A elaboração participativa do Plano de Vida no território foi realizada no período de 25 a 27 de julho e contou com representantes das comunidades que constituem o território da Acorqat.
Pensar na coletividade nas tão sonhadas melhorias e em um futuro mais digno, este foi alguns dos relatos dos moradores das comunidades representadas durante a elaboração do Plano de Vida do território Área Trombetas (Acorqat) realizado no período de 25 a 27 de julho na comunidade de Jarauacá, no município de Oriximiná, na região da Calha Norte.
A elaboração do Plano de Vida faz parte das ações da Equipe de Conservação da Amazônia (Ecam) no Eixo Quilombola do Programa Territórios Sustentáveis, que conta com o apoio financeiro da Mineração Rio do Norte (MRN) e com a parceria da Agência dos Estados Unidos Para o Desenvolvimento Internacional (Usaid) e da Associação das Comunidades Remanescentes de Quilombos do Município de Oriximiná (Arqmo).
De acordo com o coordenador da Acorqat, Silvano Santos, a construção do Plano de Vida tem gerado uma expectativa bastante positiva nos mais de 1500 moradores da comunidade. “A gente tem várias expectativas no sentido da melhoria da qualidade de vida e agora com a construção do plano ficou bem claro em quê que isso poderá construir no desenvolvimento das comunidades nas diferentes áreas”, enfatizou Silvano após citar que com a construção do plano de Vida os comunitários puderam colocar no papel quais as mudanças e melhorias que eles esperam para o seu quilombo.
Parceiro na elaboração do Plano de Vida dos Territórios Quilombolas, a Arqmo tem desenvolvido um trabalho muito importante no que diz respeito a articulação junto a cada uma das oito associações quilombolas de Oriximiná. “A Arqmo tem desenvolvido um trabalho nos Territórios com o Plano de Vida, ela tem dado um apoio institucional para levantar a discussão junto aos parceiros e no acompanhamento passo a passo em cada comunidade”, ressaltou Rogério Pereira, membro do conselho da Arqmo.
Dentro das ações do eixo Quilombola a Equipe de Conservação da Amazônia (Ecam) tem buscado contribuir para o fortalecimento das associações, construção do Plano de Vida, ferramenta de gestão territorial e o Fundo Quilombola, um instrumento de gestão financeira faz parte dessas ações. “A Ecam visa promover uma autonomia de fato onde cada comunidade busque melhorias para o seu território e dentro das temáticas eles discutiram saúde, educação, cultura, meio ambiente, habitação, fortalecimento institucional e geração de renda”, frisou Carlos Régis Araújo, consultor da Ecam.
Fonte: Territórios Sustentáveis