Mestre pelo Programa de Pós-Graduação em Biociências da Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa), o biólogo Maico Oliveira Pimentel desenvolveu, de 2016 a 2018, uma pesquisa sobre a polinização da Bertholletia excelsa, popularmente conhecida como castanha-do-Brasil ou castanha-do-Pará. Os resultados da pesquisa acabaram de ganhar uma versão em formato de vídeo, publicado em agosto de 2020 na plataforma YouTube.
Veja o Vídeo...
Castanheira
Apesar do nome, a castanheira não é nativa apenas do território do Pará ou do Brasil, ela é natural de toda a floresta amazônica e ocorre também em países como Bolívia, Colômbia, Guianas, Peru e Venezuela. As árvores frutificam e geram o ouriço, que chega a conter até 25 sementes de castanha. Além de alimento, a castanha também é fonte de renda. No Oeste do Pará, na região do município de Oriximiná, inúmeras famílias extrativistas tiram seu sustento da produção da castanha, trabalhando na coleta ou no beneficiamento das sementes para venda e exportação.
Foi nessa região que Maico desenvolveu a pesquisa acerca da importância das abelhas na polinização e frutificação da Castanheira. De cada dez espécies de plantas que são cultivadas, sete são polinizadas por abelhas. Esses insetos geralmente estão em busca de material para construir seus ninhos, ou de óleo essencial para atração de parceiros ou de fontes de alimento, como o néctar e o pólen, para alimentar suas larvas. Nesse processo, o pólen também é carregado de uma flor para outra, permitindo a reprodução.
FONTE: Ufopa