Otávio Figueira.
Presentemente um tanto arrefecido pela evolução dos tempos, quem sabe pelo comodismo, ou ainda pela ausência de opções, observa-se que certos costumes até então frequentes e rotineiros foram suprimidos,em parte, da vida cotidiana dos pauxiaras.
Geralmente após as badaladas e concorridas festas dançantes na ARP no folguedo mês de julho, por exemplo, em que os ovos cozidos da barraca do seu Adauto; ou as linguiças do seu Chagas não atendiam a grande demanda dos porres "brocados", nada melhor descer a ladeira do mercado e tomar um mingau de arroz ou milho no box dos saudosos Ana Barata e Getúlio, ou então aguardar até às 9h pelo saboroso tacacá do seu João(Pindoba).
Pela parte vespertina, às 16h, o sino do relógio da Catedral de Senhora Sant'Ana funcionava como sinalizador para o momento tão esperado da banca de tacacá da Elza(trabalhava com D. Nair Torres), em que no cardápio não faltavam as deliciosas e inesquecíveis berlindas que atenderam(alívio ao estômago) várias gerações; crocrete de carne, canudinho e pastel de vento.
Com o passar do tempo, porém, assumiu o posto D. Bazília, com ajuda de sua filha Anália, que perdurou por longos anos.
É importante recordar ainda da D.Ana(mãe do Palhão, Ana e Daniel), com sua banca nas proximidades do José Veríssimo; D. Zezé no cine Acácia e Paroquial; D. Bazinha no canto do hoje supermercado Progresso; D. Teótima; D.Vivica, D.Salomé, D. Margarida, D. Delza e, mais recentemente, D. Betânia, entre tantas. Todas, invariavelmente, com o seu sabor peculiar de cada tempero.
Nos dias atuais, entretanto, só em épocas movimentadas como carnaval, junho e julho, detecta-se tipos variados de iguarias, diariamente.
No entanto, recentemente foi inaugurado o "AmazôniaStore", ao lado do prédio da Diocese de Óbidos, oferecendo um deleitoso café da tarde de primeira qualidade; doces e salgados deliciosos; ambiente climatizado e panorâmico com direito ao enigmático visual do rio Amazonas e, de "quebra", contemplar o pôr-do-sol.
Portanto, é de fundamental importância que os conterrâneos prestigiem essa ousada iniciativa, para depois não reclamarem que a "hora da merenda" entrou no rol do "já teve".
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