Projeto leva saúde e ações preventivas às comunidades quilombolas na Amazônia

Projeto leva saúde e ações preventivas às comunidades quilombolas na Amazônia

Desenvolvido pela MRN, o Projeto Quilombo oferece serviços primários às localidades mais remotas no Oeste do Pará.

O Projeto Quilombo, desenvolvido pela Mineração Rio do Norte (MRN), em parceria com a Fundação Vale do Trombetas, segue levando bem-estar a moradores de comunidades quilombolas na região Oeste do Pará. A iniciativa, que oferece serviços de saúde primários em localidades remotas, é um importante aliado para o acesso a cuidados médicos de qualidade para as pessoas que vivem em áreas isoladas do município de Oriximiná.

Nas últimas semanas, a equipe médica do projeto esteve em comunidades como Abuí, Tapagem e Sagrado Coração de Jesus, realizando atendimentos completos, que incluem consultas médicas, exames laboratoriais, distribuição de medicamentos e até mesmo assistência social.

Domitilo Xavier, morador da Comunidade Tapagem, destaca a importância do projeto. “Nós achamos que estão fazendo um serviço muito importante para nós. Eu nasci e me criei aqui e as coisas são difíceis e agora, com esse projeto, nós temos sido bem atendidos. Meu neto estava ardendo de febre e já fui para ‘medicar’ lá com o médico”, comentou.

Maria Adão, de 71 anos, moradora da Comunidade Abuí, celebrou o fim das longas viagens para buscar atendimento médico no centro da cidade. “Desde que eu participei do Projeto Quilombo, graças ao meu bom Deus, nunca mais fui para Oriximiná. Espero que esse projeto nunca abandone a nossa comunidade porque os enfermeiros tratam a gente com muito carinho”, disse.

A praticidade e agilidade no atendimento também foram destacadas por Maria de Nazaré Colé, moradora da Comunidade Tapagem, atendida pelo projeto itinerante. “Muitas dúvidas que a gente tinha, às vezes tinha que ir em Porto Trombetas ou Oriximiná e agora a gente já fica esperando em casa e resolve o problema aqui mesmo”, afirmou.

A farmacêutica Monique Alves é uma das profissionais da equipe multidisciplinar que participa do Projeto Quilombo e explica que a equipe busca adaptar os tratamentos à realidade das comunidades e aos conhecimentos tradicionais existentes na região. “Quando atendemos dentro de um hospital, ouvimos as queixas do paciente, atendemos e ele retorna para casa. Aqui, conseguimos entender qual é a problemática dentro do ambiente e adequamos para a sua realidade. Estamos em um lugar remoto e, muitas das vezes, o povo da Amazônia e as comunidades seguem a medicina mais natural. A gente não só deixa esse paciente fazer uso das medicações que orientamos, mas falamos para não deixar de lado a cultura deles. Isso faz com que esse paciente tenha melhor adesão ao tratamento”, detalhou.

Fábio Goulart de Oliveira, coordenador dos serviços de farmácia do Projeto Quilombo, destaca a importância da iniciativa para os profissionais de saúde. “Fazer esses atendimentos é bastante enriquecedor enquanto profissional de saúde. É uma experiência única. Oferecer esses serviços à população é gratificante, mas também um desafio porque exploramos todo o potencial daquilo que aprendemos na faculdade”, declarou.

Desenvolvido há mais de 20 anos, o Projeto Quilombo é referência em assistência médica para os moradores. Esse projeto faz parte do Programa de Educação Socioambiental da MRN, em atendimento às condicionantes do IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis). Em sua trajetória, coleciona elogios e premiações, como a entregue em 2022 pela Associação Brasileira das Forças Internacionais de Paz da Organização das Nações Unidas (ABFIP ONU), em reconhecimento ao trabalho desempenhado com os povos quilombolas e ribeirinhos da região.

“Estamos sempre buscando melhorias em nossos serviços para oferecer um atendimento cada vez mais completo às comunidades. Por isso, ampliamos o projeto, incluindo exames, serviços sociais e consultas com especialistas, com o objetivo de melhorar a qualidade de vida dos moradores”, explicou Lenilton Santos de Jesus, Analista de Relações Comunitárias da MRN.

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FONTE: Comunicação/MRN

 

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