A DIOCESE DE ÓBIDOS e a COMISSÃO PRÓ-ÍNDIO somam esforços na luta contra o coronavírus no Baixo Amazonas, Pará.
Entre as iniciativas conjuntas, está a produção e divulgação de podcasts com orientações de prevenção e cuidados dirigidos aos quilombolas e ribeirinhos da região.
Os programas trazem orientações em linguagem didática e especialmente adaptadas à realidade local.
Vivendo na zona rural, distantes da sede dos municípios e, muitas vezes, sem acesso a internet, quilombolas e ribeirinhos têm dificuldade de obter orientações de prevenção a COVID-19.
Em muitas comunidades, a rádio cumpre papel importante no acesso a informação.
Pensando nisso, a Diocese de Óbidos e a Comissão Pró-Índio lançam um convite às rádios locais para se somarem à campanha divulgando os programas que produziram.
Os dois primeiros programas podem ser acessados pelos links:
- A IMPORTÂNCIA DA DISTÂNCIA ENTRE AS PESSOAS
Enfrentando a pandemia na zona rural
Além da dificuldade de acesso a informação, as comunidades na zona rural enfrentam outros desafios específicos na luta contra o coronavírus.
Por exemplo, o necessário distanciamento social na zona rural trás dificuldades no acesso a gêneros alimentícios, produtos de higiene e medicamentos apenas disponíveis nos centros urbanos.
Até mesmo o pagamento das contas fica inviabilizado sem a ida até a cidade.
E a comunicação, inclusive para reportar e requerer atendimento médico para casos graves da COVID-19, corre o risco de ser inviabilizada sem o fornecimento do diesel para alimentar os motores geradores.
Conforme divulgou o IBGE, na sexta-feira passada (24/04), Oriximiná e Óbidos figuram entre os municípios brasileiros com maior presença de comunidades quilombolas, ocupando, respectivamente, o 4º e 8º lugar. A Comissão Pró-Índio estima que a população quilombola nos dois municípios supera 19 mil pessoas.
Em 26/04, Óbidos contava com dois casos de contaminação por coronavírus confirmados, um deles com registro de óbito. E em Oriximiná já são três casos da COVID-19, todos em Porto Trombetas, vila da Mineração Rio do Norte.
FONTE: Ascom/CPI-SP (a/c Carolina)