Iniciativa foi implantada no município em parceria entre a Prefeitura Municipal, a Ufopa e produtores rurais; 1000 mudas de mandioca devem ser plantadas neste primeiro momento.
Foi apresentado na manhã desta quinta-feira (9) no auditório da Casa de Cultura, em Óbidos, a implantação do projeto “Maniva Tapajós”. O evento contou com a presença do prefeito Jaime Silva, secretários municipais e representantes dos produtores das comunidades Curumu, Pedra Branca e Arapucu, onde o projeto será realizado. Também estiveram presentes, representantes da Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa), que auxiliarão na transferência da tecnologia da iniciativa.
Em Óbidos, o projeto será desenvolvido pela Prefeitura Municipal, por meio da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Rural e Abastecimento (Semab). Inicialmente, 30 produtores serão beneficiados, e 1000 mudas de mandioca serão plantadas em uma área experimental de multiplicação de 800m².
“Depois desta apresentação de implantação do projeto aqui no município faremos uma visita no local onde fica um dos produtores, na comunidade Arapucu, para poder fazer o plantio conforme a técnica. Daí a área será monitorada por uma equipe da Semab até que a produção seja colhida, para então ocorrer a multiplicação com outros produtores”, explicou o titular da Semab, Roberto Pinedo.
A previsão é que a iniciativa, implantada em três áreas distintas de Óbidos, atenda, no fim do ano, a mais 10 produtores em cada comunidade, e assim a técnica seja multiplicada. O objetivo é que os trabalhos continuem até que todos os produtores obidenses sejam alcançados. O projeto deve fortalecer a agricultura familiar no meio rural do município de maneira gradativa.
Para o prefeito de Óbidos, Jaime Silva, o “Maniva Tapajós” é uma oportunidade de promover a expansão da cadeia produtiva, garantindo o escoamento dos produtos.
“A maniva Tapajós é uma variação da mandioca desenvolvida pela Embrapa e pela Ufopa, fruto de pesquisas feitas aqui na região, ela é mais resistente às pragas. Nossa reunião hoje [quinta-feira] foi para organizar, junto com as instituições, entidades, sindicatos para que a gente encontre uma forma de resolver questões como a venda dos produtos. Nós, como município, estamos de braços abertos promovendo esse tipo de debate para possibilitar uma agricultura de qualidade e, principalmente, com garantia de saída dos produtos”, pontuou o prefeito.
O intuito é que o produto resultante desse “experimento” esteja livre de contaminação por doenças que prejudicam a produção, para posterior estruturação da cadeia produtiva, de ponta a ponta, desenvolvendo atividades desde o plantio até o acompanhamento em casas de farinha e agregação de valor por meio do selo regional.
O professor Marcos Antônio Amaral, da Ufopa Campus Juruti, ressaltou que não serão abertas novas áreas, e sim recuperadas e manejadas corretamente as áreas já existentes.
“A mandioca pode ser utilizada dentro de sistemas agroflorestais, num contexto de sucessão até o estabelecimento das espécies florestais. Então há uma potencialidade de uso, que pode utilizar a mandioca não só para o consumo humano, mas também na ração animal, uso do resíduo, infinitas possibilidades, mas tudo feito com muita responsabilidade e pesquisa, em compromisso com o produtor e com o município”, ressaltou o professor.
O projeto Maniva Tapajós já atua em outros municípios da região Oeste do Pará, e conta com o suporte das prefeituras municipais e professores pesquisadores da Ufopa. Óbidos é o 6º município onde a iniciativa foi implantada.
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FONTE:Comunicação/PMO