Uso das geotecnologias é tema de projeto para castanheiros da Flota Trombetas

Uso das geotecnologias é tema de projeto para castanheiros da Flota Trombetas

O projeto aprovado no edital do Fundo Lira promete apoiar à Gestão dos Produtos da Sociobiodiversidade e Proteção Territorial.

No domingo, 30 de janeiro, extrativistas das comunidades de Santo Antônio, Km 10 e Jamaracaru, na Unidade de Conservação da Flota Trombetas, participaram de uma reunião de apresentação do projeto “O uso das geotecnologias no apoio à Gestão dos Produtos da Sociobiodiversidade e Proteção Territorial”, submetido pela Associação dos Moradores da Comunidade do Jamaracaru (Acaje) e aprovado no Fundo Legado Integrado da Região Amazônica (Fundo Lira).

De acordo com Alberto Sampaio, diretor da Acaje, o projeto investirá na aquisição de materiais e equipamentos de proteção individual e tecnológico que apoiem no mapeamento territorial como drone, GPS e sistema de informações geográficas para gerar mapas temáticos das áreas produtivas, bem como capacitações em revisão estatutária, prestação de contas, empreendedorismo, associativismo, redação oficial, formação de agentes ambientais comunitários pensando no fortalecimento da associação.

Reunião na Unidade de Conservação da Flota Trombetas

O projeto orçado em aproximadamente R$ 150.000,00 (cento e cinquenta mil reais), tem por objetivo apoiar no fortalecimento institucional da Acaje, na gestão, proteção territorial dos recursos da sociobiodiversidade e formação básica de agentes ambientais comunitários para o combate aos ilícitos ambientais. “Mapear as áreas produtivas tem o objetivo de entender o uso e as potencialidades da bioeconomia na Unidade de Conservação. Com o projeto buscaremos integrar o olhar extrativista às técnicas de geoprocessamento”, frisou o engenheiro ambiental Edwilson Pordeus.

A reunião foi realizada na base de proteção da Flota Trombetas, na comunidade Jamaracaru, que foi reaberta nesta segunda-feira, 31 de janeiro. “A Flota Trombetas estava fechada há quase dois anos por conta dos riscos de contágio da Covid-19 ao povo indígena Zoé, que são povos isolados e vivem próximo ao local onde é feita a coleta da castanha. O projeto tem ainda ação de mapeamento dos usos dos castanhais na Flota e da atividade extrativista do cumaru”, ressaltou a pesquisadora do Imazon Jakeline Pereira.

O projeto terá a duração de 18 meses, será financiado pelo Fundo Lira, terá entre os parceiros de execução o Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Estado do Pará (Ideflor-bio), Prefeitura Municipal de Óbidos, Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Óbidos e Prefeitura Municipal de Oriximiná.

FONTE: Portal Santarém

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