Reuniões deram voz aos representantes do setor florestal, comunidades locais e do poder público de Monte Alegre, Alenquer e Óbidos.
O Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade (Ideflor-Bio) concluiu, na última sexta-feira (11), em Óbidos, o ciclo de audiências públicas para apresentar o Pré-Edital de Concessão das Unidades de Manejo Florestal (UMFs) 5ª e 6ª da Floresta Estadual (Flota) Paru. Os municípios de Monte Alegre e Alenquer também receberam o certame que reuniu representantes do setor florestal, comunidades locais e do poder público para discutir e esclarecer dúvidas sobre o processo de concessão.
A Flota Paru, localizada na região oeste paraense, é uma área de extrema importância para a conservação da biodiversidade e o desenvolvimento sustentável do Estado. As UMFs 5ª e 6ª, que abrangem parte dessa floresta, são áreas destinadas ao manejo florestal, visando conciliar a colheita dos recursos naturais com a preservação ambiental. A Diretoria de Gestão de Florestas Públicas de Produção (DGFLOP) é quem coordena os trabalhos.
Durante a audiência pública, os representantes do Ideflor-Bio apresentaram o Pré-Edital de Concessão, que estabelece as diretrizes e critérios para a seleção das empresas interessadas em realizar o manejo florestal nas UMFs 5ª e 6ª. Foram discutidos temas como as exigências técnicas para participação no processo, as obrigações das empresas concessionárias, os benefícios para as comunidades locais e a importância da conservação dos recursos naturais.
Escuta - A participação ativa dos presentes foi fundamental para enriquecer a discussão. Os participantes tiveram a oportunidade de fazer perguntas, expressar suas opiniões e fornecer contribuições para o aprimoramento do certame. O diálogo aberto e transparente entre os representantes do Instituto e a comunidade local, demonstrou a importância de envolver todos os interessados na tomada de decisões que afetam a região.
A professora do Instituto Federal do Pará (IFPA), Isa Regis, conta que a população participa ativamente de discussões que envolvem o município. "Sempre incentivo meus alunos a participarem, porque a sociedade sempre tem algo a contribuir, com opiniões muito fortes sobre o que eles querem para cá. Portanto, é importante que iniciativas como essa ocorram mais vezes e que mais pessoas também participem", ressaltou.
As comunidades locais também tiveram a oportunidade de expressar suas preocupações e expectativas em relação ao processo de concessão. Representantes das comunidades ressaltaram a importância de considerar os impactos sociais, a inclusão das comunidades tradicionais e a valorização dos conhecimentos tradicionais na gestão das UMFs.
O presidente do Ideflor-Bio, Nilson Pinto, destacou a relevância do manejo florestal sustentável como estratégia para o desenvolvimento socioeconômico da região. "A concessão das UMFs busca promover a geração de empregos, a inclusão social e a conservação dos recursos naturais. As empresas concessionárias serão responsáveis pelo cumprimento de normas ambientais e sociais, garantindo a utilização responsável e sustentável dos recursos florestais", afirmou.
Responsabilidade - Com essa medida, o Ideflor-Bio reafirmou seu compromisso em realizar um processo de concessão transparente e participativo, respeitando os interesses das comunidades locais e buscando conciliar o desenvolvimento econômico com a preservação dos recursos naturais da Flota Paru.
A gerente de Gestão de Contratos da DGFLOP, Cíntia Soares, ressaltou que as audiências públicas ocorreram dentro da expectativa de público prevista. "Concluímos esse trabalho com a sensação de dever cumprido, diante de uma rodada de realização de três audiências públicas, em três municípios diferentes e com realidades diferentes. Acredito que a gente tenha executado o nosso papel de apresentar o edital, de manter a transparência do nosso trabalho enquanto órgão gestor de Unidades de Conservação (UCs) e que atua com atividade de concessão florestal", enfatizou.
FONTE: Agência Pará