Otávio Figueira.
Particularmente sempre guardei em minha memória sentimentos aprazíveis ou não, principalmente pelas dificuldades de toda ordem enfrentadas na adolescência em que a cortina de fumaça que permeava o futuro de uma geração estava, irremediavelmente, ligada a dificuldade em sair do torrão a fim de continuar os estudos, por exemplo.
Nesse enredo, após à conclusão do curso ginasial, diversos colegas de famílias mais abastadas seguiam seu curso normal, sem atropelos, preferencialmente elegendo Belém para residir, pois, invariavelmente, tinha um parente, familiar que acolhia os "eleitos" para dar sequência ao objetivo proposto. Atualmente, entretanto, pela logística, distância e perspectiva de emprego, Manaus é mais demandada.
Na contramão da narrativa em tela, existiam os estudantes que ficavam em Óbidos sem a devida oportunidade de crescimento educacional aguardando um concurso público(Banco do Brasil), para tentar a sorte em outras plagas.
Não obstante os percalços de toda ordem, "lá ou aqui", ficaram lembranças memoráveis que serviram como bálsamo aos nossos corações.
Refiro-me, hoje, a emblemática Praça de Sant'Ana que marcou gerações em inúmeros aspectos tanto amorosos, sentimentais, lúdicos, enfim, pensou em Óbidos logo vem a praça como referência inicial.
Ainda bem que ela está sendo bem cuidada, chafariz ativo, jardim vicejante, árvores podadas, grama aparada, capinação, varrição e recolhimento de lixo diário.
Contudo, a meu ver, devido à sua extensão e tamanho a iluminação tem que ser mais abrangente com modernos postes, troca de lâmpadas queimadas por mais potentes. Os bancos necessitam de revitalização como também o coreto(arquitetônico).
Entendo, pois, que após a inauguração da Orla o movimento de pessoas no perímetro tende a ser mais frequente e volumoso, bem superior aos que presentemente se exercitam cuidando da saúde, necessitando com isso de opções e variedades de iguarias essenciais a um logradouro público. O ponta pé já foi dado com o restaurante Tucuruvi(Heloísa) e o lanche Pauxis(Maurea).
Portanto, ratifico o que registra a letra da música do cantor e compositor Fernando Mendes, em 1972, que intitula o presente texto, por meio das ondas sonoras da rádio Rio Mar de Manaus em seu programa diário "Festas e Melodias", que explodiu com a canção "Recordações Fazem Chorar", ainda mais quando o coração assim exige.
Fotos...
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Óbidos, 04 de fevereiro de 2022