Obidos.Net.Br - Lista de Espécies da Flora Ameaçada de Extinção do Pará será atualizada

Com recursos viabilizados pelo Ideflor-Bio, convênio conta ainda com Museu Goeldi e Fadesp.

A Lista de Espécies da Flora Ameaçada de Extinção do Pará passará por uma tão aguardada atualização, após quase 16 anos sem revisão. O Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade (Ideflor-Bio), em parceria com o Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG) e a Fundação de Amparo e Desenvolvimento da Pesquisa (Fadesp), está liderando essa iniciativa crucial.

No dia 10 de agosto, representantes do Ideflor-Bio, do Museu Goeldi e da Fadesp formalizaram o convênio para dar início aos estudos técnicos-científicos visando a revisão e atualização do inventário. A cerimônia de assinatura ocorreu no Centro de Exposições Eduardo Galvão do Parque Zoobotânico Emílio Goeldi, em Belém.

Evento de assinatura do convêncio entre as instituições participantes.

Para viabilizar essa empreitada, o Ideflor-Bio investirá R$ 700 mil em recursos, que serão destinados à pesquisa. O MPEG e o Fadesp, por sua vez, fornecerão a expertise necessária para o trabalho. Os fundos para esses estudos provêm do Fundo de Compensação Ambiental do Estado do Pará (FCA).

Essa atualização espera um panorama detalhado da situação das espécies da flora amazônica, especialmente no Pará. O convênio terá validade de um ano, com previsão de conclusão dos resultados do segundo semestre de 2024, quando será amplamente divulgado.

O presidente do Ideflor-Bio, Nilson Pinto, destacou a importância desse trabalho científico para avaliar o risco enfrentado pelas espécies e implementar medidas de proteção. Ele enfatizou que a lista atual, de 2007, inclui espécies de resistência como Acapu, Massaranduba, Pau-Rosa, Cedro e Mogno.

O diretor do Museu Goeldi, Nilson Gabas Jr., enfatizou o testemunho histórico da atualização, enquanto o diretor-executivo da Fadesp, Roberto Ferraz, enfatizou o impacto positivo nos esforços de conservação.

O levantamento seguirá os critérios da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN) e será o primeiro em escala nacional, servindo de exemplo para outros estados. A metodologia será global e envolverá iniciada em todo o Pará, refinando o conhecimento existente sobre as espécies em risco.

Essa iniciativa visa fornecer informações cruciais para tomada de decisão, criação de Unidades de Conservação e desenvolvimento sustentável, garantindo a proteção da rica biodiversidade amazônica.