Tratamento de feridas tem evitado amputações em pacientes diabéticos no HRBA

Tratamento de feridas tem evitado amputações em pacientes diabéticos no HRBA

Em dezembro de 2022, Antônio Magalhães, 55 anos, sofreu um acidente de motocicleta que causou um ferimento no seu pé direito. Diabético, o paciente que atua como pintor da construção civil iniciou uma batalha contra o ferimento que quase custou a perda do membro. Após complicações e sem sucesso no tratamento, os médicos cogitaram a amputação.

“Sofri um acidente de trânsito, onde a motocicleta travou e eu caí sozinho, machucando o pé. O ferimento teve uma infecção e tudo se complicou por conta da diabetes. Fiz duas cirurgias e no final da segunda, os médicos indicaram que seria necessária a amputação”, relembra o paciente.

Transferido para o Hospital Regional do Baixo Amazonas (HRBA), em Santarém, no oeste do Pará, foi a vez do time de tratamento de feridas entrar em ação. Foram inúmeros curativos, sessões com laser, consultas, idas e vindas, em um tratamento longo, que durou quase dois anos, mas obteve excelente resultado. A ferida cicatrizou e o paciente recebeu alta médica.        

“Quase dois anos depois, sinto-me bem melhor após o tratamento especializado feito pela equipe. Fui tratado muito bem e graças aos profissionais e as avançadas técnicas de tratamento de feridas eu pude ser curado”, agradece Antônio Magalhães.

Antonio Magalhães agradece atendimento da equipe no ambulatório do HRBA

Atuando no tratamento de feridas há 20 anos, o enfermeiro Domício Farias, que integra o time, foi um dos profissionais que acompanhou o caso. “Nossa equipe teve o desafio de revitalizar e reabilitar o pé desse paciente. Cada profissional que esteve com ele contribuiu e ficamos felizes em poder compartilhar essa experiência, com o seu Antônio podendo voltar ao trabalho, para suas atividades normais”, destaca.  

Assim como seu Antônio, outros pacientes do HRBA têm alcançado avanços significativos. Aqueles que são diagnosticados com o chamado “pé diabético” correspondem a uma parcela dos atendimentos no ambulatório. O indivíduo com diabetes pode acabar perdendo a sensibilidade nos pés, o que aumenta as chances de formar feridas indolores nessa região.

Com a demora na busca por tratamento, a ferida pode ser agravada por uma infecção e, em casos mais graves, pode levar à amputação de parte do pé ou até mesmo da perna.

Na unidade, os profissionais utilizam técnicas e tecnologias novas para a diminuição e a cura das lesões. A equipe multiprofissional conta com dois enfermeiros e três técnicos de enfermagem.

O tratamento é baseado em ativar a circulação sanguínea no local, o que favorece a oxigenação tecidual. A utilização da ozonioterapia, que também auxilia como agente antimicrobiano, além da laserterapia, que promove o menor tempo de reparação tecidual e possui ação anti-inflamatória.

“Ofertamos essas novas tecnologias de cobertura para curativos como a laserterapia, ozonioterapia e também placas especiais que a gente coloca no leito das feridas, a fim de encurtar o tempo das feridas, sarando essas lesões em menor tempo. Os usuários do SUS, de forma gratuita, podem ter acesso a esses tratamentos, promovendo a melhora do estado clínico e a autoestima desses pacientes”, destaca o enfermeiro Domício Farias.

No ambulatório de especialidades do HRBA são realizados, em média, 400 curativos por mês, entre feridas crônicas, pós-operatórias, retirada de pontos com curativo, feridas oncológicas e continuidade dos curativos pós internação. O ambulatório atende pacientes com perfis oncológico, vascular, pós-cirúrgico, urológico, entre outros.

“O ambulatório do Hospital Regional do Baixo Amazonas é o único no oeste do Pará que atua na recuperação de pacientes atendidos pelo Sistema Único de Saúde. Sendo essa referência para toda a região, a unidade oferta atendimento de qualidade, baseado em avançados protocolos para recuperar os nossos pacientes para que possam ser reabitados com qualidade de vida”, conclui Matheus Coutinho, diretor-geral do HRBA.

Serviço

O HRBA é referência em média e alta complexidade para uma população de 1,4 milhão de pessoas residentes em 29 municípios, e presta serviço 100% referenciado, atendendo à demanda originária da Central de Regulação do Estado.

A unidade pertence ao Governo do Pará, sendo administrada pelo Instituto Social Mais Saúde em parceria com a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa). Ela funciona na avenida Sérgio Henn, nº 1100, no bairro Diamantino, em Santarém.

FONTE: Comunicação/HRBA

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