Gestores e técnicos de escolas públicas e particulares têm até o dia 31 deste mês para repassar ao Sistema Educacenso, do Ministério da Educação (MEC), informações detalhadas sobre o funcionamento das respectivas unidades de ensino, para serem sistematizadas no Censo Escolar 2016. A primeira etapa do levantamento, com a coleta e digitação de dados, começou em 27 de julho.
Para que o prazo dessa etapa seja cumprido pelas escolas, a Secretaria de Estado de Educação (Seduc), como coordenadora estadual do Censo Escolar no Pará, convoca os profissionais de educação nas escolas a encaminharem os dados, de forma precisa, ao Educacenso dentro do período estabelecido pelo MEC. As informações repassadas pelas escolas servem de base para o planejamento de programas, projetos e ações pedagógicos e, em particular, fundamentam a definição do montante de recursos financeiros a ser destinado às escolas.
“Deve-se ter atenção especial no momento que vivemos, que é o Censo Escolar. Todos os gestores da educação devem estar atentos para o preenchimento correto do documento sobre o que é requisitado acerca da escola, para a atualização do censo”, diz a secretária de Estado de Educação, Ana Claudia Hage. “É pelo Censo que são liberadas todas as verbas, financiamentos para a educação, inclusive, os próprios projetos que estão dentro da escola. É importante que o gestor assuma o papel como grande articulador e responsável pelo preenchimento desse censo em cada escola”, completa.
Nova família – Em julho, a Seduc fez a capacitação de gestores de escolas das redes pública federal, estadual e municipal e da rede particular na Região Metropolitana de Belém (RMB). Nesta primeira semana de agosto foi a vez de serem capacitados profissionais de educação lotados em escolas públicas estaduais em outros municípios do Pará. Supervisionado pela coordenadora estadual do Censo Escolar, Simone Palheta, o trabalho mostrou sobre como proceder no fornecimento de informações ao Sistema Educacenso.
Entre as mudanças introduzidas no Censo 2016 está a necessidade de serem informados os nomes da mãe e do pai dos estudantes, de acordo com o novo perfil da família brasileira, ou seja, considerando famílias homoafetivas. Os gestores escolares devem atentar para o fato de serem informadas escolas indígenas com estudantes indígenas e professores específicos, e não mais se ater ao item anterior sobre educação indígena.
Para o secretário adjunto de Ensino da Seduc, Roberto Silva, o Censo Escolar contribui no processo ensino-aprendizagem ao propiciar um quadro real da educação no Estado. “A rede estadual apresentou melhora de proficiência e Língua Portuguesa e Matemática. Mas precisamos aperfeiçoar nosso fluxo escolar, relacionado à frequência, reprovação e evasão”, observa. Somente na rede pública estadual são 981 escolas e 640 mil estudantes.
“A partir dos dados do Censo Escolar, as escolas, a Seduc e as secretarias municipais de educação podem atuar no combate a situações adversas no ambiente escolar. “Quem tem dados sobre a escola é quem faz parte do dia a dia da escola”, declara Simone Palheta. Informações sobre o Censo 2016 estão disponíveis no site do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), www.inep.gov.br, e também nos telefones 3201-5064, 3201-5061 e 3201-5129.
Eduardo Rocha
FONTE: Agência Pará