Otávio Figueira.
Desde os primórdios em termos econômicos, políticos e sociais as cidades do Oeste do Pará são dependentes, hoje em menor escala, da cidade de Santarém.
No tocante à infraestrutura, porém, a situação de tardança, a meu olhar, para se concluir obras continua do mesmo jeito em toda a região e Santarém não é um ponto fora da curva.
Há tempos, em conversa com um amigo engenheiro, confidenciou-me que o famigerado e, na maioria das vezes, corrupto "aditivo de obras" é uma variável exercida não só para escamotear um projeto bem concebido, elaborado, como também já faz parte da majoração "oficial" do valor dos serviços.
Partindo então dessa ótica, há bastante tempo acontece obras de revitalização da orla de Santarém. Pelo tempo demandado, pela morosidade dos serviços e a importância desse logradouro para o turismo, lazer e a economia do município já deveria estar pronta, ou melhor, nem precisaria dessa reforma se fosse bem edificada em sua concepção original.
Por outro lado, às ruas da cidade necessitam de sarjeta, meio fio e, o problema de todas as cidades do Oeste do Para, quiçá do Brasil, em se tratando do serviço de esgoto. Às estatísticas comprovam essa afirmativa. Notei, positivamente, também atuante o serviço de limpeza pública da cidade.
Observo, contudo, que a iniciativa privada aposta, acredita e, por isso tudo, investe bastante na cidade com ótimos hotéis, restaurantes, clínicas, por exemplo.
À natureza pródiga com a região nos contempla, pois, com lindas praias e belas paisagens para o incremento do turismo. É evidente que muito tem que ser feito para o aquecimento desse setor importante para a geração de emprego e renda, principalmente na parte básica: acolhimento, atendimento, higienização, conscientização, preparação da mão-de-obra, entre outros.
Com efeito, recentemente o programa "Globo Repórter" fez uma profícua reportagem, em rede nacional, focando às belezas e maravilhas desse paraíso. É claro que foi mais do lado bom, que está dando certo pelo investimento ali alocado. Seria uma ótima oportunidade, a meu sentir, que a outra face que precisa de melhor estrutura fosse, ao menos, estudado com carinho pelas autoridades pertinentes. Precisamos sair da teoria e agilizar à ação, embora seja a humilde opinião de quem está de passagem por essa auspiciosa cidade.
Portanto, como diziam nossos antepassados, estamos com a faca e o queijo nas mãos para tirar nossa região dessa letargia econômica e social, só faltando para que isso aconteça os governos aguçarem essas oportunidades adormecidas.