EMBALOS NO MARIANO, artigo de otávio Figueira

EMBALOS NO MARIANO, artigo de otávio Figueira

Otávio Figueira. 

Anos 70 e o mundo musical é contagiado pela "febre" da discoteca em que seus precursores John Travolta e Olívia Newton John, por meio do filme "Embalos de Sábado à Noite", com Trilha Musical da banda "Bee Gees", cantaram e encantaram uma geração.

Televisão em Óbidos era um sonho quase que impossível, porém ninguém ficava alheio às novidades tecnológicas espraiadas pela Zona França de Manaus e pelas nossas rádios regionais que nos atualizavam das novidades.

Eis, pois, que emerge em nossa sociedade o tradicional clube Mariano Futebol Clube que, com a visão futurística de seus dirigentes, chegaram à conclusão que, incrementando o segmento social, ajudaria sobremodo o lado financeiro para fazer frente aos custos financeiros para a manutenção do clube.

O espaço físico do ambiente, no entanto, devido seu layout originário de uma casa de saúde, teria que sofrer adaptações para melhor atender aos objetivos propostos.

À época foi considerada uma das melhores sedes sociais da região pela sua frequência, aceitação e opções de lazer.

Um misto de saudosismo, melancolia e entusiasmo pairava na estrutura da sede com a exposição de quadros fotográficos de times em épocas variadas, troféus, mesa de ping-pong, quadra de voleibol, o inesquecível "quino" nas noites de quintas-feiras, baralho e dama.

No entanto, a grande sacada da diretoria (não tenho certeza se foi na gestão do saudoso Pedro Marinho), foi a inauguração da boate do clube com forro de palha envernizada e a colocação de "luz negra", a novidade convidativa do momento. Paralelamente a novidade surge em grande estilo o conjunto musical "Os Relicários". Aí amigos, não tinha pra ninguém.

O administrador do clube era o grande Lourenço Batista(Patarrão), de infinitas histórias, que, segundo fofoqueiros, quando saia pra vender mesas(bancas) para festas dançantes orientava os frequentadores a usarem "roupa branca", pois com a "luz negra" tudo "reluz e brilha".

Enfim, o presente texto narra e prova mais uma vez que o nosso povo é festeiro, divertido, criativo e inteligente, que, embora silencioso, sabe o que quer só dependendo de oportunidades nem que seja nos embalos do Mariano.

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