Foi publicada no Diário Oficial da União de hoje, 11 de setembro de 2017, a portaria do Ministério da Educação que autoriza o funcionamento de seis cursos da Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa) fora da sede: Administração, no campus de Alenquer; Engenharia Civil, em Itaituba; Agronomia e Engenharia de Minas em Juruti; e Ciências da Informação e Ciências Biológicas da Conservação, em Oriximiná. Até esta quarta-feira, espera-se a publicação da autorização dos cursos de Engenharia de Aquicultura, do campus de Monte Alegre, e de Pedagogia, de Óbidos.
O pedido foi feito em março de 2017 pela Procuradoria Educacional Institucional da Ufopa, após um longo processo de reelaboração do projeto de criação de cursos regulares nos municípios. “Nós tivemos, desde a criação da Universidade, o comprometimento com a região de que ela seria multicampi”, comenta a reitora Raimunda Monteiro. “Quando assumimos em 2014, havia no MEC um projeto voltado para criação de cinco cursos por campi. A partir daí, nós tivemos anos em que foram diminuindo os recursos para a Universidade e os códigos de vaga para professores e técnicos já haviam sido consumidos pelos cursos inicialmente ofertados na sede. Então, nós tivemos que refazer o projeto, construindo e discutindo com os municípios durante dois anos, mostrando que já não poderíamos levar cinco cursos para cada um, e chegando ao entendimento de que levaríamos um curso por município, sendo que Oriximiná e Juruti teriam dois”.
Dos oito cursos, apenas Agronomia e Pedagogia já são ofertados na sede. Os demais são inéditos na Universidade. “Isso significa que o candidato que queira fazer um curso de Engenharia Civil em uma universidade pública, por exemplo, pode ir para Itaituba, não precisa ir para Belém, Manaus ou outra capital mais distante. Estamos ofertando cursos que ampliarão as possibilidades de formação em nível superior na nossa região”, destaca.
“A Ufopa tem ocupado importante lugar na interiorização do ensino superior, objetivando formar profissionais em sintonia com suas necessidades e potencialidades. Por meio do ensino, da pesquisa e da extensão, tem buscado consolidar sua presença na região Oeste do Pará e contribuir para a construção de uma nova realidade para a Amazônia. A oferta dos cursos se coaduna com esse objetivo”, afirma o procurador educacional Edson Almeida.
Funcionamento - Agora, a Ufopa dará início à seleção de candidatos às novas turmas. O edital do primeiro Processo Seletivo Regular (PSR) deverá ser publicado ainda em setembro, com início das aulas no segundo semestre letivo de 2017 no mês de novembro, de acordo com o calendário acadêmico. Cada curso ofertará 40 vagas.
Quanto aos servidores, os campi já contam com técnicos administrativos em educação que atuam desde 2012 nos seis municípios e que vêm dando suporte aos cursos do Parfor. Os docentes, recém aprovados no concurso de 2016, serão nomeados a partir do dia 15 de setembro. O quadro docente será suplementado ainda com professores substitutos, nas vagas não preenchidas pelo concurso público. A partir do quadro completo, os cursos terão autonomia para a construção das propostas pedagógicas dos cursos.
Apesar do contingenciamento orçamentário, a Administração Superior garante que a manutenção dos cursos não será prejudicada. “A partir da Emenda Constitucional nº 95, nós temos dificuldade em projetar novos cursos regulares, mas podemos assegurar que os que estamos criando agora estão pactuados com o MEC para terem a sua situação garantida”, ressalta a reitora.
FONTE: Comunicação/Ufopa