Programação faz parte do cronograma de atividades do Plano de Ação de Emergência de Barragens de Mineração da MRN.
Apresentar orientações básicas a serem tomadas em potenciais situações de emergência está entre os objetivos do Plano de Ação de Emergência de Barragens de Mineração (PAEBM) da Mineração Rio do Norte (MRN). Para tornar essas informações ainda mais acessíveis aos comunitários, a empresa iniciou o cronograma deste ano dos seminários orientativos.
Durante a atividade são apresentados conceitos de barragens e reservatórios, sistema de monitoramento da empresa, processo produtivo da bauxita, características do rejeito, estudos realizados para definição das áreas de risco, Zonas de Autossalvamento (ZAS) e legislação vigente. Participam dos seminários orientativos as comunidades Boa Vista, no Alto Trombetas, e Saracá e Boa Nova, no Lago Sapucuá, vizinhas às operações da MRN, sediada em Porto Trombetas, município de Oriximiná, oeste do Pará.
“Os seminários orientativos do PAEBM, como todos os outros que MRN vem fazendo, é uma maneira de aproximar as comunidades de assuntos relacionados às barragens de mineração, levando informações de maneira clara e transparente, no que se refere ao que nós fazemos, quais os equipamentos e instrumentos que nós utilizamos, quem são os nossos auditores e órgãos que nos fiscalizam”, explica Alexandre Schuler, gerente de Geotecnia da empresa.
Há 16 anos vivendo na comunidade Boa Nova, foi a terceira vez que a professora Edenilza Albuquerque Silva participou da socialização. Para a líder comunitária, os conhecimentos repassados são fundamentais para reforçar o cuidado com a segurança, mesmo em tarefas comuns do dia a dia. “Eu acredito que essas palestras são muito proveitosas. O PAEBM tem várias informações que podemos aprofundar e que nos ajudam a decidir o que podemos e não podemos fazer e, mais do que isso, sabermos o que pode acontecer”, afirma.
Na comunidade Saracá, quem participou pela primeira vez do seminário foi a agricultora Silvana Evangelista. Moradora da comunidade há 10 anos, ela conta que os questionamentos dos comunitários foram esclarecidos durante o encontro. “Eu sempre tive dúvidas porque moramos próximo ao lago. Mas, depois da explicação deles de que não há riscos para nós em caso de algum problema, isso nos traz mais conforto e tranquilidade”, comenta.
Transparência
As ações dos seminários orientativos e socialização do PAEBM, ou seja, de apresentação de cada detalhe do PAEBM, iniciaram em 2019. De acordo com a analista de Gestão da MRN, Jéssica Costa, as atividades são realizadas nas comunidades mais próximas às operações da empresa. “A participação dos comunitários tem sido muito positiva. As dúvidas e o interesse das comunidades sobre o tema são fundamentais para as discussões”.
Schuler lembra que, embora não existam comunidades vivendo dentro das ZAS, a troca de informações também demonstra o interesse cada vez maior dos comunitários nas tratativas sobre meio ambiente. “Um ponto que vale a atenção é que não temos comunitários vivendo nas áreas das ZAS. Pelas análises que já foram feitas pelas consultorias independentes, incluindo simulações via computador, considerando os cenários mais catastróficos, não há nenhuma comunidade inserida dentro dessas zonas. Mas a preocupação dos comunitários é compreensível. Por isso, nos encontros nosso gerente de Meio Ambiente também apresenta nossos pontos de amostragem de água, por exemplo. Tanto que os comunitários demonstraram o interesse de fazermos reuniões específicas sobre questões ambientais”, aponta o gestor.
Nova Gestão de Rejeitos
Uma das principais dúvidas em relação ao Projeto Novas Minas (PNM), projeto de continuidade operacional da MRN em fase de licenciamento ambiental, é a gestão do rejeito proveniente do beneficiamento da bauxita. Antes, quando o reservatório atingia sua capacidade, era desativado e reflorestado, o que exigia a construção de novas estruturas. Com o PNM, após a secagem, o rejeito é retirado dos reservatórios e depositado nas cavas onde a mineração foi finalizada. Por último, são cobertos com camadas de solo e terra preta e depois reflorestadas com vegetação nativa.
Alexandre Schuler ressalta que essa mudança torna o processo mais sustentável, pois elimina a necessidade da construção de novos reservatórios de rejeito. “No fim das contas você terá um ciclo no qual você reutiliza o mesmo reservatório várias vezes. Então existe uma tendência de afetar, o mínimo possível, as condições naturais daquele local, tanto do ponto de vista de reflorestamento, quanto do ponto de vista de disposição das camadas de solo, fluxo de água subterrânea etc.”, explica.
Mais informação
A MRN dispõe de uma cartilha sobre Barragens e Reservatórios de Rejeito. Nela é possível conhecer a função dessas estruturas e as tecnologias utilizadas pela empresa para o monitoramento que é feito 24h por dia. Os dados de inspeção, monitoramento, operação e manutenção são analisados constantemente por empresa contratada para a Engenharia de Registros (EdR), conforme recomendações da Resolução ANM nº 95/2022 e 130/2023 e do GISTM (Global Industry Standard on Tailings Management – Padrão Global da Indústria sobre a Gestão de Rejeitos).
O PAEBM é um documento técnico que apresenta as ações a serem tomadas em potenciais emergências. Além de anexar os estudos de simulação das rupturas dos reservatórios de rejeitos e barragens da MRN, o plano define as Zonas de Autossalvamento (ZAS). As ZAS são áreas de onde as pessoas devem sair imediatamente no caso de uma emergência de barragem, deslocando-se até os pontos de encontro, que estão fora das zonas de risco, definidos pela Gerência de Barragens em conjunto com seus auditores.
FONTE: Comunicação/MRN