ORIXIMINÁ: Projetos levam desenvolvimento sustentável para comunidades do Lago Maria Pixi

ORIXIMINÁ: Projetos levam desenvolvimento sustentável para comunidades do Lago Maria Pixi

 Iniciativas são resultado de um diagnóstico socioeconômico e produtivo realizado na região.

O dia a dia na cozinha faz parte da rotina da agente de alimentação escolar Helena Sales Leal. Moradora da comunidade Espírito Santo, município de Oriximiná, oeste do Pará, ela também recorre ao ateliê de artesanato em peças de EVA para garantir uma renda extra. Foi por conta desse interesse que ela resolveu participar das formações ofertadas na comunidade pela Mineração Rio do Norte (MRN), em parceria com a Associação das Comunidades das Glebas Trombetas e Sapucuá (ACOMTAGS), por meio da empresa Florestas Engenharia.

Participam dos projetos as dezenas de famílias divididas entre as comunidades Espírito Santo, São Francisco, São Sebastião e São Tomé, no Lago Maria Pixi. “Eu decidi participar e está sendo maravilhoso. E eu vejo que os projetos ainda prometem muita coisa boa para nossa comunidade”, conta. O objetivo do trabalho é promover o desenvolvimento sustentável em equilíbrio com os saberes locais, estimulando a geração de renda, reflorestamento e segurança alimentar.

As ações foram planejadas a partir de um diagnóstico socioeconômico e produtivo realizado no ano passado, por meio de entrevistas e levantamento de dados. Diretor administrativo da ACOMTAGS, Emerson Carvalho ressalta que a boa relação da entidade com a MRN já soma quase duas décadas, e que tem o desenvolvimento sustentável das comunidades tradicionais com uma meta partilhada por ambas as partes.

“A execução desses projetos após a realização de um diagnóstico é muito positiva, porque leva em consideração os saberes locais. Se você leva um projeto a uma dada comunidade sem que haja um estudo prévio, não há como este ir adiante, porque não considera as habilidades de cada comunitário. Então, nós estamos confiantes nessas iniciativas pensadas de maneira adequada e cremos que teremos resultados satisfatórios, uma vez que o foco são os comunitários”, afirma.

Formação e Apoio Técnico

Durante o mês de fevereiro, foram ofertados cursos sobre Gestão de Propriedade Rural, Criação de Galinha e Produção de Ração e Turismo de Base Comunitária. A agente de alimentação já participou de um dos cursos e, segundo ela, foi bastante proveitoso. “Eu acredito que esses projetos podem resgatar aquilo que tínhamos esquecido, que são as nossas produções de artesanato e da roça, como a mandioca, e aproveitar seus derivados como o tucupi e a tapioca, por exemplo. Nós, enquanto comunidade, lutamos sempre pelo melhor para nossas famílias. Que tenham geração de renda, mas com uma produção que seja valorizada”, destaca Helena.

Em março, as atividades seguem com visitas técnicas, reuniões, cursos de planejamento do Sistema Agroflorestal, Bovinocultura de Corte e Atendimento e Recepção de Clientes. As formações trabalharão de maneira complementar na região por meio dos projetos de Sistemas Agroflorestais (SAFs), Sistema de Integração Criação, Roçado e Florestas (CRF) e Turismo Sustentável de Base Comunitária (TSBC).

Desenvolvimento comunitário

Um dos responsáveis pela formação nas comunidades é o professor Eduardo Lima Gomes, da Universidade Federal do Pará (UFPA), especialista em Desenvolvimento Regional Sustentável, que ministrou o curso de TSBC. Ele destaca que a multiplicidade e a integração entre os cursos permitem aos comunitários não apenas um novo olhar para estratégias de desenvolvimento, mas um sentimento de pertencer. “Os participantes aprenderam diferentes assuntos, como Modelo de Gestão, Negócios Criativos Comunitários, Empreendedorismo, Hospitalidade, Identidade, Acolhimento, Pertencimento e Desenvolvimento Comunitário. Ou seja, atributos necessários para que eles possam desenvolver suas habilidades interpessoais, ou seja, habilidades comportamentais para que eles possam ver o turismo com uma estratégia de desenvolvimento”, pontua.

Baseadas na geração de renda, qualidade de vida e uso sustentável dos recursos naturais, as formações compõem o cronograma de atividades que serão realizadas durante o ano de 2023 nas quatro comunidades. “Essa é mais uma parceria que reforça a importância do nosso diálogo com as comunidades vizinhas às operações da empresa e reitera nosso compromisso com o desenvolvimento sustentável, que se constrói também por meio de compromisso como o que temos ao lado da ACOMTAGS, por exemplo”, comenta Claudia Belchior, gerente do Departamento de Relações Comunitárias da MRN.

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FONTE: Comunicação/MRN 

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