Otávio Figueira
Coisas boas jamais sairão de nossas memórias. Essa imponente casa marcou sobremaneira a vida de várias gerações de obidenses. Inicialmente, quando criança, na década de 60, recordo-me da Fundação SESP ícone maior em se tratando de Saúde em nossa cidade.
Profissionais exemplares e dedicados, verdadeiros "sacerdotes" que tratavam o bem-estar de seus conterrâneos com responsabilidade e denodo, chegando ao ponto de avisarem nossos pais para atualizarem as vacinas sem esquecer as respectivas anotações de praxe nas fichas manuais.
Quando, porém, era dia de consulta a mãe preparava seus filhos, todos asseados e bem vestidos, para a consulta periódica com a educadíssima Dra. Terezinha Conhen, que levava, sem pressa, um papo reto e franco entre médico e família, tudo em prol da boa saúde familiar.
Jamais esqueci da época da campanha de vacinação em que se colocava uma gota da vacina na parte exterior do braço e a inoculação se dava por meio de várias "picadinhas" introduzidas por um objeto pontiagudo do tipo alfinete. Ali ficava encravada a "marca" saudável da imunização. Quem, daquela época, não tem a "circunferência" no braço até hoje? Em tempos de "passaporte de vacinação", solicitado ilegalmente para alguns "eleitos" até na porta da Catedral de Sant'Ana, outrora só bastava mostrar a cicatriz no ombro. Simples.
Então, em nome dos funcionários públicos abaixo consignados da antiga Fundação SESP, declino às minhas homenagens a todas pessoas do bem, de ontem e de hoje, que trataram da minha família, por exemplo, e de vários obidenses, que jamais esquecerei: Dra. Terezinha Conhen, Dr. Bezerra, seu Ermias, Antônio (Camarão), Homero Jairo, Barrinho, Florindo, Gigi, Iacy, entre outros. Tudo em nome da boa saúde com responsabilidade, amor e carinho.
Portanto, para os saudosistas como eu, nesse local também funcionou a Sede Social do Mariano Futebol Clube (que merece um comentário à parte), e hoje está instalado o Museu Integrado de Óbidos.
Óbidos, 11 de fevereiro de 2022