câmaras municipais receberam o Selo, por terem cumprido 100% do TAG da Transparência 2017.
O TCM-PA concluiu a segunda rodada de verificação dos TAGs (Termos de Ajustamento de Gestão) assinados por prefeitos e presidentes de Câmaras Municipais, com vistas ao cumprimento das exigências da Lei de Acesso à Informação (LAI) e da Lei Complementar n.º 131/09. Ao fazer a consolidação dos dados, o Tribunal verificou que houve um avanço no cumprimento da LAI, pois dos 144 municípios paraenses, 85 prefeituras, entre elas a de Óbidos, e 60 câmaras municipais conseguiram cumprir 100% do TAG da Transparência.
Após receber o troféu e o certificado do “Selo Verde de Gestor Transparente”, Alfaia agradeceu o empenho de toda a equipe de governo que se dedicou para adequar e atingir os 100% de transparência no portal eletrônico da prefeitura.
“Atualmente a população obidense tem acesso às coisas boas e àquelas que precisam de ajustes e que serão ajustadas. Não escondemos nada. Mesmo que doa, mesmo que abra feridas. Hoje, representei junto ao TCM, SEBRAE, ALEPA, CGU, todos os meus colegas de trabalho da prefeitura de Óbidos, em especial os servidores do controle interno; planejamento, contabilidade, assessorias contábil e jurídica; enfim... representei todos os homens e mulheres de bem que anseiam por uma Óbidos sem caixas pretas”, enfatizou o prefeito obidense.
Como é feita a análise
A Diretoria de Planejamento e a Faculdade de Ciências Contábeis da Universidade Federal do Pará fazem as análises referentes à situação dos Portais da Transparência dos municípios paraenses. Essas análises fazem parte do cronograma de avaliação dos TAGs, sendo uma ferramenta para a garantia da implantação e ampliação dos Portais da Transparência elencados pela LAI.
FONTE: – ASCOM/PMO
Criado em 2017-12-12 11:29:50
Nesta quinta-feira (14/12), a partir das 14h, será realizada no auditório da sede do Ministério Público em Santarém, audiência pública para tratar das mudanças de regras para uso, parcelamento e ocupação do solo em Santarém, a partir do projeto de Lei 1621/2017, que está na pauta da Câmara de Vereadores. A audiência é promovida conjuntamente pelo Ministério Público do Pará e Ministério Público Federal. Dentre as mudanças previstas, está a autorização para a construção de prédios de até 19 metros em praias como Alter do Chão, Ponta de Pedras e outras.
Após a votação na Câmara o projeto segue para a sanção ou vetos do Executivo. No decorrer de sua tramitação, movimentos sociais e entidades representativas dos moradores das comunidades tiveram reuniões com as comissões da Câmara para apresentar contrapropostas, que não foram consideradas no projeto final. A audiência vai colher informações para subsidiar a atuação do MP, mesmo com a aprovação do projeto pelos vereadores.
A audiência pública também vai esclarecer a população sobre as mudanças e ouvir os movimentos e sociedade civil. A promotora de justiça Ione Nakamura e o Procurador da República Luís de Camões Lima conduzirão a audiência, que é aberta ao público, principalmente representantes de movimentos sociais, de bairros e das comunidades da área ribeirinha e rural.
Do modo como está proposta, a lei altera significativamente o ordenamento territorial e ambiental do município, com influência direta nos territórios de comunidades quilombolas, indígenas, assentamentos, comunidades rurais e ribeirinhas, sem justificativas e estudos técnicos, nem consultas aos que serão atingidos.
Um dos exemplos é a diminuição de Zonas Especiais de Preservação Ambiental e ampliação de zona portuária, o que afeta a região do Maicá. Além de outras alterações na zona urbana, que incluem aumentar a altura das edificações para até 19 metros na cidade e nas vilas de Alter do Chão, Ponta de Pedras, Tapari e Pajuçara, além de permissão de atividades minerárias em áreas de Preservação Ambiental com base no CAR (Cadastro Ambiental Rural).
Ao convocar a audiência, o MP considera a tramitação de Inquérito Civil na 7ª Promotoria de Justiça Agrária de Santarém, destinado a analisar as implicações do Projeto de Lei em relação à norma administrativa, ambiental e agrária, especialmente a ausência de debates e participação da sociedade civil, retrocesso na proteção ambiental, expansão urbana em sobreposição a assentamentos federais de reforma agrárias, terras indígenas e unidades de conservação sem a realização da consulta prévia, livre e informada. No MPF, há também Inquérito Civil em trâmite na Procuradoria da República em Santarém.
Antes de ser aprovado, o Ministério Público de Santarém emitiu recomendação ao município de Santarém e à Câmara Municipal, para imediata suspensão da tramitação do Projeto de Lei até que fossem realizados estudos técnicos e consultas prévias às comunidades atingidas. A Recomendação foi enviada ao prefeito municipal Nélio Aguiar, e ao presidente da Câmara Municipal e autor do projeto, vereador Antônio Rocha. Porém, não foi acatada e o projeto seguiu.
FONTE: ASCOM/MPF
Criado em 2017-12-12 11:24:12